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Sindicato da Hotelaria do Algarve defende que baixos salários impedem regresso ao trabalho

Os baixos salários pagos no setor dificultam o regresso ao trabalho de milhares de pessoas inativas desde a pandemia da COVID-19, admite o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Similares do Algarve.

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Sindicato da Hotelaria do Algarve defende que baixos salários impedem regresso ao trabalho

Os baixos salários pagos no setor dificultam o regresso ao trabalho de milhares de pessoas inativas desde a pandemia da COVID-19, admite o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Similares do Algarve.

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O Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Similares do Algarve refere que os baixos salários pagos no setor dificultam o regresso ao trabalho de milhares de pessoas inativas desde a pandemia da COVID-19.

A principal razão para a falta de trabalhadores é, “em primeiro lugar, os baixos salários pagos no setor […] que não permitem os trabalhadores fazerem face às suas necessidades básicas”, disse em conferência de imprensa Tiago Jacinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.

O sindicato nota que “o patronato do setor volta a queixar-se da dificuldade em contratar os trabalhadores necessários” e que “insiste que a solução para o problema é o Governo facilitar a angariação de trabalhadores no estrangeiro”.

Os empresários do setor afirmam que apesar de haver milhares de pessoas no setor a receber o subsídio de desemprego no âmbito de medidas implementadas durante a pandemia da COVID-19, quando são chamadas para entrevistas de trabalho recusam-se a regressar às empresas.

Para os representantes dos trabalhadores, aos baixos salários oferecidos tem de se acrescentar outras razões, como os horários de trabalho “cada vez mais desregulados e as longas jornadas de trabalho, que não permitem conciliar vida profissional com a vida pessoal e familiar”.

Outro problema tem a ver com a precariedade que está “generalizada em todo o setor”, com recurso a empresas de trabalho temporário, contratos a prazo na sua maioria ilegais, falsa prestação de serviços ou estagiários a ocupar postos de trabalho permanentes.

O Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Similares do Algarve também apontou o dedo ao encerramento dos estabelecimentos na época baixa “para evitar os vínculos efetivos”, defendendo que os trabalhadores “precisam de viver o ano inteiro”.

Tiago Jacinto denunciou “o aumento do assédio laboral e da repressão”, principalmente sobre os trabalhadores que exigem o cumprimento dos direitos e a melhoria salarial, entre outras.

O sindicalista afirma que não está contra a possibilidade de trabalhadores estrangeiros virem para Portugal, mas assegura que “o que está a afastar os trabalhadores” do setor do turismo são principalmente as razões apontadas.

“Para um turismo de qualidade é indispensável valorizar o trabalho e os trabalhadores e repartir com eles a riqueza criada de forma justa e dar-lhes melhores condições”, defende Tiago Jacinto.

O representante dos trabalhadores reclamou em seguida uma série de medidas que deveriam ser implementadas, como um aumento mínimo de 90 euros dos salários ou um salário mínimo nacional de 800 euros a partir de 1 de julho.

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Meliá Lisboa Aeroporto oferece sete salas de reuniões completamente remodeladas

O hotel Meliá Lisboa Aeroporto dispõe agora de sete salas de reunião completamente remodeladas, que respondem a todas as necessidades dos clientes, podendo receber até 570 pessoas.

O hotel Meliá Aeroporto, recentemente remodelado, apresenta agora novos e amplos espaços multidisciplinares que oferecem modernidade, conforto e flexibilidade que permite agilizar qualquer tipo de evento, nas suas sete salas de reunião com uma capacidade total até 570 pessoas.

Com mobiliário modulável, luz natural e sistemas tecnológicos disponíveis em todas as salas, estes novos espaços são ideais para promover momentos de encontro, partilhas e trocas de informação, indica a cadeia em nota de imprensa.

Com constante evolução, e com largos anos de experiência na organização de eventos, o Meliá Lisboa Aeroporto proporciona todo o apoio necessário para qualquer tipo de evento, assim como uma vasta oferta gastronómica.

