OMT faz balanço pouco positivo de 2021
A ameaça de milhões de empregos no setor do turismo foi a maior preocupação da OMT, que faz um balanço pouco positivo do ano de 2021. Mas acredita que nem tudo está perdido, apesar de novos desafios que se avizinham para 2022.
Carolina Morgado
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A Organização Mundial do Turismo (OMT) faz um balanço pouco positivo do ano que está prestes a terminar, e reafirma que a ameaça de milhões de empregos no setor, foi a mais preocupante.
A OMT afirma que 2021 foi difícil para os trabalhadores do setor ainda abalado pela pandemia. Em março de 2020, a maioria dos países fechou as fronteiras e alguns demoraram a reabrir. E até o momento, milhões de empregos continuam ameaçados.
Mas refere que, com a chegada da vacina e a promessa de mais pessoas inoculadas pelo mundo, espera-se que 2022 seja melhor. A agência aposta em inovação, ofertas de turismo mais sustentável e num recomeço com mais investimentos.
Em cooperação com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das medidas, recorde-se, foram os protocolos de viagem e passaportes sanitários colocados em ação principalmente nos países do Hemisfério Norte durante o verão de julho a setembro.
No entanto, a OMT congratula-se com a resiliência e determinação em manter as medidas para proteger viajantes e turistas, demonstrada pelo países-membros da União Europeia, e acredita que a Covid-19 evidenciou a importância do turismo para as economias e a sociedade e que, por isso, o setor tornou-se parte integral de planos de recuperação nacionais e internacionais.
Ainda assim, a estratégia da agência da ONU sobre inovação inclui mais de 12 mil empresas start-ups em 150 países. Ao todo foram mobilizados 83 milhões de dólares. São atualmente 300 parceiros corporativos a atuar em novas tecnologias para o turismo.
A OMT destaca ainda que, em todo o mundo, mais de 20 mil estudantes do turismo, de mais de 100 países estão a ser apoiados por programas e formação da instituição, em colaboração com as melhores escolas, que oferecem um total de 19 cursos nas mais diversas áreas do turismo.
Mas nem tudo está perdido. A OMT afirma que o recomeço do setor de turismo pós-pandemia não pode se dar sem investimentos verdes. A agência fechou uma parceria com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento para revitalizar a área. Até o momento, mais de 200 investidores integram a rede global de apoio a redes de hotéis em 50 países que procuram se tornar mais sustentáveis.
Desde a Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP26, em Glasgow, em novembro, o setor tem recebido um maior número de promessas para reduzir pela metade até 2030 as emissões de dióxido de carbono, e também atingir a rede zero, de neutralidade em carbono, até 2050.
A OMT está a apostar ainda no turismo rural. O programa melhores aldeias turísticas foi lançado em 2021, em 44 localidades de 32 países, para promover o compromisso com a Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.