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Digitalização a fundo no turismo

A digitalização, transformação ou transição tecnológica foram uma das consequências mais impactantes da pandemia. A necessidade rápida de reinventar negócios, readaptar operações e estratégias ou dar respostas a uma nova realidade foi transversal. Mas no caso do turismo, o setor teve de acelerar (ainda mais) processos, de forma a evitar maior descalabro e conseguir transmitir confiança a quem queria, quer e continuará a querer viajar.

Victor Jorge
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Digitalização a fundo no turismo

A digitalização, transformação ou transição tecnológica foram uma das consequências mais impactantes da pandemia. A necessidade rápida de reinventar negócios, readaptar operações e estratégias ou dar respostas a uma nova realidade foi transversal. Mas no caso do turismo, o setor teve de acelerar (ainda mais) processos, de forma a evitar maior descalabro e conseguir transmitir confiança a quem queria, quer e continuará a querer viajar.

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O mês de março de 2020 ficará na história nas vidas de todos, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. No setor do turismo, a abrupta paragem foi sentida como em poucos outros setores. Aviões em terra, férias e viagens adiadas e/ou canceladas, agências fechadas, teletrabalho, reembolsos, reagendamentos, operações incertas, tudo foi posto em causa.

Houve, no entanto, um fenómeno que a pandemia trouxe e todos os profissionais ouvidos pelo Publituris são unânimes: a aceleração digital ou tecnológica deu-se em todos os campos, em especial no turismo.

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Rapidamente, entraram no léxico de todos os nomes das diversas plataformas digitais ao dispor para falar inter e intraempresas, os webinars passaram a ser algo diário, as respostas às dúvidas de clientes, fornecedores e parceiros não eram dadas face-to-face e a necessidade de capacitar as pessoas o mais rapidamente possível para a “nova” realidade foi algo nunca antes visto e/ou vivido.

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Se a pandemia “ensinou-nos a importância da resiliência”, segundo David Vidal, diretor Comercial da Amadeus Espanha e Portugal, a paragem abrupta das viagens globais deu à indústria a oportunidade de “repensar as operações e reconstruí-las, com vista a torná-las ainda melhores”.

Rute Cardoso, Public Sector Senior Account Executive da Microsoft, reforça esta ideia admitindo, que no início, as empresas tiveram que dar uma resposta “rápida e gerir as expectativas de uma série de interlocutores, internos e externos, quando os próprios gestores não tinham previsibilidade e conhecimento da situação, do tempo, das condições, que teriam pela frente”. Se internamente, as organizações tiveram que disponibilizar ferramentas de trabalho aos diversos colaboradores – computadores, plataformas de produtividade, colaboração, segurança, conexão a serviços internos, etc. – e garantir que nenhum serviço falhava, para fora, ou seja, para os clientes finais, “a imprevisibilidade do futuro era, igualmente, assustadora e foi um percurso de aprendizagem para quem também queria manter os seus serviços ativos”, disse a executiva da Microsoft ao Publituris.

Mas a pandemia veio, fundamentalmente, colocar “a descoberto a fragilidade de todos os negócios tradicionais, independentemente da maturidade digital de cada um”, salienta Nelson Almeida Head of Account Management Portugal&Spain da Travelport. Ainda que muitos setores e negócios tivessem consciência da importância crescente do digital, este sentido de urgência foi “claramente acelerado”, provocando uma “procura enorme dos serviços digitais e novas formas de chegar e comunicar com o consumidor como principais exigências e necessidades para sobrevivência da atividade económica e dos negócios”, frisa o responsável da Travelport.

Que respostas deu o digital?
Mas, passados quase dois anos do dia que modificou a vida de cada um de nós, quais foram as prioridades mais relevantes, as maiores dificuldades, exigências e necessidades do setor do turismo?

A imprevisibilidade do futuro era, igualmente, assustadora e foi um percurso de aprendizagem para quem também queria manter os seus serviços ativos
Rute Cardoso, Microsoft

Sérgio Pinto, beamian co-founder, resume a questão de forma “simples”: “uma indústria que vê todo o seu sucesso ligado a fenómenos de agregação de pessoas, enfrentou um desafio hercúleo”.

Certo é que o setor do turismo necessitou de acelerar a transição digital com impactos nas operações, identificando Luís Brites, CEO da CLEVER Hospitality Analytics e Board Member (Non-Executive) da HOST Hotel Systems, os processos de “check-in e check-out”, bem como a escolha de “bens e serviços” (através de menus digitais), em que foi necessário, “para além do aperfeiçoamento de meios que já existiam como, por exemplo, os quiosques para self-check-in, tornar estas operações possíveis de efetuar pelo próprio hóspede no seu próprio smartphone (conceito de BYOD – Bring Your Own Device), evitando ao máximo os contactos”.

Por isso, as prioridades do setor do turismo passaram, de acordo com Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, por “garantir as melhores jornadas e experiências para os consumidores”. Portanto, para responsável da Mastercard, “foi importante avaliar em que estado estava cada operador e assegurar que tinham acesso aos serviços mais modernos e eficientes para os seus clientes, tanto no momento de seleção e compra, com métodos de pagamento simples e seguros, como no momento de usufruto do serviço adquirido, proporcionando métodos digitais para os consumos”. Em paralelo, apareceram soluções complementares como, por exemplo, “soluções de fidelização, personalização e customização no serviço ao cliente, de monitorização de uso”, salientando Maria Antónia Saldanha que, “quanto mais integrados os serviços estiverem entre o mundo online e físico, e se replicarem as experiências de uso, mais comodidade, confiança e conveniência é passada aos consumidores”.

A obrigatoriedade sem contacto
Dentro do turismo, a hotelaria é, de resto, apontada como a que maiores desafios teve de enfrentar, com a adaptação de novos – e mais rigorosos – protocolos de saúde e segurança, o que leva Pedro Gomes, Regional Manager Portugal da Roiback, a referir que tal realidade “obrigou os hotéis a acelerar a adoção de plataformas e programas digitais para oferecer serviços mais seguros e comunicar com seus hóspedes”, salientando até a situação de alguns, que “colocaram mordomos robóticos para fornecer serviços de check-in, transportar bagagem, entregar snacks, café ou o jornal da manhã nos quartos”.

Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, destaca, por sua vez, as quatro grandes questões que os gestores hoteleiros foram colocando e às quais era preciso dar resposta: (i) como oferecer estadias mais digitais e contactless, do check-in ao check-out?; (ii) como potenciar o cross e upselling ao oferecer experiências personalizadas aos hóspedes? (iii) como aumentar as reservas diretas, diminuir a dependência dos OTA (Booking.com, Expedia, etc.)?; e (iv) como automatizar ao máximo processos manuais de forma a fazer face à falta de staff?

Para ir ao encontro destas necessidades ganharam especial relevância soluções como, por exemplo, os “Assistentes de Reservas, chatbots que recorrem a Inteligência Artificial para dar resposta a mais de 80% das questões dos hóspedes em vários idiomas”, além da adoção de “Concierges Virtuais”, soluções que permitem oferecer um acompanhamento personalizado e instantâneo das necessidades dos hóspedes ao mesmo tempo que promovem o upselling, diz o executivo da HiJiffy.

Não é por acaso que a oferta de uma experiência interativa, de forma transversal a todos os canais, é agora uma das principais preocupações dos organizadores de eventos
Sérgio Pinto, beamian

Do lado da Paratytech, Daniela Costa, Business Development Manager, refere além das funcionalidades já referidas, outras que ajudaram a minimizar o impacto da avalanche de cancelamentos, redução do distanciamento social, atendimento telefónico, etc.. Neste sentido, “módulos para adiamento de cancelamentos, criação de QR codes, disponibilização de Call Center, vouchers como forma de reembolso, integrações com seguros de viagem, incorporação de teste PCR como serviço adicional, feiras virtuais para colmatar o cancelamento das presenciais, entre outros, foram algumas das prioridades que o setor sentiu necessidade de implementar.

Ainda no contacless, a tecnologia de automatização em conjunto com a integração de inteligência artificial foram ferramentas consideradas essenciais. Contudo, Juan José Llorente, Country Manager da Adyen para Portugal e Espanha, diz que existem dados que demonstram que, no setor da hotelaria em particular, existe um aspeto que, praticamente, todos os estabelecimentos concordam: “a importância de reduzir os tempos de espera para melhorar a experiência do cliente”. Portanto, a implementação de tecnologia que facilite a estadia dos hóspedes do hotel, como quiosques na receção, ou uma aplicação capaz de gerar um cartão de quarto e que permita que este seja transportado no dispositivo, “tornou-se uma grande oportunidade para os proprietários”. Uma das mais recentes implementações tecnológicas que têm lugar no setor é, de resto, a “tokenização do cartão de crédito do hóspede”, processo que permite, mediante autorização prévia, que “os detalhes do cartão sejam capturados (durante a reserva ou o check-in no hotel), encriptados e substituídos por uma ficha segura, para que o hóspede possa esquecer os seus cartões e, portanto, a sua carteira”.

De custo a investimento
Se até ao surgimento, muitas das vezes, a parte digital e ou tecnologia era vista como um custo, a pandemia veio trazer um novo ‘mindset’ e uma “evolução positiva”, nas palavras de Luís Brites, embora reconheça que ainda existe “uma visão menos moderna e que considera o avanço digital como um custo ou uma ‘moda’ que se poderia evitar”.

Nesse sentido, também Diogo Llorente, diretor de Operações da SIHOT, diz que “a pandemia mudou a perspetiva sobre a tecnologia”, admitindo que “os empresários encaram agora a tecnologia como um investimento imprescindível”. Ou seja, se anteriormente, tudo o que estava relacionado com a tecnologia era tido como “um departamento sem receitas”, tornando-se imperativo “comprovar os benefícios reais dos sistemas automatizados, como gestores de canais e todas as vantagens das tecnologias sem contacto”, nos tempos que correm, os benefícios da tecnologia são “indubitavelmente reconhecidos como o ‘core’ da otimização na obtenção de receitas”.

Quanto mais integrados os serviços estiverem entre o mundo online e físico, e se replicarem as experiências de uso, mais comodidade, confiança e conveniência é passada aos consumidores
Maria Antónia Saldanha, Mastercard em Portugal

Também Ana Bicho, CEO da Adclick, considera que até à pandemia, “tirando a digitalização e tecnologia que eram adotadas por uma questão de redução de custos ou segurança e, sobretudo, no que toca ao marketing digital, inteligência artificial, realidade aumentada, ou até em coisas mais básicas como chatbots ou marketing automation para melhorar a experiência do utilizador, os investimentos ainda eram considerados como custo, sem retorno óbvio”.

Ou seja, nos anos de ouro pré-pandemia, com taxas elevadíssimas de ocupação, “fazer muito mais do que ter um site para marcação, alguma compra de tráfego em Google ou Facebook era considerado desperdício”, concluindo a responsável que, “hoje começa a haver a perceção que há algo mais a fazer, que o consumidor e hábitos de consumo mudaram e que, na prática, somos seres mais digitais do que éramos há dois anos”.

O diretor Comercial da Amadeus para Espanha e Portugal também acredita que a digitalização do turismo “deixou de ser uma tendência para ser uma exigência para a construção de uma base sobre a qual crescer”. Por isso, frisa que a tecnologia é um “investimento importante para responder às necessidades destes viajantes”, não significando que “não exista a necessidade do toque humano”, destacando que “o toque humano é dado em momentos chave no decorrer da viagem. O toque humano está lá onde os clientes mais precisam dele e o valorizam”, concluindo que “é isso que a digitalização permite”. A redistribuição dos recursos humanos para os aspetos mais importantes do serviço ao cliente, enquanto a automatização cuida das tarefas, necessárias, mas mais administrativas.

No entender de Sérgio Pinto da beamian, “para que a aceleração digital aconteça são necessárias duas condições: conhecimento das tecnologias/soluções existentes e conhecimento das necessidades a suprir”. E no caso dos eventos, área onde a empresa está presente, o responsável refere que “não devemos colocar a escolha da plataforma e do meio à frente dos objetivos de cada evento”. Até porque, de acordo com o mesmo, “a tecnologia existe para servir os objetivos de cada evento e não para ser a peça central do mesmo”, concluindo que “este ajuste na perceção de todos nós poderá ser essencial na transformação da indústria dos eventos”.

