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Carlos Moura: Pacote de medidas é “absolutamente insuficiente” para o Turismo

A menos de um mês do próximo congresso da AHRESP, que se realiza de 14 a 15 de outubro em Coimbra, o presidente desta entidade, Carlos Moura, declara em conferência de imprensa que o evento servirá para “mobilizar e chamar a atenção para quem nos governa da importância e sensibilidade dos tecidos empresariais” representados pela associação.

Carla Nunes
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Carlos Moura: Pacote de medidas é “absolutamente insuficiente” para o Turismo

A menos de um mês do próximo congresso da AHRESP, que se realiza de 14 a 15 de outubro em Coimbra, o presidente desta entidade, Carlos Moura, declara em conferência de imprensa que o evento servirá para “mobilizar e chamar a atenção para quem nos governa da importância e sensibilidade dos tecidos empresariais” representados pela associação.

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Sob o mote “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o próximo congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) surge num momento “muito oportuno”.

Quem o afirma é Carlos Moura, presidente da entidade, que espera que a realização do evento a 14 e 15 de outubro, numa altura coincidente como a discussão do Orçamento do Estado, possa servir para “reforçar as propostas” que a associação tem estipuladas para apresentar ao Governo. Ao todo serão 27 medidas, que a AHRESP não quis desvendar para já, mas assegura adiantar ainda no final desta semana.

Das conclusões deste congresso espera-se reforçar o “argumentário” para as propostas previstas pela associação, já que esta considera que, apesar do pacote de medidas anunciado ser “bom” – como Carlos Moura afirmou, “tudo o que é superior a zero é bom e aplaudimos” – as medidas são consideradas “absolutamente insuficientes” para o Turismo.

“Temos a certeza que o Governo não vai deixar de olhar para as propostas que vamos apresentar e para as medidas que vão reconhecer e verificar como absolutamente necessárias. Porque o país precisa de mais economia”, afirma.

Em conferência de imprensa, o presidente da associação sublinha que apesar de se pensar que “as boas receitas que tivemos durante o período de verão correspondem ao que se obtém no bottom line das companhias, a margem não corresponde àquilo que são as boas receitas, o bom encaixe daquilo que se vendeu”.

Para o justificar, Carlos Moura recorre aos dados do INE relativamente ao preço das matérias-primas alimentares, nas quais se verificou 15,4% de inflação em agosto, bem como os custos de energia – que “triplicaram” nas organizações representadas pela AHRESP – e o custo dos combustíveis, que afeta os transportes.

Referindo-se ao tema do próximo congresso, Carlos Moura explica terem escolhido o formato em sessões paralelas “para dar voz e oportunidade de tratar um tema que hoje é moda, mas não para a AHRESP”. Domínios como a sustentabilidade económica, financeira, laboral e digital fazem parte do programa, sem esquecer a questão dos recursos humanos, também debatida em conferência de imprensa.

Carlos Moura frisa que o setor “não tem gente para trabalhar”, algo que não atribui aos “salários baixos”, já que considera que o setor “paga relativamente bem”, dependendo das regiões. De acordo com o profissional, a escassez resulta de dois ou três epifenómenos: a transferência de pessoas para outras atividades económicas e o regresso dos imigrantes aos países de origens.

Para resolver a questão, a associação declara que tem preparado um programa para “a captação de imigração organizada”, no entanto, adianta apenas que esta será anunciada publicamente, sem esclarecer os moldes do mesmo.

“Devíamos cuidar de evitar que se sucedessem casos como os de Odemira. Queremos ter emigração com contratos de trabalho de média a longa duração”, termina.

Região Centro procura ser “cada vez mais competitiva” em MICE

Sobre o congresso, que terá lugar no Convento de São Francisco, Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (TCP), “saúda a escolha” da localização do evento, que afirma preencher um dos grandes objetivos da entidade de ser cada vez mais competitiva “na captação de grandes eventos e congressos”.

Já quanto ao tema do congresso, Pedro Machado assegura que este “não podia estar mais na agenda”, dados os recentes acontecimentos na região centro, “fustigada” por incêndios e enxurradas.

