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Portugal no Top 10 do ranking da ICCA

Portugal volta a figurar no Top 10 do ranking da ICCA relativamente aos países e cidades que organizaram eventos em 2022. Já Lisboa aparece em 2.º lugar, mas há outras cidades portuguesas listadas no ranking de 2022.

Victor Jorge
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Portugal no Top 10 do ranking da ICCA

Portugal volta a figurar no Top 10 do ranking da ICCA relativamente aos países e cidades que organizaram eventos em 2022. Já Lisboa aparece em 2.º lugar, mas há outras cidades portuguesas listadas no ranking de 2022.

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Num ano em que, segundo as contas da International Congress and Convention Association (ICCA), se realizaram mais de 10.500 eventos e congresso em todo o mundo, a análise feita a 2022 indica que 85% concretizaram-se de forma presencial (correspondendo a 9.042), o que, de acordo com o CEO da associação, Senthil Gopinath, mostra “uma tentativa de regresso à normalidade”, referiu durante a conferência de imprensa realizada na IMEX 2023, em Frankfurt (Alemanha).

Portugal figura na 7.ª posição, com 294 eventos/congressos realizados ao longo de 2022 de forma presencial.

À frente de Portugal surgem EUA (690 evento/congressos), Espanha (528), Itália (522), Alemanha (484), França (472) e Reino Unido (449), respetivamente. A fechar o Top 10, surgem Países Baixos (253), Bélgica (234) e Canadá (233), com El Salvador, Mónaco e Omã a fecharem o ranking com cinco eventos cada ao longo do ano 2022.

Numa análise às cidades, Lisboa surge em 2.º lugar, somente atrás de Viena (Áustria). Enquanto a capital austríaca foi palco de 162 eventos/congressos, Lisboa foi a cidade escolhida para 144 eventos/congresso ao longo de 2022.

O Top 10 do ranking elaborado pela ICCA, no que diz respeito às cidades, é ainda composto por Paris (134), Barcelona (133), Praga (129), Madrid (128), Berlim (113), Atenas (109), Bruxelas (108) e Londres (106).

Neste ranking das cidades surgem ainda outras cidades portuguesas: Porto, em 27.º lugar com 54 eventos/congressos; Cascais, em 129.º lugar com 16 eventos/congressos; Braga, em 153.ª posição com 13 eventos/congressos; Coimbra, em 164.º lugar com 12 eventos/congressos; Aveiro, em 173.º lugar com 11 eventos/congressos; Vilamoura/Algarve, em 256.º lugar com 7 eventos/congressos; Guimarães, na 292.ª posição com 6 eventos/congressos; e Funchal/Madeira, em 326.º lugar com 5 eventos/congressos organizados em 2022.

No ranking europeu, com a saída dos EUA, Portugal sobe ao 6.º lugar com os 294 eventos e congressos realizados em território nacional.

Na análise referente ao total de eventos/congressos que foram planeados para Portugal, alguns deles, depois não se concretizaram, a ICCA revela que o número foi de 310, ou seja, Portugal “perdeu” 16 eventos/congressos em 2022.

Já a cidade de Lisboa, que no ranking das cidades aparece em 2.º lugar, com 144 eventos/congressos realizados ao longo de 2022, a ICCA indica que estavam planeados 153 para a capital portuguesa, não se tendo realizado, assim, nove eventos.

No caso da cidade do Porto, em 27.º lugar, com um total de 54 eventos/congressos realizados, a ICCA diz que, originalmente, estavam planeados 59 eventos/congressos, ou seja, não se concretizaram cinco.

Foto crédito: Depositphotos.com
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‘Turismo fator de coesão nacional’ é tema da Conferência da CTP no Dia Mundial do Turismo

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) assinala o Dia Mundial do Turismo, que se celebra a 27 de setembro, com uma conferência dedicada ao tema “Turismo como fator de coesão nacional”, no hotel NAU Salgados Palace (Palácio de Congressos do Algarve), em Albufeira.

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“Nesta conferência, onde assinalaremos o Dia Mundial do Turismo, serão abordados temas fulcrais da atividade turística em Portugal, numa altura em que, depois da pandemia, ainda enfrentamos desafios como a guerra e as suas consequências económicas”, destaca o presidente da CTP.

No entanto, conforme explica Francisco Calheiros, “pretendemos olhar para o futuro. Os números da atividade este ano confirmam a recuperação já iniciada em 2022, pelo que se pretende continuar a projetar o Turismo como um importante fator de desenvolvimento económico e social, quer a nível regional, quer no País em geral’, por isso termos escolhido como tema desta conferência “Turismo fator de coesão nacional”, afirmou.

Este encontro realiza-se em parceria com a AHETA e conta com o apoio da Região de Turismo do Algarve e da Câmara Municipal de Albufeira.

Assim, “é uma honra para a AHETA ser parceira da CTP neste importante evento do Turismo nacional e uma honra para o Algarve receber esta conferência que assinala o Dia Mundial do Turismo, onde se irão debater importantes temas da atualidade turística”, refere Hélder Martins, presidente da AHETA.

Várias personalidades ligadas direta ou indiretamente ao setor vão discutir o estado atual do Turismo, bem como o seu papel enquanto fator de desenvolvimento territorial e as perspetivas de futuro da atividade turística.

A conferência contará, na sessão de abertura, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (através de mensagem vídeo); o Primeiro-Ministro, António Costa; o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo e o presidente da CTP, Francisco Calheiros. O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, presidirá à sessão de encerramento.