Bytes e mais bytes
O responsável da Travelport frisa que “os processos de pós-venda ilustraram as maiores dificuldades iniciais com que o setor se deparou”. Ou seja, por mais preparadas que estivessem as empresas, tornou-se rapidamente claro, que “os fornecedores não tinham capacidade de processar os pedidos de ajuda, reembolsos, remarcação de todos os seus clientes, a distribuição enfrentou desafios novos, quer ao nível do capital humano, quer nas soluções e plataformas tecnológicas que enfrentavam algo de diferente e único, as plataformas tecnológicas tiveram necessidade de rapidamente se transformar e ser capazes de processar novas informações em tempo real, como informação das restrições de saúde e de entrada em cada país/destino”.

Por isso, refere que as principais prioridades foram no sentido de ter “a mais fiável informação em tempo real”, para poder fazer face a todas as solicitações que o setor enfrentou, sendo absolutamente crítico “o ‘time to market’ de soluções inovadoras que as empresas tecnológicas que operam no setor aportaram”.

Com o foco a virar-se, numa segunda fase e com acesso a informação, para o contato com o cliente e como continuar a servi-lo, “muitas empresas tiveram que acelerar a digitalização dos seus processos de marketing, venda e comercialização dos seus produtos e ofertas”.

A pandemia veio trazer um novo ‘mindset’ e uma “evolução positiva”, embora ainda existe quem possua “uma visão menos moderna e que considera o avanço digital como um custo ou uma ‘moda’ que se poderia evitar
Luís Brites, CLEVER Hospitality Analytics e HOST Hotel Systems

Contudo, David Vidal frisa que há algo que o setor se deve lembrar, depois de passada a pandemia: “o papel e valor absolutamente fulcral de toda a cadeia de distribuição”.

Mas, vale a pena saber se houve quem tivesse mais preparado para este advento digital? Sendo certo que a pandemia “apanhou toda a gente de surpresa”, considerando Felipe Ávila da Costa, CEO da Infraspeak, que “ninguém esperava a intensidade do impacto”, o mesmo admite que “não há dúvida de que as empresas que já tinham implementado soluções digitais na sua operação e, consequentemente, formado os seus funcionários nesse sentido, se adaptaram muito mais facilmente ao novo contexto”.

Da mesma opinião é a Public Sector Seniour Account Executive da Microsoft ao afirmar que “as empresas cujo negócio estava preparado para funcionar em cima de plataformas tecnológicas, conseguiram dar resposta às necessidades dos turistas, mais rapidamente, e estar na vanguarda de adequação às novas necessidades sanitárias exigidas pelos governos”. Ainda assim, e com os diversos apoios que foram surgindo, Rute Cardoso diz que foi “surpreende acompanhar a evolução de algumas empresas, assim como a criação de novos tipos de turismo, com base em tecnologia”.

Menos otimista é o diretor de Operações da SIHOT ao observar que a indústria do turismo “não estava realmente preparada para fazer face à nova conjuntura, devido à abordagem mais tradicional neste ramo de negócios e serviços prestados ao cliente”. Em contrapartida, Diogo Llorente constata que as empresas de tecnologia “já se encontravam mais preparadas e aptas para agilizar as respostas e apoiar as empresas na necessária transição rumo à imprescindível digitalização de métodos, capazes de potenciar a eficácia da resposta”. Por exemplo, os clientes da empresa em Portugal “transitaram para processos automatizados de distribuição e de gestão de receitas, visando reduzir a pressão sobre as equipas e responder de forma mais ágil e eficiente às constantes oscilações de mercado”. Já no que concerne às estruturas mais pequenas, verificou-se uma “maior dificuldade em protagonizar tal ajuste e adaptação ao novo contexto, sem a experiência, competências e tecnologias adequadas”.

“Não há dúvida de que as empresas que já tinham implementado soluções digitais na sua operação e, consequentemente, formado os seus funcionários nesse sentido, se adaptaram muito mais facilmente ao novo contexto
Felipe Ávila da Costa, Infraspeak

José Almeida, CEO e founder da XLR8 RMS, remete esta fase de disrupção para a célebre frase de Charles Darwin sobre a adaptação das espécies. Ou seja, “são, efetivamente, aqueles que estão mais preparados que tendem a suceder, especialmente, no período pós-pandemia”. “Muitos defendem que a preparação está relacionada com a dimensão das empresas, que são as grandes marcas que têm outros recursos e por isso estão mais preparadas para estes momentos”, mas José Almeida aponta vários casos de sucesso de empresas com estruturas mais pequenas que, “por serem mais ágeis, denotam maior facilidade na adaptação, especialmente na fase atual em que existe um leque alargado de soluções tecnológicas e, consequentemente, maior acessibilidade a sistemas de preços ajustados à dimensão das empresas”.

Por isso, diz José Almeida, “mais do que a estrutura, recursos ou dimensão, aquilo que notamos é que a preparação para a mudança está ligada ao ‘mindset’ da gestão de topo”, considerando que, “aqueles que gerem o seu negócio com base em dados, indicadores-chave e com foco na experiência dos clientes e colaboradores” serem os que “mais atualizados se encontram e que melhores resultados atingem”.

Para Luís Brites, “historicamente a sobrevivência das empresas durante as crises nunca foi homogénea” e, por isso, “para as empresas que já antes da pandemia tinham iniciado o (inevitável) processo de transição digital foi-lhes muito mais fácil acelerar o processo, ainda mais porque já tinham a perceção que a tecnologia serve a materialização de processos que têm de ser pensados e desenhados”, concluindo que “a tecnologia ‘per si’ não resolve tudo como num passo de mágica”.

