Cabo Verde quer dar cartas como destino turístico verde
O primeiro-ministro de Cabo Verde anunciou que o país quer posicionar-se internacionalmente como destino turístico verde.
Carolina Morgado
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Cabo Verde quer posicionar-se internacionalmente como destino turístico verde, assegurou o primeiro-ministro, que traçou os objetivos para este desiderato.
“Nós estamos a fazer com que esta retoma seja não uma reprodução, igual ao que existia antes, mas que seja ainda melhor, relativamente a tudo aquilo que Cabo Verde pode oferecer para o desenvolvimento de um turismo sustentável e que seja de facto um acelerador do desenvolvimento”, afirmou, Ulisses Correia e Silva, no lançamento do Programa Operacional do Turismo (POT), citado pela Lusa. Este é um instrumento de planeamento com vários projetos para materializar a visão do governo para o setor, até 2030.
Cabo Verde depende das receitas do turismo, que garantem 25% do Produto Interno Bruto e do emprego, após o recorde de 819 mil turistas em 2019, procura que caiu mais de 60% no ano seguinte, devido à pandemia de covid-19, mas que apresenta desde o último trimestre de 2021 alguns sinais de recuperação.
“Queremos ter um turismo verde. Não é só uma questão de cor, é do conceito. Levar lá onde tivermos de levar o máximo de energias renováveis, bom saneamento, boas qualificações e fazer com que Cabo Verde seja reconhecido – isto aumenta a nossa notoriedade – como um destino turístico verde, que acolhe bem, mas acolhe em bom ambiente”, acrescentou, como exemplo dos conceitos defendidos no POT, para implementação a médio prazo e que conta com o apoio do Banco Mundial.
Ulisses Correia e Silva garantiu tratar-se de um programa cuja “centralidade” é promover o empreendedorismo no setor do turismo, a formação e a qualificação, bem como a requalificação da oferta, congregando vários planos estatais, parceiros públicos, privados e organizações internacionais, mas também potenciando novas ofertas turísticas, além do habitual sol e praia, nas ilhas do Sal e da Boa Vista, reforçando a promoção turística internacional de Cabo Verde e promovendo o potencial das restantes ilhas.
Outra das apostas do programa, na componente da diversificação da oferta e do alargamento da promoção a todos as ilhas, disse ainda o primeiro-ministro, é o turismo rural, de natureza e cultural: “Nós temos nestas ilhas potenciais adormecidos, que podem ser de facto acordados, no bom sentido, transformando aquilo que são recursos em valor”, acrescentou o chefe do governo cabo-verdiano.
Neste plano, a promoção de Cabo Verde com um “destino seguro”, do ponto de vista sanitário e físico, continua a ser prioritário, assegurou.