Fernando Santos, proprietário e diretor-geral da GlobalSea
Transportes

“Continua a haver dúvidas sobre o produto cruzeiros para uma determinada franja de clientes”

Especializada em cruzeiros, a GlobalSea abriu em 2011 e tem vindo a trilhar um caminho de sucesso, à medida que também o produto de cruzeiros cresce em Portugal, apesar das dúvidas que ainda existem entre passageiros e até agências de viagens.

Inês de Matos
Fernando Santos, proprietário e diretor-geral da GlobalSea
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“Continua a haver dúvidas sobre o produto cruzeiros para uma determinada franja de clientes”

Especializada em cruzeiros, a GlobalSea abriu em 2011 e tem vindo a trilhar um caminho de sucesso, à medida que também o produto de cruzeiros cresce em Portugal, apesar das dúvidas que ainda existem entre passageiros e até agências de viagens.

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Com um vasto conhecimento sobre cruzeiros, tendo inclusive já realizado 100 destas viagens, Fernando Santos, proprietário e diretor-geral da GlobalSea, falou com o Publituris sobre o trajeto desta agência de viagens especializada em cruzeiros e sobre o atual momento de um setor que está a crescer em Portugal mas que é ainda desconhecido para muitos clientes.
As especificidades que envolvem os cruzeiros levam a que ainda existam dúvidas para o público, assim como entre os próprios agentes de viagens. “O produto de cruzeiros é um produto difícil de se trabalhar”, admite Fernando Santos, explicando que, também por isso, a GlobalSea é procurada por agências generalistas devido ao seu conhecimento sobre este tema.

Queria começar pelo início, ou seja, quando é que nasceu a GlobalSea e porque que é surgiu a ideia de abrir uma agência especializada em cruzeiros? A GlobalSea surgiu em 2011, quando terminei o programa de cruzeiros na SIC Notícias. Trabalhei dois anos nesse programa e adquiri conhecimento sobre destinos, portos, sobre o que fazer a bordo ou o que não fazer. Na altura, já tinha tido uma experiência anterior com o InfoCruzeiros e achei que abrir a GlobalSea fazia sentido. Escolhi o nome GlobalSea porque remete para o mar global, para uma ideia de generalidade e de envolvência a nível mundial e, portanto, foi assim que surgiu o nome e a agência, focada essencialmente no turismo de cruzeiros.

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A GlobalSea é focada nos cruzeiros mas também vende outro tipo de produto? 97% do nosso mercado, ou seja, aquilo que faturamos, é cruzeiros e aquilo que está associado aos cruzeiros, como voos, hotéis, excursões e tudo o que está à volta do turismo de cruzeiros. Mas, se houver um cliente que nos diga que o filho tem cinco ou seis anos e que gostava de ir à Disney, pois naturalmente temos o produto Disney, como temos Caraíbas, Marrocos e tudo o resto.

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Se colocarmos isto numa outra dimensão e pensarmos na área da medicina, se calhar consegue-se perceber melhor. O médico de clínica geral trata de todas as patologias de uma forma geral e, depois, temos o especialista. Portanto, se uma pessoa tiver necessidade de ir ao oftalmologista, o clínico geral poderá direcionar o paciente para o especialista e nós, dentro da área do turismo de cruzeiros, consideramo-nos e somos considerados, pelos pares e pelos nossos clientes, como pessoas com experiência nesta área.

Para o passageiro, esse conhecimento que os agentes de viagens têm é fundamental, principalmente para um passageiro que nunca tenha feito um cruzeiro? Sim. Mais do que fundamental, é a melhor ajuda que pode ter. Os dados mais recentes da CLIA referem que 73% das pessoas que procuram cruzeiros falam com agências de viagem, nomeadamente agências especializadas e esse é o nosso âmbito. O nosso papel é importante porque conseguimos perceber os destinos – já estive em mais de 173 portos a nível mundial, já fiz 100 cruzeiros, conheci muitos países e muitos portos – e dar confiança ao cliente para ter a melhor experiência.

Principais dúvidas

Ainda há dúvidas por parte dos clientes quando chegam à agência? Continua a haver dúvidas sobre o produto cruzeiros para uma determinada franja de clientes. Há dúvidas porque a primeira pesquisa faz-se no online e a pessoa não tem noção se, por exemplo, ao sair de um determinado porto faz sentido sair de bombordo ou estibordo. Também não têm noção se o tipo de camarote é mais acima ou mais abaixo, mais à frente ou mais para trás. Muitas vezes, nem sabem que tipo de camarote precisam. Aquilo que o cliente vê quando faz uma pesquisa, normalmente, é se o camarote tem ou não varanda, ou então procura pelo preço e o preço não é denominador de tudo. Por isso, há pessoas que dizem, no final da história, que fizeram um cruzeiro e não gostaram. E se perguntarmos porque não gostaram, percebemos que foi porque não foi feito um diagnóstico exato daquilo que o cliente poderia ter. Colocando isto novamente no âmbito da medicina, percebemos que é importante conhecer a história clínica do doente.

Atribui essas dúvidas ao facto de as pessoas desconhecerem ainda o que é o produto de cruzeiros? O produto de cruzeiros é um produto difícil de se trabalhar. Não é por acaso que, a nível mundial, só cerca de 2% de pessoas é que fazem cruzeiros e, em Portugal, ainda menos. Portanto, é claro que há aqui alguma dificuldade de, às vezes, tomar a melhor opção.

