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WTM 2022 – Future Stage. The Landscape of Travel in 2030 and Beyond

Speakers Left to Right

Fahd Hamidaddin, CEO, Saudi Tourism Authority

Peter Kruger, Member of the Executive Board, Chief Strategy Officer, TUI

Simon Calder, Travel Journalist & Broadcaster, The Independent.

Julia Simpson, President and CEO, World Travel & Tourism Council

Rohit Tawar, CEO Fast Future, Moderator

Meeting Industry

Turismo em 2030: Experiências, personalização, metaverso e biodiversidade

O objetivo era olhar para o que o setor das viagens e turismo será em 2030. As diferenças são assinaláveis e passam muito pelas experiências, mas também e, fundamentalmente, pelo digital e a exploração do metaverso. No fundo, quem não for digital e não proporcionar soluções neste campo, não existe.

Victor Jorge

WTM 2022 – Future Stage. The Landscape of Travel in 2030 and Beyond

Speakers Left to Right

Fahd Hamidaddin, CEO, Saudi Tourism Authority

Peter Kruger, Member of the Executive Board, Chief Strategy Officer, TUI

Simon Calder, Travel Journalist & Broadcaster, The Independent.

Julia Simpson, President and CEO, World Travel & Tourism Council

Rohit Tawar, CEO Fast Future, Moderator

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Turismo em 2030: Experiências, personalização, metaverso e biodiversidade

O objetivo era olhar para o que o setor das viagens e turismo será em 2030. As diferenças são assinaláveis e passam muito pelas experiências, mas também e, fundamentalmente, pelo digital e a exploração do metaverso. No fundo, quem não for digital e não proporcionar soluções neste campo, não existe.

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Poderiam ser mais uns aspetos a ter em conta para o futuro do turismo. Do painel que fez uma antevisão de como será o turismo em 2030 – “The Landscape of Travel in 2030 and Beyond” – e onde participaram Julia Simpson, presidente e CEO do World Traval and Tourim Council (WTTC), Simon Calder, jornalista de turismo, Fahd Hamidaddin, CEO do Turismo da Arábia Saudita, e Peter Krüger, membro do Conselho de Administração e Chief Strategy Officer da TUI, houve uma certeza final: “a estratégia terá de ter sempre em mente a visão do cliente. E esse está em contante mudança”.

Cliente controlador
Mas comecemos pelo início. Para o responsável do Turismo da Arábia Saudita, “é preciso dar confiança e poder ao cliente e ir ao encontro do que ele/ela querem controlar”. Além disso, frisou, é a “facilidade, não complicar”. E deu um exemplo simples: “se nos conseguimos unir para salvar vidas e combater a COVID, há que manter essa união para responder às novas tendências no mundo das viagens e turismo”, destacando que, atualmente, “todo o viajante que sentir-se confortável e especial”.

Já Peter Krüger salientou a ligação entre “distribuição entre produto. As pessoas já não querem ir para um lugar 10 ou 15 dias e simplesmente ficar estendidos na praia. Querem mais. Querem o contacto com o local” e aí o executivo da TUI fez especial referência à “personalização” para a qual a “tecnologia é fulcral”. Certo é que para Krüger, a “massificação faz parte do passado, enquanto a preocupação com o local e com a sustentabilidade, nas suas várias formas, fazem parte do futuro”.

Julia Simpson, por sua vez, fez referência ao crescimento que o setor do turismo registou nos nove anos da COVID-19, destacando que “é essencial olhar para o que a geração que hoje tem 12 ou 15 anos querem e esperam. Esses são os turistas e viajantes do futuro e teremos de perceber como estamos a encarar as suas exigências, preocupações e necessidades”, admitindo que, “se não o fizermos, poderemos estar aqui para o ano a colocar esta questão, tal como o faremos nos anos posteriores”.

Sustentabilidade positiva
Na questão da sustentabilidade, a presidente e CEO do WTTC frisou que, atualmente, já não faz sentido falarmos de NET ZERO, já que “essa é uma realidade”, mas para o “NET POSITIVE”, ou seja, para o que “a descarbonização poderá e terá de trazer de positivo para o negócio, cliente e destino”.

Certo é que para a responsável do WTTC, “a procura já ultrapassou a oferta e isso é um problema”.

Mas se a questão da sustentabilidade foi aclarada por Julia Simpson através da positividade que terá de trazer ao setor, Hamidaddin também admitiu que “há muita gente a falar de sustentabilidade, mas pouca gente a atuar de forma positiva”, salientando que sustentabilidade também é “preservação”, salientando que, em breve, haverá testes a essas políticas e estratégias de sustentabilidade que, supostamente, estão a ser praticadas”.