“Hoje percebemos que no nosso caso temos preocupações acrescidas com a sustentabilidade ambiental, seguramente com a sustentabilidade económica, mas há uma outra componente que é a sustentabilidade social”, defende Pedro Machado, que explica que atualmente “já não discutimos o overturing, o grau de saturação dos territórios”, mas sim “o grau de satisfação que as comunidades que recebem turistas podem ter com este setor”.

Nesse sentido, o presidente da TCP afirmou que se encontram a “estruturar novos produtos turísticos que possam ancorar e distribuir a procura, para que possa acontecer em territórios menos prováveis”. Destes enumera produtos na área do Ecoturismo, Enoturismo e Turismo Industrial.

Também na senda de novos produtos turísticos, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, declarou que procuram “fazer uma grande aposta no turismo”, razão pela qual criaram “uma divisão dedicada ao turismo na nova estrutura flexível da câmara”, que será “exclusivamente dedicada a uma estratégia multifacetada turística para Coimbra e a sua região”.

“Temos um imenso potencial turístico em Coimbra, não só em termos da universidade e património mundial da Unesco, mas também das características medievais que se mantêm na Baixa e na Alta de Coimbra. [Temos ainda] um grande potencial religioso: foi em Coimbra que Santo António se fez franciscano, temos a nossa padroeira, a rainha santa, [sem esquecer que] foi em Coimbra, no Carmelo, que faleceu a irmã Lúcia”, argumenta.

AHRESP almeja Guia Michelin Portugal

Numa nota final sobre o congresso, Carlos Moura aponta para um painel que “apesar de parecer desalinhado com o fio condutor” do evento, está relacionado com “a sustentabilidade gastronómica do país”.

Na sessão TASCA – Identidade internacional da restauração portuguesa, a AHRESP propõe colocar na mesa a hipótese de atribuir uma identificação universal em gastronomia a Portugal.

“Os espanhóis têm ‘la bodega’, os italianos ‘la trattoria’, porque não havemos de ter ‘a tasca’?”, questiona o presidente da associação.

Outro dos objetivos da associação, comunicados na mesma conferência de imprensa, passa pela criação do Guia Michelin Portugal, já que, atualmente, o guia é aplicado à Ibéria: “Isso traduz-se sempre numa subalternização da nossa gastronomia a favor de ‘nuestros hermanos’. Provavelmente esta sessão também é um impulso para que o guia Michelin possa ser de Portugal e não da Ibéria”, atira o diretor.

Na próxima conferência da AHRESP são esperados cerca de mil participantes, resultando “no maior evento associativo empresarial que o país regista nos últimos anos”, de acordo com Carlos Moura.

No decurso do atual mandato, a AHRESP “caminha para 15 mil associados”, registando uma média de 130 novos associados por mês e 70 a 80 saídas.

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Abertas inscrições para a 7ª edição dos Prémios AHRESP

As inscrições para a 7ª edição dos Prémios AHRESP, que visam distinguir as empresas e os profissionais de restauração, alojamento e promoção turística que mais inspiraram estes setores em 2022, vão decorrer até ao próximo dia 19 de março.

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Os vencedores da 7.ª edição dos Prémios AHRESP serão anunciados e distinguidos na gala final, que terá lugar no dia 2 de junho, no Pátio da Galé, na Praça do Comércio, em Lisboa.

As categorias definidas para a 7.ª edição dos Prémios AHRESP são 16: Conceito Inovador, Revelação Gastronómica, Produto do Ano, Serviço do Ano, Projeto de Solidariedade, Sustentabilidade Ambiental, Projeto Media, Novo Talento, Destino Revelação do Ano, Entidade Formadora, Estabelecimento com História e Evento do Ano, Profissional do Ano, País Lá Fora, Prémio Carreira e Prémio Excelência.

Segundo nota de imprensa da Associação, uma das novidades desta edição é o facto de as candidaturas a Profissional do Ano serem realizadas pelas empresas empregadoras. Os candidatos terão oportunidade de defender a sua nomeação, em formato Shark Tank, junto do Comité de Seleção.