Vendas de cruzeiros e extras

O que é que a GlobalSea costuma vender, só o cruzeiro ou vende também as viagens de avião e a parte das excursões, porque a GlobalSea também representa a Shore-2-Shore? Relativamente ao cruzeiro, sim, tentamos sempre que a experiência seja o mais abrangente possível e dar ao cliente toda a informação para que, quando toma a decisão de fazer um cruzeiro, saiba exatamente o que pode esperar. Não vendemos apenas o cruzeiro, há múltiplas coisas que podem ser tratadas. Tentamos vender e passar a informação sobre coisas necessárias, como o wi-fi, os restaurantes de especialidade, os acessos ao Spa ou os pacotes de bebidas, que são essenciais mesmo para quem não bebe álcool.

É importante, quando se fala com alguém que quer fazer cruzeiros, transmitir toda esta informação, porque é, basicamente, aquilo que nós faríamos se fôssemos nós a fazer essa viagem. Quanto às excursões, quando pensamos em fazer um cruzeiro é importante ter noção de que se podem fazer excursões e de forma económica. As excursões da Shore2Shore são bastante económicas quando comparadas com outras excursões, nomeadamente dos navios. As nossas excursões têm tido uma aceitação muito grande, nomeadamente por parte dos grupos de gestão, estamos com praticamente todos os grupos de gestão importantes em Portugal. As excursões de cruzeiros são determinantes na experiência que se vai ter no final da viagem.

Há essa consciência da parte do passageiro de que pode ter uma experiência mais interessante se comprar alguns serviços extra, nomeadamente as excursões? Sim, mas há aqui dois períodos, o período antes da pandemia, em que estávamos com uma determinada evolução e, chegados à pandemia, tivemos de fazer devoluções. Foi dramático para todos, os cruzeiros foram os primeiros a parar e dos últimos a regressar. Mas, após a pandemia, houve uma reativação, as pessoas retomaram as suas viagens de cruzeiro e, paulatinamente, foram redescobrindo o que se podia fazer. Inicialmente, as excursões eram feitas em bolha, mas tivemos sempre excursões e vendemos excursões por toda a Europa.

Terminado esse período, nos últimos meses, estamos com uma evolução de quase 70% face ao ano anterior. E isso tem uma razão de ser, é que as pessoas estão a reservar com mais antecedência. Tenho reservas de cruzeiros para 2025 e 2026 e isso é também fruto do esforço que as companhias estão a fazer, não é apenas da nossa influência, mas as pessoas estão a ficar sensibilizadas para a necessidade de reservar com antecedência.

Cruzeiros premium e vendas em 2024

E a nível de negócio em si, como é que está a correr 2024?Está a correr relativamente bem. Há uma evolução positiva face aos anos anteriores, apesar de 2023 ter sido um ano de ‘boom’ porque as pessoas ainda tinham vouchers para utilizar e o início do ano foi muito forte.

Este ano, está a correr bem, mas não com essa influência, as pessoas que tiveram dois anos sem viajar, viajaram duas ou três vezes no ano passado para esgotar os vouchers.

Entretanto, este ano temos outros problemas, nomeadamente no Médio Oriente, que vieram retirar a possibilidade de se viajar para esses sítios, e esses problemas tiveram influência nos destinos do Corno de África, que não sabemos quando poderemos retomar. É semelhante ao que se passou, há uns anos, com São Petersburgo e com Rússia, quando se deixou ir à Rússia e o Báltico sofreu com isso. Mas encontraram-se outros itinerários, como a Islândia, que é, neste momento, um destino muito atraente.

Há poder de compra em Portugal para cruzeiros premium? Há, acho que cada vez há mais. E isso leva-nos a outra questão, ou seja, quando falamos de luxo e quando falamos de expedição. Mas sim, sente-se que, de facto, as pessoas querem fazer este tipo de cruzeiros e temos pedidos, o que é sinal de que há dinheiro. Também tenho clientes que fazem cruzeiros na Antártida, naqueles navios que têm helicóptero e submarino, num produto que pode ir aos 30 ou 40 mil euros e também tenho vendido esse produto. Aliás, o primeiro casal de portugueses que fez um cruzeiro na Antártida num navio de expedição foi vendido por nós. Portanto, há mercado, é um mercado crescente, apesar de não ser fácil vender, mas quando se tem um trabalho mais especializado, são as próprias agências que vêm ter connosco porque conhecemos e temos os contactos certos.

Na GlobalSea, quais são as companhias mais solicitadas por quem chega à agência? Há aqui uma questão que tem a ver com a fidelização e os programas de fidelização. Quando um cliente atinge um determinado estatuto, vai querer continuar a viajar com essa companhia para manter esse estatuto. Isso também leva a alguns benefícios que podem estar associados ao estatuto do cliente. Claro que há pessoas que dizem que são fiéis a uma determinada companhia e é nessa companhia que querem viajar, e não estou a falar de nenhuma companhia de cruzeiros em concreto. Mas, depois, há pessoas que querem experimentar, que já viajaram numa ou noutra e querem viajar numa companhia com outras características e isso também vai mudando em função da idade. À medida que as pessoas vão tendo maior experiência de vida e de viagens, querem coisas diferentes.

E como estão as perspetivas para o inverno, já há vendas? As expetativas para o inverno são positivas mas aqui temos de ver de que inverno estamos a falar porque o nosso inverno é o verão das Caraíbas e nunca vendi tanto Caraíbas como agora. É, de facto, um dos destinos mais vendidos que temos, está no Top3. Além das Caraíbas, este ano temos vendido muito Adriático, com saídas de Veneza e Atenas, depois temos o Norte da Europa, com os Fiordes, e finalmente as Caraíbas, creio que estamos a vender mais Caraíbas do que Mediterrâneo Ocidental.