Krüger, por sua vez, foi ao encontro do responsável do Turismo da Arábia Saudita, referindo que no dia em que a sustentabilidade “não é vista como um custo, mas como um investimento, aí teremos sucesso”.

SAF é a resposta imediata e duradoura
No que diz respeito ao negócio e o futuro do mesmo, o executivo da TUI recuperou o que Rohit Talwar referiu no início do WTM e deu um exemplo de uma unidade em Madrid. “Porque não podemos vender o mesmo quarto de hotel duas vezes: uma no físico e outra no virtual?”, esclarecendo que “para muitas pessoas, esta é será uma oferta que vai ao encontro das necessidades e expectativas, já que, eventualmente, não terão dinheiro para ir fisicamente a Madrid, mas nós fornecemos essa possibilidade. Isto é importante para o cliente”.

No que diz respeito às viagens Simon Calder admitiu que, nos próximos dois ou três anos, “não deveremos ver muitas alterações na forma como as pessoas viajam”, explicando que será natural ver uma eficiência cada vez maior nas aeronaves”. O jornalista, contudo, admitiu que, em 2030, teremos “aviões elétricos ou mesmo híbridos”, constatação que Julia Simpson contrariou, já que o hidrogénio ocupa quatro vezes mais espaço que o SAF (Sustainable Aviation Fuel).

Simpson sugeriu ainda que “tem de haver uma narrativa conjunta em todo o setor das viagens e turismo e não termos os hoteleiros a colocar as culpas das emissões na aviação”.

Quanto a novas formas de viajar e de turismo, Simon Calder esclareceu que os projetos de “supercomboios” como o “hyperloop” de Elon Musk ou de Richard Branson estão a registar um desinvestimento, embora reconheça que, no futuro, “mais pessoas viajarão de comboio na Europa”. Contudo, também salienta que, as exigências do futuro, ou seja, em 2030, irão trazer transportes “mais verdes e mais confortáveis”, mas que a urgência das pessoas em chegar ao destino poderão colocar esses aspetos em segundo plano.

No entanto, tudo se resume, novamente, à tecnologia e aí Peter Krüger salienta que essa tecnologia irá dar “mais poder ao cliente ao mesmo tempo que lhe dá acesso a mais informação”. E quem não a disponibilizar “não existe”, diz.

E Fahd Hamidaddin, CEO do Turismo da Arábia Saudita, terminou com uma simples constatação: “Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2029 vão acontecer na Arábia Saudita. Onde? Num local que ainda não existe, porque ainda está em construção e que só será possível graças à tecnologia, ao pensamento disruptivo e por acreditarmos que é possível”.

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Congresso da APAVT dedica tarde de 1 de dezembro ao destino anfitrião

O 48º Congresso da APAVT, que terá lugar de 30 novembro a 2 de dezembro, no Porto, com o tema “Inteligência Artificial – a Revolução do século XXI”, vai permitir aos participantes descobrir algumas atrações turísticas da região que o acolhe, o que acontecerá na tarde de 1 de dezembro.

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A tarde do dia 1 de dezembro será dedicada ao destino anfitrião do 48º Congresso da APAVT, que decorrerá na cidade do Porto. Assim, haverá um programa especial que oferece aos participantes a oportunidade de escolher entre duas atividades distintas: a visita ao WOW – World of Wine ou a experiência de percorrer a Ponte Suspensa de Arouca.

A APAVT lembra que, em ambas as opções, os lugares são limitados, sendo atendidos numa base de “first come, first served”, devendo os interessados indicar a sua escolha (é permitida apenas uma opção), através do formulário https://www.apavtnet.pt/r/aNv/m/54537.

A visita ao World of Wine, será uma jornada pelo mundo do vinho, e o convite da APAVT é o seguinte: “Embarque numa visita guiada através do cativante reino do vinho, desde o cultivo da uva até à sua degustação num copo. Descubra vinhos adaptados ao seu gosto e estilo de vida ao percorrer diferentes regiões do país. Apure os seus sentidos para distinguir aromas e notas de prova. Para concluir esta viagem imersiva, desfrute de uma prova de vinhos conduzida por profissionais que lhe transmitirão os seus conhecimentos”.

Em relação à experiência de percorrer a Ponte Suspensa de Arouca, e para abrir o apetite, a Associação destaca: “Viva a experiência de percorrer uma ponte pedonal suspensa sobre um dos mais bravos rios da Europa, o Paiva. Foi na envolvente dos Passadiços do Paiva, junto à cascata das Aguieiras, que nasceu a 516 Arouca, mais uma obra singular que faz da região uma referência global. Aquela que é uma das maiores pontes pedonais suspensas do mundo liga as duas margens, 175 metros acima do rio Paiva. Venha testemunhar um verdadeiro prodígio da engenharia e deslumbrar-se com uma paisagem inserida num Geoparque Mundial da UNESCO”.