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Eurostars Hotel Company acrescenta Eurostars Sitges 5* ao portefólio

A unidade, conhecida anteriormente como Dolce Sitges, foi incorporada na cadeia sob um contrato de arrendamento.

A Eurostars Hotel Company, cadeia hoteleira do Grupo Hotusa, acrescentou à sua carteira o Eurostars Sitges 5*, um resort de luxo que funcionava sob o nome Dolce Sitges.

O estabelecimento, que foi incorporado na cadeia sob um contrato de arrendamento, localiza-se na cidade costeira de Sitges, a menos de uma hora de carro de Barcelona e a 30 minutos do Aeroporto Internacional Barcelona-El Prat.

O hotel conta com 263 quartos recentemente remodelados, que “apresentam um design mediterrânico moderno, uma gama de comodidades e um terraço”, além de seis espaços de restauração.

Das restantes valências do hotel fazem parte um clube de golfe e um jardim, bem como um centro de wellness e fitness de 830 metros quadrados equipado com oito salas de tratamento, sauna finlandesa, jacuzzi, terraço panorâmico e uma piscina interior com cascatas cervicais. O centro de fitness tem uma piscina interior e quatro piscinas exteriores rodeadas por grandes jardins, bem como um terraço com vistas para o Parque Natural Garraf.

O Eurostars Sitges 5* conta ainda com um centro de convenções com mais de 2.000 metros quadrados de área útil, com uma receção e entrada separadas do resort e 26 salas com capacidade para até 475 pessoas.

“É um privilégio e um orgulho para nós gerirmos este emblemático resort de luxo e continuar a promovê-lo como uma verdadeira referência do turismo de férias de alto nível e, acima de tudo, do segmento MICE da zona. Este novo ativo enquadra-se perfeitamente nos valores da nossa marca e reforça o nosso firme compromisso com o segmento hoteleiro topo de gama”, afirma Amancio López Seijas, presidente do Grupo Hotusa.

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Vila Galé prepara abertura de Monte do Vilar a 1 de abril

A nova unidade é dirigida para adultos e casais, num conceito de agroturismo que disponibiliza spa, provas de vinhos e atividades na natureza.

Carla Nunes

No próximo 1 de abril, o Vila Galé fará a abertura da sua próxima unidade, o Vila Galé Monte do Vilar, um agroturismo de charme dirigido para hóspedes com mais de 16 anos.

Localizado nos terrenos do Clube de Campo Vila Galé, em Beja, esta nova unidade terá 12 quartos, resultado de um investimento de quatro milhões de euros, como noticiado anteriormente na edição de janeiro da Publituris Hotelaria.

Seguindo a linha de tematização já comum a outros hotéis do grupo, o Vila Galé Monte do Vilar terá como temática os principais monumentos alentejanos, contando com uma piscina exterior, dois salões de eventos e duas salas de reuniões.

Em comunicado, o grupo refere que esta nova unidade “num ambiente relaxante e romântico, garantirá uma escapadinha a dois com conforto, privacidade e tranquilidade absoluta”, já que a herdade com 1.620 hectares onde se encontra inserida permite “desfrutar da comunhão com a natureza e de atividades ao ar-livre como caminhadas, piqueniques e ecoturismo”.

Leia também: Previstas cerca de 150 aberturas nos próximos três anos em Portugal

A oferta deste ecoturismo inclui o Satsanga Spa & Wellness, com a possibilidade de massagens a dois na pérgula no jardim da unidade, bem como visitas à adega Santa Vitória, acompanhadas por uma equipa especializada e provas de vinhos.

Este agroturismo dispõe ainda de um picadeiro e box para cavalos, dando aos hóspedes a possibilidade de explorarem a propriedade ou aproveitarem o picadeiro. Para quem preferir levar o seu próprio cavalo a herdade disponibiliza uma das várias boxes para receber o animal.

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Nova edição março 2023: 50 anos ADHP

A Publituris Hotelaria deste mês faz capa com a ADHP – Associação dos Directores de Hotéis de Portugal, no ano em que esta celebra 50 anos de atividade. Pela ocasião destas bodas de ouro, e em antecipação do XIX Congresso da ADHP, estivemos à conversa com o atual presidente da associação, Fernando Garrido, sobre o percurso da associação, os principais desafios da profissão e os planos para o futuro.