 

O keynote speaker da Conferência será o CEO do Millennium BCP, Miguel Maya, ao qual se seguem dois painéis de debate.

“O Turismo e o desenvolvimento territorial” será o tema do primeiro debate, que contará com a presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial; André Gomes, presidente da Região de Turismo do Algarve; Miguel Campos Cruz, presidente da Infraestruturas de Portugal; Alexandre Solleiro, CEO da Highgate Portugal e António Brochado Correia, Territory Manager Partner da PwC Portugal.

Já no segundo painel de debate, sobre o tema “Algarve e o futuro do Turismo” estarão presentes o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda; Hélder Martins, presidente da AHETA; José Apolinário, presidente da CCDR Algarve; Nuno Sepúlveda, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe e António Moura Portugal, diretor executivo da RENA (Associação das Companhias Aéreas em Portugal).

 

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63.º Congresso da ICCA ruma a Abu Dhabi

A ICCA explica que recebeu diversas propostas para a realização do evento e optou por Abu Dhabi por ser “uma das capitais mais modernas e vibrantes do mundo, um destino conhecido pela sua hospitalidade, cortesia e excelentes instalações de última geração”.

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A ICCA – International Congress and Convention Association vai realizar o seu 63.º Congresso em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, encontro que vai ter lugar entre 20 e 23 de outubro de 2024 e que vai ser dedicado à sustentabilidade.

Num comunicado enviado à imprensa, a ICCA explica que recebeu diversas propostas para a realização do seu 63.º Congresso, tendo optado por Abu Dhabi por ser “uma das capitais mais modernas e vibrantes do mundo, um destino conhecido pela sua hospitalidade, cortesia e excelentes instalações de última geração”.

O encontro vai decorrer no Centro Nacional de Exposições de Abu Dhabi (ADNEC), que conta com 133.000 metros quadrados de área e é “um local multifuncional”, que se adequa perfeitamente ao evento.

Além da própria cidade e das condições das instalações, a ICCA teve também em conta a facilidade com que é possível viajar para Abu Dhabi, assim como a vasta oferta de alojamento e a existência de atrações variadas para o programa social do evento.

“A ICCA reconhece como Abu Dhabi compreende o papel transformador que os grandes eventos internacionais podem desempenhar e como os delegados reunidos de todo o mundo podem encontrar-se, partilhar e aprender num espírito de abertura e possibilidade”, congratula-se Senthil Gopinath, CEO da ICCA, que considera que o encontro de Abu Dhabi tem tudo para ser “um evento marcante”.

Já Saleh Mohamed Al Geziry, diretor-geral de Turismo do Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi, considera que a escolha de Abu Dhabi para a realização deste evento “demonstra o crescimento do emirado como destino MICE”.

“Através do nosso compromisso de estabelecer parcerias estratégicas, posicionámos Abu Dhabi como um centro dinâmico onde as empresas e a inovação prosperam. Ao oferecer uma ampla variedade de locais distintos, hotéis e opções culturais, de lazer e entretenimento durante todo o ano, oferecemos experiências de viagens e negócios para todos os nossos visitantes MICE”, destaca o responsável.

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Primeiras conferências do WTM London 2023 já são conhecidas

A realizar de 6 a 8 de novembro, em Londres, a organização do WTM London 2023 dá a conhecer as primeiras conferências a realizar no evento.

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Londres será de 6 a 8 de novembro a capital do turismo mundial, com a realização do World Travel Market (WTM) 2023. A organização deu a conhecer as primeiras conferências agendas para os três dias do evento, antecipando que serão mais de 60 as sessões de conferências divididas por três palcos que adotam os nomes de Discover, Elevate e Innovate.

Dando resposta à procura que estas sessões tiveram no evento de 2022, onde marcaram presença mais de 9.000 visitantes, a organização resolveu aumentar o tamanho dos palcos e em vez de haver um palco, existirão três palcos com a mesma importância.

As oito sessões de conferências terão as designações de Sustainability, Technology, Geo-Economics, Emerging Markets, Consumer Trends, Marketing, Diversity & Inclusion (D&I) e Experience.

Assim, do programa que foi dado a conhecer agora, destaque para o Conferência dos Ministros do Turismo, em associação com a Organização Mundial do Turismo (OMT) e o World Travel & Tourism Council (WTTC), a realizar no dia 6 de novembro.

Na sua 17.º edição, este importante evento reúne o maior encontro de dignitários de todo o mundo para discutir e ratificar os principais acordos de turismo. O “Summit” acontecerá no primeiro dia da WTM Londres 2023. Esta é uma mudança em relação aos anos anteriores, quando ocorreu no segundo dia e significa a crescente importância do “Summit” para a indústria mundial de viagens e turismo.

Também na segunda-feira, 6 de novembro, os participantes poderão assistir ao lançamento da nova pesquisa da WTM: “WTM Presents…A Global Travel Outlook”. Os delegados obterão informações sobre as tendências que moldam o futuro das viagens com uma apresentação do novo WTM Global Travel Report, apoiado por analistas da Oxford Economics.

Esta sessão dará voz às novas necessidades dos viajantes, destinos emergentes e em crescimento, e revelará comportamentos e tendências para 2024 e além.

