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Tecnologia

Amadeus disponibiliza pagamentos eletrónicos com criação da Outpayce

A nova empresa no universo da Amadeus – Outpayce – representa mais um passo na evolução da linha de negócios de pagamentos de viagens.

Victor Jorge

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A nova empresa no universo da Amadeus – Outpayce – representa mais um passo na evolução da linha de negócios de pagamentos de viagens.

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A Amadeus acaba de solicitar ao Banco de Espanha uma licença de moeda eletrónica anunciando ao mesmo tempo a criação da Outpayce, subsidiária integral da Amadeus, demonstrando o compromisso em oferecer uma experiência de pagamento integrada e conectada durante toda a jornada.

De acordo com a companhia, “os pagamentos estão presentes em todas as etapas da viagem, desde a reserva online, ou com um agente de viagens, até o pagamento de bagagem extra no aeroporto ou check-out no hotel”. Garantir pagamentos contínuos, integrados e até invisíveis está a tornar-se, por isso, cada vez mais importante na experiência de viagem, admitindo que “a integração de pagamentos B2B entre empresas no ecossistema de viagens é um diferencial importante”.

Com a licença agora pedida, a Amadeus poderá prestar serviços regulados em Espanha e, posteriormente, no Espaço Económico Europeu. As empresas com licença de dinheiro eletrónico podem fornecer serviços de pagamento, como aceitar fundos de clientes, emitir cartões de débito pré-pagos ou oferecer transferências de fundos para uma conta de pagamento, entre outros. Como parte dessa estratégia, a atual unidade de negócios de pagamentos da Amadeus tornar-se-á a Outpayce, uma subsidiária integral da Amadeus, cujos ativos e funcionários serão transferidos para a nova entidade a partir de 1 de janeiro de 2023.

Em comunicado, a Amadeus refere que o objetivo da Outpayce será “fortalecer a sua oferta de pagamentos existente, bem como desenvolver um ambiente de pagamento integrado ao qual as empresas de viagens possam conectar-se para aceder às mais recentes inovações de tecnologia financeira”.

A Amadeus avança ainda que “as soluções de pagamento de hoje incorporarão ambientes de desenvolvimento abertos baseados em API que impulsionarão a inovação no setor de viagens, facilitando o serviço de pagamentos de terceiros e empresas de fintech ao setor”.

Assim, companhias aéreas, hotéis e vendedores de viagens que usam a plataforma poderão aceder uma ampla seleção de serviços de pagamento Amadeus e de terceiros por meio de uma única conexão. A plataforma atual oferece serviços de parceiros como Citi, Mastercard e Paypal, entre muitos outros, frisando a Amadeus que “continuará a trabalhar para expandir essa rede de parceiros”.

Através do licenciamento e da criação da Outpayce, o primeiro serviço regulamentado que a nova empresa da Amadeus oferecerá, assim que a licença for obtida, será a emissão de cartões pré-pagos virtuais dentro da sua solução B2B Wallet, que as agências de viagens usam para pagar fornecedores de viagens, bem como companhias aéreas e hotéis. “A emissão de cartões da Outpayce, juntamente com uma ampla gama de opções de outros emissores parceiros, proporcionará aos agentes de viagens mais opções e uma melhor experiência de pagamento”, diz a Amadeus.

David Doctor, até agora vice-presidente executivo de pagamentos da Amadeus, deixará o cargo para assumir a direção-geral da Outpayce a partir do primeiro dia de 2023.

O responsável admite que os pagamentos são “uma parte integral da experiência de viagens do princípio ao fim”, salientando que o objetivos da Amadeus com a Outpayce é “garantir uma experiência fluída, integrada e conectada nas viagens, seja no pagamento com cartões virtuais em espaços B2B ou se o viajante pretender pagar na moeda escolhida mediante serviços de câmbio”.

Doctor salienta ainda que, graças ao pedido de licença de dinheiro eletrónico e ao investimento em talento e tecnologia, “estamos bem posicionados para melhorar o nosso serviço aos clientes, bem como para expandir o leque de serviços, a abrangência geográfica e o número de clientes que servimos”.

Já Decius Valmorbida, presidente de Viagens da Amadeus, refere, no mesmo comunicado, que “as viagens estão a registar uma transformação digital única, significando isso que podemos conectar melhor as diferentes etapas do viajante”. O executivo conclui ainda que, “para que o setor aproveite ao máximo esta oportunidade, é fundamental simplificar a forma de pagamento durante a reserva, no aeroporto ou no hotel. Com este investimento, a Outpayce está preparada para simplificar os pagamentos em todo o trajeto da viagem.”

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Amadeus estende parceria NDC com Grupo Etraveli

A Amadeus pretende reforçar a sua posição na distribuição de conteúdos estendendo a parceria ao Grupo Etraveli.

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A Amadeus e o Grupo Etraveli acordaram uma iniciativa estratégica conjunta que permitirá a aquisição e distribuição de conteúdos selecionados do Grupo Etraveli. A iniciativa também incluirá conteúdo virtual interline da TripStack, uma subsidiária do Grupo Etraveli, através da Amadeus Travel Platform.

A Amadeus fornecerá às agências de viagens uma janela única para aceder a conteúdos mais complexos e diversificados para satisfazer as crescentes exigências dos viajantes de hoje. Esta nova iniciativa surge na sequência da assinatura de uma aliança alargada de distribuição de companhias aéreas entre a Amadeus e o Grupo Etraveli, um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia para companhias aéreas, que está na base dos voos da Booking.com e engloba marcas próprias como a Mytrip, GoToGate e Flight Network.

Para o Etraveli Group, este acordo também prevê a expansão da sua utilização atual do Amadeus como fonte principal de conteúdo NDC.