Carla Nunes

A necessidade de formar diretores numa profissão que está “em constante e permanente evolução” dominou grande parte desta entrevista, onde pode ainda ficar a conhecer os temas que serão abordados no congresso que este ano debate o tema “Gerir na Incerteza. Rethink the Future”.

No capítulo “Fala-se” damos conta da abertura de uma nova unidade do grupo The Beautique Hotels na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, o Dos Reis Beautique Hotel. Fruto de um investimento de 16 milhões de euros, o hotel acrescenta 54 quartos à cidade e conta com a assinatura do Atelier Nini Andrade Silva no design de interiores.

Já em Aveiro, o MS Group prepara a abertura do primeiro cinco estrelas da cidade, o MS Collection Aveiro – Palacete de Valdemouro, que será inspirado na vida e obra de Eça de Queiroz. Também na Madeira há novidades, com a Savoy Signature a apostar num novo boutique hotel, que ficará inserido dentro do Savoy Palace, no Funchal.

Destaque também para o Sines Sea View Business & Leisure, que pretende reunir as vertentes profissional e de lazer num único espaço. Inaugurado em novembro de 2022, o hotel localizado em Sines é visto pelo diretor da unidade, Pedro Santos, como um ponto estratégico para conhecer a região. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o diretor dá conta do balanço destes últimos meses de atividade e dos planos para o futuro do hotel.

No dossier deste mês, o destaque vai para os hotéis vínicos e a oferta que disponibilizam no segmento do enoturismo. Várias ofertas hoteleiras escolhem cruzar as experiências do vinho com a natureza, sendo que neste segmento turístico os clientes também são cativados pelo estômago, com várias unidades a colocarem o vinho no seu devido lugar – à mesa, reunido com a gastronomia local e cozinha de autor.

Na rubrica “Palavra de Chef” o destaque vai para Alexandre Silva, que desde a abertura do hotel Immerso, na Ericeira, assume a poisção de chef consultor no restaurante da unidade, o Emme – um cargo que acumula com a chefia dos seus dois restaurantes em Lisboa: o LOCO e o FOGO. Esta foi também a oportunidade para falar sobre os desafios dos chefs no futuro, a necessidade de dar a conhecer a gastronomia portuguesa ao mundo e ainda sobre a carreira do chef que detém uma estrela Michelin pelo trabalho desenvolvido no restaurante LOCO.

A fechar, brindamos com as sugestões de Tânia Ribeiro, chefe de sala e sommelier do Restaurante Alkimia Madeirense, em Évora.

As opiniões desta edição pertencem a Sérgio Guerreiro (Nova SBE Westmont); Luís Brites e Ana Cristina Beatriz (Clever Hospitality Analytics e ABC Sustainable Luxury Hospitality); Pedro Guerreiro (ISAG); Melissa Rodrigues (GuestCentric).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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Inquérito AHP: Booking e website próprio foram os principais canais de distribuição em 2022

De acordo com um inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aplicado a 375 estabelecimentos hoteleiros, 96% dos inquiridos apontou que o Booking.com constituiu o seu principal canal de reservas em 2022, seguido pelo website próprio do hotel, que foi indicado por 83% dos hoteleiros.

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Os dados foram adiantados por Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, em conferência de imprensa esta quinta-feira, 16 de março, no âmbito do inquérito de “Balanço 2022 & Perspetivas 2023”.

Sobre o ano de 2022, a associação dá conta de uma taxa de ocupação nacional de 61%, com a Região Autónoma da Madeira a registar uma taxa de 76%, seguida por Lisboa, com 70%. Quanto ao desempenho desta taxa, a vice-presidente da AHP aponta que “ainda há espaço para melhorar”, uma vez que “há quem considere que os valores de 2022 foram piores que os de 2019”.

Relativamente ao preço médio por quarto, enquanto a média nacional de 2022 ficou fixada nos 119 euros, Lisboa registou um valor de 152 euros, seguida pelo Alentejo (123 euros) e o Algarve (124 euros). Já o RevPAR nacional situou-se nos 73 euros.