No Segundo dia do WTM, realizar-se-á o “Diversity & Inclusion Summit (D&I)”. Este “Summit” abordará por que uma empresa de viagens pode ter um desempenho melhor com diversas forças de trabalho e a importância da inclusão no desenvolvimento da estratégia de viagens de lazer. A promoção do sentimento de pertença com consideração pelos grupos sub-representados garantirá que as viagens sejam acessíveis a todos, independentemente de gênero, etnia, orientação sexual ou origem socioeconômica.

Entre as sessões, Darren Edwards, um aventureiro deficiente que quebrou recordes, examinará o estigma em torno da deficiência e explorará maneiras pelas quais as empresas podem superar preconceitos subconscientes.

Já o “Technology Summit” cobrirá sessões como “Building Cities for Smart Tourism”; o futuro da tecnologia; e AI – Oportunidades Ilimitadas de Mudança no Setor de Viagens.

Além disso, na terça-feira, 7 de novembro, no Innovate Stage, a comunidade de viagens ouvirá Tom Hall, vice-presidente da Lonely Planet, que analisará como as mudanças no comportamento e nas prioridades dos viajantes mudaram o panorama das viagens.

Para o último dia do WTM London 2023 está marcada o “Marketing Summit”. As sessões de marketing abrangerão a orientação por dados; contar histórias e interagir com influenciadores. As sessões de quarta-feira também abordarão o futuro do marketing e das ferramentas digitais no marketing de viagens.

No que diz respeito à sustentabilidade, o “Sustainability Summit” abordará as muitas barreiras que a sustentabilidade ainda enfrenta na indústria de viagens e a sessão pretende descobrir como a educação, os benefícios socioeconómicos e o financiamento eficaz podem gerar mudanças positivas e incentivar a adoção de práticas sustentáveis em todo o setor.

Entre as sessões obrigatórias: “Where Next? Reimagining tourism” mostrará um clima em constante mudança, revelando como é o bom turismo à medida que os desafios do clima e da biodiversidade pioram.

Brooke Gilbertson, International Conference Manager do WTM London, admite que, “para aqueles que procuram uma visão macro da indústria de viagens e uma compreensão mais profunda das forças que a moldam, o WTM London 2023 é uma feira imperdível com palestrantes vindos de todos os cantos do mundo para espalhar o seu conhecimento em todos os elementos da indústria de viagens”.

O jornal PUBLITURIS será, mais uma vez, Media Partner do WTM London 2023.

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Crédito: Gustavo Merolli

Internacional

35.ª edição do Festuris lançada oficialmente em Porto Alegre

A 35.ª edição do Festuris – grande evento de negócios turísticos das Américas – foi lançada, recentemente, em Porto Alegre.

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O Festuris – Feira internacional de Turismo de Gramado que acontece de 9 a 12 de novembro, em Gramado, no Centro de Feiras do Serra Park, foi lançado, oficialmente, no passado dia 15 de agosto.

Uma das grandes novidades, e que acompanha a procura do mercado de negócios turísticos, é a ampliação de espaço físico do evento em 20%, indicando a organização que, pela primeira vez, o Festuris utilizará os três pavilhões do Centro de Feiras do Serra Park. Dois deles completamente com stands, e o Meeting, parte do conteúdo do evento, ganhou espaço exclusivo no terceiro pavilhão. Como uma das ações de sustentabilidade da organização, os pavilhões são chamados de Araucária, Hortênsia e Plátano.

Nesta histórica, que tem como mote “Capital Humano: chave da transformação”, são esperados 15 mil participantes, revelando a organização que “são mais de 2.700 marcas em exposição e 40 destinos internacionais representados.

Marta Rossi, à frente do evento desde a criação, apontou que o Festuris não é apenas uma feira. “O turismo é feito de pessoas para pessoas, e o Festuris é um organismo vivo”.

Sustentado pela relevância e compromisso com o trade turístico, o Festuris fideliza os seus expositores, sendo prova disso os 75% de espaços de todo o evento que são de clientes que renovam contratos há anos.

O impacto económico do Festuris
Em 2022, o impacto económico em Gramado, devido a realização do evento, foi de 25 milhões reais (mais de 4,6 milhões de euros), antevendo a organização, com base nas estimativas apresentadas até aqui, além do grande envolvimento do trade turístico com o evento, que a movimentação na economia local possa aproximar-se dos 40 milhões reais, ou seja, mais de 7,3 milhões de euros.

O volume de negócios gerados na feira, em 2022, resultou no valor de 350 milhões reais (cerca de 65 milhões de euros). Já as perspetivas para 2023 são de 400 milhões reais (perto de 75 milhões de euros) de negócios gerados a partir das reuniões agendas no evento.

Segmentação dos espaços
O grande aliado do Festuris são os espaços segmentados, aparecendo em destaque áreas como Green & Experience, LGBT+, Business & Innovation, Food and Drinks, Wedding e Luxury.

Um exemplo da força da segmentação é destacada pela organização com o Espaço Luxury. Na sua 8.ª edição, a área bateu todos os recordes a pouco menos de 90 dias do evento iniciar. Com 800m² de área física, os espaços foram 100% comercializados, o que comprova, por parte do mercado nacional e internacional, o Luxury como uma excelente plataforma para realizar negócios neste segmento.

O projeto conta com 72 marcas em exposição, contando com operadoras, destinos, nacionais e internacionais, redes de hotéis e resorts, companhias aéreas e marítimas, entre outras.

