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Digitalização a fundo no turismo

A digitalização, transformação ou transição tecnológica foram uma das consequências mais impactantes da pandemia. A necessidade rápida de reinventar negócios, readaptar operações e estratégias ou dar respostas a uma nova realidade foi transversal. Mas no caso do turismo, o setor teve de acelerar (ainda mais) processos, de forma a evitar maior descalabro e conseguir transmitir confiança a quem queria, quer e continuará a querer viajar.

Victor Jorge
Tecnologia

Digitalização a fundo no turismo

A digitalização, transformação ou transição tecnológica foram uma das consequências mais impactantes da pandemia. A necessidade rápida de reinventar negócios, readaptar operações e estratégias ou dar respostas a uma nova realidade foi transversal. Mas no caso do turismo, o setor teve de acelerar (ainda mais) processos, de forma a evitar maior descalabro e conseguir transmitir confiança a quem queria, quer e continuará a querer viajar.

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O mês de março de 2020 ficará na história nas vidas de todos, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. No setor do turismo, a abrupta paragem foi sentida como em poucos outros setores. Aviões em terra, férias e viagens adiadas e/ou canceladas, agências fechadas, teletrabalho, reembolsos, reagendamentos, operações incertas, tudo foi posto em causa.

Houve, no entanto, um fenómeno que a pandemia trouxe e todos os profissionais ouvidos pelo Publituris são unânimes: a aceleração digital ou tecnológica deu-se em todos os campos, em especial no turismo.

Rapidamente, entraram no léxico de todos os nomes das diversas plataformas digitais ao dispor para falar inter e intraempresas, os webinars passaram a ser algo diário, as respostas às dúvidas de clientes, fornecedores e parceiros não eram dadas face-to-face e a necessidade de capacitar as pessoas o mais rapidamente possível para a “nova” realidade foi algo nunca antes visto e/ou vivido.

Se a pandemia “ensinou-nos a importância da resiliência”, segundo David Vidal, diretor Comercial da Amadeus Espanha e Portugal, a paragem abrupta das viagens globais deu à indústria a oportunidade de “repensar as operações e reconstruí-las, com vista a torná-las ainda melhores”.

Rute Cardoso, Public Sector Senior Account Executive da Microsoft, reforça esta ideia admitindo, que no início, as empresas tiveram que dar uma resposta “rápida e gerir as expectativas de uma série de interlocutores, internos e externos, quando os próprios gestores não tinham previsibilidade e conhecimento da situação, do tempo, das condições, que teriam pela frente”. Se internamente, as organizações tiveram que disponibilizar ferramentas de trabalho aos diversos colaboradores – computadores, plataformas de produtividade, colaboração, segurança, conexão a serviços internos, etc. – e garantir que nenhum serviço falhava, para fora, ou seja, para os clientes finais, “a imprevisibilidade do futuro era, igualmente, assustadora e foi um percurso de aprendizagem para quem também queria manter os seus serviços ativos”, disse a executiva da Microsoft ao Publituris.

Mas a pandemia veio, fundamentalmente, colocar “a descoberto a fragilidade de todos os negócios tradicionais, independentemente da maturidade digital de cada um”, salienta Nelson Almeida Head of Account Management Portugal&Spain da Travelport. Ainda que muitos setores e negócios tivessem consciência da importância crescente do digital, este sentido de urgência foi “claramente acelerado”, provocando uma “procura enorme dos serviços digitais e novas formas de chegar e comunicar com o consumidor como principais exigências e necessidades para sobrevivência da atividade económica e dos negócios”, frisa o responsável da Travelport.

Que respostas deu o digital?
Mas, passados quase dois anos do dia que modificou a vida de cada um de nós, quais foram as prioridades mais relevantes, as maiores dificuldades, exigências e necessidades do setor do turismo?

A imprevisibilidade do futuro era, igualmente, assustadora e foi um percurso de aprendizagem para quem também queria manter os seus serviços ativos
Rute Cardoso, Microsoft

Sérgio Pinto, beamian co-founder, resume a questão de forma “simples”: “uma indústria que vê todo o seu sucesso ligado a fenómenos de agregação de pessoas, enfrentou um desafio hercúleo”.

Certo é que o setor do turismo necessitou de acelerar a transição digital com impactos nas operações, identificando Luís Brites, CEO da CLEVER Hospitality Analytics e Board Member (Non-Executive) da HOST Hotel Systems, os processos de “check-in e check-out”, bem como a escolha de “bens e serviços” (através de menus digitais), em que foi necessário, “para além do aperfeiçoamento de meios que já existiam como, por exemplo, os quiosques para self-check-in, tornar estas operações possíveis de efetuar pelo próprio hóspede no seu próprio smartphone (conceito de BYOD – Bring Your Own Device), evitando ao máximo os contactos”.

Por isso, as prioridades do setor do turismo passaram, de acordo com Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, por “garantir as melhores jornadas e experiências para os consumidores”. Portanto, para responsável da Mastercard, “foi importante avaliar em que estado estava cada operador e assegurar que tinham acesso aos serviços mais modernos e eficientes para os seus clientes, tanto no momento de seleção e compra, com métodos de pagamento simples e seguros, como no momento de usufruto do serviço adquirido, proporcionando métodos digitais para os consumos”. Em paralelo, apareceram soluções complementares como, por exemplo, “soluções de fidelização, personalização e customização no serviço ao cliente, de monitorização de uso”, salientando Maria Antónia Saldanha que, “quanto mais integrados os serviços estiverem entre o mundo online e físico, e se replicarem as experiências de uso, mais comodidade, confiança e conveniência é passada aos consumidores”.

A obrigatoriedade sem contacto
Dentro do turismo, a hotelaria é, de resto, apontada como a que maiores desafios teve de enfrentar, com a adaptação de novos – e mais rigorosos – protocolos de saúde e segurança, o que leva Pedro Gomes, Regional Manager Portugal da Roiback, a referir que tal realidade “obrigou os hotéis a acelerar a adoção de plataformas e programas digitais para oferecer serviços mais seguros e comunicar com seus hóspedes”, salientando até a situação de alguns, que “colocaram mordomos robóticos para fornecer serviços de check-in, transportar bagagem, entregar snacks, café ou o jornal da manhã nos quartos”.

Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, destaca, por sua vez, as quatro grandes questões que os gestores hoteleiros foram colocando e às quais era preciso dar resposta: (i) como oferecer estadias mais digitais e contactless, do check-in ao check-out?; (ii) como potenciar o cross e upselling ao oferecer experiências personalizadas aos hóspedes? (iii) como aumentar as reservas diretas, diminuir a dependência dos OTA (Booking.com, Expedia, etc.)?; e (iv) como automatizar ao máximo processos manuais de forma a fazer face à falta de staff?

Para ir ao encontro destas necessidades ganharam especial relevância soluções como, por exemplo, os “Assistentes de Reservas, chatbots que recorrem a Inteligência Artificial para dar resposta a mais de 80% das questões dos hóspedes em vários idiomas”, além da adoção de “Concierges Virtuais”, soluções que permitem oferecer um acompanhamento personalizado e instantâneo das necessidades dos hóspedes ao mesmo tempo que promovem o upselling, diz o executivo da HiJiffy.

Não é por acaso que a oferta de uma experiência interativa, de forma transversal a todos os canais, é agora uma das principais preocupações dos organizadores de eventos
Sérgio Pinto, beamian

Do lado da Paratytech, Daniela Costa, Business Development Manager, refere além das funcionalidades já referidas, outras que ajudaram a minimizar o impacto da avalanche de cancelamentos, redução do distanciamento social, atendimento telefónico, etc.. Neste sentido, “módulos para adiamento de cancelamentos, criação de QR codes, disponibilização de Call Center, vouchers como forma de reembolso, integrações com seguros de viagem, incorporação de teste PCR como serviço adicional, feiras virtuais para colmatar o cancelamento das presenciais, entre outros, foram algumas das prioridades que o setor sentiu necessidade de implementar.

Ainda no contacless, a tecnologia de automatização em conjunto com a integração de inteligência artificial foram ferramentas consideradas essenciais. Contudo, Juan José Llorente, Country Manager da Adyen para Portugal e Espanha, diz que existem dados que demonstram que, no setor da hotelaria em particular, existe um aspeto que, praticamente, todos os estabelecimentos concordam: “a importância de reduzir os tempos de espera para melhorar a experiência do cliente”. Portanto, a implementação de tecnologia que facilite a estadia dos hóspedes do hotel, como quiosques na receção, ou uma aplicação capaz de gerar um cartão de quarto e que permita que este seja transportado no dispositivo, “tornou-se uma grande oportunidade para os proprietários”. Uma das mais recentes implementações tecnológicas que têm lugar no setor é, de resto, a “tokenização do cartão de crédito do hóspede”, processo que permite, mediante autorização prévia, que “os detalhes do cartão sejam capturados (durante a reserva ou o check-in no hotel), encriptados e substituídos por uma ficha segura, para que o hóspede possa esquecer os seus cartões e, portanto, a sua carteira”.

De custo a investimento
Se até ao surgimento, muitas das vezes, a parte digital e ou tecnologia era vista como um custo, a pandemia veio trazer um novo ‘mindset’ e uma “evolução positiva”, nas palavras de Luís Brites, embora reconheça que ainda existe “uma visão menos moderna e que considera o avanço digital como um custo ou uma ‘moda’ que se poderia evitar”.

Nesse sentido, também Diogo Llorente, diretor de Operações da SIHOT, diz que “a pandemia mudou a perspetiva sobre a tecnologia”, admitindo que “os empresários encaram agora a tecnologia como um investimento imprescindível”. Ou seja, se anteriormente, tudo o que estava relacionado com a tecnologia era tido como “um departamento sem receitas”, tornando-se imperativo “comprovar os benefícios reais dos sistemas automatizados, como gestores de canais e todas as vantagens das tecnologias sem contacto”, nos tempos que correm, os benefícios da tecnologia são “indubitavelmente reconhecidos como o ‘core’ da otimização na obtenção de receitas”.

Quanto mais integrados os serviços estiverem entre o mundo online e físico, e se replicarem as experiências de uso, mais comodidade, confiança e conveniência é passada aos consumidores
Maria Antónia Saldanha, Mastercard em Portugal

Também Ana Bicho, CEO da Adclick, considera que até à pandemia, “tirando a digitalização e tecnologia que eram adotadas por uma questão de redução de custos ou segurança e, sobretudo, no que toca ao marketing digital, inteligência artificial, realidade aumentada, ou até em coisas mais básicas como chatbots ou marketing automation para melhorar a experiência do utilizador, os investimentos ainda eram considerados como custo, sem retorno óbvio”.

Ou seja, nos anos de ouro pré-pandemia, com taxas elevadíssimas de ocupação, “fazer muito mais do que ter um site para marcação, alguma compra de tráfego em Google ou Facebook era considerado desperdício”, concluindo a responsável que, “hoje começa a haver a perceção que há algo mais a fazer, que o consumidor e hábitos de consumo mudaram e que, na prática, somos seres mais digitais do que éramos há dois anos”.

O diretor Comercial da Amadeus para Espanha e Portugal também acredita que a digitalização do turismo “deixou de ser uma tendência para ser uma exigência para a construção de uma base sobre a qual crescer”. Por isso, frisa que a tecnologia é um “investimento importante para responder às necessidades destes viajantes”, não significando que “não exista a necessidade do toque humano”, destacando que “o toque humano é dado em momentos chave no decorrer da viagem. O toque humano está lá onde os clientes mais precisam dele e o valorizam”, concluindo que “é isso que a digitalização permite”. A redistribuição dos recursos humanos para os aspetos mais importantes do serviço ao cliente, enquanto a automatização cuida das tarefas, necessárias, mas mais administrativas.

No entender de Sérgio Pinto da beamian, “para que a aceleração digital aconteça são necessárias duas condições: conhecimento das tecnologias/soluções existentes e conhecimento das necessidades a suprir”. E no caso dos eventos, área onde a empresa está presente, o responsável refere que “não devemos colocar a escolha da plataforma e do meio à frente dos objetivos de cada evento”. Até porque, de acordo com o mesmo, “a tecnologia existe para servir os objetivos de cada evento e não para ser a peça central do mesmo”, concluindo que “este ajuste na perceção de todos nós poderá ser essencial na transformação da indústria dos eventos”.