Isto é fácil de perceber, se olharmos para o mapa, o que é que é mais próximo? É o Mediterrâneo Ocidental, além das saídas de Lisboa, que são muito importantes – este ano, só a MSC Cruzeiros tem 19 saídas de Lisboa, a começar em abril. Por isso, percebemos que, quem se inicia no turismo de cruzeiros, começa pelo Mediterrâneo Ocidental, depois vai fazer o Mediterrâneo Oriental e, mais tarde, vai para destinos mais longínquos. Claro que há situações que começam pelo contrário, pelas imagens de sonho que as pessoas veem na televisão. Mas diria que as pessoas começam pelo que é mais próximo.

Novas tecnologias e desafios

Queria falar também sobre o impacto das tecnologias e da inteligência artificial nos cruzeiros. Que impacto poderá a inteligência artificial ter neste setor?Acho que a inteligência artificial vai ter um papel cada vez mais forte, vai ajudar na definição do perfil e na segmentação do cliente, ou seja, na forma como se chega ao potencial cliente, mas também na forma como o potencial cliente nos encontra e como todo esse processo de comunicação pode ser desenvolvido. Mas, na área do turismo de cruzeiros, estaremos seguramente numa fase inicial, como na generalidade do turismo, aliás, ninguém falava disto há dois anos. No nosso caso, por exemplo, estamos a criar um site de raiz, que vai ser lançado em breve, e que conta já com a parte de acesso de venda e distribuição de informação, receção dos vouchers e da documentação. Estamos a trabalhar muito nessa área e posso dizer que algumas das imagens que vão estar no site foram criadas por inteligência artificial. São imagens que foram criadas da forma como queríamos. Portanto, é algo útil, até ao nível da imagem. Acredito que vai ser algo importante para o futuro mas nunca vai retirar uma coisa que só nós temos, o sorriso que conseguimos ter e a emoção que conseguimos colocar nas coisas. Não vai substituir o contacto humano.

Para terminar, queria apenas perguntar se, com tantos desafios que o mundo está a viver, é possível que o turismo de cruzeiros venha a ser afetado? É difícil dizer, seguramente terá influência. Todos, quando acordamos e ligamos a televisão, somos surpreendidos com informação que às vezes espanta pela positiva e tantas vezes pela negativa. Às vezes, esperamos continuar num determinado caminho e, no dia seguinte, as coisas mudam de rumo. Portanto, não é fácil. Isto é um bocadinho, e falando de cruzeiros, uma questão de navegação à vista. Mas há outros desafios que são muito interessantes, como a sustentabilidade. Hoje os navios são cada vez mais sustentáveis, cada vez mais respeitadores do ambiente. Às vezes, pensamos que o turismo de cruzeiros polui muito mas não, o turismo de cruzeiros está na vanguarda.

E da parte dos clientes há essa preocupação? Não. São ótimos tópicos de venda e de marketing, mas não é por isso que o cliente escolhe determinado cruzeiro. Essa é a realidade e temos de encarar a realidade. Fiz a primeira viagem bio-LNG do mundo, uma saída de Amsterdão para Copenhaga no MSC Euríbea mas, comparando com outros navios, a verdade é que o passageiro não nota qualquer diferença. Mas esta é uma questão que, apesar de não ter nascido agora, só agora está a ser debatida. Tive a oportunidade, há uns anos, quando tinha o programa na SIC Notícias, de fazer um episódio só sobre sustentabilidade, quando o Allure of the Seas nasceu. De toda a imprensa que estava lá, fomos os únicos a falar sobre esse tópico. Era algo que ainda não estava na moda em 2010 ou 2011, mas a verdade é que as companhias estão a fazer o seu trabalho, até porque têm a responsabilidade de atingir net zero em 2050.

*Entrevista publicada originalmente na edição 1510 do Publituris.

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Nova Edição: Viagem aos bastidores do 50.º Congresso da APAVT, mercado chinês, Florianópolis e dossier sobre seguros de viagem

A próxima edição do Publituris destaca a viagem feita a Macau, a convite da APAVT, para visitar a 13.ª edição da MITE, mas também os bastidores do que será o local do 50.º Congresso da APAVT. Uma entrevista a Tiago Brito, diretor do Turismo de Portugal na China, uma viagem a Florianópolis e um dossier sobre o mercado dos seguros de viagem, completam a primeira edição de maio.

Durante cinco dias, o Publituris acompanhou a comitiva da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) que se deslocou a Macau para a 13.ª edição da MITE e teve oportunidade de conhecer, em primeira mão, os bastidores do 50.º Congresso da APAVT, que se realiza de 2 a 4 de dezembro de 2025, no Andaz Macau.

Antes de conhecer o local onde a APAVT realizará o seu 50.º Congresso, marcando, simultaneamente, os 75 anos da associação, o Publituris esteve à conversa com Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, que fez um balanço da parceria entre a APAVT e a Direção dos Serviços de Turismo de Macau, salientando que “a nossa ambição é continuar a subir os degraus da escada na relação com a China”, destacando que “a porta de entrada no mercado chinês através de Macau e, também, a ideia da porta de entrada na Europa através de Portugal”.

Considerando que a colaboração entre a APAVT e as entidades do turismo de Macau não se esgota com o congresso, em dezembro, Pedro Costa Ferreira, admite que a “ambição de Macau se revigorou e que a confiança entre as partes, nos mercados asiáticos, é muito importante e se tem reforçado”.

Quanto ao mercado chinês e ao posicionamento que os players em Portugal deverão e terão de ter perante o maior mercado turístico emissor, Pedro Costa Ferreira considera que “há algumas dimensões do mercado chinês que colam muito bem connosco” e dá o exemplo da época alta dos turistas chineses – janeiro e fevereiro – se “ajusta bem com o nosso objetivo de quebra de sazonalidade”. E adianta: “o facto de não serem atraídos por praia, mas sim por cultura, pelo interior ou natureza, permite-nos ter mais território turístico”.