A programação também é exclusiva e cria uma atmosfera de negócios com relacionamentos qualificados no Espaço Luxury do Festuris. O Espaço Wedding é um aliado do segmento de luxo e, mais uma vez, terá um espaço no Festuris apresentando wedding destinations e outras novidades do segmento de casamentos, algo em ascensão no Brasil.

Outro dos espaços em destaque e que apareceu, pela primeira vez no Festuris há 14 anos, é o Espaço LGBT+. A cada ano, novos destinos e empresas, que atuam também com o foco na comunidade LGBT+, integram-se nesta área, apresentando talks sobre o mercado turístico do nicho, além de trocas de ideias com personalidades LGBT+.

Os espaços Green & Experience e Business & Innovation somam-se aos demais sempre com o intuito de facilitar a jornada de trabalho dos agentes de viagens que participam para fechar negócios no Festuris.

O Green tem uma ativação mais voltada aos destinos e marcas que trabalham o turismo verde e de aventura. Neste espaço há o apoio da ONG Greenpeace que atende ao participante com foco na conscientização e preservação do meio ambiente.

No Business, além dos expositores da área do corporativo, há também espaço para as novidades em tecnologia, startups e lazer. Os conteúdos, com cerca de 15 minutos de apresentação, agregam a programação dos talks.

Com a gastronomia como indutora do turismo, em 2022, o Festuris lançou o espaço Food & Drinks com uma área dedicada às experiências gastronómicas, frisando os dados do Ministério do Turismo do Brasil que a gastronomia é um dos indutores do turismo, sendo o terceiro ponto elencado pelas pessoas na hora de decidir uma viagem.

De referir ainda que o país convidado da 35.ª edição do Festuris é o Uruguai, convite que será formalizado no próximo dia 31 de agosto, em Montevidéu, ocasião em que o ministro do Turismo do Uruguai, Tabaré Viera, formalizará esta parceira, facto que ressalva a importância da participação do país que está presente desde a segunda edição do Festuris.

 

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Rio de Janeiro não quer deixar a ABAV Expo voltar a sair da cidade

Depois de 11 anos e com 100% dos espaços comercializados, a Abav Expo, considerado o maior evento do Turismo do Brasil, está de volta ao Rio de Janeiro, e a cidade não quer deixá-la fugir de novo. A 50ª edição acontecerá no Riocentro, de 27 a 29 de setembro, e promete ser ainda mais grandiosa e sustentável.

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As entidades organizadoras apresentaram, recentemente, os números desta 50ª edição. Um público diverso, entre 36 e 40 mil visitantes, é esperado nos mais de 37 mil metros dos pavilhões 3 e 4 do Riocentro. Serão aproximadamente duas mil marcas expositoras; 37% de aumento no número de operadores; 86% de aumento de novos expositores ou que não foram expositores nos últimos dois anos; 15 destinos internacionais; 25 unidades da Federação com standes próprios; 22 empresas do segmento hoteleiro com estandes próprios; e 23 empresas de tecnologia. Haverá também a área de artesanato Vivências do Rio.

Aguardada esta a palestra de Steve Wozniak, cofundador da Apple ao lado de Steve Jobs, que decorrerá na cerimónia de abertura do evento, a27 de setembro, Dia Mundial do Turismo. Wozniak, que é reconhecido mundialmente na área tecnologia, falará sobre tendências e novidades como Inteligência Artificial e como atua na nossa sociedade.

O programa ainda engloba 50 compradores internacionais de alto potencial de negócios para se relacionarem com empresários do turismo brasileiro. Com o mote “O mundo todo do turismo se encontra lá”, a feira receberá compradores de diversos países, tais como dos Estados Unidos, México, Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai, Peru, Colômbia, Bolívia, Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Portugal.

Na edição de 2023, o evento traz um consistente programa de ESG no Turismo. Inspirada pela Agenda 2030, a Abav Nacional comprometeu-se com o desenvolvimento sustentável em suas três dimensões — social, ambiental e económica, intitulando-a Jornada Abav ESG.

Para garantir a acessibilidade, estão previstas visitas guiadas para deficientes visuais e auditivos, bem como carros RXV com motoristas para levar as pessoas com limitações de mobilidade até os espaços de credenciação, onde poderão utilizar scooters internamente. Além disso, uma EcoPista será instalada para captar energia cinética, economizando energia que seria utilizada em diversas atividades durante a feira.

Durante três dias, a 50ª edição da ABAV Expo será palco de um grande ambiente de negócios, relacionamento e capacitações, com novidades tecnológicas e ações de ESG, foi confirmado.

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Festuris 2023: Abertas inscrições para buyers dos segmentos Luxury, Mice e LGBT

A Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado acaba de abrir as inscrições para os buyers dedicados aos segmentos Luxury, Business & Innovation e LGBT+.

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Com inscrição disponível no site www.festurisgramado.com, no espaço Hosted Buyer, estes profissionais têm a possibilidade de ter uma agenda de reuniões focada na sua área específica.

Após efetuar a sua inscrição de forma gratuita no site, o pedido será avaliado pela curadoria da feira e, se a solicitação for aceite, o candidato receberá o convite oficial confirmando a participação como buyer. Os profissionais recebem uma credencial exclusiva de acesso a toda extensão da Feira de Negócios.

Recorde-se que a Festuris acontece de 9 a 12 de novembro, em Gramado, com o mote “Capital Humano: Chave da Transformação”. Para além da feira em geral, haverá espaços dedicados exclusivamente ao Luxury, Wedding, Green & Experience, Business & Innovation, LGBT+ e Food and Drinks.