Bytes e mais bytes
O responsável da Travelport frisa que “os processos de pós-venda ilustraram as maiores dificuldades iniciais com que o setor se deparou”. Ou seja, por mais preparadas que estivessem as empresas, tornou-se rapidamente claro, que “os fornecedores não tinham capacidade de processar os pedidos de ajuda, reembolsos, remarcação de todos os seus clientes, a distribuição enfrentou desafios novos, quer ao nível do capital humano, quer nas soluções e plataformas tecnológicas que enfrentavam algo de diferente e único, as plataformas tecnológicas tiveram necessidade de rapidamente se transformar e ser capazes de processar novas informações em tempo real, como informação das restrições de saúde e de entrada em cada país/destino”.

Por isso, refere que as principais prioridades foram no sentido de ter “a mais fiável informação em tempo real”, para poder fazer face a todas as solicitações que o setor enfrentou, sendo absolutamente crítico “o ‘time to market’ de soluções inovadoras que as empresas tecnológicas que operam no setor aportaram”.

Com o foco a virar-se, numa segunda fase e com acesso a informação, para o contato com o cliente e como continuar a servi-lo, “muitas empresas tiveram que acelerar a digitalização dos seus processos de marketing, venda e comercialização dos seus produtos e ofertas”.

A pandemia veio trazer um novo ‘mindset’ e uma “evolução positiva”, embora ainda existe quem possua “uma visão menos moderna e que considera o avanço digital como um custo ou uma ‘moda’ que se poderia evitar
Luís Brites, CLEVER Hospitality Analytics e HOST Hotel Systems

Contudo, David Vidal frisa que há algo que o setor se deve lembrar, depois de passada a pandemia: “o papel e valor absolutamente fulcral de toda a cadeia de distribuição”.

Mas, vale a pena saber se houve quem tivesse mais preparado para este advento digital? Sendo certo que a pandemia “apanhou toda a gente de surpresa”, considerando Felipe Ávila da Costa, CEO da Infraspeak, que “ninguém esperava a intensidade do impacto”, o mesmo admite que “não há dúvida de que as empresas que já tinham implementado soluções digitais na sua operação e, consequentemente, formado os seus funcionários nesse sentido, se adaptaram muito mais facilmente ao novo contexto”.

Da mesma opinião é a Public Sector Seniour Account Executive da Microsoft ao afirmar que “as empresas cujo negócio estava preparado para funcionar em cima de plataformas tecnológicas, conseguiram dar resposta às necessidades dos turistas, mais rapidamente, e estar na vanguarda de adequação às novas necessidades sanitárias exigidas pelos governos”. Ainda assim, e com os diversos apoios que foram surgindo, Rute Cardoso diz que foi “surpreende acompanhar a evolução de algumas empresas, assim como a criação de novos tipos de turismo, com base em tecnologia”.

Menos otimista é o diretor de Operações da SIHOT ao observar que a indústria do turismo “não estava realmente preparada para fazer face à nova conjuntura, devido à abordagem mais tradicional neste ramo de negócios e serviços prestados ao cliente”. Em contrapartida, Diogo Llorente constata que as empresas de tecnologia “já se encontravam mais preparadas e aptas para agilizar as respostas e apoiar as empresas na necessária transição rumo à imprescindível digitalização de métodos, capazes de potenciar a eficácia da resposta”. Por exemplo, os clientes da empresa em Portugal “transitaram para processos automatizados de distribuição e de gestão de receitas, visando reduzir a pressão sobre as equipas e responder de forma mais ágil e eficiente às constantes oscilações de mercado”. Já no que concerne às estruturas mais pequenas, verificou-se uma “maior dificuldade em protagonizar tal ajuste e adaptação ao novo contexto, sem a experiência, competências e tecnologias adequadas”.

“Não há dúvida de que as empresas que já tinham implementado soluções digitais na sua operação e, consequentemente, formado os seus funcionários nesse sentido, se adaptaram muito mais facilmente ao novo contexto
Felipe Ávila da Costa, Infraspeak

José Almeida, CEO e founder da XLR8 RMS, remete esta fase de disrupção para a célebre frase de Charles Darwin sobre a adaptação das espécies. Ou seja, “são, efetivamente, aqueles que estão mais preparados que tendem a suceder, especialmente, no período pós-pandemia”. “Muitos defendem que a preparação está relacionada com a dimensão das empresas, que são as grandes marcas que têm outros recursos e por isso estão mais preparadas para estes momentos”, mas José Almeida aponta vários casos de sucesso de empresas com estruturas mais pequenas que, “por serem mais ágeis, denotam maior facilidade na adaptação, especialmente na fase atual em que existe um leque alargado de soluções tecnológicas e, consequentemente, maior acessibilidade a sistemas de preços ajustados à dimensão das empresas”.

Por isso, diz José Almeida, “mais do que a estrutura, recursos ou dimensão, aquilo que notamos é que a preparação para a mudança está ligada ao ‘mindset’ da gestão de topo”, considerando que, “aqueles que gerem o seu negócio com base em dados, indicadores-chave e com foco na experiência dos clientes e colaboradores” serem os que “mais atualizados se encontram e que melhores resultados atingem”.

Para Luís Brites, “historicamente a sobrevivência das empresas durante as crises nunca foi homogénea” e, por isso, “para as empresas que já antes da pandemia tinham iniciado o (inevitável) processo de transição digital foi-lhes muito mais fácil acelerar o processo, ainda mais porque já tinham a perceção que a tecnologia serve a materialização de processos que têm de ser pensados e desenhados”, concluindo que “a tecnologia ‘per si’ não resolve tudo como num passo de mágica”.

Portugal vs Mundo
E será que a realidade que se viveu em Portugal foi ou é assim tão diferente do que foi possível registar por esse mundo fora? Apesar de o nosso país não mostrar resultados brilhantes, Rute Cardoso, da Microsoft, mostra a performance de Portugal, recorrendo ao “Digital Economy and Society Index” (DESI), com o qual a Comissão Europeia resume os indicadores sobre o desempenho digital da Europa e acompanha o progresso dos países da União Europeia. No DESI de 2021, Portugal ocupa a 16.ª posição entre os 27 países, ou seja, três posições acima do resultado da edição anterior, “prova do empenho e dedicação do país aos temas avaliados”, considera a Public Sector Seniour Account Executive da empresa fundada por Bill Gates.

