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Opinião

Mas afinal, o Turismo também entra em campo?

Presidente Executivo do CEIT – Centro Estratégico de Inovação Territorial e Coordenador da Pós-Graduação em Branding Territorial da Coimbra Business School

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Mas afinal, o Turismo também entra em campo?

Presidente Executivo do CEIT – Centro Estratégico de Inovação Territorial e Coordenador da Pós-Graduação em Branding Territorial da Coimbra Business School

Sobre o autor
Cristóvão Monteiro

Cristóvão Monteiro

Presidente Executivo do CEIT – Centro Estratégico de Inovação Territorial e Coordenador da Pós-Graduação em Branding Territorial da Coimbra Business School

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O futebol é provavelmente a modalidade do mundo que mais pessoas consegue juntar e envolver à sua volta, gerando sentimentos fortes e explorando o conceito de emoções a escalas muitas vezes inacreditáveis.
Quantos de nós, mesmo os que não acompanham a modalidade, não parámos as nossas vidas porque a seleção iria disputar um jogo importante? Não há dúvida que o futebol tem a enorme capacidade de agregar comunidades inteiras como poucas outras modalidades o fazem.

Nas últimas semanas o mercado de transferências esteve ao rubro, com particular destaque para as transferências das duas maiores lendas do futebol contemporâneo. Se por um lado marcam através da sua mestria com a bola nos pés, por outro também os números fora do campo são absolutamente extraordinários, conseguindo mover e influenciar muitos milhões de adeptos e simpatizantes deste desporto. São verdadeiras marcas comerciais com performances de conversão que rasgam muitas outras grandes operações mercadológicas.

Mas afinal, o que é que o turismo tem a ver com tudo isto? Na realidade, mais do que se pensa. Partindo para o Parc des Princes, qual o espanto quando estampado nos equipamentos e um pouco espalhado pelo próprio estádio visualizamos a marca “Visit Rwanda”. Não é inédito, mas também não é de todo comum assistirmos a marcas de promoção de destinos entrarem em campo nos maiores campeonatos mundiais de futebol. Neste caso, a responsabilidade é atribuída ao Conselho de Desenvolvimento de Ruanda que, tendo como objetivo apostar numa promoção diferenciadora, fechou um acordo de patrocínio com o Paris Saint-Germain para promover o território e os respetivos produtos endógenos.

Para além deste acordo incluir e aproveitar a notoriedade de toda a equipa do PSG, que potenciará o melhor que o destino tem para oferecer, os próprios adeptos também poderão desfrutar dos chás e cafés de Ruanda, servidos exclusivamente no estádio do emblema parisiense. Esta e outras iniciativas como a “Semana de Ruanda em Paris” visam apostar na promoção dos produtos “Made in Rwanda”, atraindo novos públicos, consumidores, parcerias e negócios para o país do leste africano. Tudo isto conseguido através de uma parte das receitas em turismo.
Aguardemos pelos resultados a médio-longo prazo, no entanto é já uma aposta ganha pela notoriedade e mediatismo que a estrela argentina acrescentou ao clube. Para além deste caso em concreto, também o Manchester United tem vindo a trabalhar em conjunto com o Turismo de Malta na promoção da marca “Visit Malta”.

Mais exemplos existem, noutros clubes e mesmo através de jogadores, nomeadamente como é reconhecido o caso de Cristiano Ronaldo que tem vindo a apoiar no reforço do posicionamento do nosso país a nível mundial e em especial da marca Madeira, agora com destaque no mercado britânico.

Esta constitui uma nova visão de investimento em promoção territorial que alia as potencialidades intrínsecas de cada destino com a capacidade de atração de públicos da indústria futebolística.

Sobre o autorCristóvão Monteiro

Cristóvão Monteiro

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