Edição digital
Assine já
PUB
Opinião

O desafio da MARCA PORTUGAL

O futuro de Portugal faz-se com a aposta clara na inovação competitiva e é essa a mensagem que importa deixar.

Opinião

O desafio da MARCA PORTUGAL

O futuro de Portugal faz-se com a aposta clara na inovação competitiva e é essa a mensagem que importa deixar.

Sobre o autor
Francisco Jaime Quesado

Num tempo complexo e incerto como este, em que as empresas precisam de se reposicionar nos mercados internacionais, precisamos de apostar numa MARCA PORTUGAL forte.  Nunca como agora os talentos portugueses espalhados pelo mundo são tão fundamentais para mostrar que há um novo capital de competência estratégica de base nacional.  Numa época de crise complexa, a aposta neste novo desígnio é um sinal de confiança na competitividade portuguesa e na capacidade concreta de se alterar duma vez por todas o modelo de desenvolvimento económico. O futuro de Portugal faz-se com a aposta clara na inovação competitiva e é essa a mensagem central que importa deixar. Por isso apostar numa MARCA DE PORTUGAL forte é um desafio tão importante.

A economia portuguesa está claramente confrontada com um desafio de crescimento sustentado. Os números dos últimos vinte anos não poderiam ser mais evidentes. A incapacidade de modernização do sector industrial e de nova abordagem, baseada na inovação e criatividade, de mercados globais, associada à manutenção do paradigma duma economia interna de serviços com caráter reprodutivo limitado criou a ilusão no final da última década dum crescimento artificial baseado num consumo conjuntural manifestamente incapaz de se projectar no futuro. Importa por isso construir as novas bases para uma nova competitividade estratégica. Para que a nossa economia reforce os níveis de competência e a sociedade aumente a base de confiança estratégica, a agenda de uma verdadeira MARCA DE PORTUGAL passa a ser um desígnio coletivo.

Portugal precisa efetivamente de potenciar a sua MARCA, com todas as consequências do ponto de vista de impacto na sua matriz económica e social. A política pública tem que ser clara – há que definir prioridades do ponto de investimento estrutural nos setores e nos territórios, sob pena de não se conseguirem resultados objectivos. Estamos no tempo dessa oportunidade. Definição clara das áreas estratégicas em que devemos apostar (terão que ser poucas e com impacto claro na economia); seleção, segundo critérios de racionalidade estratégica, das zonas territoriais onde se vai actuar e efectiva mobilização de redes ativas de consolidação estratégica das competências para captação de investimento e reforço das cadeias de valor globais.

Uma nova economia, capaz de garantir uma economia nova sustentável, terá que se basear numa lógica de focalização em prioridades claras. Assegurar que o investimento de inovação é vital na atração de competências que induzam uma renovação ativa estrutural do tecido económico nacional; mobilizar de forma efetiva os centros de competência para esta abordagem ativa no mercado global – mas fazê-lo tendo em atenção critérios de racionalidade definidos à partida, segundo opções globais de política pública, que tenham em devida atenção a necessidade de manter níveis coerentes de coesão social e territorial. A MARCA PORTUGAL terá neste contexto um papel decisivo, agregando recursos e tendências e potenciando linhas de ação centradas no futuro.

Sobre o autorFrancisco Jaime Quesado

Francisco Jaime Quesado

Economista e Gestor
Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.