Mathias Hedlund, CEO do Grupo Etravelirefere que esta colaboração a longo prazo “criou um valor significativo para ambos os parceiros e, à medida que trabalhamos para aumentar a nossa quota de mercado nos próximos anos, acreditamos que o inovador tecnológico tem a escala, a ambição e a capacidade de fornecer as soluções de que necessitamos. Além disso, a iniciativa de aquisição de conteúdos fornecerá à Amadeus conteúdos aéreos novos e exclusivos para satisfazer as crescentes exigências dos viajantes, aumentando simultaneamente o potencial de venda de bilhetes para os vendedores”.

Nos termos do acordo renovado, o Grupo Etraveli continuará a utilizar uma série de soluções Amadeus para melhorar as capacidades de pesquisa e de serviço, a fim de melhorar a experiência do viajante de ponta a ponta.

Sam Abdou, vice-presidenteeExecutivo de Vendas Globais de TI para Companhias Aéreas, Distribuição e Agências de Viagens Online Globais da Amadeus, salienta, por sua vez, que a Amadeus “continua a reforçar a sua posição de liderança como distribuidor líder de conteúdos de companhias aéreas para o mercado global de OTA com uma série de acordos de referência”. Assim, a extensão da parceria com o Etraveli Group, que inclui a aquisição e a implantação de conteúdo compatível com NDC “é uma verdadeira confirmação do nosso compromisso de criar um mercado sem precedentes, onde as agências de viagens podem ligar-se facilmente aos conteúdos mais completos do ecossistema de viagens e oferecer aos viajantes uma gama de escolha inigualável”.

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Travelport assina acordo com Finnair que inclui NDC

A Travelport e Finnair assinaram um acordo de distribuição com conteúdo e serviços diversificados, incluindo NDC.

Publituris

A Travelport e a Finnair reforçaram a sua ligação de longo prazo com um acordo de conteúdo diversificado que inclui tanto o NDC como o tradicional.

O acordo garante que os clientes de agências parceiras da Travelport terão acesso a um conteúdo abrangente e diversificado da Finnair, incluindo serviços complementares. Atualmente, as empresas estão a colaborar com o fornecimento de conteúdo NDC e a capacidade de atendimento da Finnair por meio da plataforma Travelport+.

“O acordo com a Travelport mostra o nosso foco comum em oferecer mais valor e experiências melhores aos viajantes ao comprarem e fazerem reservas de passagens com a Finnair”, assinala Jenni Suomela, vice-presidente de Vendas Globais e Gestão de Canais da Finnair, salientando que a parceira com a Travelport “fortalecerá o nosso programa NDC à medida que continuamos a crescer e a promover a adoção entre agências e o retalho.”

Do lado da Travelport, Damian Hickey, diretor Global de Companhias Aéreas Parceiras da empresa global de tecnologia, considera que o acordo “garante que os agentes que usam a Travelport+ tenham acesso a conteúdo relevante, personalizado e enriquecido da Finnair, proveniente de diversas fontes, para que possam apresentar as melhores ofertas disponíveis aos viajantes”, admitindo ainda que “o compromisso é fornecer conteúdo diversificado e pronto para o retalho e que as agências parceiras possam vender e atender facilmente a parceiros como a Finnair, pois o retalho moderno de viagens precisa funcionar de forma integrada para todos.”

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REDE-T renova parcerias com Host Hotel Systems e Clever

Host Hotel Systems e Clever viram renovadas as parcerias com a REDE-T para o ano 2024.

Publituris

A REDE-T anunciou, recentemente, a renovação para 2024 das parcerias existentes com a Host Hotel Systems assim como com a Clever pertencente ao mesmo grupo.

Ambas as marcas apresentam soluções vantajosas e descontos a todos os membros que pretendam adquirir o programa através da plataforma REDE-T.

A Clever Hospitality Analytics é uma empresa do universo de empresas do grupo Host Hotel Systems e tem como missão desenvolver e oferecer ao mercado hoteleiro soluções de Inteligência Analítica e de negócio que permitam aos clientes uma completa visão analítica global e o apoio constante à tomada de decisão.

De referir que a plataforma REDE-T caminha já para os 18.000 profissionais do canal HORECA registados, quase 25.000 ofertas de trabalho e quase 1.500 documentos para download.

Além disso, permite, também, o acesso a mais de 2.000 Curriculum Vitae dos melhores profissionais do setor e um diretório de empresas com muitas das mais conhecidas marcas presentes.

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“As tecnologias e aplicações que estão já disponíveis são muitas, mas ainda muito pouco expressivas em relação ao que aí vem”

“Walk the Talk: AI in Hospitality and Travel 2024-2026”, que se realiza em Lisboa, é o “kick-off” para mais 23 eventos que a BAE Ventures irá realizar em todo o mundo, focados no setor do turismo. Para Henrique Veiga, CEO da BAE Ventures, estamos ainda no início, admitindo que “estamos perante o nascer de uma nova era, comparável ao aparecimento da internet, e que vai mudar profundamente o mundo tal como o conhecemos”.

Victor Jorge

Há muito que a Inteligência Artificial (IA) entrou no léxico de todo o mundo e o setor do turismo não poderia ser indiferente a esta “nova realidade”. A BAE Ventures escolheu Lisboa com cidade anfitriã do primeiro evento – de um conjunto de 24 que se realizarão em todos o mundo – que irá discutir como a IA poderá intervir na hospitality e viagens, sendo certo que, segundo o que Henrique Veiga, CEO da BAE Ventures, assinalou ao Publituris, “a capacidade de prever tendências com precisão ajuda as empresas a estarem mais bem preparadas para responder às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado”. E considera que a rapidez e qualidade dos dados disponíveis poderão incluir “ajustes imediatos em preços, alocação de recursos, gestão de pessoal e atendimento ao cliente”, entre outros.