Este ano alguns ex-vencedores também terão um papel fundamental na referenciação de empresários e projetos, tal como os habituais embaixadores dos Prémios AHRESP, câmaras municipais, entidades regionais de turismo e chefs de referência.

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AHRESP vai celebrar a gastronomia portuguesa na Lisbon Food Affair

A AHRESP vai marcar presença com um espaço de celebração da gastronomia portuguesa na primeira edição da Lisbon Food Affair, que terá lugar de 12 a 14 deste mês de fevereiro na FIL (Parque das Nações).

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A associação oferece em exclusivo para os seus associados dois bilhetes para visitar, durante os três dias, esta que é considerada a maior feira profissional dedicada ao setor alimentar, cujo lema assenta em três importantes pilares para as empresas do Canal HORECA: internacionalização, inovação e sustentabilidade.

Para além de um espaço institucional, a AHRESP irá promover também duas conferências no dia 14 de fevereiro: ‘Linhas de apoio e financiamento ao Turismo’ e ‘Desafios da eficiência energética para o Canal HORECA’. Conhecer as novas linhas de apoio e financiamento ao Turismo e refletir sobre a urgente necessidade de poupança e eficiência energética são os objetivos das conferências, que decorrerão das 16h00 às 18h30.

Durante os três dias da feira, o stand da AHRESP será igualmente palco de apresentações de showcooking, com preparação de coftails, confeção de receitas vegan e de pastelaria tradicional, iogurtes artesanais e outros produtos regionais.

A propósito da participação da AHRESP neste evento, na qualidade de parceira e membro do conselho estratégico, o presidente da Associação, Carlos Moura refere que “verdadeira montra de inovação, a Lisbon Food Affair reveste-se de crucial importância para as empresas do Canal Horeca, num momento em que não basta dizer apenas que se vive uma realidade diferente e mais complexa, tornando-se, sim, imperioso enfrentá-la com estratégias pensadas ao detalhe”.

Carlos Moura sublinha ainda que “a internacionalização, a inovação e a urgente sustentabilidade estão no lema deste marketplace e eu dou como certa a garantia de um certame em que todos os que nele participarem vão poder partilhar e descobrir soluções de excelência para os grandes desafios económicos e ambientais”.

Localizado na área H da LFA, a AHRESP conta com um espaço de 108 m2, ao qual já se associaram diversas marcas (Nestlé Professional, Rentokil, VBSS, Climaportugal e Zezerovo) que irão demonstrar o que de melhor e mais inovador têm para oferecer ao setor.

 

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Nuno Fazenda analisa os desafios do canal Horeca com a AHRESP

Numa primeira reunião com a AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, analisou os grandes desafios que se colocam ao canal Horeca.

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Nesta primeira sessão de trabalho, a agenda centrou-se em 12 pontos essenciais que preocupam a Associação, tendo em conta as dificuldades que as empresas deste setor atravessam devido ao atual contexto inflacionista.

Dos vários pontos examinados, destacam-se as as medidas financeiras de apoio, por via do Turismo de Portugal, como a Linha Consolidar +Turismo e uma nova moratória na linha de microcrédito; a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas, bem como a reposição definitiva na taxa intermédia de todas as bebidas.

A redução dos impostos sobre os rendimentos do trabalho; a dificuldade na contratação de profissionais qualificados; e a inconstância da regulamentação sobre o alojamento local, foram ainda outros assuntos que mereceram análise.

Neste encontro de trabalho, a AHRESP manifestou total disponibilidade para trabalhar em conjunto com a Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, colaborando na procura de soluções concretas, assentes na base de um diálogo permanente e construtivo.

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AHRESP quer reunir com autarquias atingidas pelas intempéries que afetaram o canal Horeca

A AHRESP já solicitou reuniões com caráter de urgência junto das autarquias mais afetadas pela sucessão de intempéries que afetaram muitos estabelecimentos de restauração, similares e alojamento turístico.

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A dimensão dos danos causados pelas adversas condições climatéricas que assolaram várias zonas do país e, consequentemente, muitos estabelecimentos de restauração, similares e alojamento turístico, impossibilitando, em muitos casos, o seu normal funcionamento obriga, segundo a AHRESP, à disponibilização de soluções urgentes.