E apesar de cada mercado ter a sua especificidade muito própria, “não há propriamente uma diferença nas necessidades ou exigência”, admite Nelson Almeida. O que há no setor em Portugal, segundo o Head of Account Management Portugal&Spain da Travelport, é uma “menor capacidade de investimento e menor massa crítica”, identificando, de resto “inúmeras iniciativas tecnológicas no setor, em Portugal, com bastante criatividade e inovação”. “Não há é escala suficiente para os transformar apetecíveis e globais”, salienta, comparando com o que se passa, por exemplo na vizinha Espanha, mais especificamente, no cluster de Palma de Maiorca, onde novas e ideias inovadoras “nascem como cogumelos” e quando o setor e economia enfrentam dificuldades, “o Estado assegura financiamento para a internacionalização dos seus negócios”.

A digitalização do turismo “deixou de ser uma tendência para ser uma exigência para a construção de uma base sobre a qual crescer
David Vidal, Amadeus

Também Luís Brites não coloca a tónica na capacidade inovadora existente em Portugal, mas antes “na maior predisposição (ou mesmo capacidade) para os investimentos na transição digital”, considerando, também, o CEO e founder da XLR8 RMS que “existem naturalmente diferenças, não tanto numa dimensão nacional vs internacional, mas sobretudo na composição dos ecossistemas de cada país”. Notando que, em Portugal o tecido empresarial é composto por uma vasta maioria de micro, pequenas e médias empresas que competem com um número reduzido de cadeias de maior dimensão, José Almeida admite que “essa razão está intrinsecamente ligada à menor maturidade tecnológica e a uma adaptação mais lenta, tal como acontece com vários outros países europeus”. Contudo, segundo o mesmo, nos últimos dois anos, essa diferença tem-se “esbatido”, com o salto sentido na transição digital a ser uma “necessidade identificada por todas as estruturas, com carácter urgente, independentemente da sua dimensão ou ecossistema em que se encontram”.

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AMEX GBT compra CWT por 570 milhões de dólares

Depois de, em 2021, ter comprado a Egencia ao grupo Expedia por 5,5 mil milhões de dólares, a American Express Global Business Travel avança para uma nova aquisição, desta feita para a CWT.

A American Express Global Business Travel (Amex GBT), operada pela Global Business Travel Group, Inc., empresa que atua no mercado de software e serviços B2B para viagens e despesas, anunciou um acordo definitivo para adquirir a CWT, fornecedor global de soluções para viagens de negócios e reuniões, numa transação que avalia a CWT em cerca de 570 milhões de dólares (cerca de 530 milhões de euros) numa base sem dinheiro e sem dívidas, sujeita a determinados pressupostos e ajustes no preço de compra.

A transação será financiada por uma combinação de ações e dinheiro e espera-se que seja concluída no segundo semestre de 2024, sujeita à satisfação das condições habituais de fecho, incluindo a receção de determinadas aprovações regulamentares.

A CWT presta serviço a 4.000 clientes e gera, aproximadamente, 850 milhões de dólares de receita (cerca de pouco mais de 785 milhões de euros) e 70 milhões a 80 milhões de dólares (entre 65 a 75 milhões de euros) de EBITDA ajustado em 2024.

Paul Abbott, CEO do Amex GBT, refere, no comunicado que anuncia esta compra, que “trazer a CWT para o modelo comprovado de software e serviços do Amex GBT criará mais opções para os clientes, mais oportunidades para as pessoas e mais valor para os acionistas.”

Após o fecho da aquisição, os clientes da CWT terão acesso ao software e aos serviços próprios do Amex GBT para viagens e despesas, incluindo o Neo1, o Neo e o Egencia, para além do Select, que permite aos clientes integrarem-se com parceiros tecnológicos líderes. Os clientes terão acesso à mais vasta carteira de serviços profissionais, incluindo reuniões e eventos, consultoria e soluções de sustentabilidade, e o mercado da Amex GBT dará acesso aos conteúdos mais completos e competitivos do sector.

Patrick Andersen, diretor executivo da CWT, afirma, por sua vez, que “a união de forças com o Amex GBT ajuda a acelerar a nossa visão de um futuro tecnológico para as viagens de negócios, em que as pessoas e a tecnologia se combinam para proporcionar uma experiência excecional ao cliente”.

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Empresas de viagens, transporte e logística pretendem reduzir impacto das TI no ambiente

Um estudo levado a cabo pela Colt Technology Services, empresa de infraestruturas digitais, deu conta que uma em cada quatro empresas de viagens, transporte e logística mencionou que as suas principais prioridades são a compreensão (24%) e a redução (25%) do impacto da sua infraestrutura de tecnologias da informação (TI) no ambiente.

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Os inquiridos deste setor revelaram-se mais propensos do que outros a dar prioridade a novas aplicações colaborativas e de comunicação, com uma percentagem de 31% – 11 pontos percentuais acima da média do setor. As empresas questionadas desta indústria são também as mais inclinadas a considerar que a integração de novas geografias nas redes da sua empresa são uma prioridade – quase um em cada quatro empresas (23%).

Os resultados deste estudo têm por base um inquérito aplicado entre 30 de novembro e 14 de dezembro de 2023 a 1.114 diretores de TI e responsáveis por serviços de infraestruturas digitais em vários setores de atividade em empresas de 12 países, nomeadamente Estados Unidos da América (EUA), Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Singapura, Japão e Hong Kong.

Em nota de imprensa, a Colt Technology Services afirmou que este estudo “sublinha a preocupação crescente em torno do impacto ambiental das redes informáticas”, já que um em cada cinco dos inquiridos (20%) posicionou a «compreensão do impacto ambiental da sua infraestrutura de TI» entre as suas três principais prioridades.

Já 19% referiu a redução do impacto ambiental da sua infraestrutura de TI como uma prioridade, com Espanha a posicionar-se como o país, dentro dos inquiridos, que mais se comprometeu a identificar (28%) e a reduzir (26%) o impacto ambiental.

Empresas de TI esperam aumentos nos orçamentos em tecnologia
No mesmo documento, a empresa de infraestruturas digitais referiu que o estudo “revela otimismo nos orçamentos destinados às tecnologias”, já que quase oito em cada dez das empresas inquiridas (79%) esperam aumentar os seus orçamentos de tecnologia nos próximos três anos.