A BAE Ventures escolheu Lisboa para acolher nos próximos dias 9 e 10 de julho o encontro de lançamento do “Walk the Talk: AI in Hospitality and Travel 2024-2026”, num projeto coorganizado, em Portugal, com o Nova SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality. Este é um tema incontornável na e para as indústrias da ‘hospitality’ e viagens?
Sim, este é um tema incontornável no setor, pois a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de transformar profundamente a indústria da hospitality e das viagens. A IA melhora a experiência do cliente, aumenta a eficiência operacional e permite uma gestão mais precisa dos recursos.

A parceria com o Nova SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality adiciona valor ao evento, combinando expertise académica e empresarial. Este instituto, conhecido pelo seu foco em excelência na educação e inovação, prepara líderes para o futuro do setor, assegurando que o evento será um ponto de encontro para a troca de conhecimentos, networking e de aprendizagem prática e estratégica.

Um facto incontornável é que a IA já está a revolucionar a indústria da hospitality e das viagens, abrindo novas oportunidades para a inovação e o crescimento, tornando este tema absolutamente essencial.

O que trará este evento a Portugal, sendo que se trata de um dos 24 eventos que a BAE Ventures organiza em 24 cidades de todo o mundo?
Acreditamos que este evento proporcionará uma plataforma robusta para a partilha de conhecimento e networking, ligando profissionais e líderes da indústria globalmente e trazendo benefícios significativos a Portugal. Os participantes terão acesso a masterclasses, estudos de casos concretos, apresentações práticas de IA em hospitality e turismo, palestras de especialistas e workshops interativos.

Ao escolher Lisboa, a BAE Ventures destaca a importância da colaboração internacional e promove a cidade como um ponto de encontro global para explorar a IA. Incentivará o envolvimento de gestores hoteleiros, “desenvolvedores” de tecnologia, investidores, académicos e responsáveis políticos, permitindo a partilha de estratégias e melhores práticas para a integração da IA no setor.

O evento criará oportunidades para startups e empresas apresentarem as suas inovações, atraindo investimentos e estabelecendo parcerias estratégicas. Facilitará também a criação de uma comunidade global de profissionais dedicados à IA no turismo, fortalecendo a posição de Portugal como líder em inovação no setor.

Ao acolher este evento, Portugal beneficiará da entrada de conhecimento e inovação, consolidando a sua reputação como um epicentro para a discussão e desenvolvimento de tecnologias avançadas na hospitality e viagens.

Poder transformador
O que poderá aportar, na realidade, a Inteligência Artificial (IA) ao universo da hospitality e também das viagens e que impacto transformador poderá ter nestes setores do turismo?
A IA tem o potencial de transformar profundamente o setor da hospitality e das viagens, trazendo benefícios tangíveis que vão desde a personalização da experiência do cliente até à otimização da eficiência operacional e à promoção de práticas sustentáveis. Esta transformação permite que as empresas melhorem a sua competitividade e criem experiências mais memoráveis e agradáveis para os seus clientes.

A IA permite analisar dados relativos à matriz de preferências dos clientes para oferecer experiências personalizadas, adaptando recomendações e serviços em tempo real, o que aumenta naturalmente a satisfação e a fidelização. Além disso, a automação de tarefas como reservas e check-in reduz erros e custos, permitindo que as equipas se concentrem em atividades de maior valor. A IA pode também ajudar a otimizar a gestão de stocks e a alocação de recursos, aumentando a eficiência operacional.

Outra vantagem significativa é a capacidade da IA de prever tendências de viagens e comportamentos dos clientes, permitindo o ajuste proativo das estratégias de marketing e vendas para se manter competitiva. Com insights detalhados sobre as preferências e padrões dos clientes, as empresas podem criar campanhas de marketing mais eficazes e direcionadas, melhorando a taxa de conversão e maximizando o retorno sobre o investimento. Esta talvez seja uma das áreas onde as alterações com a introdução da IA será mais rápida e contundente.

A IA pode prever picos de afluência e distribuir os turistas de forma mais equilibrada, ajudando a evitar a sobrecarga de destinos populares

Mas a IA também pode melhorar a segmentação de mercado e personalização de ofertas, ajudando as empresas a identificar nichos de mercado e a adaptar seus produtos e serviços para atender às necessidades específicas desses segmentos. Isso pode resultar num aumento das vendas e na fidelização do cliente. A gestão de recursos também é otimizada, com a IA a aumentar a eficiência energética e a alocação de recursos humanos, reduzindo custos operacionais e apoiando práticas sustentáveis. Para além de poder ajudar a otimizar a dinâmica de preço, ajustando-os em tempo real com base na procura, concorrência e outros fatores.

A IA está, sem dúvida, a revolucionar o setor da hospitality e das viagens, proporcionando múltiplos benefícios que vão da eficiência operacional às estratégias de marketing e vendas.

Que exemplos pode dar de tecnologias de IA que estão a transformar as experiências na hospitality e viagens?
Alguns exemplos incluem, chatbots e Assistentes Virtuais, que proporcionam atendimento 24/7, ajudando com reservas e alterações de itinerários. Os Sistemas de Recomendação, os quais personalizam ofertas com base nas preferências dos clientes, analisado o histórico de navegação e de preferências dos utilizadores.

A Análise Preditiva, que revê procura e ocupação, ajusta preços e gere o inventário eficientemente. Isto permite antecipar a procura, ajustar as tarifas e otimizar a gestão de inventário. A Automação e Robótica, as quais automatizam tarefas administrativas, check-in e gestão de bagagens, reduzindo a carga de trabalho dos colaboradores.

O Reconhecimento Facial, que simplifica o check-in em hotéis e aeroportos. Esta tecnologia de reconhecimento facial pode reduzir o tempo de check-in para menos de um minuto. Também os Sensores “Internet of Things” (IoT), que otimizam energia e conforto, ajustando automaticamente a iluminação e a climatização com base na ocupação dos quartos e preferências dos hóspedes. A Realidade Aumentada (AR) e Virtual (VR), com as quais são criadas experiências imersivas e pré-visualizações de destinos. A AR pode fornecer informações adicionais sobre pontos turísticos, enquanto a VR permite que os clientes explorem virtualmente quartos de hotel antes de fazer uma reserva.