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Tenerife acolhe Assembleia Geral de outono da ETC

Tenerife (Canárias) acolhe esta quarta e quinta-feira a European Travel Commission (ETC), que celebra na ilha a sua 106ª Assembleia Geral e o seu 110º Conselho de Administração, bem como o 75º aniversário da sua criação em 1948.

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Durante dois dias, as autoridades das organizações nacionais de turismo europeias e representantes de empresas europeias relevantes associadas à organização irão debater a necessidade de promover a sustentabilidade desta indústria, o compromisso europeu com os destinos de longo curso, a inteligência turística aplicada à promoção, a intercâmbio de melhores práticas e relações institucionais entre destinos e o setor turístico internacional, entre outros temas.

Especialmente relevantes no âmbito desta assembleia serão dois painéis, um dedicado à liderança do turismo no futuro – com a presença de altas autoridades da Comissão Europeia, OMT, WTTC, ETOA e ETC – e outro centrado no domínio da sustentabilidade.

O encontro de Tenerife, que coincide com a presidência espanhola da União Europeia (UE), reunirá 33 países europeus e cerca de 100 personalidades do setor turístico do continente, bem como importantes empresas membros associados, incluindo MMGY Global, CrowdRiff, Google e Sojern.

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FITUR 2024 prevê 9.000 empresas e mais de 150.000 participantes profissionais

Prevê-se que a FITUR 2024 atinja uma ocupação de mais de 140.000 m2 em nove pavilhões e que reúna mais de 9.000 empresas e 150.000 participantes profissionais do setor turístico mundial provenientes de 145 países.

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Organizada pela IFEMA MADRID, a 44.ª edição da FITUR será realizada de 24 a 28 de janeiro de 2024. As previsões de crescimento absoluto da feira em todos os parâmetros são um claro indicador da força do setor turístico e colocam a FITUR na vanguarda das grandes feiras internacionais de turismo. Neste sentido, tudo aponta para que a FITUR ocupe um total de mais de 140.000 m2, em nove pavilhões, e reúna mais de 9.000 empresas e mais de 150.000 participantes profissionais do setor turístico mundial provenientes de 145 países. Estima-se também que cerca de 100.000 pessoas visitem a FITUR durante o fim de semana.

De acordo com Jose Vicente de los Mozos, presidente do Comitê Executivo da IFEMA MADRID, “é importante o papel desempenhado pela IFEMA MADRID como um dos grandes atores e impulsionadores do turismo internacional, bem como o peso especial que a FITUR tem, tornando-se o principal embaixador da IFEMA MADRID no mundo e uma referência importante da Marca Espanha”.

E acrescenta, “estamos muito orgulhosos da liderança mundial da FITUR, a única feira de turismo que não viu a sua realização interrompida durante a pandemia, superando em participação e assistência profissional qualquer outra grande feira de turismo do circuito internacional”.

FITUR pelo desenvolvimento sustentável
Com uma sólida orientação empresarial, o fio condutor das grandes propostas de empresas e destinos, bem como das secções especializadas e atividades da FITUR, será o desenvolvimento sustentável, nos eixos económico, social e ambiental, bem como a inovação e todos os conteúdos de vanguarda que vão marcar o desenvolvimento do setor turístico. A FITUR continua também a avançar na sua linha de especialização, ajudando a promover os diferentes setores industriais que têm impacto no turismo e que desenvolveram toda uma estratégia turística em redor da sua atividade.

Para além deste vasto leque de atividades do Observatório de sustentabilidade da FITUR, a FITUR Next, que este ano se centra na forma como o turismo pode contribuir para a revitalização dos territórios, desenvolve um programa completo de apresentações e atribui prémios às melhores iniciativas turísticas que, em consonância com os ODS, contribuam para atenuar o despovoamento com o objetivo de promover o emprego e o consumo local, reduzir as desigualdades nas zonas rurais e promover o equilíbrio entre o rural, o urbano e a sustentabilidade.

Equador país parceiro da FITUR 2024
O Equador será o “País Parceiro da FITUR 2024”. A ligação entre Espanha e Equador manteve uma forte presença com quase 75.000 visitantes anuais até 2023, e o ministro do Turismo do Equador, Niels Olsen, afirmou que “a FITUR 2024 é uma oportunidade única para mostrar ao mundo todas as maravilhas que o Equador tem para oferecer”. E salientou que “o nosso compromisso é com as famílias equatorianas que vivem do turismo, com a nossa riqueza natural e cultural e, claro, com os nossos visitantes”.