Os mais otimistas quanto ao crescimento dos seus orçamentos são os diretores de TI de Hong Kong (92%), Singapura (89%) e do Japão (84%), sendo que as principais prioridades a nível de investimento dizem respeito à melhoria da segurança (apontada por 40% dos inquiridos) e à inclusão de recursos de IA e machine learning (31%).

O estudo também conclui que uma em cada quatro empresas está a utilizar a sua infraestrutura de TI para explorar novos fluxos de receitas – um valor que aumenta para cerca de uma a cada três empresas no Japão (31%) e nos EUA (30%).

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Amadeus adquire especialista em pagamentos de viagens

A aquisição da Voxel pela Amadeus irá melhorar a experiência de pagamento entre os diferentes intervenientes no ecossistema de viagens.

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A Amadeus adquiriu a Voxel, um dos principais fornecedores de soluções de faturação eletrónica e de pagamento B2B para agências de viagens, hotéis e outros intervenientes no setor das viagens.

Esta transação reforçará, segundo a Amadeus, “a visão de proporcionar uma experiência de pagamento sem falhas para o setor das viagens, admitindo, igualmente, que “complementará o negócio de pagamentos da Amadeus, Outpayce, melhorando a sua atual linha de produtos para agentes de viagens, enquanto se expande para a área hoteleira.

A adição das soluções da Voxel à atual oferta da Amadeus significa acesso a uma gama mais vasta de serviços de pagamento para agentes de viagens e uma forma mais automatizada de gestão de faturas eletrónicas para operadores turísticos, TMCs, agregadores de hotéis e hotéis. A aquisição da Voxel também ajudará a Amadeus a servir melhor os seus clientes empresariais, automatizando ainda mais a experiência de viagens de negócios, desde as reservas e pagamentos até à gestão de despesas.

Decius Valmorbida, presidente, Viagens Amadeus, refere que a aquisição da Voxel “traz uma linha complementar de soluções para enriquecer a oferta de ponta a ponta da Amadeus, aproveitando a tecnologia inteligente para beneficiar a indústria e o ecossistema de viagens em geral”.

O responsável adianta ainda que “os pagamentos estão presentes em todas as fases da experiência de viagem. Para tornar a experiência de viagem melhor, é crucial garantir pagamentos ágeis, integrados e até invisíveis. Temos agora uma equipa de especialistas apaixonados por pagamentos e uma vasta gama de clientes que poderão tirar partido das capacidades da Amadeus e da Voxel em conjunto”.

Do lado da Voxel, Àngel Garrido, CEO da empresa, acrescenta que a Amadeus tem um alcance global, com especialistas em viagens e tecnologia a trabalhar para tornar as viagens melhores e conectadas de ponta a ponta. Estes atributos, combinados com as raízes profundas da Amadeus no setor das viagens, resultaram numa oportunidade única para a Voxel e a Amadeus crescerem mais rapidamente e integrarem tecnologia inovadora e automatizada, melhorando não só os processos para os agentes de viagens, mas também para os fornecedores de viagens. A combinação da nossa tecnologia, das nossas equipas, das nossas fortes culturas empresariais alinhadas e das nossas ligações irá, sem dúvida, aproximar-nos um pouco mais de pagamentos de viagens mais simples e fáceis”.

David Doctor, CEO da Outpayce, salienta, por sua vez, que, “desde a criação da Outpayce, o negócio de pagamentos da Amadeus, tem como objetivo reforçar a oferta atual e desenvolver um ecossistema de pagamentos integrado ao qual as empresas de viagens se possam ligar e aceder às mais recentes inovações fintech”, reforçando que “a aquisição da Voxel permite-nos fazer as duas coisas”.

De referir que a Voxel é especializada em faturação eletrónica e pagamentos eletrónicos B2B, com a plataforma Bavel da Voxel a gerir os processos de pagamento eletrónico de ponta a ponta. Mais de 50.000 hotéis, mais de 1.000 operadores turísticos e empresas de viagens, e mais de 3.000 restaurantes e franchisings em mais de 100 países beneficiam atualmente desta plataforma. É constituída pelo Bavel Pay, Bavel Billing e Bavel Procurement, e gere mais de 100 milhões de transações por ano.

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Utilização de IA pelos agentes de viagens e apps personalizadas é uma certeza no futuro

Que a Inteligência Artificial (IA) está aí, ninguém duvida. Que fará parte do futuro, é outra certeza. Por isso, Charuta Fadnis, vice-presidente sénior da Phocuswright, chamou a atenção para os que “subestimam a relevância da aplicação e aplicabilidade desta tecnologia”.

Victor Jorge

A indústria do turismo teve uma excelente recuperação da pandemia, mas está a passar por uma “mudança fundamental”. Na ITB Berlim, Charuta Fadnis, vice-presidente sénior da Phocuswright, falou sobre a importância crescente da IA generativa, ao mesmo tempo que olhou para além desta tendência para o futuro.

De acordo com Fadnis, a IA generativa afetou tanto os fornecedores como os clientes. Cerca de 80% das pessoas de todas as idades estavam cientes da existência e da importância desta tecnologia. No entanto, “existem diferenças significativas entre países e grupos etários no que respeita à utilização pessoal”, afirmou. “Nos EUA, cerca de 50% dos inquiridos sentiam-se à vontade com os modelos de linguagem de grande dimensão (Large Language Models, LLM sigla em inglês), contra 35% na Alemanha e 30% em França”.

“As empresas que incluem a IA na apresentação online dos seus serviços têm conseguido aumentar significativamente o seu volume de negócios”, mencionado Charuta Fadnis o Tripadvisor que, nos primeiros três meses após a introdução de um serviço interativo, conseguiu, em média, triplicar o volume de negócios por cliente em comparação com os clientes normais do Tripadvisor.

Charuta Fadnis também lançou um olhar para o futuro, prevendo que os agentes virtuais assumirão as reservas dos viajantes. “Não podemos ignorar a IA, pois o seu efeito será transformador. Talvez algumas pessoas sobrestimem o seu impacto a curto prazo, mas provavelmente há muitas que subestimam o seu efeito a longo prazo”, frisou Fadnis.