E ainda a Tradução Automática, constituída por ferramentas que facilitam a comunicação entre hóspedes e funcionários de diferentes idiomas, melhorando a acessibilidade dos serviços. E a Monitorização de Sentimentos, conceito que analisa feedback para melhorias. Ou seja, sistemas de IA captam o sentimento dos comentários em plataformas online, fornecendo insights às empresas que lhes permitem ajustar os seus serviços conforme necessário.

Mas é também muito importante destacar que estamos ainda no início da viagem da IA. As tecnologias e aplicações que estão já disponíveis são muitas, mas ainda muito pouco expressivas, em relação ao que aí vem.

Gerir fluxos
Muito se tem falado na gestão de fluxos turísticos, de forma a contrariar a tendência de turismo massivo nalguns destinos. Essa poderá ser uma das aplicações da IA?
Sim, a IA pode desempenhar um papel crucial na gestão de fluxos turísticos. Através da análise de dados em tempo real, a IA pode prever picos de afluência e distribuir os turistas de forma mais equilibrada, ajudando a evitar a sobrecarga de destinos populares.

Esta capacidade é fundamental para criar uma experiência turística mais sustentável e agradável, tanto para os visitantes quanto para os residentes locais. Um exemplo inovador desta aplicação é o trabalho desenvolvido pela Fundacion Metropoli, um importante parceiro da BAE Ventures, que tem sido pioneira na criação de cidades inteligentes e sustentáveis ao longo dos últimos 25 anos. Os seus projetos visam a utilização de tecnologias avançadas de IA e IoT para gerir de forma eficiente os fluxos turísticos, integrando diferentes modos de transporte, monitorizando o uso de recursos e melhorando a experiência dos visitantes.

Utilizando dados de smartphones, câmaras de vigilância e sensores IoT, a IA pode analisar a densidade de turistas em tempo real e sugerir redistribuições para áreas menos congestionadas. Isto pode incluir o redireccionamento automático de turistas para atrações menos conhecidas ou horários de visita alternativos, evitando picos de afluência. A IA pode também criar rotas turísticas personalizadas que distribuem a pressão turística de forma mais equilibrada, recomendando destinos menos frequentados, mas igualmente interessantes. E relembro que em muitos destinos muitas destas soluções já estão implementadas.

Com a análise preditiva, as autoridades turísticas podem lançar campanhas de marketing direcionadas para promover destinos alternativos em épocas específicas, equilibrando a distribuição dos turistas ao longo do ano e reduzindo a sazonalidade

Analisando dados históricos e comportamentais, a IA pode prever padrões de visita e ajustar proactivamente os serviços e infraestruturas necessárias, como a gestão de transportes públicos e a alocação eficiente de recursos de segurança. Sensores ambientais e IA podem monitorizar o impacto do turismo em áreas sensíveis, ajustando as permissões de acesso e sugerindo medidas para mitigar o impacto ecológico, especialmente em zonas naturais e parques. Com a análise preditiva, as autoridades turísticas podem lançar campanhas de marketing direcionadas para promover destinos alternativos em épocas específicas, equilibrando a distribuição dos turistas ao longo do ano e reduzindo a sazonalidade.

O projeto da “Superciudad de Madrid” da Fundacion Metropoli exemplifica como a IA pode ser integrada numa abordagem holística para a gestão urbana e turística. A fundação tem utilizado estas tecnologias e inovações para transformar Madrid numa cidade modelo em termos de inovação e sustentabilidade.

Em suma, a aplicação da IA na estão de fluxos turísticos não só ajuda a evitar a superlotação e a preservar a qualidade de vida dos residentes, como também enriquece a experiência dos visitantes, promovendo um turismo mais equilibrado.

Trata-se, efetiva e somente de melhorar a eficiência operacional ou a IA poderá ir mais além?
A IA vai muito além de simplesmente melhorar a eficiência operacional no setor da hospitality e das viagens. Além de otimizar processos e reduzir custos, a IA transforma profundamente a experiência do cliente, as estratégias de marketing e vendas, e promove práticas sustentáveis.

A IA proporciona uma transformação abrangente e inovadora no setor, ao criar oportunidades de crescimento e personalização. Ela permite a criação de campanhas de marketing altamente direcionadas, melhorando a lealdade dos clientes e maximizando o retorno sobre o investimento. No campo das vendas, facilita a segmentação de mercado e a adaptação de ofertas, resultando num aumento significativo nas vendas. Ao promover práticas sustentáveis que beneficiam tanto as cidades quanto o meio ambiente, a IA otimiza recursos e equilibra o turismo, contribuindo para a preservação dos destinos turísticos e a sustentabilidade global. Dessa forma, a IA está a moldar um futuro mais inteligente, sustentável e rentável para o setor da hospitality e das viagens.

Foto: Depositphotos.com

Quais as tarefas específicas que estão a ser automatizadas pela IA e que impacto poderão ter na força de trabalho/recursos humanos?
Tarefas como reservas, atendimento ao cliente, gestão de inventário, limpeza e manutenção, estão a ser automatizadas pela IA. Isto pode libertar os colaboradores para se concentrarem em tarefas que requerem um toque humano, como o atendimento personalizado e a resolução de problemas complexos. No entanto, também implica a necessidade de requalificação dos colaboradores para que possam desempenhar novas funções que surgem com a automação.

