RAVT formaliza passagem da atividade de grupo de gestão para a GEA
Na sua última convenção e forum, o grupo de gestão da RAVT efetivou a passagem do negócio e carteira de clientes para o grupo GEA.

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Foi na sua convenção e forum, que decorreu no passado dia 19 de fevereiro, no Hotel Cristal Vieira Resort & Spa, que o grupo de gestão da RAVT efetivou a passagem do negócio e carteira de clientes para o grupo GEA.
Esta mudança, segundo Maria José Silva, CEO da RAVT, “está a realizar-se de forma soft devido às elevadas semelhanças de modelo de operação entre os grupos e entre tipo de agências, com um sentimento positivo e de esperança de todos”.
A executiva dá conta que “apenas duas agências de viagens da rede não seguem integrados em modelos de grupos de gestão, uma vez que alteram o seu foco de atividade das suas empresas, todos os outros seguem unidos e em bloco para a GEA”, destacando que “este facto revela e comprova, uma vez mais, o elevadíssimo grau de fidelização, união e confiança da rede RAVT e na sua liderança”.
Maria José Silva refere que se segue agora um novo ciclo, “uma mudança necessária, para melhor retomarem a atividade e reabilitarem as suas empresas perante um cenário ainda altamente fragilizado, volátil, incerto, feroz e demasiado complexo para as empresas turísticas”. A RAVT mantém a atividade, enquanto agência de viagens IATA especializada em nicho e com as restantes atividades, como sejam, de consultoria, investigação e formação em turismo.
Balanço da convenção e fórum RAVT
A última convenção e Forum RAVT contou com a presença de 85% das agências da rede e ainda 30 stands de fornecedores, num total de 97 participantes.
Segundo nota de imprensa de balanço do evento, pela primeira vez, na produção da rede, em 17 anos, se apresentarem dados com valores negativos e fracos, restando um otimismo muito cauteloso para a produção em 2022 e concentrada num muito curto período temporal.
No evento foram apresentados temas como a caraterização de 2019 a 2021, o Raio X da operação e da distribuição turística, apresentação da performance da rede RAVT e dos fornecedores. Os novos modelos comerciais, as novas plataformas, informações de vendas e de emissões já em contexto de migração sob outra marca. Foram dadas indicações sobre o registo da procura turística e as tendências de comercialização de produtos e de destinos para 2022. Tiveram ainda lugar diversas apresentações dos sponsors principais do evento.
No que concerne à análise de performance e de produção da rede e do mercado das operação e distribuição turística, a RAVT destaca que entre 2020 e 2021 registou uma perda de 18 balcões, aproximadamente 31% da rede. “Algo similar a todo mercado, com maior ênfase nas agências independentes, que registou uma média de perda de 37%. As quebras do parque de agências ocorreram por fases desde março de 2020, com os primeiros estados de emergência e de confinamentos totais”, indica a nota assinada por Maria José Silva.
Realça ainda que, em relação à produção da rede, em valores, produtos, destinos e fornecedores, 2020 apresenta na rede uma quebra média de 73%, com crescimento em 2021 de 115%. No entanto, considerando a produção 2021 versus 2019 ainda se regista, nas mesmas agências ativas na rede nos vários anos, uma quebra de 43%.
Na produção de aviação a quebra é ainda mais acentuada, em cerca de 68% em relação a 2019. Este facto deve-se, de acordo com a CEO da RAVT, “às imensas restrições nas viagens e à mobilidade, ao medo de viajar, a quebras de mercado corporate, bem como pelo maior número de venda de mercado doméstico ou de curta distância, de média de valores inferiores e muito pouco de longo curso”, acrescentando que a aviação registou na rede um share mais elevado concentrado na TAP de 44%, “embora com perda devido ao seu difícil processo de reembolsos, de restruturação e pela perda de procura nos mercados tradicionais fortes da companhia no longo curso, em especial nos transatlânticos e do mercado corporate”.
A gestora sublinha ainda que “registaram-se alterações claras nos tipos de produtos e de destinos que se refletiu num diferente tipo de fornecedores top no mercado”, destacando, neste caso o operador turístico Solférias, que apostou nos destinos abertos mais procurados, tanto de curta distância como nos poucos de longo curso.
Igualmente, conforme foi registado na rede, as agências de viagens consideram vital que o setor do turismo e o poder político tomem algumas medidas para a retoma, isto porque, o futuro é sentido com otimismo ligeiro e cauteloso.
“Uma elevada incógnita e incerteza aparece agora, em rescaldo de uma pandemia brutal, ligada a elevadas taxas de inflação, à crise energética e de combustíveis a preços significativamente altos, que obriga a aumento de custos e, consequentemente, de preços nas cadeias de distribuição mundiais em todos os setores e produtos. Sendo que o mais grave cenário e foco de incerteza recai agora na eventualidade de estalar uma guerra na Europa”, estima a RAVT.