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WTM London 2023 recebeu mais de 43 mil visitantes profissionais

Realizado de 6 a 8 de novembro, o World Travel Market (WTM) London 2023 recebeu 43.727 visitantes profissionais, correspondendo a 22% que na edição de 2022.

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Durante os três dias do World Travel Market (WTM) London 2023, evento que se realizou de 6 a 8 de novembro no ExCel London, passaram um total de 43.727 profissionais, indicando a organização que este número representa uma subida de 22% face aos 35.826 profissionais da edição de 2022.

A edição deste ano também viu o número de expositores aumentar para 3.875, representando um crescimento de 23%, enquanto o número de buyers qualificados totalizou 4.560, com mais de 29 mil reuniões pré-agendadas.

Juliette Losardo, Diretora de Exposições do WTM Londres, refere estar “entusiasmada em ver o número de visitantes aumentar em mais de um quinto em relação ao ano passado”, assinalando que representa “um reflexo realmente encorajador da confiança e do otimismo nas viagens e no turismo”.

A edição de 2024 do WTM London tem data marcada para os dias 5 a a7 de novembro, ou seja, de terça a quinta-feira, em vez de segunda a quarta-feira.

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Cimeira Mundial de Associações das Agências de Viagens pôs foco nas relações com companhias aéreas

A 7º Cimeira Mundial das Associações de Agências de Viagens, que reuniu, em Granada, quase 200 profissionais do setor dos cinco continentes, colocou foco nas relações com a IATA e as companhias aéreas, mas centrou também os debates na sustentabilidade, novas tendências e nos hábitos de consumo, bem como a inovação e tecnologia no setor das viagens (IA, segurança e legislação).

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A 7ª Cimeira Mundial das Associações de Agências de Viagens, organizada pela Confederação Espanhola de Agências de Viagens (CEAV), terminou esta sexta-feira em Granada e contou com a participação de quase 200 profissionais do setor. A APAVT esteve presente por uma delegação liderada pelo seu presidente, Pedro Costa Ferreira.

No último dia do encontro, que começou quarta-feira, dia 8, foi discutida a relação entre agências de viagens e companhias aéreas. Otto de Vries, CEO da ASATA (África do Sul), destacou a tensão entre os dois setores nos últimos dois anos e a necessidade de chegar a um acordo e olhar para o futuro considerando as oportunidades e não os obstáculos. Andrew Bowman, presidente da WTAAA – Aliança Mundial de Associações de Agentes de Viagens, concordou com a necessidade de trabalho conjunto “para ver o que os nossos parceiros comuns precisam”.

Por sua vez, Guillermo Correa Sanfuentes, presidente da FOLATUR – Fórum Latinoamericano de Turismo lembrou que a contribuição das agências para as companhias aéreas é “gigantesca” e muitas vezes “não é valorizada”.

No entanto, Maria Jesús López Solás, Chief Commercial, Network & Alliances Officer da Iberia acentuou que metade do que a companhia aérea vende neste momento é “graças às agências de viagens”, que descreveu como “parceiros estratégicos”, tendo concordado com a necessidade de desenvolver um bom relacionamento para o futuro.

O painel, no qual também participaram Juan Antonio Rodríguez, Diretor de Operações do FDS da IATA e Guillaume Teissonniére, Conselheiro Geral e Secretário de Empresa da ODIGEO, discutiu os sistemas de distribuição NDC. Teissonniére reconheceu a relutância das agências de viagens em mudar para este sistema porque “não temos incentivos”, enquanto Rodríguez defendeu “pegar o touro pelos chifres e fazer parte da transformação dos pagamentos para que seja “benéfico para todos”.

Depois das intervenções na sessão inaugural, nomeadamente, de Carlos Garrido, presidente do CEAV, o primeiro dia dos trabalhos contou com um debate, no qual Juan Antonio Gómez García, Head of Marketing Intelligence da Forward Keys, analisou o comportamento dos mercados globais, destacando a resiliência da indústria do turismo e a recuperação, que “continua apesar das incertezas”.

Noutra sessão, Frank Oostdam, presidente da ECTAA, Tulio Bernal, presidente da ANAV, Ajay Prakash, presidente da TAFI e Nicanor Sabula, CEO da AESATA, examinaram o futuro do turismo sustentável. Oostdam apresentou uma visão crítica, salientando que o setor das agências não está a responder adequadamente aos desafios da sustentabilidade e apelou à aceleração de ações. Neste sentido, Sabula referiu-se à influência que o agente de viagens pode exercer sobre os viajantes para que compreendam a pegada deixada pelas suas viagens e como podem mitigar o impacto ambiental que geram. Por sua vez, Bernal indicou que as agências de viagens podem escolher fornecedores que dêem importância à sustentabilidade: “companhias aéreas que se preocupam com a sua pegada de carbono, hotéis que têm uma excelente gestão da sua pegada hídrica…”. Por fim, Prakash apontou a possibilidade de procurar destinos sem aglomeração, tendência que parece ter-se acelerado após a pandemia. Todos concluíram que devemos “passar da conversa, que é interessante, para as ações, que são o que é realmente importante”.