Portugal vs Mundo
E será que a realidade que se viveu em Portugal foi ou é assim tão diferente do que foi possível registar por esse mundo fora? Apesar de o nosso país não mostrar resultados brilhantes, Rute Cardoso, da Microsoft, mostra a performance de Portugal, recorrendo ao “Digital Economy and Society Index” (DESI), com o qual a Comissão Europeia resume os indicadores sobre o desempenho digital da Europa e acompanha o progresso dos países da União Europeia. No DESI de 2021, Portugal ocupa a 16.ª posição entre os 27 países, ou seja, três posições acima do resultado da edição anterior, “prova do empenho e dedicação do país aos temas avaliados”, considera a Public Sector Seniour Account Executive da empresa fundada por Bill Gates.

E apesar de cada mercado ter a sua especificidade muito própria, “não há propriamente uma diferença nas necessidades ou exigência”, admite Nelson Almeida. O que há no setor em Portugal, segundo o Head of Account Management Portugal&Spain da Travelport, é uma “menor capacidade de investimento e menor massa crítica”, identificando, de resto “inúmeras iniciativas tecnológicas no setor, em Portugal, com bastante criatividade e inovação”. “Não há é escala suficiente para os transformar apetecíveis e globais”, salienta, comparando com o que se passa, por exemplo na vizinha Espanha, mais especificamente, no cluster de Palma de Maiorca, onde novas e ideias inovadoras “nascem como cogumelos” e quando o setor e economia enfrentam dificuldades, “o Estado assegura financiamento para a internacionalização dos seus negócios”.

A digitalização do turismo “deixou de ser uma tendência para ser uma exigência para a construção de uma base sobre a qual crescer
David Vidal, Amadeus

Também Luís Brites não coloca a tónica na capacidade inovadora existente em Portugal, mas antes “na maior predisposição (ou mesmo capacidade) para os investimentos na transição digital”, considerando, também, o CEO e founder da XLR8 RMS que “existem naturalmente diferenças, não tanto numa dimensão nacional vs internacional, mas sobretudo na composição dos ecossistemas de cada país”. Notando que, em Portugal o tecido empresarial é composto por uma vasta maioria de micro, pequenas e médias empresas que competem com um número reduzido de cadeias de maior dimensão, José Almeida admite que “essa razão está intrinsecamente ligada à menor maturidade tecnológica e a uma adaptação mais lenta, tal como acontece com vários outros países europeus”. Contudo, segundo o mesmo, nos últimos dois anos, essa diferença tem-se “esbatido”, com o salto sentido na transição digital a ser uma “necessidade identificada por todas as estruturas, com carácter urgente, independentemente da sua dimensão ou ecossistema em que se encontram”.

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Reservas da RateHawk cresceram 67% a nível global em 2024

A plataforma de reserva de hotéis, bilhetes de avião e transfers para profissionais do setor das viagens teve um crescimento de reservas na ordem dos 67% em 2024, tendo estabelecido parcerias com mais de 70 novos fornecedores de alojamento a nível mundial.

Publituris

A RateHawk, uma plataforma online business to business (B2B) para reservas de hotéis, bilhetes de avião e transfers destinada a profissionais do setor das viagens, registou um crescimento de reservas de 67% a nível global em 2024.

A empresa, que conta com nove anos de atividade, indica que em 2024 o valor líquido das suas reservas aumentou 1,8 vezes em comparação com 2023. Já a empresa-mãe, o Emerging Travel Group, sediado nos Emirados Árabes Unidos, alcançou um volume bruto de transações de 3,7 mil milhões de dólares em 2024.

No ano passado, a empresa afirma ter expandido o portefólio ao estabelecer parcerias com mais de 70 novos fornecedores de alojamento em todo o mundo, contando agora com mais de 300 fornecedores globais e contratos diretos com mais de 34.000 unidades de alojamento, totalizando 120.000 propriedades contratadas.

Desta forma, o número total de opções de alojamento disponíveis ultrapassa os 2,6 milhões.
Também a procura pelos serviços de transporte da empresa, incluindo reservas de voos e transfers, duplicou no último ano, segundo a RateHawk.

A plataforma passou a disponibilizar reservas de viagens de comboio na Europa, sendo que após três meses de lançamento, “mais de 25% dos profissionais de viagens que habitualmente reservam hotéis através da RateHawk começaram também a utilizar o serviço ferroviário”, como referido em nota de imprensa.

“De acordo com o mais recente relatório da UN Tourism, 1,4 mil milhões de pessoas realizaram viagens internacionais em 2024, aproximando-se dos níveis pré-pandemia. Em 2024, duplicámos o número de integrações API, estabelecendo parcerias com mais de 500 novas entidades, incluindo a Ctrip. Para 2025, pretendemos manter este ritmo, com especial enfoque nas OTAs e nas plataformas tecnológicas mais inovadoras”, refere Felix Shpilman, presidente e CEO do Emerging Travel Group, empresa-mãe da RateHawk.

Em 2024, a RateHawk expandiu a sua presença internacional, disponibilizando serviços em mais oito idiomas, perfazendo um total de 32 línguas. A empresa abriu também um novo escritório em Singapura, por forma a “consolidar a sua presença na Ásia”.

Atualmente, a RateHawk conta com mais de 93 mil parceiros e com escritórios em Londres, Berlim, Lisboa, Varsóvia, Dubai, Limassol, Singapura e Wilmington.

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Sabre e CellPoint Digital reforçam ecossistema de pagamentos das companhias aéreas

A nova colaboração entre a Sabre e a CellPoint Digital proporcionará às companhias aéreas soluções de pagamento melhoradas, uma experiência do utilizador aprimorada e redução de custos.

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A Sabre Corporation e a CellPoint Digital estabeleceram um novo acordo com o objetivo de transformar o panorama dos pagamentos no setor da aviação. Este acordo permite que as companhias aéreas que utilizam o SabreSonic e o Radixx tenham acesso a uma vasta gama de métodos de pagamento e serviços de valor acrescentado, simplificando os processos de pagamento, melhorando a experiência do utilizador e reduzindo os custos operacionais.

Com a integração entre a Sabre e a CellPoint Digital, as companhias aéreas passam a dispor da liberdade de escolher entre uma ampla variedade de opções de pagamento, incluindo redes internacionais de cartões amplamente utilizadas em transações globais, carteiras digitais e outros métodos que não envolvem cartões, oferecendo maior flexibilidade aos consumidores no momento do pagamento, métodos alternativos como pagamentos diferidos ou soluções baseadas em dispositivos móveis, bem como transferências bancárias diretas, possibilitadas por sistemas de open banking ou em tempo real, entre outros.