“A IA tem o potencial de não só facilitar a vida dos viajantes, mas também de, nalguns casos, a tornar mais difícil – se, por exemplo, for utilizada para gerar um grande volume de críticas falsas e tentar os consumidores a fazer reservas de que mais tarde se arrependerão. Uma forma de evitar esta situação passa por combinar a IA generativa com a tecnologia blockchain, garantindo uma identificação fiável dos utilizadores e tornando a utilização indevida muito mais difícil”, advertiu a vice-presidente sénior da Phocuswright.

Na ITB Berlin, Charuta Fadnis também apresentou os resultados do último inquérito sobre turismo e sustentabilidade, salientando que “os clientes precisam de fazer um esforço maior neste domínio”, já que apesar de 50% dos inquiridos terem afirmado que as normas ambientais e os critérios de proteção do clima determinavam as suas escolhas de transporte e alojamento, apenas 10% o fizeram na prática.

“Muitos viajantes esperam que os operadores turísticos, os governos e os destinos assumam a responsabilidade por uma experiência de viagem sustentável”, concluindo Charuta Fadnis, que “é importante que os consumidores também participem. Isto pode ser conseguido definindo e comunicando claramente as normas – e dando recomendações ‘palpáveis’ e realistas aos viajantes”.

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NDC da Travelport+ distribui conteúdos e serviços da Iberia

Os conteúdos e serviços da Iberia passam a estar disponíveis através da norma NDC aos agentes Travelport+.

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A Iberia e a Travelport passam a oferecer conteúdos e serviços NDC (New Distribution Capability) na plataforma Travelport+. Os agentes que utilizam a Travelport+ poderão visualizar e comparar as tarifas NDC da Iberia e os serviços auxiliares num único local, facilitando a identificação e a reserva das melhores opções para os seus viajantes.

Para Celia Muñoz Espín, diretora de Estratégia Comercial e Distribuição da Iberia, “a adição da Travelport ao NDC é um marco fundamental na profunda transformação que está a ocorrer na nossa indústria. Com esta aliança, oferecemos uma gama mais alargada de opções às agências de viagens que utilizam o Travelport+ e, ao mesmo tempo, os clientes beneficiarão de um maior número de alternativas e de uma experiência melhorada”.

Sobre a Travelport, a diretora da Iberia frisa que se trata de um fornecedor de tecnologia “bem conhecido no setor das viagens que está a evoluir para o futuro do marketing”. Por isso, considera que, para a Iberia, “é importante estabelecer parcerias com fornecedores de tecnologia com uma vasta experiência e que possam satisfazer as nossas exigências de inovação centrada no cliente”.

Já Jason Clarke, Commercial Diretor, Travel Partners da Travelport, refere que “através do Travelport +, os utilizadores das nossas agências podem comprar e gerir os voos dos seus clientes sem problemas, com acesso a todas as ofertas dinâmicas de produtos e acessórios da Iberia num só lugar.”

De resto, Jason Clarke salienta que a empresa está a “acelerar o fornecimento de soluções NDC completas para os nossos parceiros aéreos, como a Iberia, para que a fonte de conteúdo não seja um fator para as agências e empresas de gestão de viagens (TMC) que precisam de criar experiências modernas de venda a retalho e de serviços para os seus viajantes.”

A Travelport está também a fornecer às suas agências parceiras as capacidades necessárias para servir os viajantes diretamente, permitindo aos agentes modificar, alterar ou cancelar reservas NDC da Iberia quando necessário. Os clientes das agências da Travelport em Portugal, o primeiro país em que o acordo está a ser implementado, são os primeiros a ter acesso à solução completa Iberia NDC na Travelport+, esperando-se que os restantes mercados tenham acesso nas próximas semanas.

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LUGGit fecha ronda de investimento no valor de 1,8 M€  

A empresa de gestão de bagagens fechou uma nova ronda de investimento de 1,8 milhões de euros em que participaram a GED Ventures Portugal, Caixa Capital e Portugal Ventures, alcançando os 2,2 milhões de euros de investimento total.

Victor Jorge

A LUGGit fechou uma nova ronda de investimento de 1,8 milhões de euros, operação liderada por GED Ventures Portugal e Caixa Capital, fundos de investimento centrados em empresas portuguesas aos quais acompanha a Portugal Ventures, fundo que já investiu previamente na empresa.

Criada em 2019 com sede em Portugal e reconhecida como a segunda solução mais inovadora no setor pela Organização Mundial de Turismo em 2020, a LUGGit é uma empresa que se dedica à recolha, armazenamento e entrega de bagagem no local e hora que os clientes escolherem. A empresa, que começou a operar em Lisboa e Porto conta hoje com operação em cinco cidades distribuídas por três países diferentes.

Depois de ter crescido em todos os seus aspetos, depois de em 2021 ter redefinido o seu foco, alcançando acordos com mais de 2.000 proprietários e gestores de alojamento turístico, a LUGGit cresceu começou, em 2022, a operar em Praga e Barcelona, expansão internacional que culminou com a abertura de Madrid em julho de 2023. Uma expansão que fez com que a empresa conseguisse alcançar mais de 10.000 clientes, e faturar desde já, mais do dobro este ano, comparado com 2022.

Ricardo Figueiredo, CEO e co-fundador de LUGGit, destaca que a chave do êxito está “em manter a excelência e satisfação dos clientes como nossa essência. Os investidores percebem a importância desta forma de trabalhar e graças à sua colaboração e confiança podemos continuar a avançar no nosso plano de expansão, que tem como objetivo abrir mercados em 7 cidades europeias novas localizadas em 3 países diferentes e aumentar a nossa equipa com 8 novas contratações durante o próximo ano.”

Para Francisco Lino Marques, partner e membro do Conselho de Administração da GED Ventures Portugal, “a LUGGit é uma das mais promissoras start-ups portuguesas de Logistics Tech, pelo que este investimento permitirá acelerar o desenvolvimento tecnológico, posicionado esta solução como uma das mais inovadoras do setor do turismo.”

Já Pedro Rangel, presidente do Conselho de Administração da Caixa Capital, destaca que, “através deste investimento, a Caixa Capital reforça a sua estratégia no apoio a empreendedores nacionais, cujos projetos apresentam um foco no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, de elevado potencial e orientados para o mercado global. No caso específico da LUGGit, identificámos uma oportunidade diferenciadora de transformação e melhoria da experiência turística, associada ao transporte e armazenamento de bagagens com o recurso a uma app.”

