Aviação civil chinesa perde 14,6 mil milhões de euros até setembro
As oito companhias aéreas chinesas cotadas em bolsa perderam, entre janeiro e setembro, 14.647 milhões de euros, o que se deve à redução da operação devido à COVID-19 mas também ao aumento do preço do combustível.
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As oito companhias aéreas chinesas cotadas em bolsa perderam, entre janeiro e setembro, 14.647 milhões de euros, perdas que, segundo a Lusa, se devem às medidas de prevenção epidémica vigentes no país, no âmbito da estratégia ‘zero covid’.
Segundo a Lusa, que cita o portal de informação económica Yicai, as perdas foram especialmente acentuadas nas quatro maiores empresas chinesas do setor, concretamente Air China, China Eastern, Hainan Airlines e China Southern, que somaram perto de 90% das perdas, enquanto a Spring Airlines, principal companhia aérea low cost chinesa e que tinha sido a única a apresentar lucros nos três primeiros trimestres de 2021, também apresentou prejuízo.
“As perdas da indústria ultrapassaram o total somado de 2021 e 2020. Este ano é o pior de sempre para a aviação civil da China”, disse o analista Lin Zhijie, citado pelo portal Yicai.
De acordo com o especialista, este ano, o setor da aviação civil chinês operou apenas a 50% de 2019, enquanto no ano passado foi registada uma operação de cerca de 70% dos níveis de 2019, antes da chegada da pandemia da COVID-19.
Além da diminuição da operação, as companhias aéreas chinesas estão ainda a lidar com o aumento dos preços dos combustíveis, que subiu 75% em termos homólogos, o que significa um custo extra de cerca de 40.000 milhões de yuans (5.530 milhões de euros) para as empresas do setor.
O portal Yicai lembra que, este ano, cerca de uma dezena de companhias aéreas chinesas e subsidiárias declararam insolvência, numa tendência que se deverá agravar no futuro.
Recorde-se que, devido à pandemia, a Administração de Aviação Civil da China foi obrigada a apoiar as companhias aéreas e, ainda no primeiro semestre de 2022, realizou injeções de capital na Air China, China Eastern, China Southern e no maior grupo de aeroportos do país, a Capital Airports Holdings.
A Administração de Aviação Civil da China estendeu mesmo as linhas de crédito de apoio às companhias aéreas e abriu uma nova, no valor de 150.000 milhões de yuans (20.731 milhões de euros), que se junta à que já existia e que tem um valor de 65.600 milhões de yuans (9.067 milhões de euros), sendo esta última também destinada ao apoio aos aeroportos do país.
Recorde-se que a China adoptou uma política de zero casos de COVID-19, o que leva a confinamentos rigorosos e à suspensão dos voos sempre que seja detectado um surto da doença, o que ajuda a explicar a difícil situação económica das transportadoras chinesas.