Neste sentido, a Associação já solicitou reuniões com caráter de urgência junto das autarquias mais afetadas, com o objetivo de avaliar a dimensão dos danos causados e, acima de tudo, identificar os mecanismos mais eficientes para a substituição de equipamentos e consequente reabertura dos espaços.

A fim de partilhar com as autarquias, às quais foram solicitadas reuniões, informações mais precisas, e com vista a identificar com rigor os com rigor os prejuízos decorrentes da deterioração de equipamentos, instalações e matérias-primas, a AHRESP está a realizar um inquérito às empresas suas associadas.

Em nota de imprensa, a AHRESP lembra que “as tradicionais festas natalícias e de passagem de ano, muito importantes para a tesouraria das nossas empresas, após dois anos de restrições por culpa da COVID-19, voltam a ser prejudicadas por força das intempéries, com prejuízos avultados devido ao seu encerramento forçado”.

 

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Já estão abertas as inscrições do concurso para jovens sommeliers que leva os vencedores a Itália

A iniciativa “Viaje no seu futuro! Jovem Sommelier De Vinhos Italianos” é dividida numa competição de duas partes. No final, dois participantes ganham um curso de formação em Itália.

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O concurso para jovens sommeliers tem inscrições abertas até 15 de dezembro, de acordo com informação avançada em comunicado. A iniciativa “Viaje no seu futuro! Jovem Sommelier De Vinhos Italianos”, lançada no âmbito da Semana da Cozinha Italiana no Mundo, vai levar dois participantes até Itália para um curso de formação, na Escola Internacional de Cozinha Italiana da ALMA, em Colorno, em Parma.

O concurso está aberto a portugueses até aos 40 anos que sejam sommeliers, escanções, profissionais da indústria hoteleira e da restauração, distribuição de alimentos e bebidas ou estudantes em escolas superiores especializadas e centros de formação. Os candidatos devem ter conhecimentos teóricos e práticos da viticultura em geral, devendo também estar interessados em desenvolver um conhecimento profissional sobre o vinho italiano, tanto em termos de vinhas clássicas italianas como também da sua geografia vinícola.

A iniciativa está divida em duas fases. A primeira diz respeito à fase de qualificação, na qual serão admitidos os candidatos que satisfaçam os requisitos básicos da inscrição e que possam comprovar os seus conhecimentos, sujeitos à avaliação dos organizadores. Aqui os candidatos serão submetidos a uma prova escrita, com perguntas gerais relativas à enologia, à enografia e à técnica de degustação, seguida de uma prova prática sobre a identificação e descrição da organolética do vinho italiano.

Por fim, a segunda fase contará apenas com a participação de cinco candidatos – os que obtiverem a melhor pontuação na fase de qualificação.

Dos cinco participantes serão selecionados dois vencedores, que terão a oportunidade de participar num curso de formação teórico e prático, com a duração de uma semana, na Escola Internacional de Cozinha Italiana da ALMA em Colorno (Parma). O curso inclui visitas a adegas, restaurantes italianos, produtores de vinho e provas de produtos típicos dos territórios italianos mais representativos da gastronomia e da cultura vínica daquele país. O prémio inclui ainda as despesas de viagem e alojamento.

Para participarem, os interessados devem preencher o formulário disponibilizado na página da Embaixada de Itália em Lisboa (https://amblisbona.esteri.it/ambasciata_lisbona/pt), enviando-o, juntamente com o seu CV, para o email [email protected]

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EHTO organiza primeiro concurso de pastelaria literária

O concurso “Once Upon a Pastry” decorre na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) no início do próximo ano e é aberto a todos os alunos de hotelaria do país.

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De 11 a 12 de janeiro de 2023, a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) terá a decorrer a primeira edição do concurso de pastelaria Once Upon a Pastry, onde os participantes serão desafiados a escolher uma obra literária e criar uma sobremesa baseada na mesma.

