“Em 2022 seremos maiores que a TAP”, garante CEO da Ryanair
Mais uma vez critico da atuação do Governo português relativamente à TAP, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, destaca que a companhia nacional poderá “facilmente” desbloquear 250 ‘slots’ por semana no aeroporto de Lisboa.
Victor Jorge
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Em mais uma visita a Portugal, Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, deixou, não um recado, mas uma certeza: “Em 2022 seremos maiores que a TAP”.
O responsável pela companhia low cost irlandesa voltou a criticar a política do Governo português relativamente à TAP, demonstrando que “a Ryanair irá crescer mais do que a TAP sem desperdiçar 3,2 mil milhões de euros”. Munido dos slides de apresentação, O’Leary anunciou a maior programação de verão para Portugal para 2022, com 17 novas rotas, totalizando, assim, 170 rotas a partir de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal, a mais recente e 5.ª base da companhia no nosso país.
Assinalando que a Ryanair possui as tarifas “mais baixas da Europa”, O’Leary assinalou que, em 2022, voará para 170 destinos a partir dos aeroportos nacionais, enquanto a TAP voará para 65. Certo é que as estimativas do responsável irlandês apontam para que a companhia consiga transportar mais de 13 milhões de passageiros, “enquanto a TAP, com os mais de três mil milhões de euros recebidos pelo Estado português, não irá além dos 11 milhões”.
Para Portugal, O’Leary anunciou ainda mais 28 aeronaves, num investimento de 2,8 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 2,5 mil milhões de euros, criando, assim, segundo o mesmo, mais 1.000 empregos diretos e 9.000 indiretos.
Afirmando que a Ryanair “cria empregos, enquanto a TAP reduz e que “lidera o turismo e a recuperação económica”, O’Leary afirmou ainda que a companhia irlandesa não cresce mais, “porque o novo aeroporto ainda não existe”.
A crítica maior do CEO da Ryanair foi, contudo, direcionada ao “desperdício” dos ‘slots’ desaproveitados pelas companhias aéreas concorrentes da TAP, salientando que “essa acumulação de ‘slots por parte da TAO bloqueia a recuperação do turismo” em Portugal.
Esse bloqueio dos ‘slots levou,m segundo o’Leary ao cancelamento de mais de 700 voos por parte da Ryanair, “o que significa menos 130.000 passageiros e turistas para o país”.
“A TAP sabe que nunca irá utilizar esses ‘slots’, mas não os desbloqueia”, acusa o CEO da Ryanair, adiantando ainda que, “quando a TAP liberta os ‘slots’, fá-lo em cima da hora, de modo a que mais nenhuma companhia possa utilizar”, apelando ao Governo e entidades regulatórias que “atuam”.
Contabilizando o número de ‘slots’ que a TAP poderia libertar, O’Leary afirmou que a companhia portuguesa poderia “facilmente desbloquear 250 ‘slots’ por semana, até porque mesmo esse número [250] ficará abaixo dos ‘slots’ desperdiçados semanalmente”.
Garantindo que irá diminuir “drasticamente” os preços dos voos da Madeira para Lisboa e Porto, O’Leary mostrou-se “preocupado” com a nova variante do coronavírus (Omicron), criticando os governantes europeus por “avançarem de imediato para as restrições e proibições”. “Não cancelámos voos e iremos cumprir com todas as diretrizes que sejam postas em práticas pelas autoridades de saúde e segurança dos diversos países”, deixando a certeza que “iremos cumpri-las”, destacando ainda “não ver razão para que passageiros com certificado e testes negativos não possam voar”.
Quanto ao novo Governo a sair das eleições de 30 de janeiro de 2022, o CEO da Ryanair não quis tecer qualquer comentário, afirmando que “sou um simples irlandês que não se quer meter na política portuguesa”.