Escolhido para receber o 50.º Congresso da APAVT, o Andaz Macau, inserido no Galaxy Entertainment Group (GEG), é, segundo Jessica Chan, Manager – Corporate Social Responsability do GEG, “o local possibilita o impossível”. Ligado diretamente ao Galaxy International Convention Center (GICC), o Andaz Macau é um hotel composto por duas torres, com 715 quartos e suites, e marca uma nova era para a indústria MICE em Macau.

Trata-se de um local de eventos, com 40.000 m2 de espaço flexível, com pavilhão de exposições, uma arena com capacidade para 16.000 pessoas, constituindo a flexibilidade do espaço a grande mais-valia.

De resto, Nuno Carvalho, fundador da Click and Play, empresa responsável pela organização do 50.º Congresso da APAVT destacou no local as “ótimas condições técnicas”, salientando que o objetivo é “ter um congresso imersivo, com recurso a tecnologia e que “surpreenda quem participe no evento”.

A poucas semanas da realização da cimeira da ECTAA (Confederação das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos), Eric Drésin, secretário-geral da entidade, afirmou ao Publituris que “a ideia de realizarmos a nossa cimeira em Macau, passa, essencialmente, por reatar uma relação que, de certa forma, foi interrompida por causa da pandemia”. Assim, o objetivo passa por “aproximar estes dois grandes mercados turísticos”.

O Publituris entrevistou, igualmente, Tiago Brito, diretor da delegação do Turismo de Portugal na China, que, depois de mostrar os indicadores relativamente ao comportamento do mercado emissor chinês para Portugal, traçou os objetivos para o futuro: “alcançar 1 milhão de dormidas e 500 mil hóspedes nos próximos três anos”.

Para que tal aconteça, Tiago Brito reforçou, no entanto, a necessidade de “haver um grau de customização e de adaptabilidade do negócio e do serviço ao mercado chinês”, destacando que “há uma nova vaga de turistas chineses que procuram outras coisas, sítios com mais recato, mas com sofisticação”.

Além da viagem a Macau, o Publituris viajou, também, a convite da Solférias e da TAP, a Florianópolis, destino que conta com praias de areia branca e águas azul-turquesa, tons que contrastam com o verde da serra catarinense e que marcam uma cidade cuja história se cruza com os Açores.

O “dossier” desta primeira edição de maio de 2025 do Publituris é dedicado aos seguros de viagem. O Publituris falou com José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Brokes; Diogo Tomás Pereira, Head de Turismo da MAWDY; Manuel Mariano Ramos, Account Manager em Portugal da Intermundial; José Gabriel, sócio fundador da SGS; bem como com Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal, e todos concordaram que, após a pandemia, a perceção dos viajantes sobre os seguros de viagem mudou, pois o turismo mudou, enfim, o mundo mudou e, hoje, esses mesmos viajantes estão “mais atentos e conscientes” que mais vale prevenir do que remediar, principalmente quando estão fora da sua zona de conforto.

Além do “Pulse Report”, numa parceria entre a Guestcentric e o Publituris que divulga dados quantitativos do mercado de hotelaria independente em Portugal, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Pedro Castro (diretor da SkyExpert Consulting e docente em Gestão Turística no ISCE), e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School).

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A poucas semanas da realização da cimeira da ECTAA (Confederação das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos), Eric Drésin, secretário-geral da entidade, afirmou ao Publituris que “a ideia de realizarmos a nossa cimeira em Macau, passa, essencialmente, por reatar uma relação que, de certa forma, foi interrompida por causa da pandemia”. Assim, o objetivo passa por “aproximar estes dois grandes mercados turísticos”.

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Ministros do Turismo do BRICS pretendem dinamizar ações conjuntas

A Reunião Ministerial de Turismo do BRICS, marcada para o dia 12 de maio, no Palácio do Itamaraty, em Brasília (Brasil) reunirá representantes dos 11 países que constituem o bloco para discutir ações conjuntas e formalizar uma declaração voltada ao fortalecimento do turismo regional, resiliente e também com foco na atração de nômades digitais para os destinos dos países membros.

A secretária executiva do Ministério do Turismo do Brasil, Ana Carla Lopes, destacou a importância da cooperação internacional para o desenvolvimento do setor, afirmando que “estamos certos de que o BRICS continuará a promover avanços positivos para as nossas nações e para o mundo”.

Antes do momento ministerial, o Grupo de Trabalho de Turismo do BRICS reúne-se, esta sexta-feira, dia 9 de maio, também em Brasília, para consolidar as propostas que farão parte do relatório conjunto sobre a regionalização do turismo.

Durante o encontro técnico serão discutidos e aprovados relatórios, como o que traz análises dos avanços em turismo sustentável, resiliente e regenerativo nos países do BRICS, abordando, por exemplo, aspetos como marcos regulatórios, resposta a desafios, engajamento das comunidades locais e integração com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estudo que posiciona o turismo como vetor de desenvolvimento económico, social e ambiental, destacando boas práticas e desafios comuns enfrentados pelos países do grupo.

Um outro eixo central dos debates será a formulação de estratégias para consolidar os países do BRICS como destinos de referência para nômadas digitais, além de analisar quatro dimensões prioritárias: levantamento de destinos, políticas de visto, infraestrutura e promoção turística.

Entre as principais recomendações estão o monitoramento e intercâmbio de boas práticas, o fortalecimento da resiliência institucional e a incorporação da justiça climática no planeamento turístico. A conclusão reforça a importância de ampliar a cooperação entre os países do bloco para consolidar o turismo como uma força regenerativa, inclusiva e sustentável.