A iniciativa, que parte da turma de Gestão e Produção de Pastelaria desta instituição, “pretende incentivar a criatividade, inovação e o hábito da leitura nos concorrentes”, como indicado em comunicado enviado pela EHTO.

No mesmo documento é adiantado que o concurso é “pensado e desenhado de alunos para alunos”, já que constitui “o projeto final da turma de Gestão e Produção de Pastelaria” desta escola. Além das provas teóricas e práticas, a iniciativa contará com mostras de produtos e um jantar.

O painel de jurados será composto por: Ricardo Duque, representante da Óbidos Creativa; José Pinho, presidente do F(Ó)LIO; Lara Figueiredo, pasteleira no restaurante Midori, do Penha Longa Resort, e Francisco Siopa, chef executivo de pastelaria do Penha Longa Resort.

A competição Once Upon a Pastry é aberta a todos os alunos de hotelaria do país, sendo que as inscrições devem ser realizadas através de um formulário até 2 de dezembro.

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AHRESP alerta para consequências “cada vez mais preocupantes” da inflação no setor

A associação deu a conhecer esta segunda-feira, 14 de novembro, os resultados do seu inquérito mais recente, no qual 54% das empresas de restauração e 49% das empresas de alojamento apontaram ter quebras na faturação até 20%.

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Em comunicado de imprensa, a AHRESP alerta que o atual contexto de inflação – “cuja estatística oficial revela aumentos de 27,6% nos produtos energéticos e de 18,9% nas matérias-primas alimentares” – está a ter consequências “cada vez mais preocupantes para a sustentabilidade dos negócios”.

A afirmação é feita após os resultados do mais recente inquérito da associação, realizado durante a segunda quinzena de setembro e a primeira de outubro, no qual foram apuradas 473 respostas válidas nos setores da restauração e similares e do alojamento turístico.

De acordo com os resultados deste estudo, para 71% das empresas da restauração, e para 83% das empresas de alojamento, os custos com matérias-primas aumentaram até 50%.

A escassez de produtos essenciais também já se faz sentir nestas atividades, como apontado por 73% das empresas da restauração e 26% do alojamento inquiridas.

Neste contexto, a AHRESP afirma que “a atualização dos preços de venda foi inevitável”, com 83% dos inquiridos na área da restauração e 69% do alojamento a indicarem que aumentaram os seus preços de venda. Na restauração (51%) e no alojamento (45%), os aumentos não ultrapassaram os 10%.

Fazendo a correlação deste cenário com a entrada na época baixa, a associação garante que “a retração no consumo já se evidenciou”: em setembro, 54% das empresas de restauração e 49% do alojamento sentiram quebras na faturação até 20%. O inquérito revelou ainda quebras significativas, superiores a este intervalo.

Para atenuar os efeitos deste ciclo inflacionista, a AHRESP volta a afincar em comunicado as medidas temporárias que tem vindo a propor, “como a aplicação da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas e nas tarifas de energias, gás e eletricidade”. Ainda no mesmo inquérito, 89% das empresas de restauração confere como prioritária a medida do IVA, enquanto 81% das empresas de alojamento a redução do IVA na energia.

A associação alerta que “a ausência de medidas preventivas irá provocar um novo aumento de preços, despedimento de trabalhadores e encerramento de empresas”, já que, das empresas inquiridas, e no caso da restauração, 68% ponderam aumentar preços, 37% provocar despedimentos e 13% encerrar a atividade. No caso do alojamento turístico, 63% das empresas refere que terá de aumentar preços, 15% irá avançar com despedimentos e 8% equaciona o encerramento da atividade.

Antecipando o último trimestre de 2022, as perspetivas “são muito preocupantes”, de acordo com a AHRESP, que indica que 45% das empresas da restauração e 31% de alojamento inquiridas consideram que este último trimestre será pior ou muito pior que o quarto trimestre de 2019.

A somar a este cenário, a associação considera que “a subida das taxas de juros certamente provocará um forte impacto no rendimento disponível das famílias, conduzindo inevitavelmente a uma retração no consumo dos nossos serviços”.

