O foco hoje da ASGAVT é “uma proteção clara das agências de viagens para ganharem peso e visibilidade no mercado”, afirma Miguel Quintas
Na cerimónia de tomada de posse dos novos corpos sociais da ASGAVT, esta quarta-feira, em Lisboa, o seu presidente, Miguel Quintas, declarou aos jornalistas que, com esta nova direção saída das recentes eleições, o objetivo da associação “engrandeceu, e o foco é hoje uma proteção clara das agências de viagens para ganharem peso e visibilidade no mercado e, acima de tudo para poder defender os interesses da sua classe, que tem falhado aqui e acolá”.

Carolina Morgado
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Na sua intervenção, Miguel Quintas falou do que é esta associação, que tem dois anos, tendo nascido durante a pandemia da Covid-19, e do que se pretende venha a ser. Disse que a ASGAVT tinha um objetivo muito específico que era, na altura, proteger os interesses dos sócios gerentes que não tinham acesso ao lay-off, sentindo-se prejudicados face ao resto do mercado, associando este objetivo principal aos interesses de proteção da própria classe dos agentes de viagens. A ASGAVT nasceu de um espírito combativo das agências de viagens que se juntaram para reivindicar. É este o ADN que existe e que queremos manter”, frisou, anunciando que a associação possui atualmente mais de 80 associados, mas “o mais importante é a inscrição de novos associados nos últimos dias”.
O programa de mandato para o triénio 2023-2025 será apresentado aos associados, de acordo com o novo presidente, na próxima semana, que irão versão em quatro áreas: finanças, comercial, formação e eventos. Só depois disso serão encetados contactos com as mais diversas entidades oficiais ligadas ao setor.
De entre as medidas a tomar, está no topo a revisão estatutária, “transformando a ASGAVT numa entidade associativa puramente empresarial. É um dos pontos mais revelantes e mais agências nos têm pedido”, ou seja, “democraticidade, transparência e independência”.
A instituição do Dia do Agente de Viagens em Portugal, já em 2024, é outra bandeira desta nova direção, porque “as agências de viagens têm, ao longo dos anos, sofrido uma erosão grande naquilo que é a sua atividade e rentabilidade, mas acima de tudo, no esforço permanente que é necessário que a nossa profissão exige. A verdade é que, embora sejam uma classe muito grande dentro do espetro económico português, as agências de viagens não têm sido devidamente reconhecidas pelo seu esforço diário, principalmente, pela importância que têm, e particularmente, visível durante o Covid”, explicou o presidente da ASGAVT.
Assim, “é fundamental que o nosso setor e a economia, de firma geral, reconheça o papel das agências de viagens e dos seus profissionais, e que a sua atividade é ligada a pessoas”. Neste sentido, “este dia, que vamos criar, será aliada à efeméride de alguém importante da nossa missão, que demonstrou ou demonstra, na sua história, que esteve presente nos momentos difíceis e a apoiar as empresas deste setor nos seus processos e crescimentos, bem como tenha tido papel de relevo histórico em Portugal”. A data da efeméride, que passará a coincidir com o Dia do Agente de Viagens, bem como a personalidade visada, segundo Miguel Quintas, serão apresentadas em breve.
O novo dirigente não descarta igualmente a realização de congressos anuais da ASGAVT. “Acho que é cedo ainda falarmos num congresso, mas interesse e vontade de o fazer existe, pois seria um sinal de força, de união das agências de viagens e um momento de reflexão, para troca de ideias e apresentação das suas necessidades e discutir as linhas diretoras para o ano seguinte”. No entanto avisou que “um congresso, será claramente diferente dos congressos típicos que existem das associações do setor”.
Respondendo a uma questão colocada pelo Publituris sobre a possível convivência com a APAVT, já que coincidem em relação aos objetivos de defesa da classe, Miguel Quintas considerou que “o mais importante é que, num mercado concorrencial, existe uma associação que tem vontade de estar presente no mercado, de defender os interesse das agências de viagens, e acima de tudo vai garantir uma concorrência e ela é salutar. Não há mal nenhum haver mais associações, e através da concorrência todo o setor vai melhorar. Só por isso, já é suficientemente interessante, importante, e desejável haver outra associação forte neste mercado”.
Miguel Quintas garantiu que “vamos trabalhar com todas as entidades relevantes para o nosso setor e para a ASGAVT. Havendo oportunidade e fazendo sentido trabalhar com concorrentes nossos, claro que o faremos. Espero é o contrário também seja verdade. Iremos ver”, concluiu.