Transportes aumentam em 7% as emissões de 1990 a 2020
Dos setores analisados pela AEA, os transportes, onde se inclui a aviação, foi o único a aumentar as emissões de CO2 entre 1990 e 2020.
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Segundo dados produzidos pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), publicados agora pelo Eurostat, as emissões de CO2 nos 27 países da União Europeia (UE) registaram uma descida global na Europa no período de 1990 a 2020, passando de 4,9 biliões de toneladas, em 1990, para 3,35 biliões de toneladas, em 2020, correspondendo a uma redução de 1,55 biliões de toneladas, ou seja, menos 32%.
Contudo, entre os setores de atividade analisados (energia, indústria transformadora, construção, transportes, agricultura, entre outros), os transportes, incluindo a aviação internacional, foi o único que assinala um comportamento contrário, tendo registado um aumento de 50 milhões de toneladas de emissões de CO2, correspondendo a uma 7% de 1990 para 2020.
A maior diminuição nas emissões, em termos absolutos, foi conseguida na queima de combustíveis pelas indústrias de energia, que produzem principalmente eletricidade e combustíveis derivados, indicando os dados da AEA uma redução de 657 milhões de toneladas.
A segunda maior diminuição foi registada pelas indústrias de transformação e construção (-322 milhões de toneladas) e residências, comércio, instituições e outros (-215 milhões de toneladas). Em termos de variação relativa, esses três setores registaram uma queda de 46%, 44% e 29%, respetivamente, nas emissões em 2020 em relação a 1990.
O Eurostat estima que, em 2021, as emissões de CO2 voltarão a aumentar para níveis pré-pandémicos.
De referir que a Comissão Europeia já salientou a necessidade de acelerar o uso de materiais e biocombustíveis sustentáveis pela indústria da aviação, o que ajudaria a diminuir os níveis de emissões.
Óleo de cozinha usado, hidrogénio ou combustível sintético devem tornar-se nos combustíveis de aviação mais usados até 2050, de acordo com a campanha “Fit for 55”, que visa reduzir os níveis de emissões em 55% nos próximos oito anos.