Por último, Pedro Mello Breyner, vogal Executivo da Portugal Ventures, refere que “a Portugal Ventures investiu na LUGGit em 2019 pouco depois de iniciarem a sua atividade em Lisboa e Porto. Desde essa data, tem sido um orgulho acompanhar a equipa de promotores, sendo estes um exemplo de resiliência na superação dos diversos desafios que foram surgindo, nomeadamente dois anos de pandemia. Com presença em algumas das cidades mais turísticas da Europa, esta ronda de investimento é um passo importante para a equipa de promotores implementar o reforço da sua estratégia de internacionalização, que irá permitir o crescimento da empresa em recursos humanos qualificados e contribuindo para a melhoria da visibilidade de Portugal como um exemplo de boas práticas na dinamização do empreendedorismo.”

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Consultia Business Travel simplifica oferta Destinux

A nova oferta da Consultia Business Travel passa de seis tipos de produtos para apenas dois – Freemium e Premium – para tornar acessível a qualquer empresa melhorar a sua experiência de gestão de viagens e, ao mesmo tempo, poupar.

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A Consultia Business Travel, empresa especializada na gestão integrada de viagens de negócios, acaba de simplificar a sua plataforma Destinux com dois novos planos: Freemium e Premium. Esta alteração coloca à disposição dos clientes ofertas em função do orçamento das suas viagens de negócios, surgindo esta oferta no âmbito da sua estratégia de democratização da tecnologia Destinux.

Freemium é a versão gratuita de Destinux projetada para atender às necessidades de um mercado pouco estruturado, sendo avaliado em mais de 1.000 milhões de euros em despesas de viagens de negócios apenas em Portugal.

A partir deste plano, as empresas podem aceder aos serviços básicos da Destinux sem custos de subscrição, permitindo uma gestão mais eficientes das suas viagens de negócios. O Freemium, permite, ainda, às empresas ter acesso gratuito ao módulo de reservas Destinux (não sendo necessário ter subscrição anual), por cada pedido registado é emitida uma fatura, apoio a incidências e um máximo de cinco utilizadores por registo.

Já o pacote Destinux Premium, permite que os clientes contratem uma gama de serviços a partir de 49 euros por mês, no caso de empresas com um orçamento de viagens corporativas inferior a 40 mil euros por ano. Este modelo, foi especialmente desenvolvido para as empresas que desejem automatizar a gestão de viagens corporativas sem prescindir de um atendimento humano personalizado quando necessário, que se traduz na satisfação e poupanças significativas às empresas, num mercado que vale mais de um bilião de dólares a nível mundial.

As vantagens do Destinux Premium passam pela implementação de uma política de viagens, que confere aos utilizadores maior segurança; autorizações automatizadas, fornecendo mesmo um maior controlo sobre as suas viagens; as despesas e o orçamento são atribuídos a departamentos específicos, para uma fácil organização e pagamento; elabora e  controla orçamentos, para os utilizadores terem em conta os seus gastos; calcula o retorno de investimento (ROI) das viagens, para demonstrar quais são as melhores soluções para os utilizadores; integra os dados com sistemas ERP, para gerir e planear os recursos empresariais de cada utilizador; este modelo permite digitalizar as despesas de deslocação, para reduzir a utilização de papel, tal como, oferece a compensação das emissões de carbono (CO2), sendo assim um serviço amigo do ambiente.

Além disso através do Destinux Premium é possível ter acesso a toda a informação e documentação online a qualquer momento; conciliação dos cartões, para que os utilizadores possam ter acesso a mais ofertas; oferece um suporte personalizado, para ajudar os utilizadores com todas as questões que relacionadas com as suas viagens.

O CEO da Consultia Business Travel, Carlos Martinez, salienta que o objetivo com esta evolução do produto é tornar o Destinux “acessível a todas as empresas, quer confiem a gestão das suas viagens corporativas a uma empresa especializada, quer ainda a gerem internamente”.

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Prime da eDreams ODIGEO ultrapassa os 5 milhões de membros

O Prime, plataforma de subscrição de viagens da eDreams, acaba de ultrapassar os cinco milhões de membros, tendo adicionado 1.7 milhões de novos subscritores só no último ano. Nos últimos cinco anos registou uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 220%.

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A eDreams ODIGEO anunciou esta quarta-feira, que o seu serviço de subscrição – Prime, ultrapassou os 5 milhões de membros, após adicionar 1.7 milhões de novos subscritores apenas no último ano.

Para além do volume de membros, o Prime também ultrapassa as outras plataformas em termos de taxas de crescimento. A análise do crescimento das principais plataformas de subscrição durante os últimos cinco anos fiscais, alinhada com o período durante o qual o Prime esteve a operar, revela que este registou a maior taxa de crescimento anual composta, alcançando os 220%. Refira-se que o programa está atualmente disponível em 10 dos 44 países nos quais a eDreams ODIGEO opera as suas plataformas de reservas de viagens.

Lançado em 2017, o Prime concede aos seus membros acesso exclusivo a uma infinidade de ofertas, promoções e descontos em vários produtos e serviços de viagem, desde voos e alojamentos a pacotes de férias e aluguer de automóveis. Os membros Prime têm também acesso a um serviço prioritário de apoio ao cliente 24/7 e podem usufruir de todas as vantagens do programa desde a primeira reserva que efetuarem, sem quaisquer limitações em termos de itinerários, datas de viagem, fornecedores ou número de reservas.

Esta flexibilidade oferece aos viajantes uma vasta gama de opções, tais como o acesso a milhares de milhões de combinações de voos para quase 700 companhias aéreas de todo o mundo. Para além disso, os membros podem garantir tarifas com desconto em 2.1 milhões de opções de alojamento oferecidas pelas marcas da eDreams ODIGEO, juntamente com milhares de opções de aluguer de automóveis.

O Prime também é capaz de ajudar os seus membros a fazer poupanças de custos significativas, uma proposta de valor fundamental para os consumidores, especialmente no atual contexto macroeconómico.