As novas tendências de consumo em viagens foram também examinadas. Christian Boutin, vice-presidente sénior da Amadeus EMEA, apresentou um relatório da Amadeus que estabelece quatro categorias de viajantes: experimentalistas, criadores de memória, influenciadores e pioneiros. De todos eles, 44% querem chegar ao destino o mais rápido possível, 35% preocupam-se com a sustentabilidade e 34% dão muita importância à tecnologia. “Os viajantes de hoje esperam que as viagens sejam facilitadas com a tecnologia. “Muitos viajantes confiam mais na tecnologia depois da pandemia”, observou.

Por sua vez, Jean-Philippe Monod de Froideville, vice-presidente sénior de Assuntos Governamentais e Corporativos do Grupo Expedia, destacou que, segundo estudos da empresa, os viajantes passam em média cinco horas a pesquisar na Internet para escolher uma viagem, que também costumam reservar dois meses antecipadamente. Da mesma forma, 24% dos viajantes fazem as suas viagens para assistir a evento, outros 25% repetem o seu destino todos os anos e 37% são influenciados pela família, enquanto 17% são mais inspirados pelos amigos.

O comportamento dos mercados globais, destacando-se a resiliência da indústria do turismo e a recuperação, que “continua apesar das incertezas” foi também debatido, bem como a situação atual do turismo em diferentes áreas do mundo, sem esquecer o papel consultivo do agente de viagens, especialmente num contexto geopolítico como o atual, em que os viajantes por vezes têm receios “irrealistas” de viajar para determinadas áreas porque não conhecem a real situação. Um exemplo claro disto é África, indicaram os especialistas.

Trata-se da reunião mais importante que se realiza no setor das agências de viagens e operadores turísticos, que se realiza de dois em dois anos para discutir questões globais do setor.

 

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Intur dá destaque ao turismo do interior e Portugal marca presença

A 26.ª edição da Intur, Feira Internacional de Turismo Interior, a realizar a 16 e 17 de novembro, em Valladolid, dará a conhecer a diversidade da oferta em destinos nacionais e internacionais.

Victor Jorge

A Intur, Feira Internacional de Turismo de Interior, arrancará na quinta-feira, 16 de novembro, num evento que pretende promover o turismo de interior na Península Ibérica que tem registado um desenvolvimento exponencial do ponto de vista qualitativo e quantitativo.

O primeiro dia do evento inicia-se com uma jornada para profissionais, Intur Negócios, um cenário de trabalho no qual se reunirão operadores turísticos, agências de viagens, hotéis, empresas de transporte, destinos, empresas de turismo ativo, gastronomia, vinhos, turismo de eventos, turismo de idiomas.

A Intur Negocios está dividida em três áreas: um mercado contratante, uma área de exposição e sessões de formação em que serão analisados aspetos como o impacto do património no turismo de interior, as chaves da promoção no exterior e como a gastronomia é uma poderosa alavanca para os destinos.

“A Intur é uma feira pioneira na promoção do turismo de interior que evolui, tal como o setor, para ser útil às empresas. Este objetivo foi o que nos levou a separar os conteúdos profissionais dos dirigidos ao público, o viajante em busca de destinos, em Intur Negocios e Intur Viajeros, duas propostas diferentes e diferenciadas”, explica o diretor-geral da Feria de Valladolid, Alberto Alonso.

A Intur Negocios contará com a presença de cerca de 70 operadores turísticos e agências de viagens que operam nos mercados europeu, asiático e americano. Estes operadores participam neste encontro em busca de diferentes opções para elaborar as suas propostas destinadas a grupos, turismo familiar, viagens à medida, etc. Os seus interesses são heterogéneos e vão desde o alojamento de todas as gamas até aos locais de eventos, spas e propostas de turismo ativo.

Já a Intur Talks, na sua segunda edição, é um espaço de análise de diferentes áreas do turismo de interior. Palestras curtas e ágeis, abertas ao diálogo com os participantes, estruturadas em diferentes blocos que abordarão, entre outras questões, o papel do turismo de reuniões, as alavancas para a promoção do turismo cultural no estrangeiro ou como promover o turismo interior em diferentes faixas etárias, o turismo de prata versus a geração Z.

Entre os participantes neste fórum estará Pedro Machado, presidente da Agência Regional de Promoção Centro de Portugal, que abordará os “Dez erros que não se devem cometer na promoção do turismo internacional”.