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Feira do turismo de golfe internacional será em Lisboa nos próximos dois anos

Lisboa foi a cidade escolhida para receber, em 2023 e 2024, o International Golf Travel Market.

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O próximo International Golf Travel Market (IGTM), evento organizado pela RX (Reed Exibitions), terá como palco a cidade de Lisboa, realizando-se de 16 a 19 de outubro na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Com rotatividade nos locais de exibição nas duas últimas décadas, o IGTM terá Lisboa como a anfitriã nos próximos dois anos, evento que pretende definir o futuro do segmento para expositores, agentes de viagens e operadores turísticos.

“Ao escolher Lisboa como cidade anfitriã, estabelecemos o IGTM num destino para os próximos dois anos. Isso fará uma grande diferença para todos os participantes, pois o local não fica apenas perto do aeroporto, mas também a uma curta caminhada de hotéis, restaurantes e bares. A proximidade de todas as comodidades proporcionará a oportunidade perfeita para os participantes que buscam oportunidades adicionais de networking na comunidade de viagens de golfe”, refere David Griffiths, diretor de Eventos do IGTM.

Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 2022 e 2032, o mercado de Turismo de Golfe deverá ultrapassar os 36 mil milhões de euros, acrescentando que esta evolução é “alimentada principalmente pelo número crescente de torneios internacionais e domésticos e um aumento maciço no número de jogadores de golfe profissionais e amadores em todo o mundo”.

 

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10.ª Conferência Internacional sobre Geoparques Globais da UNESCO de 7 a 11 de setembro em Marrocos

A cidade marroquina de Marraquexe vai receber a 10.ª Conferência Internacional sobre Geoparques Globais da UNESCO, de 7 a 11 de setembro. Estarão reunidos membros dos geoparques de todo o mundo, cientistas, geólogos, académicos, estudantes, empresas, todos os interessados na natureza e no património natural e imaterial.

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O Conselho Executivo da Rede Global de Geoparques (GGN) nomeou Marrocos, com seu Geopark M’Goun, entre França, México e Brasil para sediar este evento, que reunirá mais de 1.500 participantes de 50 países. Trata-se do encontro mais importante onde os gestores dos Geoparques Globais da UNESCO e membros da Rede Global de Geoparques se encontram e trocam conhecimentos e experiências sobre a instalação e gestão de geoparques. O tema deste ano é: Geoparques Globais da UNESCO – Comunidades em Desenvolvimento.

​​Esta conferência realiza-se a cada dois anos e reúne especialistas de todo o mundo para partilharem as últimas descobertas e experiências numa ampla variedade de tópicos, incluindo geologia, turismo sustentável, educação ou gestão participativa para o desenvolvimento sustentável.

Esta iniciativa tem como objetivo a promoção e transmissão do conhecimento tradicional, a valorização dos produtos locais, o desenvolvimento de atividades adequadas ​​ao ar livre, através do geoturismo e o fortalecimento das populações.

Refira-se que um Geoparque Mundial da UNESCO é uma área única e unificada onde locais e paisagens de importância geológica internacional são geridos numa conceção holística de proteção, educação e desenvolvimento sustentável.

Um Geoparque Mundial da UNESCO utiliza o seu património geológico, em conjunto com todos os outros aspetos do património natural e cultural da área, para aumentar a consciência e a compreensão de questões-chave com que a sociedade se depara, como a utilização sustentável dos recursos do Planeta, mitigando os efeitos das mudanças climáticas e reduzindo o impacto das catástrofes naturais.

Através de uma maior consciencialização da importância do património geológico da região na história e na sociedade, um Geoparque Mundial da UNESCO concede aos seus habitantes um sentimento de orgulho na sua região e fortalece a sua identificação com o território. A criação de iniciativas inovadoras locais, de novos postos de trabalho e de cursos de formação de alta qualidade é estimulada, enquanto novas fontes de receita são geradas através do geoturismo e os recursos geológicos são protegidos.

Em Portugal existem cinco Geoparques Mundiais da UNESCO: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Estrela. O primeiro Geoparque português a integrar a Rede de Geoparques Mundiais da UNESCO, foi a Naturtejo em 2006, seguindo-se Arouca em 2009, Açores em 2013, Terras de Cavaleiros em 2014 e Estrela em 2020.

Sob a égide da Comissão Nacional da UNESCO, a 30 de junho de 2022, foi criada a Rede Portuguesa dos Geoparques Mundiais da UNESCO dotada de um Comité de Coordenação.

Estabelecido em 2014, o Geoparque M’Goun é o único geoparque no Magrebe e o primeiro estabelecido no continente africano, seguindo-se depois a abertura do Geoparque Ngorongoro-Lengai na Tanzânia em 2018. O geoparque de M’Goun oferece um programa de educação científica e ambiental, fortalecendo o engajamento de Marrocos no desenvolvimento sustentável.

Marrocos também foi nomeado membro do GGN durante a 9ª Conferência Global de Geoparques da UNESCO para os próximos quatro anos, refletindo o compromisso do país com a gestão e preservação das paisagens geológicas.

Além disso, o país preside desde 2019 a Rede Africana de Geoparques das Nações Unidas (AUGGN), com a intenção de expandir a rede de geoparques no continente e implementar os objetivos do Programa Internacional de Geociências e Geoparques.