“Estamos certos de que o Governo, atento à conjuntura e ao seu provável agravamento, procure melhorar o nível de rendimento familiar”, afirma a associação, esperando ainda que “o Governo venha a implementar mecanismos que permitam um saudável desenvolvimento das atividades económicas que representamos, assegurando o contributo que o Turismo confere à economia nacional”.

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OE2023: AHRESP apresenta 25 propostas ao Governo para “salvaguardar as empresas”

A aplicação temporária da taxa reduzida do IVA nos serviços de alimentação e bebidas é uma das medidas apresentada pela associação.

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Dada a aproximação da apresentação do Orçamento de Estado para 2023 (OE2023), a 10 de outubro, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) propôs ao Governo 25 medidas “para salvaguardar as empresas e contribuir para o fortalecimento da economia portuguesa”, conforme se pode ler em comunicado enviado às redações.

As medidas propostas incidem em cinco eixos estratégicos: fiscalidade, capitalização das empresas, incentivo ao consumo, apoio ao investimento e qualificação e dignificação do emprego, sendo que o documento com a enumeração de todas as propostas encontra-se disponível para consulta no website da AHRESP.

Destas, a associação destaca quatro medidas que considera prioritárias: a aplicação temporária da taxa reduzida do IVA nos serviços de alimentação e bebidas; instrumentos de apoio à capitalização das empresas; apoios ao investimento na eficiência energética e na transição digital e mecanismos/plataformas que apoiem e facilitem a contratação de trabalhadores, nomeadamente a contratação organizada de imigrantes.

“A AHRESP considera que é essencial a inclusão de medidas ambiciosas e significativas para as empresas e para as famílias, de forma a minimizar o impacto da inflação e do aumento dos custos da energia e dos combustíveis”.

Como prosseguem em comunicado, a associação aponta que apesar “do pico da atividade dos meses de verão, as margens de negócios estão completamente esmagadas – os custos energéticos aumentaram 24% e os produtos alimentares 15,4%, enquanto na restauração e similares os preços aumentaram 4.5%”. Apoiando-se nestes dados do INE, a AHRESP conclui que “a grande maioria das empresas optou por absorver uma parte desse aumento de custos para não lesar em demasia os seus clientes, pelo que as margens estão no seu limite”.

Neste contexto, a associação alega que é “imperioso” proteger “o poder de compra dos consumidores, mas também a tesouraria das empresas, que ainda não retomaram os níveis pré-pandemia e são agora sujeitas a um novo contexto de adversidade económica e financeira”.

Numa nota final, a AHRESP defende que “o OE2023 deverá ser um instrumento determinante na defesa das atividades económicas do Canal HORECA, pois só assim será possível garantir que o contributo dado pelo Turismo para a recuperação económica pós-pandemia não tenha sido em vão, assegurando-se a sustentabilidade dos negócios e a manutenção dos postos de trabalho”.

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École Ducasse e Globeducate criam parceria para formar jovens em culinária e pastelaria

As famílias dos estudantes e as equipas das escolas terão acesso a condições especiais para os programas profissionais, bem como os cursos de culinária e pastelaria destinados aos amadores e oferecidos no École Ducasse Paris Studio.

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A École Ducasse aliou-se à Globeducate, um grupo educacional com mais de 55 escolas bilingues e internacionais em 10 países, que formam anualmente cerca 31.000 estudantes. A parceria nasce do propósito de introduzir os jovens no mundo das artes culinárias e da pastelaria, partindo da ideia de que, ao experimentarem a profissão, possam escolhê-la no futuro.

A ambição da École Ducasse é “inspirar esta nova geração de estudantes da Globeducate desde muito novos e ajudá-los a descobrir a alta gastronomia, bem como desenvolver os seus gostos e sentidos, ao mesmo tempo que os sensibiliza para a importância de uma dieta saudável e amiga do planeta” tal como a instituição explica em comunicado.