Ao integrar as capacidades da CellPoint Digital na plataforma Sabre, as companhias aéreas passam a dispor de uma solução simples e unificada que facilita a adoção de novas opções de pagamento, eliminando obstáculos habituais.

Ortiz Luengo, diretor Sénior de Produtos de Pagamentos para Viagens da Sabre, refere que este acordo “destaca o compromisso em apoiar as companhias aéreas na melhoria das suas estratégias de pagamento, ao mesmo tempo que melhora a experiência do utilizador e reduz os custos”, salientando que a integração da CellPoint Digital permite às companhias aéreas “otimizar as suas estratégias de pagamento, garantindo transações seguras e suporte para métodos alternativos de pagamento cada vez mais utilizados”.

Já Kristian Gjerding, CEO da CellPoint Digital, frisa que este acordo, além de “proporcionar às companhias aéreas acesso a uma vasta gama de métodos pré-integrados através de uma única ligação”, também “simplifica a expansão da sua oferta de pagamentos, respondendo às necessidades dos mercados locais e reduz a fricção no momento do pagamento”.

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Vasco Translator facilita comunicação para profissionais de turismo

Depois de ter marcado presença na BTL 2025, a Vasco lança no mercado um novo dispositivo: Translator E1, um tradutor auricular de voz que permite aos utilizadores comunicar em mais de 50 línguas.

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Num setor onde a comunicação eficiente é essencial, o Vasco Translator E1 surge como uma solução inovadora para profissionais de turismo, como rececionistas de hotel, guias turísticos e operadores de viagens, que diariamente enfrentam o desafio de comunicar com viajantes de múltiplos idiomas. Com tecnologia de Inteligência Artificial (IA) e um design ergonómico, o Vasco Translator E1 – um auricular inovador que traduz automaticamente em tempo real, sem necessidade de toque ou comandos – permite traduzir automaticamente em mais de 50 idiomas.

Desenvolvido a pensar em cenários de contacto multicultural, o Vasco Translator E1 é um auricular sem fios que permite a tradução instantânea, sem necessidade de tocar no dispositivo ou de utilizar comandos por voz. A tecnologia de IA integrada interpreta discurso, traduz e reproduz verbalmente com precisão, filtrando ainda o ruído de fundo para garantir clareza na comunicação.

Com um alcance de 10 metros e tecnologia Bluetooth 5.2, o Vasco Translator E1 permite comunicações naturais e fluídas em interações com clientes, colegas e parceiros internacionais. Basta ligar, emparelhar o dispositivo com a app gratuita Vasco Connect (disponível para Android e iOS) e falar, enquanto o Vasco Translator E1 vai traduzindo diretamente para o ouvido. É possível ligar até 10 dispositivos numa conversa simultânea em línguas diferentes – uma funcionalidade ideal para profissionais de turismo que lidam diariamente com grupos grandes de viajantes de diferentes locais.

Além disso, o dispositivo também é compatível com outro modelo da marca, o Vasco Translator V4, permitindo aceder a mais idiomas e desbloquear funcionalidades adicionais, como a tradução de fotografias, de textos e o modo MultiTalk.

Com dois modos de utilização distintos, o Vasco Translator E1 oferece o modo auricular, ideal para ambientes profissionais e situações de contacto direto com clientes, permitindo que cada utilizador recorra ao seu auricular para ouvir a tradução diretamente. Já o modo altifalante permite interações rápidas, onde apenas um utilizador usa o auricular, enquanto o outro interage através do smartphone.

“O Vasco Translator E1 é um dispositivo essencial para profissionais de turismo que lidam com clientes de diferentes nacionalidades diariamente. Ao facilitar a comunicação, ajuda a oferecer um serviço de excelência e a melhorar a experiência global do cliente. Com os tradutores da Vasco, asseguramos não só funcionalidade e resistência, mas uma tecnologia de ponta, desenvolvida na Europa, que recorre à IA para obter a melhor compreensão e tradução discursiva do mercado”, refere João Fernandes, Country Manager da Vasco Translator em Portugal.

O Vasco Translator E1 está disponível em Portugal por um PVP recomendado de 389 euros. O pack Vasco Translator E1 + Vasco Translator V4, que inclui os dois modelos, está disponível por um PVP recomendado de 649 euros.

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Sabre lança as ofertas NDC da LATAM

Esta integração traz o conteúdo NDC do maior grupo aéreo da América Latina para o mercado global de viagens da Sabre, ampliando o acesso para as agências de viagens em todo o mundo.

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A Sabre Corporation acaba de lançar as ofertas New Distribution Capability (NDC) da LATAM em vários países, permitindo, assim, às agências de viagens e compradores de viagens aceder em tempo real à totalidade do conteúdo da LATAM. Este acordo inclui as sete companhias aéreas de passageiros do grupo LATAM.

Para Tomás Covarrubias, vice-presidente Sénior de Receitas, Vendas e Distribuição do LATAM Airlines Group, esta parceria estratégica “permite-nos melhorar a forma como nos conectamos com os nossos clientes e responder de forma mais eficiente às suas diversas necessidades e preferências”.

A abordagem da Sabre ao NDC proporciona às agências de viagens um acesso mais amplo ao conteúdo, garantindo simultaneamente uma integração perfeita nos seus fluxos de trabalho atuais. Para as companhias aéreas, oferece interoperabilidade, escalabilidade e flexibilidade, ajudando-as a expandir o seu alcance sem perder o controlo sobre a experiência do cliente.

“A Sabre continua a impulsionar a inovação e a modernização na indústria de viagens”, salienta Kathy Morgan, vice-presidente Sénior de Gestão de Produtos – Experiência de Distribuição, da Sabre Travel Solutions, frisando ainda o “compromisso com a melhoria da experiência de viagem através de soluções robustas e flexíveis reflete-se nesta parceria com a LATAM”.