 

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Resort & Residential Hospitality Forum tem lugar em Lisboa de 9 a 11 de outubro

O evento vai focar-se no mercado do lazer e em como o setor pode tirar partido do fenómeno das chamadas “revenge travel”, numa altura em que os consumidores continuam a considerar as viagens como um gasto essencial.

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O Resort & Residential Hospitality Forum (R&R) 2023 vai realizar-se em Lisboa de 9 a 11 de outubro, no hotel EPIC SANA Lisboa. Focado no “mercado do lazer, com grande interesse para investidores e marcas”, o evento pretende “explorar as principais oportunidades e desafios que dominam o mercado residencial e de resorts”, como indicado em comunicado.

Sob o tema “Leisure to the Core”, este evento de três dias irá aprofundar a forma “como as marcas hoteleiras se estão a esforçar para proporcionar as estadias mais memoráveis aos hóspedes, juntamente com o crescente interesse dos investidores no setor do lazer”.

Isto porque, como a organização refere em nota de imprensa, “desde que as restrições às viagens devido à pandemia foram atenuadas, as ‘revenge travel’ (viagens de vingança) atingiram o seu ponto mais alto de sempre, com os consumidores a continuarem a considerar as viagens como um gasto essencial, apesar das atuais condições macroeconómicas”. Nesse sentido, a questão que se coloca é a de “como pode o setor reagir”, com os investidores a perguntarem-se “onde estão os destinos certos para desenvolver ofertas de lazer atraentes e os proprietários de hotéis a procurar respostas sobre como aproveitar as tendências de lazer para atrair hóspedes e investidores institucionais”.

Em 2022 , o Resort & Residential Hospitality Forum recebeu mais de 400 participantes, incluindo hoteleiros, investidores e promotores. O evento deste ano disponibilizará sessões com oradores, painéis e apresentações com especialistas em investimento e oportunidades de networking com empresários do setor.

O programa conta já com a seguinte lista de oradores confirmados: Lyublena Dimova, Senior Research Manager da European Travel Commission; Javier Arus, Senior Partner da Azora; Jeanette Craddock-Bottmer, Founder do Sapphimar Group; Cristina Fernandez Hoyo, Country Manager Spain & Portugal da Covivio; Robert Mangan, Director da Bain Capital; Jaidev Menezes, Vice-President Regional, Mixed-Use Development (EMEA) da Marriott International; Dominic Seyrling, Managing Director da Archer Hotel Capital; Ramon Tomàs i Ranz, Portfolio Principal, Head of Asset Management da Pygmalion Capital Advisers LLP e Nesrine Tourqui, Vice President da Cedar Capital Partners.

Joe Stather, market lead for Questex’s Operational Real Estate portfolio, afirma que “a procura por alojamento de lazer tem sido o principal motor do crescimento do desempenho dos hotéis nos últimos tempos e tem-se mantido resiliente apesar das condições de consumo mais restritivas – tal é o interesse por viagens e experiências. O nosso Investor Council está muito confiante em que a procura por lazer seja o motor da hotelaria a curto e longo prazo, pelo que não é surpreendente que esperemos mais proprietários e investidores do que nunca no Resort & Residential Hospitality Forum. Em Lisboa, pela primeira vez este ano, o R&R centra-se na Leisure Hospitality, ligando o capital internacional às oportunidades regionais e lançando luz sobre uma parte do mercado que é considerada relativamente opaca”.

O profissional acrescenta ainda que “a leisure hospitality já não é exclusiva do “opportunistic capital” e dos proprietários locais, e o tema deste ano, “Leisure to the Core”, explora o crescente apelo do mercado ao capital institucional e de longo prazo, e às marcas, operadores e outras partes interessadas que continuam a apoiar esta evolução”.

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Desafios de toda a África em debate

A Africa’s Travel Indaba, uma das maiores feiras de turismo da África do Sul, levou a debate alguns dos principais desafios que impedem o crescimento turístico do país e de todo o continente africano: os vistos turísticos e a reduzida oferta de voos. No final, ficou a certeza de que é preciso fazer mais para resolver problemas antigos, que tardam em conhecer solução.

Inês de Matos

No cargo de ministra do Turismo da África do Sul desde março, foi com uma conversa com Patricia De Lille que Richard Quest, o conhecido jornalista da CNN, abriu o debate sobre o futuro do turismo africano, na última edição da Africa’s Travel Indaba, uma das maiores feiras de turismo da África do Sul, que decorreu em Durban.

Por isso, ninguém se admirou que o debate tenha começado pelos problemas que dizem respeito ao turismo sul-africano, aos quais Patricia De Lille garante estar a dar resposta, começando por mudar os protagonistas mas também a estratégia que tem guiado o turismo do país. “Aceitei ser ministra do turismo porque é uma oportunidade para limpar o turismo sul-africano. E isso é exatamente o que está a ser feito”, garantiu a governante, que chegou ao cargo depois de um escândalo que envolvia o investimento por parte do Turismo da África do Sul de muitos milhões de dólares no patrocínio de um clube de futebol inglês, num negócio que enraiveceu o país, ainda a braços com a recuperação pós-Covid e que cronicamente se queixa da falta de verbas para promoção.

Depois de anos a ganhar credibilidade como autarca da Cidade do Cabo, Patricia De Lille foi escolhida para pôr ordem na casa e levar o turismo sul-africano a um patamar superior. Para isso, pede a colaboração do setor privado e garante que está a trabalhar para resolver alguns dos seus problemas, como a atribuição de licenças. “Há muitos operadores turísticos que precisam de licenças para operar mas o governo demora uma eternidade para lhes conceder essas licenças. Isso é algo que já desbloqueámos”, garantiu.