Refira-se que, este ano, o Brasil exerce a presidência rotativa do BRICS até 31 de dezembro. A liderança temporária é responsável por definir as prioridades da agenda anual e coordenar as iniciativas do bloco. Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, a presidência brasileira tem como foco a reforma da governança internacional e o fortalecimento da cooperação entre os países em desenvolvimento.

A cimeira dos Chefes de Estado do BRICS será realizada em julho, no Rio de Janeiro, e deverá consolidar os principais avanços promovidos ao longo do ano.

O BRICS é um grupo formado por 11 países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irão. O grupo foi criado para promover a cooperação económica e política entre economias emergentes.

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LATAM Airlines já voa com as novas cabines Premium Business renovadas

A renovação dos aparelhos faz parte de um programa mais amplo de ‘retrofit’ da LATAM Airlines, anunciado em setembro do ano passado, que prevê a renovação de 24 aviões Boeing 787 com um investimento total de 360 milhões de dólares.

A LATAM Airlines já está a operar os três aviões 787-8 com cabines renovadas, com destaque para as suítes Recaro R7 na Premium Business, que se inspiram na América do Sul e oferecem um “maior conforto e privacidade”.

“Com este lançamento, o Grupo LATAM Airlines torna-se o primeiro grupo de companhias aéreas da América do Sul a oferecer aos seus clientes uma experiência de viagem tão sofisticada”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

As suítes Recaro R7 da cabine Premium Business contam com portas de correr para oferecer maior conforto e privacidade aos passageiros, assim como assentos que se convertem em camas, espaço de arrumação e portas de carregamento USB-A e USB-C, além de um ecrã de alta-definição de 18 polegadas, possuindo ainda “interiores inspirados na beleza natural da América do Sul”.

Além das cabines Premium Business, a atualização também se estende à classe Económica, que agora conta com “assentos de última geração, ergonomicamente projetados para maior espaço e conforto, entretenimento a bordo e design otimizado”.

Os aviões renovados começaram a operar a 26 de abril, na rota entre Santiago-Cidade do México, com um voo que partiu do Chile às 8h10, tendo, entretanto, passado a ser utilizados também nas rotas Santiago-Bogotá e Santiago-Miami.

Os aparelhos 787-8 agora renovados vão ser também utilizados nas rotas de Santiago para a Ilha de Páscoa (Chile), Bogotá (Colômbia), Madrid (Espanha) e Miami, Nova Iorque e Los Angeles (EUA).

A renovação dos aparelhos faz parte de um programa mais amplo de retrofit anunciado em setembro do ano passado, que prevê a renovação de 24 aviões Boeing 787 com um investimento total de 360 milhões de dólares.

“Com o objetivo de modernizar, de forma contínua, nossa frota e elevar a experiência de voo na América do Sul, a LATAM orgulha-se de ser o primeiro grupo da região a inovar na Premium Business com a incorporação de portas nos assentos. Essa iniciativa proporciona aos nossos passageiros um nível de privacidade e conforto sem precedentes, inspirado na beleza local”, afirma Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo LATAM.

Entre os 24 aparelhos que vão ser alvo de renovação, encontram-se 10 aviões Boeing 787-8 que operam voos internacionais e domésticos no Chile, assim como 14 Boeing 787-9, que realizam os voos internacionais e domésticos no Chile, Brasil e Peru.

O processo de modernização está a ser realizado nas bases de manutenção da LATAM em São Carlos, no Brasil, e em Santiago, no Chile, e deverá estar concluído no segundo semestre de 2026, uma vez que as intervenções em cada aparelho demoram, em média, um a dois meses, dependendo do âmbito das melhorias.

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Transportes

Volta ao Mundo 2027 da Princess Cruises visita 61 destinos em 20 países e três continentes

A Volta ao Mundo 2027 – Grande Círculo do Pacífico da Princess Cruises vai visitar 61 destinos em 20 países e três continentes, contando com partida a 6 de janeiro de 2027, a bordo do navio Coral Princess. Disponíveis estão também outras versões mais curtas desta viagem.

A Volta ao Mundo 2027 – Grande Círculo do Pacífico da Princess Cruises vai visitar 61 destinos em 20 países e três continentes, contando com partida a 6 de janeiro de 2027, a bordo do navio Coral Princess.

No total, a proposta da Princess Cruises tem a duração de 130 dias, com partida de Ft. Lauderdale, nos EUA, no dia 6 de janeiro de 2027, com a chegada a estar marcada para Los Angeles, também nos EUA.

No entanto, a companhia de cruzeiros disponibiliza mais duas opções mais curtas, cujas partidas decorrem ambas a 21 de janeiro de 2027 de Los Angeles, estando disponível um itinerário de 115 dias que tem chegada também a Los Angeles, bem como outro de 11 dias, com chegada a Vancouver, no Canadá.

“A nossa próxima Volta ao Mundo 2027 — Grande Círculo do Pacífico é uma viagem única na vida que conecta os viajantes com os destinos mais impressionantes do mundo, com a elegância e calor que só a Princess consegue oferecer”, afirma Terry Thornton, diretor Comercial da Princess, explicando que esta viagem foi pensada para “passageiros que desejam descobrir diferentes culturas, tradições, sabores e paisagens espetaculares do Pacífico como nunca antes”.

O Canal do Panamá, Pacífico Sul, incluindo Samoa, Fiji e Vanuatu; a Austrália e Nova Zelândia, desde Brisbane e Tasmânia até às duas ilhas da Nova Zelândia; o Sudeste Asiático, com visitas à Indonésia, Tailândia e Hong Kong; o Japão, com escalas em Okinawa e Osaka; o Alasca, com seis destinos na “Grande Terra”; e Vancouver, no Canadá, antes da chegada a Los Angeles, são os principais destaques deste itinerário da Princess Cruises.