De acordo com o inquérito conduzido pela associação, a estada média nacional em 2022 foi de três dias, sendo que na Região Autónoma da Madeira esta foi de seis dias e no Algarve de cinco dias.

Relativamente aos principais mercados em 2022, 87% dos inquiridos indicou que Portugal fez parte dos seus três principais mercados, seguido de Espanha (apontado por 46% dos inquiridos), Reino Unido (37% dos inquiridos) e Estados Unidos da América (33% dos inquiridos).

No caso dos Estados Unidos da América, este mercado fez parte do Top 3 para 90% dos inquiridos da Região Autónoma dos Açores, 53% dos inquiridos de Lisboa, 31% dos inquiridos do Alentejo e 24% dos inquiridos da região Norte.

O inquérito levado a cabo pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP foi realizado entre 24 de fevereiro e 24 de março de 2023 junto de 375 estabelecimentos nas regiões de Lisboa (29%), Centro (20%), Norte (19%), Algarve (11%), Alentejo (9%) e regiões autónomas da Madeira (7%) e dos Açores (5%).

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Madeira confirma liderança em taxa de ocupação e preço médio no Natal e Ano Novo

Se no Natal esta região marcou uma taxa de ocupação de 76% e um preço médio por quarto de 148 euros, no Ano Novo a taxa de ocupação foi de 95%, com um preço médio por quarto de 268 euros.

Carla Nunes

A Região Autónoma da Madeira confirma a sua posição na liderança nacional em taxa de ocupação e preço médio no Natal e no Ano Novo de 2022. Os dados foram adiantados pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) em conferência de imprensa esta quinta-feira, 16 de março, no âmbito do inquérito de “Balanço 2022 & Perspetivas 2023”.

Tendo por base uma amostra de 375 estabelecimentos hoteleiros, a associação dá conta de que no Natal de 2022 a taxa de ocupação nacional fixou-se nos 50%, com a Região Autónoma da Madeira a liderar com uma taxa de ocupação de 76%.

Para 63% dos inquiridos, a taxa de ocupação de 2022 no Natal foi “igual”, “melhor” e até “muito melhor” que a verificada em 2019, com 26% dos inquiridos do Alentejo, Centro e Norte a indicar que foi “pior” e 100% dos inquiridos da Madeira a apontar que esta foi “melhor” ou “muito melhor”.

No que diz respeito ao preço médio por quarto, enquanto a média nacional para o Natal de 2022 marcou os 118 euros, a Região Autónoma da Madeira fixou-se nos 148 euros, seguida por Lisboa (134 euros) e pelo Alentejo (123 euros).

No campo do preço médio por quarto, 70% dos inquiridos apontam que este foi “melhor” ou “muito melhor” que o que era praticado em 2019 – com 88% dos inquiridos da Madeira a apontar que foi “melhor ou muito melhor” e 77% dos inquiridos do Alentejo a afirmar que igualou ou superou.

Quanto ao desempenho das receitas do Natal de 2022 em comparação com o de 2019, 70% dos inquiridos afirmam que as receitas “igualaram ou superaram” os valores verificados no ano pré-pandémico, com 100% dos inquiridos da Madeira e 85% de Lisboa a apontarem que foram “melhores” ou “muito melhores”
Por outro lado, 25% dos inquiridos das regiões Alentejo e Centro apontam que o desempenho das receitas de 2022 no Natal foi “pior”.

Para este período festivo, Portugal foi indicado por 89% dos hoteleiros inquiridos como um dos seus principais três mercados, seguido por Espanha (36% dos inquiridos) e Estados Unidos da América (EUA), por 28% dos inquiridos.

No caso específico dos EUA, este mercado foi indicado por 84% dos inquiridos da Região Autónoma dos Açores como um dos mercados no seu top 3, uma situação que também ocorreu para 50% dos hoteleiros inquiridos de Lisboa e 26% dos inquiridos do Alentejo.