Como é que a IA está a ajudar na análise de dados para prever tendências de viagem e comportamento dos clientes?
A IA utiliza algoritmos de Machine Learning (ML) para analisar grandes volumes de dados históricos e em tempo real, identificando padrões e tendências. Isto permite prever comportamentos futuros, ajustar ofertas em tempo real e criar estratégias mais eficazes de marketing e vendas. A capacidade de prever tendências com precisão ajuda as empresas a estarem mais bem preparadas para responder às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado.

A capacidade de prever tendências com precisão ajuda as empresas a estarem mais bem preparadas para responder às necessidades dos clientes e às mudanças do mercado

“Agora” e “Já”
Poder-se-á dizer que a IA veio reforçar a gestão em real-time. Ou seja, através da IA poder-se-ão tomar decisões no momento que de outra forma seriam impossíveis tomar?
Absolutamente. A IA permite a análise e interpretação de dados em tempo real, o que é crucial para tomar decisões rápidas e informadas. Ou seja, não é apenas o tema do tempo real, mas a qualidade das decisões em tempo real. Isto pode incluir ajustes imediatos em preços, alocação de recursos, gestão de pessoal e atendimento ao cliente. A capacidade de agir de forma proativa, em vez de reativa, oferece uma vantagem competitiva significativa.

Com a IA veio, igualmente, uma maior preocupação com segurança e privacidade associadas ao uso de IA no setor de hospitality e viagens? Como é que as empresas podem ou estão a garantir que os dados dos clientes estão protegidos ao utilizar tecnologias de IA?
A segurança e privacidade dos dados são preocupações cruciais. As empresas estão a implementar diversas medidas para garantir a proteção dos dados dos clientes. A criptografia é usada para proteger dados sensíveis durante a transmissão e armazenamento, garantindo que apenas os destinatários autorizados possam aceder à informação. A “anonimização” remove informações identificáveis dos dados dos clientes, protegendo a sua privacidade. Para além da implementação de controlos de acesso rigorosos para assegurar que apenas o pessoal autorizado pode aceder aos dados.

As empresas também seguem regulamentações como o RGPD para garantir que os dados são tratados de forma ética e segura, cumprindo todas as normas legais e garantindo a confiança dos clientes.

De que maneira a IA pode contribuir para práticas mais sustentáveis no setor da hospitality e viagens?
A IA pode ajudar a implementar práticas mais sustentáveis ao otimizar o consumo de energia, monitorizando e gerindo eficientemente o uso de energia em hotéis e outros estabelecimentos. Permite também uma previsão precisa da procura, evitando o desperdício de alimentos e de outros recursos.

A IA também melhora a alocação de recursos como a água e os produtos de limpeza, assegurando uma gestão eficiente. Por fim, pode ser utilizada para promover destinos sustentáveis, incentivando rotas e locais que contribuem para a preservação ambiental, ajudando a equilibrar o impacto do turismo no meio ambiente.

Não é apenas o tema do tempo real, mas a qualidade das decisões em tempo real

Promessas e desafios
Quais as inovações mais promissoras que a IA poderá trazer no futuro para o turismo?
É uma pergunta muito difícil. Como já referi, estamos no início da viagem. No futuro, a IA promete trazer inovações ainda mais avançadas e transformadoras para os setores de hospitality e viagens e uma das inovações mais promissoras é a criação de experiências hiperpersonalizadas através da análise preditiva de dados. Utilizando algoritmos sofisticados de Machine Learning, os hotéis poderão prever as necessidades e preferências dos hóspedes antes mesmo da sua chegada, oferecendo serviços e produtos altamente customizados, como programas de bem-estar, experiências gastronómicas e até mesmo atividades baseadas no perfil psicológico do hóspede.

Outra inovação revolucionária será a implementação de robôs e assistentes de IA com capacidades avançadas de interação e tomada de decisões em tempo real. Esses robôs poderão realizar tarefas complexas e até o atendimento a pedidos específicos de maneira eficiente e humana. Além disso, a IA permitirá a criação de ambientes totalmente integrados e inteligentes, onde a automação será levada a um novo nível, ajustando não apenas a temperatura e a iluminação, mas criando atmosferas personalizadas através de música, aromas e decoração baseada no estado de espírito do hóspede.

No setor de viagens, a IA poderá transformar radicalmente a forma como planeamos e vivenciamos as viagens. Uma inovação futura será o desenvolvimento de sistemas de IA que atuam como companheiros de viagem virtuais, capazes de oferecer suporte contínuo e adaptativo durante toda a jornada. Esses sistemas poderão antecipar imprevistos, replanear itinerários em tempo real e proporcionar uma experiência de viagem fluida e sem interrupções.

Imagine um assistente virtual que não só reserva um restaurante, mas também coordena transporte, monitoriza o trânsito, ajusta as reservas de acordo com possíveis atrasos e até sugere alternativas em caso de mudanças inesperadas no clima.

Penso que a IA avançará também na criação de experiências de Realidade Aumentada e virtual para enriquecer a viagem. Antes mesmo de sair de casa, os viajantes poderão explorar destinos, hotéis e atrações em detalhe através de tours virtuais hiper-realistas, facilitando decisões informadas aumentando a expectativa e o planeamento das férias.

Durante a viagem, dispositivos de realidade aumentada poderão fornecer informações contextuais em tempo real, traduzir sinais e conversas, e até oferecer narrativas históricas ou culturais instantâneas sobre os locais visitados, tornando cada experiência mais imersiva e educativa.

Estas inovações destacam o potencial da IA não apenas para melhorar, mas para reinventar os setores de hospitality e viagens, criando experiências mais interligadas, personalizadas e intuitivas para os usuários.

Uma outra ponte muito interessante e que certamente surgirá é a ligação da IA à neurociência que permitirá abrir novas avenidas. Os últimos tempos testemunharam uma onda de inovações revolucionárias em IA por parte de gigantes tecnológicas como Google, Microsoft e Apple, que prometem transformar profundamente também os setores da hospitality e viagens. Estas inovações não só destacam o potencial da IA para criar oportunidades, mas também ilustram como as tecnologias de ponta podem ser aplicadas para resolver desafios complexos e melhorar a experiência do cliente.