Durante a viagem, os passageiros têm também acesso a 23 locais classificados como Património Mundial da UNESCO, com destaque para a Grande Barreira de Coral (Austrália), a Baía de Ha Long (Vietname), o Parque Nacional dos Vulcões do Havai e a Ópera de Sydney.

O itinerário disponibiliza também nove pernoitas, incluindo uma noite em Hong Kong e escalas noturnas em Anchorage (Whittier), Cairns, Honolulu, Osaka, Singapura, Suva, Sydney e Tóquio.

Além das opções de 111 e 115 dias, a Princess Cruises permite também embarques noutros portos além dos EUA, o que permite optar por segmentos mais curtos, entre cinco e 69 dias, com partida de portos como Auckland, Hong Kong, Honolulu, Singapura, Sydney, Tóquio e Vancouver.

A companhia de cruzeiros recorda ainda que o navio Coral Princess, com capacidade para 2.000 passageiros, oferece refeições gourmet, incluindo os restaurantes de especialidades Crown Grill e Sabatini’s Italian Trattoria; entretenimento de classe mundial com espetáculos ao estilo da Broadway, música ao vivo, jogos de casino e filmes ao ar livre; conforto máximo, com jantares flexíveis e vantagens como o serviço Reserve Collection Dining e entregas através do OceanNow; assim como Wi-Fi em todo o navio.

Mas informações sobre os itinerários da Princess Cruises aqui, assim como através das agências de viagens.

 

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Enoturismo

Monte da Bica vai investir 1,5M€ para criar butique hotel, dois lagares e uma sala de provas

A herdade Monte da Bica, situada no coração do Alentejo, na zona de Montemor-o-Novo, inicia um novo capítulo da sua história que remonta há mais de 100 anos. Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros na construção de um boutique hotel, novos lagares de pisa a pé e uma sala de provas, mas há mais novidades.

“Estamos a dar início a uma nova fase deste projeto de alma portuguesa e tão profundamente alentejana: o Monte da Bica. Temos um novo website com loja online, nova imagem e novas referências de vinhos — irreverentes e audazes como sempre — que continuam a desafiar convenções e a elevar a perceção dos vinhos da região”, afirma Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica.

A empresária avança ainda que “contamos também com uma nova adega, uma adega-galeria com exposições regulares e novas experiências para quem nos visita”, para anunciar que ainda este ano “abriremos dois lagares de pisa a pé – queremos fazer toda a vinificação em casa – e uma sala de provas, e em 2027, concretizaremos um sonho antigo dos meus pais: o hotel”, pois segundo acrescenta, “queremos recuperar a hospitalidade da nossa casa de família, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região criando oportunidades de emprego”, apontou.

A família Pinto Gouveia é, desde 1919, proprietária desta herdade, conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais. Com cerca de 350 hectares de terra, o Monte da Bica é hoje, segundo a proprietária, um modelo de gestão sustentável e diversificado, com atividade em áreas como a cortiça, pinhão, eucalipto, mel, sementes e pecuária. Desde 2016 dedica-se também à produção de vinhos, combinando tradição e inovação, com a primeira vinha a ser plantada em 2005.

A marca está ainda a iniciar os primeiros passos rumo à internacionalização, com planos para começar a exportar ainda em 2025 para mercados como Angola, Irlanda, Brasil, Canadá e Espanha. A estratégia de crescimento inclui também a abertura de novos canais de distribuição e a formação de novas parcerias de negócio.

A produção dos vinhos Monte da Bica está nas mãos experientes de dois enólogos: André Herrera, enólogo consultor, e Madalena Torres Pereira, enóloga residente.

Com uma nova adega e uma adega-galeria na sala das barricas que acolhe exposições de arte regulares, o Monte da Bica quer afirmar-se não apenas como produtor de vinhos, mas também como destino obrigatório no Alentejo, promovendo a cultura, o terroir e a identidade singular da região. Além disso, oferece uma variedade de experiências imersivas, como provas de vinhos, visitas à herdade, piqueniques, tirada de cortiça e pisa em lagar, permitindo aos visitantes conectar-se com a terra e a biodiversidade local.

“Os nossos vinhos são completamente fora da caixa. Somos indiscutivelmente uma marca para um nicho de mercado que valoriza a irreverência, a autenticidade e, principalmente, a exclusividade. Através dos nossos vinhos conseguimos dar a conhecer um outro Alentejo”, destaca Manuela Pinto Gouveia.

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Alojamento

Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial são os 4 eixos das 13 medidas propostas pela AHRESP para a próxima legislatura

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) dirigiu um conjunto de propostas a todos os partidos políticos candidatos à Assembleia da República centrado em quatro eixos considerados estratégicos (Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial).

No âmbito das próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de maio, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), dirigiu um conjunto de propostas a todos os partidos políticos candidatos à Assembleia da República, apelando à sua concretização durante a XVII Legislatura, considerando que “é essencial garantir a sustentabilidade, competitividade e coesão territorial das suas atividades, verdadeiras locomotivas da economia nacional”.

Segundo a AHRESP, as atividades da restauração, similares e do alojamento turístico (Canal HORECA) registaram, no ano 2023 (último ano disponível, fonte INE), um total de 125.679 empresas (+0,5% face a 2022) e 445.160 trabalhadores (+2% face a 2019), o que representa cerca de 8,3% e 9,14% do total nacional, respetivamente.

No que diz respeito ao volume de negócios, o Canal HORECA atingiu, em 2023, o valor de 23,2 mil milhões de euros, afirmando a AHRESP que “o setor do Alojamento e Restauração mantém uma importante representatividade no panorama nacional das empresas e do emprego, consolidando-se como uma das principais fontes de riqueza do país com forte contributo para a criação de emprego e para o desenvolvimento económico nacional”, reforçando que as atividades económicas, debaixo do “chapéu” da AHRESP, “movem toda a economia e têm dos efeitos indiretos mais elevados em todos os setores: primário (agricultura), secundário (indústria) e terciário (serviços)”.

