Les Roches identifica as tendências em hospitalidade e turismo para 2024
Tecnologia aplicada à sustentabilidade, hiperpersonalização, viagens com base na experiência e redes sociais, são as quatro tendências em hospitalidade e turismo para 2024 apontadas pela Les Roches.
Publituris
TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé
Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros
Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023
Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023
Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio
Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris
Octant Hotels promove-se nos EUA
“A promoção na Europa não pode ser só Macau”
APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu
Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT
A Les Roches aponta as principais tendências em que se enquadrará o setor este ano, e que se caracterizam por uma forte presença da tecnologia como motor de inovação. Para Carlos Díez de la Lastra, CEO da universidade de formação turística e hoteleira: “2024 não assistirá apenas à evolução da hotelaria, será uma grande transformação da forma como o setor se conecta com os seus hóspedes e com o resto do mundo”.
Na nova era pós-Covid, as expetativas e prioridades dos clientes mudaram e estes optam agora por experiências totalmente personalizadas, sustentáveis e mais locais. E, por sua vez, estas novas exigências no setor da hotelaria são impulsionadas pela tecnologia, que é definida como a espinha dorsal. Desde a automatização de serviços através de chatbots e Inteligência Artificial até aos hotéis que utilizam ferramentas de Sistemas de Gestão Empresarial (BMS) para gerir eficientemente os seus recursos, passando por robots que irão simplificar tarefas manuais como a limpeza ou o transporte de bagagens. Carlos Díez de la Lastra afirma: “Os avanços não só nos estão a conduzir a uma sociedade mais digital, como também são a forma de conseguir experiências mais personalizadas para o cliente e mais eficientes para a empresa e os seus funcionários”, para avançar que, em suma, a tecnologia “é a única forma de sobreviver e de se destacar no domínio do turismo. E na Les Roches, contribuímos para enriquecê-lo através dos nossos alunos, que se tornam líderes nas principais cadeias hoteleiras e empresas turísticas graças ao seu trabalho exemplar em resposta às exigências atuais e futuras”.
A Les Roches lembra que, no último relatório da Booking.com, os viajantes já refletiam a sua preocupação em tornar o mundo um lugar mais verde: 79% disseram que querem viajar de forma mais sustentável nos próximos 12 meses e 75% estão a procurar empresas que ofereçam opções mais sustentáveis. Os turistas de hoje estão muito mais conscientes do impacto ambiental que as atividades relacionadas com o turismo têm vindo a gerar nos últimos anos. Neste sentido, os hotéis estão a adotar energias renováveis, software centralizado e BMS para otimizar a eficiência operacional e reduzir a sua pegada ambiental. Neste caso, a implementação destes sistemas inteligentes contribui para a eficiência energética através do ar condicionado, da iluminação inteligente ou dos pontos de carregamento para veículos elétricos.Mas alerta que a sustentabilidade tem de ter em conta os aspetos económicos e socioculturais do ambiente.
Quanto à hiperpersonalização, já exigida por 71% dos clientes, é conseguida através da utilização de ferramentas digitais como a inteligência artificial, o machine learning e a análise de big data. A adoção destes conceitos permite aos hotéis antecipar e satisfazer proativamente as necessidades dos hóspedes, oferecendo experiências altamente adaptadas aos seus gostos e hábitos. Os principais fatores incluem a adaptação de estratégias de preços dinâmicas, programas de fidelização personalizados, recomendações de refeições com base em padrões de consumo e serviços adaptados ao seu histórico. A implementação de serviços multicanal, como a utilização de dispositivos móveis e a faturação eletrónica, juntamente com a monitorização das redes sociais, alarga as opções para o desenvolvimento de uma comunicação sem descontinuidades. Esta revolução digital e centrada no cliente redefine as ações, proporcionando eficiência nas estratégias comerciais e preparando a hotelaria para oferecer experiências únicas a nível global.
Por outro lado, a tendência para uma abordagem holística está a consolidar-se e os viajantes procuram experiências locais autênticas, com uma forte preferência por atividades relacionadas com o bem-estar, o turismo ativo, a imersão na natureza e a gastronomia. Estes planos já estão a ultrapassar em termos de interesse as atividades convencionais relacionadas com o turismo, como a arte e a cultura. A importância de se adaptar a estas tendências emergentes está a tornar-se uma necessidade imperativa e uma obrigação para os agentes hoteleiros, uma vez que a dependência excessiva de produtos turísticos específicos pode ser ineficaz, afetando a sustentabilidade dos destinos. Nesta procura de novas experiências, começam a ganhar terreno outros tipos de turismo mais ligados à saúde, como o turismo desportivo.
Além disso, de acordo com a Les Roches, estas viagens experienciais devem ser garantidas desde o momento da reserva: segundo um estudo da Forbes, os turistas com menos de 34 anos têm 130% mais probabilidades de reservar um hotel se puderem fazer uma visita virtual através do seu sítio Web. Este tipo de visitas virtuais adaptadas às novas exigências e anteriores à viagem geram confiança no viajante no estabelecimento de destino e um aumento da duração da estadia.
A quarta tendência tem a ver com as redes sociais que continuam e reafirmam-se como uma ferramenta essencial para a indústria hoteleira, influenciando as decisões de viagem e transformando a interação com os clientes. As estratégias centram-se na inspiração através de plataformas como o Instagram ou o Tik Tok, influenciando as decisões de reserva e construindo credibilidade através de críticas autênticas baseadas nas experiências dos viajantes. O impacto das redes sociais é evidente na mudança de comportamento dos turistas, que consideram crucial a relação direta com as marcas. As empresas de turismo, por seu lado, utilizam ativamente as redes sociais para promover destinos, campanhas publicitárias e melhorar o serviço ao cliente, demonstrando a sua importância contínua na indústria da hospitalidade. Além disso, em nenhum caso podem ignorar as classificações e comentários recebidos e, em muitos casos, devem determinar se essas avaliações correspondem a experiências reais e tratá-las adequadamente, a fim de atrair o maior número de hóspedes, aconselha a instituição.