Este é um país lindo, é um continente lindo, mas o mundo não sabe nada sobre nós, somos nós que temos de ir lá fora vender este país e este continente”, Patricia De Lille, ministra do Turismo da África do Sul

Por enquanto, Patricia De Lille diz estar concentrada na recuperação económica e turística da África do Sul, país que foi fortemente afetado pela COVID-19, mas mostra-se ambiciosa e diz que pretende “elevar o perfil” do turismo sul-africano, assim como o seu orçamento. “Este é um país lindo, é um continente lindo, mas o mundo não sabe nada sobre nós, somos nós que temos de ir lá fora vender este país e este continente”, acrescentou, defendendo a necessidade de “aumentar o reconhecimento da marca” turística sul-africana.

Vistos continuam a ser problema
O aumento de notoriedade da marca turística da África do Sul é, por isso, uma das prioridades da ministra, mas não é a única, uma vez que, segundo a governante, o presidente sul-africano também traçou a agilização de vistos turísticos como uma das prioridades para o mandato de Patricia De Lille. “Muitos países já estão cobertos pelo e-visa, em que o turista pode pedir o visto desde o conforto da sua casa. Estou a instar todos os países africanos para que cheguem a uma visão homogénea no regime dos vistos para que os africanos se possam movimentar livremente por todo o continente”, explicou a governante, revelando que está a trabalhar com todo o governo sul-africano e com 20 outros países africanos para tornar realidade esta intenção. “Acredito que se as pessoas se puderem candidatar online, tudo vai ser mais rápido”, afirmou Patricia De Lille, defendendo ainda o reforço dos recursos humanos para processar os pedidos, uma vez que, atualmente, “essa verificação demora demasiado”.

A questão dos vistos é, aliás, um problema comum a praticamente todo o continente africano, como ficou patente no debate que se gerou de seguida e que contou também com a participação de George Mothema, CEO of the Board of Airlines Representatives of Southern Africa; Blacky Komani, Chair of the Tourism Council of South Africa; e Elcia Grandcourt, Regional Director da Organização Mundial do Turismo (OMT).

Depois das respostas de Patricia De Lille, Richard Quest quis saber porque não adota a África do Sul, assim como o continente africano, um sistema que facilite a atribuição de vistos a quem já possua outros tipos de vistos, como o ESTA, nos EUA, ou o visto não Shengen, na União Europeia, aproveitando o facto da verificação de segurança já ter sido realizada para acelerar o processo. “Tenho de concordar consigo, se quem já tem esses vistos já foi verificado, porque precisa de outro visto para vir à África do Sul?”, questionou Blacky Komani, que acredita, no entanto, que a ministra sul-africana vai ser capaz de levar o processo a bom-porto.

Opinião idêntica manifestou George Mothema, que defendeu que esta é uma das principais razões que levam as companhias aéreas a hesitar em voar para África. “As companhias não querem voar para cá por isso. Poderiam ter muito mais passageiros mas não têm porque as pessoas não têm acesso aos vistos”, denunciou, concordando que o principal travão ao avanço da medida continua a residir nas preocupações de segurança dos vários países, num ponto que foi ainda reforçado por Elcia Grandcourt, que sugere, no entanto, que os países mais atrasados olhem para o que os outros estão a fazer. “Há países que não exigem visto e, por isso, se olharmos para o que está a ser feito em todo o continente, podemos ter uma ideia do que está a funcionar ou não. Não precisamos de inventar novamente a roda, mas temos de avançar e facilitar, envolvendo os diferentes ministérios e partes interessadas”, afirmou.

As companhias não querem voar para cá por isso. Poderiam ter muito mais passageiros mas não têm porque as pessoas não têm acesso aos vistos”, George Mothema, Board of Airlines Representatives of Southern Africa

Voos e o sonho adiado do mercado único africano
Apesar da demora na atribuição de vistos ser um problema que continua a atrasar o desenvolvimento turístico da África do Sul e do continente africano, este debate mostrou que este está longe de ser o único, já que África continua a ser uma das regiões do mundo com menor oferta de voos e onde o mercado único de aviação continua a ser uma miragem.

“Continuamos a falar da criação de um mercado africano único de aviação, mas precisamos avançar nessa questão, que data de 1998 ou 1999”, denunciou George Mothema.

De acordo com o responsável, há muito que as companhias aéreas africanas colaboram com a ICAO – Organização Internacional da Aviação Civil nesta questão, o que tem dado poucos mas alguns frutos. “África está a dar passos rumo a esse caminho, ainda ontem o ministro de Moçambique disse que o país já avançou para os vistos online. Portanto, lentamente, estamos a ver que os países começam a perceber a importância de se abrirem e de facilitarem a entrada de visitantes, é isso que ajuda ao desenvolvimento do turismo”, lembrou, explicando que também a OMT “está a tomar as rédeas desta questão e a liderar os passos necessários para implementar esse mercado único em África”.