Contudo, diz a associação, “importa reconhecer o atual contexto macroeconómico, nacional e internacional, marcado por incertezas, como as recentes políticas comerciais dos EUA, que colocam novos desafios à atividade das empresas” e, apesar de 2024 ter sido um ano recorde em número de hóspedes, dormidas e receitas turísticas internacionais, “estas estatísticas não refletem as dificuldades enfrentadas pelas empresas da restauração, sobretudo as localizadas fora das zonas de maior afluência turística”, salientando que a AHRESP que “o início de 2025 confirma um agravamento dessa realidade”.

Assim, a AHRESP apresenta as suas propostas para o período das Legislativas 2025-2029, centradas em quatro eixos estratégicos (Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial), num total de 13 medidas, considerando-as como “prioritárias para salvaguardar as empresas e contribuir para o fortalecimento da economia portuguesa”.

No eixo da “Fiscalidade”, a associação propõe a reposição integral da taxa intermédia do IVA nas bebidas, a redução da Taxa do IRC, a contribuição sobre embalagens de utilização única (fiscalidade verde), bem como a eliminação do Pagamento por Conta.

No emprego, as propostas da AHRESP incluem a redução da TSU a cargo das empresas, redução do IRS, além de programas de apoio à integração de imigrantes (habitação, formação e valorização).

No terceiro eixo – “Investimento” – a AHRESP destaca os programas de reforço à capitalização das empresas (capitais próprios e tesouraria), programas de apoio ao investimento e requalificação das empresas, medidas de apoio à eficiência energética e hídrica e à transição digital, além da celeridade na justiça económica.

Finalmente, na “Coesão Territorial”, as propostas incluem a necessidade de um programa de dinamização à economia nos territórios de baixa densidade, bem como um programa para dinamização de produtos regionais/locais.

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Transportes

Setor dos Transportes entre os que mais recuaram na constituição de novas empresas até final de abril

O setor dos Transportes foi, segundo um relatório da consultora Informa D&B, um dos que mais recuaram na constituição de novas empresas nos primeiros quatro meses de 2025, período em que foram criadas 18.979 novas empresas em Portugal, descida de 2,9% (-567 constituições) face a período homólogo.

O setor dos Transportes foi, segundo o relatório Informa Business by Data, um dos que mais recuaram na constituição de novas empresas nos primeiros quatro meses de 2025, período em que foram criadas 18.979 novas empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 2,9% (-567 constituições) face ao período homólogo.

O relatório, elaborado pela consultora Informa D&B, mostra que a “maioria dos setores” contribuiu para a descida na criação de novas empresas nos primeiros quatro meses do ano, ainda que os Transportes tenham apresentado a maior descida, que chegou aos -26%, com menos 464 empresas criadas.

A descida no setor dos Transportes, acrescenta o relatório da Informa D&B, foi ditada essencialmente pelo menor número de constituições na ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’, uma atividade que a consultora diz estar em queda desde 2024.

“Esta atividade, depois de nos últimos anos ter atingido crescimentos que superaram todas as outras, está em queda desde 2024, registando nestes quatro primeiros meses de 2025 um recuo de 49% (-669 constituições)”, refere a Informa D&B, que diz que também os Serviços gerais, que foi o segundo setor com maior número de novas empresas, “tem também uma queda significativa de 9,7% (-289 constituições)”.

Já as Atividades imobiliárias (+22%; +398 constituições), Construção (+6,6%; +154 constituições), Agricultura e outros recursos naturais (+25%; +142 constituições) e Indústrias (+6,7%; +50 constituições), foram os setores que registam crescimento na criação de novas empresas até 30 de abril deste ano.

A Informa D&B revela também que, do ponto de vista geográfico, os centros urbanos de Lisboa e Porto foram os que reuniram “maior número de novas empresas, mas são também aqueles onde se registam as maiores descidas neste indicador”.

“Até 30 de abril, e em comparação com o período homólogo, em Lisboa constituíram-se menos 318 empresas (-5,3%) e no Porto menos 197 empresas (-5,8%). Pelo contrário, Braga, que é o 3º distrito com o maior número de constituições de novas empresas, viu aumentar este indicador em 7,2% (+104 constituições), com destaque para os setores das Atividades imobiliárias e da Construção”, acrescenta a consultora.

Encerramentos e insolvências descem em grande parte dos setores

No que diz respeito a encerramentos, os dados do Informa Business by Data, mostram que estes têm estado a cair nos últimos 12 meses, período em que encerraram 13.784 empresas, o que representa uma descida de 12% (-1 893 encerramentos) face aos 12 meses anteriores.

No entanto, o comportamento foi diferente consoante os setores em análise, uma vez que o setor dos Transportes, por exemplo, se mantém na liderança também neste tópico, com um aumento de 4,6% nos encerramentos registados no último ano.

“A descida neste período foi transversal à maioria dos setores de atividade, com exceção dos Transportes (+4,6%; +38 encerramentos) e das Tecnologias da informação e comunicação (+0,1%; +1 encerramento)”, indica a consultora.

Já no que diz respeito a insolvências, a Informa D&B apurou que 648 empresas iniciaram um processo de insolvência até final de abril, o que corresponde a uma descida de 11,5% (-84 insolvências) face ao período homólogo.

E também no que diz respeito às insolvências houve comportamentos distintos entre os setores, com a consultora a indicar que “mais de metade dos setores registam menos insolvências”, com destaque para as Indústrias (-36%; -78 insolvências), nomeadamente a Indústria de têxtil e moda (-51%; -71 insolvências) nos distritos de Braga e Porto, e que tinha sido “um subsetor que no ano passado quase triplicou o número de insolvências”.