Já o último dia do evento, abrem-se as portas à Intur Viajeros, grande mostra em que as comunidades autónomas, cidades, províncias, vilas e condados apresentam ao público as infinitas opções para desfrutar da história, natureza, gastronomia, tradições e manifestações culturais que definem os seus territórios.

Mais uma vez, este ano, Portugal conta com uma participação notável e heterogénea, com destinos tão diferentes como o Algarve, Trás-os-Montes ou a Região de Lisboa, Alto Tâmega, Serra da Estrela, Pombal, entre muitos outros.

Nesta 26.ª edição da Intur, os visitantes encontrarão propostas de 1200 destinos. Quase todas as comunidades autónomas de Espanha estarão representadas na Intur Viajeros, bem como as regiões portuguesas, o gabinete de turismo cubano, o parque temático francês Futuroscope, empresas como a Tirolina das Minas, as adegas Campo Eliseo e Estancia Piedra, o Aquiestoy Caravaning, associações turísticas e culturais, associações de turismo rural, associações para a promoção do turismo acessível, etc.

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Pinto da Costa, Rita Marques e Ribau Esteves à conversa dia 30 de novembro no Congresso da APAVT

O presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, e a Codiretora da Pós-Graduação em Tourism Management da Porto Business School e ex-secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, vão estar “À conversa…” durante o Congresso da APAVT, dia 30 de novembro.

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O presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa e a Codiretora da Pós-Graduação em Tourism Management da Porto Business School e ex-secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, vão partilhar um momento e o palco do 48º Congresso da APAVT, no Porto, num diálogo que será dirigido pelo presidente da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves logo no primeiro dia, a 30 de novembro, naquilo a que no programa se designa “Conversas improváveis”.

Este é o mais recente acréscimo ao programa do congresso da APAVT, que começou a ser divulgado a semana passada, que este ano decorre na Alfândega do Porto, de 30 de novembro a 2 de dezembro, subordinado ao tema central “Inteligência Artificial: A Revolução do Século XXI”.

 

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Especialistas mundiais do setor dos vinhos reunidos no Centro de Portugal

A quarta edição do “Wine Future” está a decorrer no Convento São Francisco, em Coimbra até esta quinta-feira. Trata-se de um evento internacional sobre as múltiplas vertentes do setor dos vinhos, que traz à ao Centro de Portugal participantes de todo o mundo.

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O facto de ter escolhido Coimbra para a realização da sua quarta edição é muito importante para a região Centro de Portugal, porque, de acordo com nota de imprensa, “é uma montra privilegiada para os nossos produtores e para os vinhos portugueses, em particular para os vinhos das cinco Comissões Vitivinícolas da região”, e por outro “é uma forma de divulgarmos o nosso território a nível internacional, servindo como aperitivo para o muito que o Centro de Portugal tem para mostrar”.

“O enoturismo e a gastronomia são produtos agregadores na estratégia da Turismo Centro de Portugal e envolvem todas as oito Comunidades Intermunicipais da região, constituindo um foco de atração de visitantes”, sublinhou Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, na sessão de abertura do certame, ao lado de Pancho Campo, fundador do Wine Future, Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, e Jorge Brandão, vogal da comissão diretiva do Programa Operacional Regional do Centro.

No mesmo dia, Jorge Sampaio, vogal da Comissão Executiva da Turismo Centro de Portugal, participou num painel intitulado “Evolução do Enoturismo – Da Adega aos Tours Virtuais”, juntamente com Adrian Bridge (CEO do grupo The Fladgate Partnership e do The Yeatman Hotel), Catherine Leparmentier (diretora da Great Wine Capitals) e Marisah Nieuwoudt (Wine Tourism Manager da South Africa Wines).

O “Wine Future” é um evento internacional sobre as múltiplas vertentes do setor dos vinhos. A Turismo Centro de Portugal é parceira institucional do certame, estando presente com um espaço de mostra e degustação dos vinhos da região, além de disponibilizar informação turística sobre o território.

Até quinta-feira, os protagonistas globais da área dos vinhos analisam e debatem os desafios que o setor enfrenta a nível mundial, como os novos consumidores, as inovações, a economia e o marketing. O economista Christopher Pissarides, Prémio Nobel da Economia, em 2020, é um dos muitos oradores, com uma intervenção sobre os desafios da economia mundial, nomeadamente da Inteligência Artificial.

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Dave Goodger from Tourism Economics.

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WTM: Oportunidades e riscos futuros para a indústria de viagens

O aumento dos custos das viagens e das férias ainda não registaram uma diminuição na procura entre os consumidores – principalmente porque a tendência das “viagens de vingança” ainda está em pleno  – mas os preços mais elevados foram identificados como um dos principais desafios que a indústria enfrenta, de acordo com o WTM Global Travel Report em parceria com o Oxford Tourism Economics e apresentado no WTM London 2023.