Richard Quest lembrou também que tem sido essa falta de colaboração entre os vários países africanos que tem impedido a criação de um céu aberto em África e de uma companhia aérea pan-africana, capaz de voar para todo o continente, numa opinião partilhada por George Mothema, que defende que é necessário “continuar a trabalhar afincadamente para abrir os céus em África”, até porque, acrescentou Patricia De Lille, não é fácil lidar com a fragmentação que ainda existe. “Temos de lidar com a fragmentação, até na África do Sul temos províncias a fazer coisas diferentes”, lamentou a governante, que acredita, no entanto, no potencial do continente africano. “África é um mercado em crescimento e uma companhia aérea olha para o crescimento antes de decidir começar a voar para um destino”, lembrou, defendendo que é preciso “convencer as companhias a voar” para os países africanos.

Temos de olhar de forma diferente para cada país, porque cada um tem diferentes níveis de desenvolvimento. Não podemos comparar a África do Sul com países que ainda estão no início do seu desenvolvimento turístico”, Elcia Grandcourt, OMT

E o protecionismo? Para Richard Quest este é um dos problemas que levam a que as companhias hesitem em voar para África, uma vez que a “primeira coisa em que os países pensam é em proteger o seu próprio mercado”. “Tem razão, por isso concordei consigo quando disse que não estamos a dar um tiro no pé, estamos a dar tiros nos dois pés. Precisamos de olhar para estes problemas que infligimos a nós próprios e corrigi-los para nos podermos mostrar ao resto do mundo”, admitiu a ministra.

Mais critico mostrou-se George Mothema, para quem o protecionismo que existem em África “limita o número de companhias aéreas e dita preços mais altos”. “Essa é uma das razões pelas quais defendemos a abertura dos céus em África, também para garantir que existe uma competição saudável e que mais companhias entram no mercado, o que vai criar preços mais convidativos”, explicou, defendendo que “o céu aberto deve ser uma realidade porque vai permitir que as companhias aéreas entrem e participem no mercado africano”.

Richard Quest quis, depois, saber se os participantes concordariam com a criação de um mercado único africano semelhante ao europeu, em que as companhias aéreas podem realizar voos entre os vários países, numa ideia com a qual George Mothema, enquanto representante das companhias aéreas que operam na África do Sul, disse estar “totalmente de acordo”.

Já Blacky Komani preferiu abordar a perspetiva dos consumidores, defendendo que é preciso encontrar um modelo que sirva as necessidades dos consumidores, o que, segundo Richard Quest, não serve de desculpa, uma vez que, se as decisões tivessem em conta as necessidades dos consumidores, a questão do mercado único africano já teria sido resolvida.

Como resolver a discórdia que existe?
Os problemas são muitos e variados, mas há atores que têm força para impulsionar a sua resolução, a exemplo da OMT. Por isso, o moderador deste debate perguntou, de seguida, a Elcia Grandcourt que papel pode este órgão das Nações Unidas desempenhar para que se encontrem soluções. “O nosso papel enquanto OMT é pressionar e encorajar a sua resolução, mas, ao mesmo tempo, continuamos a ver que é necessário trabalhar com estes países nas suas estratégias, este é o tipo de apoio que podemos trazer”, explicou a responsável, defendendo ainda o envolvimento da União Africana como forma de acelerar a resolução destas questões, apesar de considerar que o grande problema se encontra no facto de os países africanos estarem em diferentes níveis de desenvolvimento turístico. “Temos de olhar de forma diferente para cada país, porque cada um tem diferentes níveis de desenvolvimento. Não podemos comparar a África do Sul com países que ainda estão no início do seu desenvolvimento turístico”, lembrou Elcia Grandcourt.

Se quem já tem esses vistos [ESTA ou não Schengen] já foi verificado, porque precisa de outro visto para vir à África do Sul?”, Blacky Komani, Tourism Council of South Africa

Certo, mas também não é preciso seguir o ritmo do mais lento, acrescentou Richard Quest, num comentário que mereceu a concordância do painel, a exemplo de George Mothema, que pediu liberdade para que as “companhias aéreas possam chegar a um determinado destino e realizar conexões para outros destinos”.

Já Patricia De Lille lembrou que apesar de lentos, a África do Sul tem feito progressos na atração das companhias aéreas, como prova a operação da United Airlines que permitiu levar diretamente Richard Quest dos EUA até à Africa do Sul. “Precisamos reconhecer o progresso que já fizemos. O Richard pôde voar para a África do Sul diretamente dos EUA, com a United Airlines. Isso é progresso que alcançámos nos últimos 20 anos. Atualmente, é possível voar desde 50 destinos diretamente para a África do Sul, para a Cidade do Cabo e Joanesburgo. Nos últimos cinco anos, temos voos diretos, portanto, temos progresso e isso permite que os passageiros tenham ligações mais convenientes”, explicou, considerando, por isso, que “há uma melhoria” na oferta.

Mas a governante diz também ser “a primeira a reconhecer que é preciso fazer mais para crescer” e, por isso, comprometeu-se a continuar a trabalhar para que, na próxima Africa’s Travel Indaba seja possível apresentar boas notícias. “Quando voltarmos para a próxima Indaba, é importante mostrar o que alcançámos e os problemas que conseguimos resolver”, disse, considerando que o país tem “negligenciado o setor do turismo” mas que isso está a mudar, uma vez que este setor traz oportunidades não apenas para as grandes cidades, mas também para as pequenas localidades e regiões mais desconhecidas da África do Sul. “Há muitas oportunidades para o mercado doméstico mas também para o internacional. Temos destinos e alojamentos fantásticos mas que continuam à espera da chegada dos turistas”, concluiu.

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