Pandemia causou cancelamentos de mais de sete mil voos no Natal
O site FlighAware diz que, no fim de semana de Natal, mais de sete mil voos foram cancelados pelas companhias aéreas de todo o mundo, face à propagação da nova variante do vírus SARS-CoV-2, a Ómicron.

Carolina Morgado
Mais de sete mil voos foram cancelados em todo o mundo durante o fim de semana prolongado de Natal devido à propagação acelerada da variante Ómicron, que afeta em particular as tripulações das companhias aéreas.
O site FlighAware diz que, no fim de semana de Natal, mais de sete mil voos foram cancelados pelas companhias aéreas de todo o mundo, face à propagação da nova variante do vírus SARS-CoV-2, a Ómicron.
Só com origem ou destino aos Estados Unidos da América registaram-se um terço dos cancelamentos de voos, ou seja, cerca de 2.500 das ligações domésticas ou internacionais. Por outro lado, mais de 6.350 voos também sofreram atrasos em todo o mundo.
Isto porque, pilotos, comissários de bordo e outros profissionais tiveram que ser colocados em quarentena, após terem estado expostos à covid-19, levando companhias como a Lufthansa, Delta e a United Airlines a cancelar voos.
A United Airlines teve de cancelar 439 voos entre sexta e sábado, 10% dos que estavam programados.
“O pico de infetados com a Ómicron em todo o país, durante esta semana, teve um impacto direto nas nossas tripulações”, apontou a United Airlines, citada pela Agência France Presse (AFP).
A Delta Airlines, por sua vez, cancelou 170 voos na sexta-feira e 280 no sábado. Pelo menos, uma dezena de voos da Alaska Airlines também foram cancelados, após os funcionários terem estado “potencialmente expostos ao vírus”.
No Reino Unido, várias empresas do setor de viagens também registaram falta de pessoal à medida que os trabalhadores doentes entram em autoisolamento.
Também a companhia aérea alemã Lufthansa anunciou na sexta-feira que cancelou dezenas de voos transatlânticos programados durante as festividades de Natal devido a um “grande aumento” do número de pilotos afastados por motivo de saúde.
Enquanto isso, na Austrália, a empresa aérea Jetstar disse que muitos de seus funcionários tiveram que ser testados e colocados em quarentena por causa do aumento de infeções, causando cancelamentos e atrasos de última hora.
As companhias aéreas chinesas foram responsáveis pela maioria dos cancelamentos: a China Eastern suprimiu cerca de 540 voos, mais de um quarto do seu plano de voo, enquanto a Air China cancelou 267 voos, também perto de um quarto das suas partidas programadas.
Estes cancelamentos perturbaram o desejo de retomar as viagens este ano para férias, depois do Natal de 2020 ter sido duramente atingido pela pandemia, e voltaram a ser um duro golpe para as companhias aéreas de todo o mundo.