Com a adição da LATAM, 34 companhias aéreas já integraram o NDC no mercado global de viagens da Sabre.

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Turismo da ONU lança desafio global de Inteligência Artificial

A ONU Turismo procura start-ups e scale-ups que estejam a revolucionar o setor do turismo através de soluções de ponta.

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O Desafio Global de Inteligência Artificial apoiará projetos que estejam a tirar partido das tecnologias digitais para melhorar o turismo, promover a sustentabilidade e impulsionar o crescimento económico. Os participantes são encorajados a abordar a transformação digital, a sustentabilidade, a inclusão e a governação digital em áreas-chave, incluindo branding e marketing; destinos inteligentes e tecnologias profundas; soluções educativas escaláveis; e eficiência nas operações. Através destas categorias, a iniciativa procura promover a inovação que aumenta a atratividade dos destinos, otimiza a gestão dos recursos e cria experiências turísticas inteligentes e com impacto.

A este respeito, o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirma que “a inovação é um fator-chave para o futuro do turismo. Este desafio constitui uma oportunidade única para as mentes criativas contribuírem para o crescimento sustentável e inclusivo do sector do turismo. Estamos ansiosos por ver as soluções inovadoras que irão surgir desta iniciativa global.”

Este desafio é uma oportunidade única para as mentes criativas contribuírem para o crescimento sustentável e inclusivo do sector do turismo

A diretora-executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, salienta ainda que “as estimativas apontam para que a IA acrescente 15,7 a 19,9 biliões de dólares à economia global até 2030, sendo que só a IA generativa acrescentará 2,6 a 4,4 biliões de dólares por ano. Este é um poder transformador – a IA é o futuro do turismo. O futuro do turismo está aqui, e é inteligente, eficiente e sustentável”.

O desafio conta com o apoio de grandes parceiros, incluindo; SPARK, o Hub de Inovação de Les Roches do grupo Sommet Education, bem como Unicoin, a criptomoeda oficial do Unicorn Hunters e Amadeus e seu Venture Capital para empresas de tecnologia.

Elegibilidade e processo de candidatura
O desafio está aberto a indivíduos, equipas e empresas de todo o mundo. Os candidatos devem apresentar uma proposta pormenorizada que descreva a sua solução inovadora, o seu potencial impacto no sector do turismo e um plano de implementação. As propostas serão avaliadas com base na criatividade, viabilidade e escalabilidade. Os candidatos podem candidatar-se até 31 de março de 2025. Os finalistas terão a oportunidade de apresentar as suas propostas no Dia de Demonstração do Turismo da ONU: o UN Tourism Tech Adventures, até ao final de 2025.

Os vencedores obterão apoio para desenvolver e implementar os seus projetos, recebendo orientação de especialistas do sector e líderes em inovação digital através de uma incubação de dois meses na esfera de inovação SPARK. Além disso, terão a oportunidade de apresentar os seus projetos em eventos e conferências internacionais de turismo, reforçando a sua visibilidade global, e terão acesso a uma vasta rede de profissionais do turismo e potenciais investidores.

Os participantes interessados no desafio podem encontrar mais informações, explorar benefícios adicionais e apresentar as suas candidaturas através do website oficial do desafio.

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João Fernandes é o novo Senior Sales Manager da Sabre para Portugal

A Sabre nomeou João Fernandes como Senior Sales Manager para o mercado português, que terá como foco principal apoiar os parceiros de agências de viagens em Portugal

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A Sabre Corporation nomeou João Fernandes como Senior Sales Manager para o mercado português.

Com mais de 25 anos de experiência na indústria de viagens, João Fernandes desempenhou vários cargos de direção em empresas como a Airventure e a Consolidador.com.

Na Airventure, desempenhou o papel de Acting General Manager e no Consolidador.com como Head of Expansion and International Partnerships. Durante o seu tempo no Consolidador.com, João Fernandes foi responsável pela expansão da empresa para mercados internacionais, bem como em estabelecer parcerias estratégicas com outros players mundiais do mercado mundial de viagens.

“A tecnologia inovadora da Sabre e o seu compromisso em responder às necessidades em constante evolução da indústria de viagens fazem dela uma parceira ideal”, refere João Fernandes.

O novo Senior Sales Manager do fornecedor de software e tecnologia para a indústria global de viagens, em Portugal, diz ainda, em comunicado que, “a Sabre é, reconhecidamente, um dos principais players do mercado mundial no sector dos GDS”, afirmando-se “entusiasmado com a oportunidade de poder apoiar os nossos clientes e parceiros em Portugal, fornecendo as soluções avançadas e o conhecimento especializado de que necessitam para ter sucesso no mercado competitivo de hoje”.

Com tecnologia baseada em IA do Google e na cloud, a Sabre está posicionada para atender às necessidades específicas do mercado português, proporcionando às agências de viagens ferramentas para gerir diversas fontes de conteúdo e oferecer uma experiência mais personalizada aos viajantes.

Álvaro de Simón, Country Manager para Espanha e Portugal, salienta que “o compromisso da Sabre com uma estratégia de conteúdo multi-source, combinado com as suas capacidades avançadas de IA, coloca-nos numa posição única para responder às exigências complexas do mercado de viagens português”, admitindo que experiência de João Fernandes “irá reforçar os nossos esforços para oferecer soluções personalizadas que capacitem os nossos clientes e promovam o crescimento em toda a região.”

No seu novo cargo, João Fernandes terá como foco principal, apoiar os parceiros de agências de viagens da Sabre em Portugal, assegurando que tenham acesso às ferramentas e recursos necessários para melhorar a eficiência operacional e expandir a sua oferta de serviços.

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Start-up Turneo obtém financiamento de 2M€ e abrange Portugal nos planos de expansão

O investimento da Bessemer Venture Partners vai permitir o alargamento dos serviços da Turneo a nível global e Portugal é um dos mercados onde a empresa planeia “investir significativamente”.

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A Turneo obteve, recentemente, um investimento de dois milhões de euros da Bessemer Venture Partners que vai permitir o alargamento dos serviços da Turneo a nível global, planeando a start-up investir “significativamente” em Portugal.