Acredito que estamos perante o nascer de uma nova era, comparável ao aparecimento da internet, e que vai mudar profundamente o mundo tal como o conhecemos.

Estamos perante o nascer de uma nova era, comparável ao aparecimento da internet, e que vai mudar profundamente o mundo tal como o conhecemos

Nesse sentido, quais são os maiores desafios a enfrentar pela implementação de IA na indústria da hospitality e viagens?
Os maiores desafios na implementação da IA incluem diversos aspetos críticos. Primeiro, o custo de implementação é um obstáculo significativo, especialmente para PME que podem achar dispendioso investir em tecnologias avançadas de IA. Além disso, garantir que os novos sistemas de IA se integrem perfeitamente com as infraestruturas existentes é um desafio técnico que exige recursos e expertise especializados.

Outro desafio importante é a qualificação dos profissionais. É necessário formar e requalificar os colaboradores para que possam trabalhar eficazmente com as novas tecnologias, o que pode exigir tempo e investimento adicional. As preocupações com a privacidade também são cruciais, pois é necessário garantir a conformidade com as regulamentações de privacidade e segurança dos dados para proteger as informações dos clientes.

Mas na minha opinião o mais importante é o desafio da adaptação cultural. Superar a resistência à mudança tanto por parte dos colaboradores como dos clientes é essencial para uma implementação bem-sucedida da IA. É uma missão de toda a equipa, mas tem de ter uma enorme motivação do top management das empresas. É sempre difícil porque não é um processo linear. Sabemos onde começamos, mas não sabemos onde vamos terminar e nessa medida é um processo, uma viagem que precisa de ser acompanhada com muita humildade, com uma abertura total de que estamos todos a aprender e a definir o futuro todos os dias. Estou convencido que esta característica de abertura a novas realidades, sem ideias pré-concebidas e uma postura entusiástica sobre a evolução da nossa sociedade, tal como a vemos e vivemos hoje é fundamental para encarar todas estas alterações.

E é também fundamental reconhecer que não existe uma única forma de adaptação. Há vários caminhos e realidades, e cada organização precisa identificar e seguir o caminho mais adequado para sua realidade específica. As organizações não são todas iguais e, portanto, cada uma delas fará um percurso diferente na implementação da IA.

É crucial que as empresas avaliem cuidadosamente as suas necessidades, recursos e cultura organizacional para escolher a abordagem que melhor se alinha com suas metas e capacidades. Essa flexibilidade na abordagem permite que cada organização encontre a melhor maneira de integrar a IA, maximizando os benefícios e minimizando os desafios.

E como estão estes setores a reagir à implementação da IA em Portugal?
A verdade é que muitas empresas já têm algumas ferramentas de IA implementadas e em alguns casos até desconhecem que usam a tecnologia. Mas para responder assim muito objetivamente creio que a adesão ao evento que estamos a organizar demonstra isso mesmo.

Eventos como o “Walk the Talk: AI in Hospitality and Travel” exemplificam esta tendência, proporcionando plataformas para a partilha de conhecimento e a promoção de boas práticas. A resposta tem sido muito positiva, com um crescente reconhecimento do valor que a IA pode trazer para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Temos cerca de 900 pessoas registadas num evento lançado há apenas um mês, o que demonstra o elevado interesse e a necessidade de informação sobre este tema. Muitas pessoas sentem um overload de informação sobre IA, precisando de ajuda para triar e qualificar a informação relevante.

Há também uma preocupação significativa sobre a segurança das funções na era da IA, com dúvidas sobre a continuidade das suas funções e sobre as ferramentas necessárias para se adaptarem à nova realidade. Para além do sentimento comum a muitos profissionais do sector de que as suas empresas estão atrasadas na implementação de IA e necessitam de explorar caminhos sobre como avançar.

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Aliança entre Paraty e Spazious oferece motor de reservas para grupos e eventos aos hotéis

A aliança agora anunciada permitirá aos hotéis de todo o mundo aceder à tecnologia de última geração da Spazious, em conjunto com o motor de reservas e o restante portfólio de soluções da Paraty, simplificando significativamente a sua operação diária.

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A Paraty Tech e a Spazious aliam-se estrategicamente para oferecer um motor de reservas para grupos e eventos aos hotéis, permitindo aos mesmos aceder, em todo o mundo, à tecnologia de última geração da Spazious, em conjunto com o motor de reservas e o restante portfólio de soluções da Paraty, simplificando significativamente a sua operação diária.

A Spazious automatiza os processos de reserva e gestão de grupos, desde o pedido inicial até à confirmação final, reduzindo o trabalho manual, eliminando erros e libertando tempo aos funcionários do hotel, para que se possam dedicar a outras tarefas mais importantes.

Através desta aliança, os hotéis poderão receber de forma centralizada todos os pedidos de grupos e eventos, bem como verificar a disponibilidade de quartos e espaços para eventos em tempo real. Além disso, será possível recriar de forma imersiva em 3D a visualização do futuro evento, confirmar as reservas e gerir os pagamentos de forma segura e aceder a relatórios detalhados sobre o desempenho das reservas de grupos e eventos.

Com a fusão de ambas as tecnologias, a API da Paraty Tech alimentará a plataforma da Spazious a nível de preços, favorecendo e potenciando a automatização de processos relacionados com os métodos de pagamento, o download de reservas, entre outros.

Além dos benefícios mencionados pelas empresas que firmaram esta aliança, os hotéis terão acesso a tarifas preferenciais ao contratar ambas as soluções em pacote.

Gina Matheis, CEO da Paraty Tech, considera que “esta aliança permitirá oferecer aos hotéis uma tecnologia de última geração que os ajudará a melhorar a eficiência, aumentar as vendas e proporcionar uma melhor experiência aos seus clientes.”