“Não admira que a Madeira tenha resultados espantosos”

Relativamente ao Ano Novo de 2022, a taxa de ocupação foi de 79%, com a Região Autónoma da Madeira a marcar uma taxa de 95%, seguida pela Região Autónoma dos Açores e Lisboa (ambas com 81%).

Para 64% dos inquiridos, o desempenho da taxa de ocupação neste período “igualou ou superou” os valores de 2019. No entanto, se para 100% dos inquiridos da Madeira os dados de 2022 “igualaram ou superaram” ou de 2019, para 30% dos inquiridos do Algarve estes foram “piores”.

No âmbito do preço médio por quarto, enquanto a média nacional para o Ano Novo de 2022 foi de 164 euros, a Região Autónoma da Madeira registou um preço de 268 euros, seguida por Lisboa (184 euros) e pelo Alentejo (165 euros).

Quanto ao desempenho do preço médio por quarto no Ano Novo de 2022, 70% dos inquiridos considerou que este foi “melhor ou muito melhor” que o de 2019.

“Não admira que a Madeira tenha uns resultados espantosos, porque com uma taxa de ocupação de 95%, e um preço médio de 268 euros, foi claramente a região campeã”, refere Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.

No Ano Novo de 2022, 89% dos inquiridos apontaram que Portugal estava incluído no seu top 3 de mercados, enquanto 41% dos hoteleiros mencionou Espanha e 25% o Brasil.

O inquérito levado a cabo pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP foi realizado entre 24 de fevereiro e 24 de março de 2023 junto de 375 estabelecimentos nas regiões de Lisboa (29%), Centro (20%), Norte (19%), Algarve (11%), Alentejo (9%) e regiões autónomas da Madeira (7%) e dos Açores (5%).

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Inquérito AHP: 54% dos hoteleiros inquiridos indicam que o turismo já alcançou os níveis de operação de 2019

De uma amostra de 375 estabelecimentos hoteleiros, 54% dos inquiridos pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) no âmbito do inquérito de “Balanço 2022 & Perspetivas 2023” indicaram que o turismo já alcançou os níveis de operação de 2019. Os dados foram adiantados pela associação em conferência de imprensa esta quinta-feira, 16 de março.

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Apesar deste valor, há quem indique que o turismo só vai retomar os números de 2019 no segundo semestre de 2023 (25% dos inquiridos), com 9% dos inquiridos a afirmar que estes só serão atingidos no primeiro semestre de 2023 e 7% a apontar que estes resultados só serão alcançados no segundo semestre de 2024.

As perspetivas para 2023 também são otimistas no âmbito da taxa de ocupação, do preço médio por quarto, e das receitas, com os hoteleiros a considerarem que estes campos vão atingir valores “melhores” que os verificados em 2019 e 2022 – aliás, 70% dos inquiridos acredita que o preço médio por quarto no segundo trimestre deste ano irá superar o que era praticado em 2022.

“As pessoas têm efetivamente expetativa de crescerem no preço médio por quarto durante 2023. Em todos os trimestres, a convicção é que será melhor ou inclusive muito melhor. Há aqui espaço para crescer – sendo a procura elástica e crescendo a procura, o preço também irá naturalmente acompanhar” afirma Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.

Relativamente aos principais mercados para 2023, 80% dos hoteleiros inquiridos apontam que Portugal fará parte do seu Top 3 de mercados, com 49% dos inquiridos a indicar Espanha e 40% os Estados Unidos da América (EUA).

No caso dos EUA em particular, este é considerado por 85% dos inquiridos da Região Autónoma dos Açores como um dos seus principais três mercados para 2023. O mesmo acontece para 66% dos inquiridos de Lisboa, 34% dos inquiridos da Madeira e 31% dos inquiridos do Alentejo. Por essa razão, Cristina Siza Vieira afirma que este “é um mercado que realmente distribui bem no território nacional”.

Já o Brasil, “que nós dizemos sempre que tem tido uma recuperação muito franca, é apenas apontado por 19% dos inquiridos como fazendo parte do Top 3”, aponta a vice-presidente executiva da AHP.