Victor Jorge

A tendência das “viagens de vingança” ainda está em pleno andamento – mas os preços mais elevados foram identificados como um dos principais desafios que a indústria enfrenta, de acordo com o WTM Global Travel Report em parceria com a Tourism Economics, organismo pertencente à Oxford Economics.

O relatório, divulgado no primeiro dia do WTM London 2023 revela que “as viagens de vingança, uma tendência atual à medida que os consumidores recuperam o atraso nas viagens após a COVID-19, provavelmente mitigaram o impacto dos elevados custos no comportamento do consumidor”, restando saber “como os preços mais elevados continuarão a impactar as escolhas dos viajantes no futuro”.

As empresas de viagens também estão preocupadas com o aumento dos custos, bem como com questões de pessoal, referiu Dave Goodger, Managing Director EMEA na Tourism Economics.

Apesar do cenário económico incerto, as perspetivas são positivas, com muitos consumidores a demonstrar dar prioridade quando se trata de gastos em viagens, salienta o WTM Global Travel Report.

Além disso, muitos fatores que contribuíram para o sucesso do turismo global continuarão a contribuir para o crescimento futuro da indústria, apontando o relatório o crescimento económico nos mercados emergentes e as mudanças demográficas e sociais continuam a ser áreas de oportunidade.

Quando solicitados a identificar barreiras ou desafios ao turismo, os inquiridos referiram que o aumento dos custos dos negócios e as questões de pessoal eram duas das principais preocupações (59% e 57%, respetivamente).

O custo do alojamento (54%), o custo dos voos (48%) e a burocracia/regulamentações governamentais (37%) estão também no topo da lista de preocupações, mais do que a diminuição dos gastos entre os viajantes, que foi identificada como uma preocupação por 33% dos inquiridos.

O turismo global continua a recuperar fortemente, apesar dos riscos e desafios enfrentados pela indústria. Até ao final de 2023, a Tourism Economics prevê que as viagens globais ao exterior excederão as 1,25 mil milhões, o que representa mais de 85% do nível máximo alcançado em 2019.

O relatório afirma ainda que as empresas estão a utilizar a tecnologia para resolver a escassez de pessoal; os grandes eventos culturais e desportivos recuperaram e há uma procura crescente por parte dos consumidores de experiências únicas e memoráveis, que representam oportunidades para destinos e organizações turísticas.

O ‘Bleisure’ – uma combinação de viagens de negócios e lazer – entre outras tendências de viagens de negócios, como as ‘workcations’, foi destacado como a terceira maior oportunidade, afirmada por 53% dos inquiridos.

Muitas organizações e destinos reposicionaram-se para abraçar eficazmente esta tendência, à medida que os indivíduos desfrutam de maior flexibilidade no local de trabalho agora em comparação com a pré-pandemia.

A tendência mais ampla para maior personalização é um dos focos e considerado como oportunidade na e para a indústria. Um relatório recente da Harvard Business Review, patrocinado pela Mastercard, descobriu que mais de metade das empresas considera a personalização do cliente uma forma importante de aumentar receitas e lucros.

Mas os desafios económicos e os acontecimentos globais afetarão a confiança dos consumidores, e os avanços na tecnologia, os novos comportamentos dos consumidores e os fatores sociais e geopolíticos estão entre alguns dos riscos e oportunidades para as organizações de turismo em todo o mundo, afirma o relatório.

*O jornal PUBLITURIS é Media Partner do World Travel Market (WTM) London 2023
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WTM: Ministros do Turismo discutem educação e formação e admitem que, sem atrair juventude, a indústria não tem futuro

Na 17.ª conferência dos Ministros do Turismo, no âmbito do World Travel Market (WTM) London 2023, que abordou a importância da formação e educação na indústria, os responsáveis pelas respetivas pastas dos 38 países presentes admitiram que “a juventude é o futuro do turismo”, reconhecendo, contudo, que o turismo “não é o futuro para a juventude”.

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Na conferência dos Ministros do Turismo mais participada nas 17 edições já realizadas no World Travel Market (WTM) London, foi destacada a importância da educação e formação para o futuro da indústria do turismo.

Sob o lema “You have the power to change travel. And travel has the power to change the world”, Natalia Bayona, responsável pela inovação, educação e investimento estratégico na Organização Mundial do Turismo (OMT), começou por salientar uma realidade: “existem 1,2 mil milhões de jovens com idades entre os 15 e 24 anos”.