Por sua vez, Antonio Batanero, CEO da Spazious, assinala que “esta colaboração permitirá que cheguemos a um maior número de hotéis e os ajudemos a aproveitar ao máximo as nossas soluções para a digitalização do negócio de eventos e grupos”.

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V-Valley e Consultia Business Travel unem-se na comercialização da solução Destinux no mercado ibérico

O acordo entre a Consultia Business Travel e a V-Valley irão permitir a comercialização do Destinux através do canal tecnológico de forma a chegar a mais empresas no mercado ibérico.

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A Consultia Business Travel assinou um acordo estratégico com a V-Valley, pertencente ao Grupo Esprinet, permitindo a esta último oferecer aos seus parceiros a solução integrada Destinux.

Com esta parceria entre a empresa especializada na gestão integrada e no aconselhamento das viagens empresariais e o distribuidor no mercado de Soluções Avançadas, estende-se também a Espanha, expandido a Consultia Business Travel a comercialização do Destinux através do canal tecnológico de forma a chegar a mais empresas no mercado ibérico. Já a V-Valley, em colaboração com a Microsoft, oferecerá aos seus parceiros a oportunidade de expandir os seus negócios com esta solução em processo de expansão internacional e que duplicou os valores pré-pandémicos em 2023.

Para além disso, tanto a V-Valley como a Microsoft beneficiam do facto de poderem oferecer, pela primeira vez, um SaaS para a gestão integrada de viagens empresariais que se integra com o sistema ERP da empresa, o complemento ideal da Microsoft que oferece às empresas a digitalização e automatização desta área e que, para além disso, pode ser integrado com o Microsoft Business Central.

De referir que o Destinux, solução end-to-end da Consultia Business Travel, é um produto baseado na cloud que permite a digitalização e automatização de todos os processos de gestão de viagens empresariais, bem como a correta alocação de despesas, o cumprimento das políticas de viagens e a eliminação de processos administrativos e contabilísticos manuais, permitindo uma poupança até 20% neste item.

“O nosso compromisso com a digitalização das empresas continua com a incorporação da solução Destinux, que cobre uma área que a maioria das empresas ainda não digitalizou, a gestão das viagens de negócios de forma eficiente e segura. Este acordo é uma oportunidade para os nossos parceiros oferecerem um serviço de valor acrescentado aos seus clientes” assegura Paulo Rodrigues, Head of V-Valley Advanced Solutions.

Do lado da Consultia Business Travel, o CEO, Carlos Martinez, admite que a colaboração com a V-Valley “é um grande passo na nossa estratégia de democratização do Destinux e de crescimento nacional e internacional”.

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XLR8 e Hey!Travel unem esforços

A XLR8 e a Hey!Travel uniram esforços para oferecer uma solução inovadora e eficiente aos hotéis.

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A XLR8 e a Hey!Travel uniram-se numa parceria para oferecer uma solução inovadora e eficiente aos hotéis.

A Hey!Travel, uma solução especialista em distribuição online para hotéis e cadeias hoteleiras, aliada ao reconhecido Revenue Manager System (RMS) da XLR8, promete revolucionar a forma como os hotéis gerem a sua receita e eficiência operacional. Esta integração permitirá aos hoteleiros reduzir significativamente o tempo gasto em análises manuais, enquanto simplifica e agiliza os procedimentos.

“Uma das principais vantagens identificadas nesta integração é a rapidez na implementação das recomendações do RMS”, referem ambas as empresas, em comunicado. Sem necessidade de ação por parte dos gestores hoteleiros, as ações sugeridas pela XLR8 são implementadas automaticamente no Hey!Channel Manager, que comunica essas alterações em tempo real a todos os canais conectados. Isso permite um melhor aproveitamento das funcionalidades de Yield Management da XLR8 e liberta tempo ao revenue manager para se concentrar em atividades estratégicas e de planeamento.

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eDreams ODIGEO aposta na melhoria da transformação tecnológica orientada pela IA

A eDreams ODIGEO, que participou no Next’24, evento anual organizado pela Google Cloud e dedicado à inovação, que se realizou este ano em Las Vegas, EUA, assume a sua aposta na melhoria da transformação tecnológica orientada pela Inteligência Artificial (IA), para “proporcionar experiências de viagem ainda mais personalizadas e harmoniosas”.

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A empresa mundial de subscrições de viagens e uma das maiores de e-commerce da Europa foi convidada a subir ao palco para partilhar em detalhe a sua visão sobre o seu percurso de transformação tecnológica, abrangendo em particular a sua transição de um ambiente de armazenamento de dados preexistentes para uma estrutura pioneira de data mesh suportada por uma estratégia que coloca a Inteligência Artificial (IA) em primeiro plano.

Carlos Saona, Chief Architect da eDreams ODIGEO, explicou como a estrutura data mesh marcou uma mudança significativa na forma como a eDO gere os dados. Com 247 websites e aplicações que facilitam 3 mil milhões de pesquisas de viagens por mês, o aproveitamento estratégico dos dados é o alicerce das operações da empresa.

Destacando o papel da IA na transformação da eDreams ODIGEO, Carlos Saona partilhou como a estrutura data mesh facilita a implementação de modelos de IA e de Machine Learning em toda a organização. Ao democratizar o acesso aos dados e permitir uma abordagem mais colaborativa e flexível à gestão destes, a eDO acelerou significativamente as suas iniciativas de IA, com esforços que abrangem melhores experiências personalizadas para os clientes, eficiência operacional otimizada e também o desbloqueio de novos caminhos de crescimento. Tudo isto viabilizou a capacidade da eDO de oferecer personalização líder no setor, que é valorizada pelos consumidores.