Inflação e custos da energia na lista de preocupações dos hoteleiros para 2023

Quando questionados sobre os principais desafios para o setor do turismo em 2023, a grande maioria dos hoteleiros inquiridos aponta para a inflação (88%) e para os custos da energia (73%). A instabilidade geopolítica e a guerra na Ucrânia seguem em terceiro lugar na lista das preocupações, apontadas por 56% dos inquiridos, com 37% dos hoteleiros a colocar como preocupação o aumento das taxas de juros.
No final da lista surgem os recursos humanos, com 11% dos inquiridos a considerar que esta será um dos principais desafios para este ano.

A vice-presidente executiva da AHP acredita que, se por um lado, houve “uma inversão de prioridades”, por outro verifica-se “algum abrandamento na pressão” para contratar recursos humanos para o setor. Como diz, “em 2021 e 2022 os recursos humanos estavam de facto no top 3 [das preocupações] porque de facto não havia outras” – como acontece atualmente com a guerra na Ucrânia e os custos de energia.

“Acho que o cabaz se alterou, o problema [dos recursos humanos] não diminuiu. Agora, por acaso, estamos a assistir a um abrandamento nesta situação dos recursos humanos, e já começou no início do ano. Muitos dos nossos hoteleiros dizem que enquanto há seis meses a oferta ficava deserta, neste momento já não é assim. Estamos a assistir novamente a uma migração de algumas outras áreas para a hotelaria e turismo. Continua a ser um desafio, sobretudo em alturas de pico, mas já não é uma aflição tão grande quanto foi na recuperação pós-pandemia”, afirma.

O inquérito levado a cabo pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP foi realizado entre 24 de fevereiro e 24 de março de 2023 junto de 375 estabelecimentos nas regiões de Lisboa (29%), Centro (20%), Norte (19%), Algarve (11%), Alentejo (9%) e regiões autónomas da Madeira (7%) e dos Açores (5%).

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Vila Galé assinala 35.º aniversário e junta mais de 3 mil colaboradores em convenção

A 10ª Convenção Anual do Vila Galé, que juntou mais de três mil colaborados de Portugal e do Brasil na sua unidade de Elvas, serviu também de pretexto para assinalar o 35º aniversário do grupo.

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Com o tema “35 anos a realizar sonhos”, desafiando as equipas a sonhar com o futuro e a acreditar que os sonhos são possíveis, o grupo Vila Galé acaba de realizar a sua 10ª Convenção Anual.

Com a participação de 3.500 colaboradores de Portugal e do Brasil, divididos presencialmente e em ambiente digital, o evento decorreu no Vila Galé Collection Elvas.

“A convenção anual é um momento importante na Vila Galé, em que fazemos balanços, definimos estratégias e tentamos pensar de forma inovadora” sublinhou o presidente e fundador do grupo Vila Galé.

“Este intercâmbio é maravilhoso e dá-me uma felicidade tremenda ver esta interação. A Vila Galé não seria a mesma se fosse só Portugal”, acrescentou Jorge Rebelo de Almeida, destacando a integração entre as equipas de Portugal e do Brasil.

O evento incluiu apresentações corporativas dos diferentes departamentos da Vila Galé e trocas de ideias sobre áreas como Fidelização do cliente, Marketing, Sustentabilidade, Liderança ou Gastronomia.

Na convenção participaram também Frederico Costa, Head of Travel da Google em Portugal, que falou sobre as tendências do Mercado; de Mariana Pereira da Silva, Head de Sustentabilidade da Sonae MC, que abordou as Políticas de Sustentabilidade da companhia; e de Marta Sotto-Mayor, formadora e consultora em hotelaria.

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chic&basic quer ter mais 10 hotéis nos próximos cinco anos, incluindo na Comporta

A cadeia de hotelaria catalã quer abrir hotéis em destinos costeiros, que ofereçam qualidade e experiências, a exemplo da Comporta, onde a chic&basic pretende vir a contar com uma unidade hoteleira.

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A cadeia de hotelaria chic&basic, que está a celebrar o 18.º aniversário, estabeleceu o objetivo de abrir 10 novos hotéis nos próximos cinco anos, incluindo uma unidade na Comporta, em Portugal, informou a cadeia em comunicado.