Com um crescimento exponencial a nível turístico na última década, Portugal será abrangido pela expansão da Turneo, que reconhece no país “um enorme potencial para o mercado do turismo de experiência”. Com a presença da start-up, o país poderá diferenciar-se de outros destinos, apostando na promoção da cultura local através de experiências como passeios gastronómicos e históricos, provas de vinho e atividades de aventura na natureza.

Os Açores foram a porta de entrada para a start-up no país, com a cadeia Azoris Hotels & Leisure, que conta com três unidades de quatro estrelas no arquipélago, a estabelecer uma parceria com a Turneo, passando a oferecer uma gama diversificada de experiências de wellness e atividades ao ar livre. No leque de ofertas disponíveis incluem-se massagens no spa do hotel, picnic boxes para desfrutar enquanto exploram a ilha, partidas de golfe ou passeios de bicicleta pela cidade.

No comunicado que anuncia este investimento, a start-up refere que “o país poderá diferenciar-se de outros destinos, apostando na promoção da cultura local através de experiências como passeios gastronómicos e históricos, provas de vinho e atividades de aventura na natureza”.

Fundada em 2022, a start-up faculta aos hóspedes a possibilidade de navegarem e reservarem atividades no site ou na aplicação do estabelecimento. Ao mesmo tempo, fornece, aos hotéis, uma plataforma única onde toda a oferta de atividades internas e de parceiros é gerida. Isto inclui a criação e publicação de novas experiências e de parcerias com fornecedores locais, bem como a análise de dados de atividades, informações e comentários dos seus hóspedes.

Os dados obtidos na época de verão de 2024 na Europa apresentam resultados interessantes: os hóspedes que reservaram atividades atribuíram aos hotéis, em média, classificações 8% mais elevadas nos sites de avaliação. Nos últimos anos, assistiu-se a um crescimento significativo do mercado do turismo experiencial, prevendo-se que atinja os 463 mil milhões de dólares até 2030. Destes, a Turneo prevê que 172 mil milhões serão gerados através de unidades hoteleiras.

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Flexibilidade e facilidade de pagamentos cruciais para hóspedes dos hotéis em Portugal

A experiência de pagamento dos hóspedes dos hotéis em Portugal pode afetar as receitas, sendo que quanto maior forem as opções de pagamento disponíveis, melhor.

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Um novo relatório publicado pela Adyen, plataforma global de tecnologia financeira, revela a importância de uma experiência de pagamento sem atritos para os clientes de hotéis, com mais de um terço (37%) dos consumidores a afirmar ter abandonado o processo de reserva porque não conseguiu pagar da maneira que gostaria.

O pagamento de uma experiência hoteleira através de uma carteira é uma das opções mais populares em Portugal (15%) no momento de reservar online, considerando “80% dos hotéis que oferecer várias opções de pagamento para os consumidores é importante”.

De resto, o relatório destaca que estão a surgir “novas tendências de pagamento”, mas apenas 2% dos hóspedes afirma preferir reservar uma estadia online através das redes sociais, e 7% afirma ter utilizado os serviços “Buy Now Pay Later” (BNPL) pela primeira vez, nos últimos 12 meses.

Certo é que a flexibilidade de pagamento é procurada pelos viajantes, uma vez que 58% prefere não pagar o montante total antecipadamente no momento da reserva.

As conclusões, publicadas no primeiro Global Hospitality Report da Adyen, sugerem que a experiência de pagamento pode estar a afetar as receitas dos hotéis, mesmo com oito em cada dez (80%) estabelecimentos hoteleiros a afirmar que é importante oferecer aos hóspedes uma variedade de opções de pagamento. Quase um terço (30%) dos hotéis inquiridos confessou que atualmente não pode aceitar opções de pagamento como BNPL e Apple Pay.

Novas tendências de pagamento para o setor hoteleiro
Estão a surgir novas tendências globais de pagamento no setor da hotelaria, revelando o estudo que uma das formas mais populares de pagar uma experiência de hotel online é através de pagamentos nas apps (19%) e das carteiras digitais (15%).

A maioria dos consumidores (80%) afirmou que uma experiência sem falhas, desde a reserva até ao check-out, é um fator importante no momento de escolher um hotel.

“As expectativas de viagem são altíssimas, e as opções de pagamento desempenham um papel fundamental na formação da experiência geral do hóspede e influenciam futuras decisões de reserva”, refere Mark Rademaker, Head of Hospitality da Adyen.

“Os hóspedes hoje em dia exigem processos de reserva e transações fáceis e cancelamentos sem complicações, caso contrário, podem decidir ir a outro lugar. Falámos com líderes seniores de empresas hoteleiras de todo o mundo e foi encorajador verificar que 70% afirmou que a sua empresa iria procurar melhorar o seu percurso de pagamentos nos próximos 12 meses, e 68% afirmou que o investimento em capacidades de tecnologia financeira poderia oferecer um serviço diferenciado em relação à concorrência”, frisa Rademaker

“Com os potenciais hóspedes a abandonarem as reservas devido à inflexibilidade dos pagamentos, e alguns a não regressarem devido a problemas financeiros, o setor da hotelaria tem de analisar urgentemente a forma como as experiências podem ser melhoradas numa era em que todos os pontos de contacto são importantes e os pagamentos já não são apenas uma transação”, conclui o Head of Hospitality da Adyen.

3 novas tendências de pagamentos

1. A flexibilidade de pagamento é um fator de desempate
Oferecer uma vasta gama de opções de pagamento é importante para a maioria dos estabelecimentos hoteleiros (80%) inquiridos, com cinco em cada dez (53%) consumidores a admitir que mais opções os ajudariam a fazer compras maiores. Cinco em cada dez (58%) hóspedes afirmou não gostar de pagar antecipadamente o custo total de um hotel – o que reflete uma mudança mais ampla no sentido de uma gestão orçamental cuidadosa e espelha o aumento da popularidade dos serviços BNPL.
2. As políticas de cancelamento são analisadas a fundo
A flexibilidade nas políticas de cancelamento também surgiu como um fator crítico na seleção de hotéis, com 77% dos viajantes a considerar o cancelamento gratuito, 24-48 horas antes da chegada, um fator decisivo. Os dados sublinham o desejo do viajante de garantir que os planos podem ser adaptados à última hora.
3. Experiências financeiras afetam o regresso dos viajantes
Muitos hóspedes não voltaram a reservar uma estadia devido a problemas ou queixas de carácter financeiro. Especificamente, problemas com pagamentos, tais como a recusa de cartões ou cobranças incorretas (18%), pedido de partilha de dados do cartão por telefone (18%), atrasos nas cobranças ou reembolsos (14%) e pagamento excessivo devido a erros (14%).