Desta forma, os alunos das escolas bilingues Globeducate Parisian EIB e as suas famílias terão a oportunidade de participar em workshops dedicados à descoberta da cozinha e da pastelaria, bem como em “cooking camps”. Este último curso tem uma semana de duração e poder ser frequentado por crianças a partir dos quatro anos de idade durante as férias escolares na École Ducasse Paris Studio. Estes campos permitirão às crianças e aos adolescentes “descobrir as bases da cozinha de Alain Ducasse, assentes “no anti desperdício e em receitas saudáveis e saborosas, que poderão provar após a sua preparação”.

Através desta parceria, os alunos podem ainda desfrutar de sessões de culinária e pastelaria em conjunto com os familiares, sempre às quartas-feiras à tarde, ao longo de todo o ano.
Já os estudantes mais velhos, que no final do secundário pretendam seguir uma carreira em alta gastronomia, podem tirar partido do acesso exclusivo a todos os programas profissionais oferecidos dentro dos campus da rede École Ducasse, nomeadamente: o Campus de Paris em Meudon, que oferece licenciaturas em culinária e pastelaria, assim como programas para mudança de carreira e a École Nationale Supérieure de la Pâtisserie (ENSP), em Yssingeaux, especializada na formação de estudantes em artes de pastelaria.

As famílias dos estudantes e as equipas das escolas terão acesso a condições especiais para estes programas profissionais, bem como aos cursos de culinária e pastelaria destinados aos amadores e oferecidos no École Ducasse Paris Studio.

“A parceria com a rede Globeducate faz parte do nosso desejo de promover as profissões gastronómicas em todo o mundo. O nosso desejo é que os estudantes da Globeducate descubram a nossa formação de excelência em culinária e pastelaria, a fim de os sensibilizar para uma dieta saudável e protetora do planeta e de os encorajar a seguir as maravilhosas opções de carreira disponíveis nesta área”, afirma Elise Masurel, Directora Geral da École Ducasse.

O diretor de operações da Globeducate, Paddy Jansen, comenta ainda que “a parceria com a École Ducasse dará aos alunos da Globeducate de todo o mundo a oportunidade de descobrir as oportunidades de carreira que os cursos de artes culinárias oferecem. Começando, é claro, com culinária, nutrição e planejamento de cardápio, mas também ganhando uma compreensão mais ampla de empresas de produção de alimentos, hotelaria, e outros serviços relacionados ao mundo da culinária e confeitaria. Acho importante essa exposição para que nossos alunos possam escolher um futuro que corresponda às suas paixões e interesses”.

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Turismo de Lisboa abre concurso para restaurante no Museu Tesouro Real

Com 572 m2, a concessão do restaurante Museu Tesouro Real será por um período de dez anos.

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A Associação Turismo de Lisboa (ATL) abriu o concurso para a concessão do espaço de restauração no Museu Tesouro Real, com 575 m2 de área.

Com uma vista sobre Lisboa e o rio Tejo que potencia a criação de um espaço com elegância e requinte, as candidaturas devem ser entregues até ao próximo dia 1 de novembro.

Localizado no quarto piso do Museu Tesouro Real/Palácio Nacional da Ajuda, no topo do Torreão Sul, o novo espaço tem acesso independente por elevador, com diferentes áreas, entre as quais receção, duas salas, duas copas e cozinha, bem como um lounge exterior e uma varanda panorâmica.

O conceito dos restaurantes candidatos deverá estar alinhado com o “posicionamento do Museu Tesouro Real, um espaço único onde, pela primeira vez e de forma permanente, é possível conhecer uma das mais raras e valiosas coleções de joias reais, compostas por insígnias e condecorações, moedas e peças de ourivesaria civil e religiosa”, refere o Turismo de Lisboa, em comunicado.

O museu está instalado numa das maiores caixas fortes do mundo, com três pisos, munida com sofisticados equipamentos de segurança e videovigilância, portas blindadas de cinco toneladas, vitrines com controlo de temperatura e humidade e vidros à prova de bala.

A concessão da exploração do estabelecimento é dada pelo prazo de dez anos, automaticamente renovável por períodos sucessivos de três anos.

O Caderno de Encargos e restante documentação de interesse para a candidatura podem ser requeridos via e-mail ([email protected]) ou levantados na sede da ATL, na Rua do Arsenal.

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