“Nos próximos cinco anos, incluindo o presente, o chic&basic prevê
abrir cerca de 10 novas unidades hoteleiras. Para realizar um plano tão ambicioso,
está previsto um investimento de 100 milhões de euros para a aquisição e compra
de imóveis”, lê-se na informação divulgada.

Nos planos da chic&basic está, nomeadamente, a abertura de uma nova unidade hoteleira na Comporta, em Portugal, uma vez que a cadeia pretende abrir hotéis em destinos costeiros, que ofereçam qualidade e experiências.

“O grupo hoteleiro espanhol quer ir mais longe e está a estudar a abertura de hotéis fora das grandes cidades, como é a Comporta, em Portugal, Havana, em Cuba, ou Tulum, no México”, acrescenta o comunicado da chic&basic.

De acordo Hugo Bertrand, empresário que lidera a chic&basic, o objetivo é criar um “novo estilo de resort adaptado à demanda de um público em busca de descontração e diversão”.

Prevista está também a abertura de uma unidade hoteleira em Lisboa, com a chic&basic a informar que “Hugo Bertrand está neste momento a encerrar as operações na cidade de Lisboa e de Barcelona para novas aberturas ainda no decorrer deste ano”.

Em Barcelona, a chic&basic está já a realizar o rebranding de um novo hotel localizado no centro da capital catalã, o antigo Reding Croma Hotel e que vai ser a 9.º unidade da cadeia em Espanha, cuja abertura está prevista para maio de 2023.

Além do crescimento, a cadeia de hotelaria vai também passar a ser proprietária dos edifícios dos hotéis, numa alteração que resulta de uma “nova fase de crescimento financeiro”, que vai permitir ao “grupo continuar a crescer, tendo não só a exploração operacional dos hotéis, mas também os bens imobiliários detidos”.

“Estamos a receber muitas propostas de hotéis independentes , tanto em Espanha
como no estrangeiro, para transformar, investir, arrendar e incorporá-los no nosso
portefólio”, afirma Hugo Bertrand.

Recorde-se que a chic&basic conta, atualmente, com uma unidade em Portugal, o chic&basic Gravity, que se localiza no Porto. Além da Invicta, a cadeia conta também com unidades em Barcelona e Madrid, em Espanha, num total de 10 hotéis e dois hostels.

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Grupo Casais constrói Hotel B&B híbrido em Espanha

Este será o primeiro edifício híbrido no país e resulta de mais um projeto no âmbito da parceria Sunny Casais.

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O Grupo Casais lançou esta terça-feira  a primeira pedra do primeiro edifício de construção híbrida, de madeira e betão, em Espanha. As obras darão lugar a um Hotel B&B, em Madrid, com 120 quartos, em mais um projeto no âmbito da parceria Sunny Casais.

O projeto baseia-se no sistema CREE, ou seja, uma solução industrializada e híbrida de madeira e betão, com estrutura e fachadas pré-fabricadas. As casas de banho e parte das redes e instalações especializadas serão também pré-fabricadas.

Desta forma, o Grupo Casais “exporta para Espanha uma tipologia de construção mais amiga do ambiente, capaz de reduzir a pegada de carbono em mais de 60%, pelo uso de madeira de engenharia e apenas um terço do betão de um edifício tradicional”, como indicado em comunicado. Acresce ainda a vantagem “de se tratarem de soluções industrializadas e pré-construídas, com possibilidade de reutilização posterior em outros edifícios – o que pode poupar tempo, dinheiro e recursos”.

António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais, sublinha que “estamos perante uma parceria de sucesso, uma vez que este é sexto hotel B&B que construímos e, em breve, estaremos em condições de anunciar o sétimo, também em Espanha”.

Defende ainda que “no Grupo Casais acreditamos que temos um papel preponderante na construção das sociedades e no futuro das comunidades. Por isso, temos vindo a reforçar o compromisso com a sustentabilidade dos nossos clientes, colaboradores e demais comunidades, contribuindo assim para os pilares de uma sociedade equilibrada e alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.

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