Na sua apresentação, o executivo da eDO descreveu em pormenor o percurso da empresa para a implementação da arquitetura data mesh, uma estrutura descentralizada que capacita as equipas individuais com autonomia para gerirem os seus domínios de dados, ao mesmo tempo que adere a normas de governação e interoperabilidade ao nível da empresa. Esta mudança tem sido crucial para a eDO manter a sua agilidade e capacidade de resposta, permitindo uma rápida adaptação às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes.

Saona comentou ainda sobre a direção futura dos avanços tecnológicos da eDreams ODIGEO: “Fomos pioneiros na integração da IA no setor das viagens já há mais de uma década. Atualmente, estamos empenhados em melhorar cada vez mais a sua aplicação para proporcionar experiências de viagem ainda mais personalizadas e harmoniosas. Vamos continuar a aperfeiçoar a nossa arquitetura de dados no sentido de conseguir processamento de dados e insights em tempo real.”

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AMEX GBT compra CWT por 570 milhões de dólares

Depois de, em 2021, ter comprado a Egencia ao grupo Expedia por 5,5 mil milhões de dólares, a American Express Global Business Travel avança para uma nova aquisição, desta feita para a CWT.

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A American Express Global Business Travel (Amex GBT), operada pela Global Business Travel Group, Inc., empresa que atua no mercado de software e serviços B2B para viagens e despesas, anunciou um acordo definitivo para adquirir a CWT, fornecedor global de soluções para viagens de negócios e reuniões, numa transação que avalia a CWT em cerca de 570 milhões de dólares (cerca de 530 milhões de euros) numa base sem dinheiro e sem dívidas, sujeita a determinados pressupostos e ajustes no preço de compra.

A transação será financiada por uma combinação de ações e dinheiro e espera-se que seja concluída no segundo semestre de 2024, sujeita à satisfação das condições habituais de fecho, incluindo a receção de determinadas aprovações regulamentares.

A CWT presta serviço a 4.000 clientes e gera, aproximadamente, 850 milhões de dólares de receita (cerca de pouco mais de 785 milhões de euros) e 70 milhões a 80 milhões de dólares (entre 65 a 75 milhões de euros) de EBITDA ajustado em 2024.

Paul Abbott, CEO do Amex GBT, refere, no comunicado que anuncia esta compra, que “trazer a CWT para o modelo comprovado de software e serviços do Amex GBT criará mais opções para os clientes, mais oportunidades para as pessoas e mais valor para os acionistas.”

Após o fecho da aquisição, os clientes da CWT terão acesso ao software e aos serviços próprios do Amex GBT para viagens e despesas, incluindo o Neo1, o Neo e o Egencia, para além do Select, que permite aos clientes integrarem-se com parceiros tecnológicos líderes. Os clientes terão acesso à mais vasta carteira de serviços profissionais, incluindo reuniões e eventos, consultoria e soluções de sustentabilidade, e o mercado da Amex GBT dará acesso aos conteúdos mais completos e competitivos do sector.

Patrick Andersen, diretor executivo da CWT, afirma, por sua vez, que “a união de forças com o Amex GBT ajuda a acelerar a nossa visão de um futuro tecnológico para as viagens de negócios, em que as pessoas e a tecnologia se combinam para proporcionar uma experiência excecional ao cliente”.

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Empresas de viagens, transporte e logística pretendem reduzir impacto das TI no ambiente

Um estudo levado a cabo pela Colt Technology Services, empresa de infraestruturas digitais, deu conta que uma em cada quatro empresas de viagens, transporte e logística mencionou que as suas principais prioridades são a compreensão (24%) e a redução (25%) do impacto da sua infraestrutura de tecnologias da informação (TI) no ambiente.

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Os inquiridos deste setor revelaram-se mais propensos do que outros a dar prioridade a novas aplicações colaborativas e de comunicação, com uma percentagem de 31% – 11 pontos percentuais acima da média do setor. As empresas questionadas desta indústria são também as mais inclinadas a considerar que a integração de novas geografias nas redes da sua empresa são uma prioridade – quase um em cada quatro empresas (23%).

Os resultados deste estudo têm por base um inquérito aplicado entre 30 de novembro e 14 de dezembro de 2023 a 1.114 diretores de TI e responsáveis por serviços de infraestruturas digitais em vários setores de atividade em empresas de 12 países, nomeadamente Estados Unidos da América (EUA), Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Singapura, Japão e Hong Kong.

Em nota de imprensa, a Colt Technology Services afirmou que este estudo “sublinha a preocupação crescente em torno do impacto ambiental das redes informáticas”, já que um em cada cinco dos inquiridos (20%) posicionou a «compreensão do impacto ambiental da sua infraestrutura de TI» entre as suas três principais prioridades.

Já 19% referiu a redução do impacto ambiental da sua infraestrutura de TI como uma prioridade, com Espanha a posicionar-se como o país, dentro dos inquiridos, que mais se comprometeu a identificar (28%) e a reduzir (26%) o impacto ambiental.

Empresas de TI esperam aumentos nos orçamentos em tecnologia
No mesmo documento, a empresa de infraestruturas digitais referiu que o estudo “revela otimismo nos orçamentos destinados às tecnologias”, já que quase oito em cada dez das empresas inquiridas (79%) esperam aumentar os seus orçamentos de tecnologia nos próximos três anos.

Os mais otimistas quanto ao crescimento dos seus orçamentos são os diretores de TI de Hong Kong (92%), Singapura (89%) e do Japão (84%), sendo que as principais prioridades a nível de investimento dizem respeito à melhoria da segurança (apontada por 40% dos inquiridos) e à inclusão de recursos de IA e machine learning (31%).

O estudo também conclui que uma em cada quatro empresas está a utilizar a sua infraestrutura de TI para explorar novos fluxos de receitas – um valor que aumenta para cerca de uma a cada três empresas no Japão (31%) e nos EUA (30%).

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