Uma análise levada a cabo pela eDreams ODIGEO confirma que a economia das subscrições está em plena expansão. As plataformas de subscrição mais relevantes do mundo têm agora um total de 1.5 mil milhões de subscritores, em comparação com apenas 458 milhões em 2017, quando o Prime foi inicialmente lançado.

Por outro lado, nos últimos 11 anos, a economia das subscrições cresceu a uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 17%, quase quatro vezes mais rapidamente do que as empresas tradicionais.

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Guestcentric celebra parceria com coleção de hotéis de termas em Portugal

Em causa está o Grupo Desenvolvimento das Termas de Portugal, onde estão incluídas as unidades Palace Hotel & SPA Termas de S. Vicente, Palace Hotel & SPA Termas de S. Miguel, Palace Hotel & SPA Termas de S. Tiago, Plácido Douro Tabuaço, Palace Hotel & SPA Termas do Bicanho, Palace Hotel & SPA Monterio, Palace Hotel & SPA Astúrias, Hotel Monterio Aguieira e o Majestoso Hotel.

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A Guestcentric, fornecedora de soluções de comércio eletrónico para hotéis, estabeleceu uma colaboração com uma rede de hotéis especializados em termas e bem-estar de Portugal.

Em causa está o Grupo Desenvolvimento das Termas de Portugal, onde estão incluídas as unidades Palace Hotel & SPA Termas de S. Vicente, Palace Hotel & SPA Termas de S. Miguel, Palace Hotel & SPA Termas de S. Tiago, Plácido Douro Tabuaço, Palace Hotel & SPA Termas do Bicanho, Palace Hotel & SPA Monterio, Palace Hotel & SPA Astúrias, Hotel Monterio Aguieira e o Majestoso Hotel. O objetivo passa por “otimizar a presença online e aumentar as vendas diretas nas nove unidades hoteleiras sob a sua gestão, localizadas no Norte de Portugal”, como indicado em comunicado.

Numa primeira fase, a Guestcentric explica que “o foco foi implementar o motor de reservas, concebido de raiz para maximizar a conversão das vendas diretas de cada um dos hotéis da coleção”.

Complementarmente, será integrado em cada hotel o channel management da Guestcentric, que “assegura uma presença integrada e fluída nos diversos canais online”. Desta forma, “as unidades terão um maior controle sobre a distribuição do seu inventário, podendo aumentar a sua penetração internacional, dando prioridade à distribuição direta, que é a mais rentável”. A parceria inclui ainda uma integração direta com os canais Meta, “reforçando o posicionamento dos hotéis em novos mercados, atraindo um público internacional mais vasto do que o atual”.

Para além da plataforma tecnológica de Guestcentric, os hotéis do grupo dispõem ainda do Lab, um serviço de marketing digital desta empresa que atua como uma extensão da equipa de marketing dos hotéis, “personalizado às necessidades de cada cliente”. Este baseia-se numa análise permanente e rigorosa da performance online do cliente, complementada com insights de mercado.

“É com muito entusiasmo que damos as boas-vindas a estas nove unidades hoteleiras enquanto nossos clientes. As nossas ferramentas abrangem as várias áreas do mundo digital e foram concebidas para serem geridas diretamente pelo hotel, para melhorar as vendas diretas”, afirma Filipa Campos, diretora de vendas para a região da EMEA na Guestcentric.

Já Daniel Fernandes Lourenço, administrador do grupo de hotéis, acrescenta que “a parceria com a Guestcentric anima-nos muito nesta fase do nosso desenvolvimento. Ao trabalhar em estreita colaboração com a equipa da Guestcentric e recorrendo à sua plataforma digital, estamos confiantes que veremos o nosso negócio online crescer significativamente.”

A Guestcentric implementou a sua suíte de soluções de e-commerce em todos os hotéis do grupo, prevendo a conclusão do projeto “num futuro próximo, com o lançamento de um website para cada unidade hoteleira”.

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TTS Corporate apresenta avanços na gestão de viagens corporativas

A TTS Travel Technology and Solutions, empresa de fornecimento de soluções tecnológicas para a indústria de viagens, acaba de anunciar avanços significativos no seu produto corporativo, o TTS Corporate.

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Uma das valências é a autenticação multifatorial (MFA) que acrescenta uma robusta camada de proteção adicional às suas medidas de segurança atuais. A Autenticação Multifatorial envolve um processo de verificação em duas etapas. Além de fornecer a palavra-passe do cliente, o sistema irá requerer um segundo elemento de verificação garantindo que mesmo que alguém tenha acesso à senha, não irá conseguir aceder aos dados.

A MFA fornece um nível adicional de segurança ao requerer mais do que uma forma de verificação. Mesmo que um hacker consiga decifrar a palavra-passe, precisará do segundo fator de autenticação – algo quase impossível de violar, garantindo que a onta e dados permaneçam seguros.

Ao implementar a MFA, o risco de fraude é significativamente reduzido. O segundo fator de autenticação é uma resposta em tempo real e única, o que torna o acesso não autorizado ainda mais difícil. Esta funcionalidade estará disponível no TTS Corporate até ao final do mês de agosto.

Refira-se que o TTS Corporate é uma solução corporativa desenvolvida pela TTS, que permite os agentes de viagens gerirem os seus clientes corporativos de uma maneira rigorosa e simples.

A empresa garante que é “uma solução altamente eficiente que pode lidar com grandes volumes de dados numa questão de segundos. Com a capacidade de importar milhares de utilizadores rapidamente, oferecemos uma experiência ágil e escalável, atendendo pequenas e grandes empresas. Esta flexibilidade permite uma fácil implementação do TTS Corporate em empresas de qualquer tamanho, permitindo que tenham o produto totalmente funcional em apenas alguns dias”.

Além disso, em maio, foi feita uma migração do TTS Corporate para a AWS (Amazon Web Services). Esta mudança é considerada importante no aperfeiçoamento da infraestrutura do TTS Corporate, proporcionando maior escalabilidade, desempenho e segurança. Com a AWS, “estamos comprometidos em oferecer uma experiência ainda mais confiável e ágil aos nossos clientes, garantindo que possam aproveitar ao máximo todas as funcionalidades e recursos do TTS Corporate”, destaca a empresa no seu comunicado de imprensa.

A TTS tem presença em mais de 120 países e conta com mais de 14 mil clientes.

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