 

 

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Aviação

Pilotos da TACV anunciam greve de cinco dias a partir de 22 de maio

O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC) de Cabo Verde anunciou uma greve dos pilotos da TACV a partir de 22 de maio, com duração de cinco dias, exigindo a resolução de pendências. O presidente do conselho de administração da Cabo Verde Airlines responde que a situação financeira da companhia “é critica” e não permite “uma nova progressão salarial”, mas que administração tem estado aberto ao diálogo.

O presidente do SNPAC, Edmilson Aguiar, conforme avança a Inforpress, assegurou, em conferência de imprensa, que esta decisão foi tomada após esgotarem todas as possibilidades de diálogo com o conselho de administração da TACV.

Entre as reivindicações pendentes, destacam-se a regularização do cancelamento das consultas médicas, a eliminação do seguro de vida e acidentes pessoais, bem como a formalização do acordo de empresa previsto para a assinatura do memorando de 25 de fevereiro de 2019.

Além disso, segundo notícia da Inforpress, o SNPAC exige a implementação de um programa de segurança, proteção da saúde e higiene no trabalho, bem como a resolução de problemas relacionados à segurança no serviço de restauração e “catering” deficitário, além de reivindicar as progressões dos pilotos, em atraso, e o cumprimento dos pagamentos de suplementos remuneratórios que, não têm sido feitos de forma equitativa. A estrutura sindical afirma que está aberto à negociação, mas sublinha que a greve será mantida até que as pendências sejam resolvidas.

Entretanto, também em conferência de imprensa, o presidente do conselho de administração da TACV-Cabo Verde Airlines, Pedro Barros disse, citado pela agência cabo-verdiana de notícias, que a situação financeira da companhia “é critica”, o que não permite “uma nova progressão salarial”, destacando, no entanto que houve uma progressão salarial só dos pilotos de 2.5%.

Informou ainda que o conselho administrativo tem “privilegiado” o diálogo para se chegar a um entendimento, frisando que há procedimentos que poderiam ser feitos de uma outra forma.

Considerou ainda que as pendências existentes antes da privatização da empresa foram “discutidas” o ano passado com a mediação da Direção-Geral do Trabalho, em que se assumiu um conjunto de compromissos para resolvê-las.

Barros explicou que “o salário está a ser pago com alguma ginástica devido à situação crítica da empresa e vai ser pago no tempo estabelecido”, ou seja, no dia 25 do corrente mês, para ressalvar ser legítimo e justo a progressão salarial, mas explicou que a empresa não possui condições para fazer uma nova progressão.

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Destinos

Turismo de Portugal promove gastronomia nacional no Japão

O Turismo de Portugal lançou, no Japão, um programa de promoção da gastronomia nacional, iniciativa que se insere no projeto “The Art of Tasting Portugal” e que decorre até outubro, tendo já motivado a realização de duas iniciativas em Tóquio e Osaka.

O Turismo de Portugal lançou, no Japão, um programa de promoção da gastronomia nacional, iniciativa que se insere no projeto “The Art of Tasting Portugal” e que conta com vários momentos, até outubro deste ano, que cruzam “tradição, inovação e sustentabilidade, protagonizados por reconhecidos chefs portugueses”.

A iniciativa, que arrancou a 2 de maio, no restaurante Noda Harajuku, em Tóquio, destina-se a “críticos gastronómicos, operadores turísticos e líderes de opinião japoneses”, um mercado onde, segundo o Turismo de Portuga, “o turismo gastronómico tem uma enorme relevância”.

O arranque deste programa contou com a participação do chef Diogo Rocha, que levou ao Japão os sabores do Centro de Portugal, numa criação conjunta com o chef Yuki Noda, conhecido pela sua dedicação à preservação da cozinha regional japonesa.

“Esta colaboração destacou-se pela fusão entre a autenticidade dos produtos portugueses, a criatividade dos chefs e a delicadeza técnica da gastronomia japonesa”, explica o Turismo de Portugal, revelando que a ação incluiu também “um momento especial no Pavilhão de Portugal na Expo Osaka 2025, onde o chef Diogo Rocha recriou a tradicional vitela à moda de Lafões, integrada numa mostra de barro negro de Molelos”.

Esta quarta-feira, 7 de maio, houve uma nova ação promocional da gastronomia portuguesa no Japão, que contou com a participação do chef Vítor Sobral e do chef japonês Yoshida, em Osaka, na qual ambos os chef cozinharam lado a lado, numa “abordagem inovadora, que cruza tradição, criatividade e sustentabilidade”.

O Turismo de Portugal indica que o chef Vítor Sobral foi também o responsável pelo menu da receção do Dia de Portugal na Expo Osaka 2025, criando para o efeito “um momento único de degustação de Portugal para os mais de 100 convidados presentes”.

“Estas ações inserem-se numa estratégia mais ampla de valorização da gastronomia portuguesa como ativo-chave da marca Portugal, afirmando-a cada vez mais nos mercados internacionais como um ativo estratégico do turismo nacional, como um motor de valorização dos territórios, de estímulo à sustentabilidade e de promoção da autenticidade cultural”, explica Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal.

As iniciativas visaram também reforçar a campanha “Portugal, uma receita por escrever”, que convida os viajantes a descobrirem o país através de uma combinação única de ingredientes, concretamente frescura, autenticidade, criatividade, sustentabilidade e generosidade, numa campanha que “celebra a ligação entre os sabores, as pessoas e as regiões, e que coloca Portugal no mapa dos grandes destinos gastronómicos a nível mundial”.

 

 

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