Contudo, segundo a responsável da OMT “existe muito mercado para atingir”, mas que o turismo “não está na mente dos jovens quando questionam a sua formação”, questionando a razão por que o turismo não é atrativo para a juventude. De resto, frisou, a indústria do turismo não aparece no Top 3 numa análise realizada pela Google com enfoque nas indústrias mais atrativas para a juventude em termos de emprego.

Natalia Bayona salientou que 80% das formações existentes no mundo do turismo estão centradas na “gestão hoteleira”, admitindo que o turismo “é muito mais do que isso”. Por isso, frisou, “temos de definir os pilares de desenvolvimento para o turismo”, destacando que “a formação e educação é, sem dúvida, um deles”.

Julia Simpson, CEO e presidente do World Travel & Tourism Council (WTTC), repetiu, de certa forma, a mensagem dias antes no Global Summit da entidade, realizada no Ruanda de 1 a 3 de novembro, e que passa por identificar “para onde é que a indústria do turismo quer ir nos próximos anos. “Sem desenvolvimento não damos garantias à juventude e são essas garantias que a juventude procura”.

A responsável pelo WTTC frisou, de resto, que o setor do turismo é “um setor de crescimento”, deixando a mensagem de que “temos de mudar a perceção que existe relativamente a trabalhar no turismo”.

No fundo, o que Julia Simpson quis dizer foi que “temos de passar a mensagem que trabalhar no turismo é positivo e que, fundamentalmente, proporciona uma carreira a quem entre na indústria, algo que as tecnológicas conseguem fazer”.

Já a perceção de alguns ministros que falaram nesta conferência foi ao encontro do que as duas executivas referiram na abertura do evento, frisando ministro para os Media, Turismo e Indústrias Criativas, que “há que mostrar à juventude que o turismo é um criador de carreiras. Isso não é mostrado”.

Patricia de Lille, ministra do Turismo da África do Sul, destacou, por sua vez, a importância dos setores públicos e privados trabalharem em conjunto para ultrapassar este desafio que passa por atrair a juventude para o setor do turismo. “As necessidades do turismo estão a mudar e a indústria tem de acompanhá-las”, admitindo que “isto não está a acontecer”.

“Há que saber o que será necessário dentro de cinco a 10 anos e ajustar as formações e educação no turismo a esta realidade futura”, salientou de Lille, frisando ainda que “há novos skills, mas há um desalinhamento com a indústria do turismo”. Por isso, destacou, “há que aproveitar o interesse das novas gerações em tudo o que tem a ver com tecnologia”.

As Parcerias Público Privados foram outro tema destacado por todos os ministros do turismo presentes nesta conferência, embora o ministro do turismo do Egito, Ahmed Issa, tenha apontado a “baixa produtividade da indústria relativamente a outros setores”.

O ministro do turismo da Jordânia, Markam Al-Queisi, frisou, novamente, o facto da educação e formação da juventude estar “demasiado focada na gestão hoteleira, esquecendo-se de outras atividades que são tão ou mais importantes que a hotelaria”, dando como exemplo os guias turísticos, motoristas de táxis e de autocarros, restauração, entre outros. Além disso, frisou Markam Al-Queisi, “é fundamental formar a juventude nas mais diversas línguas, já que se queremos proporcionar experiências adaptadas aos vários públicos, temos de saber falar a língua desses turistas”.

Outra das questões destacadas por vários ministros foi a questão da relação custo/investimento. Clayoton Bartolo focou este ponto, referindo que “para muitos agentes na indústria, a educação é vista como um custo e não como um investimento”, admitindo que a formação na juventude é “o maior investimento que se pode fazer para qualquer país e economia”.

O ministro do Turismo da Indonésia, Kemenparekraf RI, por sua vez, ressaltou que “se quisermos que o setor do turismo cresça, esse crescimento será impossível obter sem apostar fortemente na educação e formação da juventude”.

“Há que ter a noção de que o setor do turismo mudou com a COVID tanto a nível da procura como da oferta e isso não está a ser tido em conta. Parece que queremos fazer as coisas como eram feitas como nos tempos pré-COVID e isso está errado. Se não evoluirmos, não conseguiremos atrair novos talentos para o nosso setor”.

Uma das questões deixadas pelo ministro do turismo da Jamaica foi: “Alguém da indústria já perguntou a quem é formado que tipo de formação pretende e procura quando se interessa pelo nosso setor?”.

O ministro das Maurícias, Louis Steven Obeegadoo, colocou a tónica na necessidade de “flexibilidade e mobilidade dos recursos humanos”, sem, contudo, esquecer que é “preciso manter a identidade e autenticidade do local”.

No final, o ministro do turismo da Indonésia voltou ao ponto das PPP, admitindo que “falta um ‘P’ nesta equação e esse ‘P’ são as ‘Pessoas’”.

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