Lufthansa regista prejuízo de 1.877M€ até setembro mas 66% melhor que em 2020
Apesar do resultado negativo até setembro, a recuperação da operação, bom desempenho da carga e a redução de custos levaram o prejuízo do grupo de aviação germânico a descer 66% face a igual período de 2020.
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O Grupo Lufthansa registou, até setembro, um prejuízo de 1.877 milhões de euros, valor que, no entanto, fica 66% abaixo do registado em igual período do ano passado, o que, segundo o grupo germânico de aviação, se deveu ao forte aumento da operação no verão, motivada pelo bom desempenho do transporte de cargas, assim como a uma redução de custos.
De acordo com os resultados apresentados esta quarta-feira, 3 de novembro, no terceiro trimestre, o Grupo Lufthansa obteve um lucro operacional (excluindo despesas de reestruturação) de 272 milhões de euros, valor que compara com os 1.204 milhões de euros de prejuízos apresentados no ano passado e que, segundo a Lusa, é o primeiro resultado positivo do grupo, desde o início da pandemia.
A contribuir positivamente para a recuperação dos resultados esteve a operação aérea, que aumentou consideravelmente este verão, em parte também motivada pelo bom desempenho do transporte de carga.
Atualmente, as reservas no Grupo Lufthansa estão em franca recuperação e já atingem cerca de 80% do nível pré-pandemia, o que é justificado com a reabertura de algumas rotas, nomeadamente das que se destinam aos EUA.
“O relaxamento das restrições às viagens por causa da pandemia levou a um forte aumento na procura por viagens aéreas durante os meses de verão. As viagens de negócios também se recuperaram significativamente ao longo do trimestre”, revela o Grupo Lufthansa.
No que diz respeito apenas à carga, o grupo revela que a sua subsidiária que se dedica a este tipo de transporte obteve um lucro de 301 milhões de euros, perto do dobro dos 169 milhões de euros apurados no período homólogo.
Desempenho positivo registou também a subsidiária de serviços técnicos, cujo lucro operacional no terceiro trimestre chegou aos 61 milhões de euros, quando em igual período do ano passado tinha apresentado um prejuízo de 86 milhões de euros, o que indica um aumento da procura por serviços de manutenção.
O grupo apresentou custos no valor de 520 milhões de euros no primeiros nove meses do ano, período ao longo do qual conseguiu, no entanto, reduzir o prejuízo operacional para 2.123 milhões de euros, 64% abaixo do ano anterior, enquanto as receitas se mantiveram em 10.978 milhões de euros, indicador este que, no terceiro trimestre, melhorou para 5.207 milhões de euros (mais 96%).
A Lufthansa avançou ainda com medidas que deverão eliminar custos de cerca de 2.500 milhões de euros por ano, montante que corresponde a mais de 70% da poupança anual esperada de 3.500 milhões até 2024, e conta, no mínimo, cortar o prejuízo operacional líquido pela metade em 2021, em comparação com 2020 (prejuízo operacional de quase 5.500 milhões).
Já para num futuro próximo, as alterações climáticas são, de acordo com o CEO do grupo, Carsten Spohr, o “maior desafio” que a aviação deverá enfrentar, nomeadamente pelo custo do combustível sintético.
“A mudança climática é o maior desafio do nosso tempo. Comprar combustível sintético para um trimestre por 1.000 milhões de dólares nos próximos anos é o maior investimento em sustentabilidade na história do grupo Lufthansa até hoje”, disse Carsten Spohr, mostrando-se convencido de que a Lufthansa está a fazer tudo o que pode para tornar a aviação mais sustentável no futuro.