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Unicâmbio facilita gestão de dinheiro para quem viaja com nova carteira digital

Unimoney é a nova carteira digital da Unicâmbio que permite gerir o dinheiro no telemóvel em mais de 50 moedas diferentes, facilitando a vida a quem viaja.

Victor Jorge

A Unicâmbio apresentou esta terça-feira, 17 de setembro, uma nova carteira digital e disponível em formato mobile (iOS e Android). A Unimoney foi desenhada pela Unicâmbio e permite o acesso a uma conta de pagamentos, com funcionalidades exclusivas para os utilizadores, criada para chegar a um público mais vasto através de um canal digital, permitindo gerir o dinheiro dos utilizadores com maior facilidade e comodidade, liberdade e segurança nos serviços prestados.

Ao oferecer suporte para mais de 50 moedas diferentes, os clientes têm a possibilidade de gerir os seus fundos e realizar conversões cambiais instantâneas, sem a necessidade de recorrer a balcões físicos. Esta flexibilidade é ideal para viajantes, expatriados ou para quem realiza transações internacionais com frequência.

Os utilizadores têm acesso também a um cartão de pagamentos virtual e físico em diferentes moedas, esperando a empresa chegar às 16 moedas até ao final do ano de 2024, podendo ser utilizado em qualquer parte do mundo para realizar compras e levantar dinheiro em caixas multibanco.

Os utilizadores podem, igualmente, carregar a carteira Unimoney por transferência bancária, referência multibanco ou MBWay.

Diogo Cardoso, Head of Product da FinPay, responsável pela solução tecnológica da nova carteira digital, adiantou ao Publituris que, com esta App é possível “efetuar a reserva de dinheiro para posteriormente levantar em qualquer balcão da Unicâmbio ou utilizá-lo através do smartphone ou no cartão físico que surgirá até ao final do ano”.

Limitado a um valor não superior a 10.000 euros, o cartão terá custos de aquisição, mas não de manutenção, a Unimoney permitirá, em breve, pagamentos de serviços e transferências Western Union.

Relativamente ao turista/viajantes, a Unicâmbio refere que a Unimoney se destina a um cliente que “não quer viajar com todo o orçamento na carteira, que valoriza planear os seus gastos com antecedências e com capacidade para fazer reserva de moeda ou levantamento no local de destino”.

A Unimoney disponibiliza ainda aos seus utilizadores dois cartões de débito virtuais, cada um numa divisa diferente (Euros e Libras), de modo a oferecer maior flexibilidade e conveniência durantes viagens internacionais. Para breve está previsto o lançamento de um cartão multi-divisas com mais de 10 moedas.

O que é possível fazer com a carteira digital Unimoney:

  • Carregar fundos
  • Câmbio de moeda
  • Levantamento de moeda estrangeira
  • Envio de dinheiro
  • Realizar pagamentos
  • Carregamento de telemóvel e compra de vouchers

 

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Amadeus estende parceria NDC com Grupo Etraveli

A Amadeus pretende reforçar a sua posição na distribuição de conteúdos estendendo a parceria ao Grupo Etraveli.

Publituris

A Amadeus e o Grupo Etraveli acordaram uma iniciativa estratégica conjunta que permitirá a aquisição e distribuição de conteúdos selecionados do Grupo Etraveli. A iniciativa também incluirá conteúdo virtual interline da TripStack, uma subsidiária do Grupo Etraveli, através da Amadeus Travel Platform.

A Amadeus fornecerá às agências de viagens uma janela única para aceder a conteúdos mais complexos e diversificados para satisfazer as crescentes exigências dos viajantes de hoje. Esta nova iniciativa surge na sequência da assinatura de uma aliança alargada de distribuição de companhias aéreas entre a Amadeus e o Grupo Etraveli, um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia para companhias aéreas, que está na base dos voos da Booking.com e engloba marcas próprias como a Mytrip, GoToGate e Flight Network.

Para o Etraveli Group, este acordo também prevê a expansão da sua utilização atual do Amadeus como fonte principal de conteúdo NDC.

Mathias Hedlund, CEO do Grupo Etravelirefere que esta colaboração a longo prazo “criou um valor significativo para ambos os parceiros e, à medida que trabalhamos para aumentar a nossa quota de mercado nos próximos anos, acreditamos que o inovador tecnológico tem a escala, a ambição e a capacidade de fornecer as soluções de que necessitamos. Além disso, a iniciativa de aquisição de conteúdos fornecerá à Amadeus conteúdos aéreos novos e exclusivos para satisfazer as crescentes exigências dos viajantes, aumentando simultaneamente o potencial de venda de bilhetes para os vendedores”.

Nos termos do acordo renovado, o Grupo Etraveli continuará a utilizar uma série de soluções Amadeus para melhorar as capacidades de pesquisa e de serviço, a fim de melhorar a experiência do viajante de ponta a ponta.

Sam Abdou, vice-presidenteeExecutivo de Vendas Globais de TI para Companhias Aéreas, Distribuição e Agências de Viagens Online Globais da Amadeus, salienta, por sua vez, que a Amadeus “continua a reforçar a sua posição de liderança como distribuidor líder de conteúdos de companhias aéreas para o mercado global de OTA com uma série de acordos de referência”. Assim, a extensão da parceria com o Etraveli Group, que inclui a aquisição e a implantação de conteúdo compatível com NDC “é uma verdadeira confirmação do nosso compromisso de criar um mercado sem precedentes, onde as agências de viagens podem ligar-se facilmente aos conteúdos mais completos do ecossistema de viagens e oferecer aos viajantes uma gama de escolha inigualável”.

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