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“Antes de 2035 ou 2040 não teremos novo aeroporto”, admite presidente da ANA

Presidente da ANA e CEO da TAP reforçaram a necessidade da construção do novo aeroporto. Até porque, para ambos, o turismo só assim recuperará e crescerá.

Victor Jorge
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“Antes de 2035 ou 2040 não teremos novo aeroporto”, admite presidente da ANA

Presidente da ANA e CEO da TAP reforçaram a necessidade da construção do novo aeroporto. Até porque, para ambos, o turismo só assim recuperará e crescerá.

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Na “Retomar o Crescimento”, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal para comemorar, em Coimbra, o Dia Mundial do Turismo, José Luís Arnaut, presidente do Conselho Administração da ANA Aeroportos, admitiu que “antes de 2035 ou 2040 não teremos novo aeroporto” em Lisboa.

Num painel que partilhou com a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, José Luís Arnaut admitiu, igualmente, não ter dúvidas da “necessidade de Lisboa ter um novo aeroporto”, salientando que o aeroporto de Lisboa duplicou o número de passageiros, embora reconheça que, hoje, “estamos a 50%, mas vamos recuperar”.

Considerando que a atual infraestrutura da capital tem “restrições de capacidade em terra e no ar”, Arnaut salientou a situação “esquizofrénica que vivemos, em que nós [VINCI] quer investir e construir o novo aeroporto, mas não pode”.

Referindo que “não é possível aumentar capacidade no Humberto Delgado”, o responsável da ANA salientou que o novo aeroporto no Montijo permitiria chegar aos 40 milhões de passageiros quando construído.

Mas, fruto do atraso devido ao estudo de impacto ambiental, cujo caderno de encargos ainda não existe, faz Arnaut destacar que o novo estudo de impacto ambiental só será conhecido, “não antes do final da atual legislatura”. Ou seja, com entrada de novo Governo, estudo do dossier e arranque de qualquer obra, “antes de 2030 é uma miragem considerar um novo aeroporto no Montijo”, considerou o presidente da ANA.

Colocando em cima da mesa as restantes possibilidades – 2 pistas no Montijo e/ou Alcochete – “só mesmo para 2035 ou 2040 teremos novo aeroporto”.

Chamando a atenção para o facto de 75% dos turistas que visitam Portugal virem de avião, José Luís Arnaut afirmou que “o Montijo pode ser começado a construir amanhã” reforçando mais uma vez que “não somos só nós a dizer que Lisboa precisa de um novo aeroporto. TAP, Ryanair, de forma mais enfática e easyJet também já o afirmaram”.

Existindo uma “convergência” quanto ao tema, José Luís Arnaut terminou a lembrar que as outras possibilidades que estão em cima da mesa, nomeadamente, Alcochete, “são mais 10 anos e mais seis mil milhões de euros”.

Por isso, terminou, “deixem-nos trabalhar”.

Do lado da TAP, a CEO da companhia reforçou a necessidade de um novo aeroporto em Lisboa e que isso seria benéfico para a TAP.

Contudo, antes, Christine Ourmières-Widener, considerou que, apesar da demora na decisão por parte de Bruxelas, “não podemos parar. Mesmo que não saibamos a decisão da Comissão Europeia, há melhorias a fazer na TAP”.

Questionada se em Portugal não se devia ter optado por uma solução “italiana”, com a criação de uma nova companhia de bandeira, Widener afirmou não saber se o exemplo italiano “é o mais correto”. “Penso que o exemplo da TAP é o mais adequado”, adiantando “compreender a preocupação dos contribuintes e estamos cientes do que é preciso fazer”.

No que toca ao futuro, a CEO da TAP referiu que ao nível das reservas, “estamos a ter uma boa performance” e que, por isso, “não podemos deixar de tomar decisões”.

Certo é que “temos de estar preparados Para mudar, dada a mudança que terá de acontecer globalmente”.

No final, Widener concluiu que o inverno é sempre um período de “consolidação” e que rotas como “Brasil, EUA, África e Portugal são críticas para a retoma da TAP”, além de reforçar a necessidade do “tal” novo aeroporto em Lisboa, já que companhias aéreas e aeroportos “estão no mesmo barco”.

Por isso, e concluindo, “estamos a trabalhar em conjunto [com ANA]”, reforçou a CEO da TAP.

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Nova Edição: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística

Recorde, nesta edição, o que foram os três dias do RoadShow das Viagens do Publituris. Também há entrevistas ao conselheiro de turismo do Ajuntamento de Málaga, à presidente da SATA, uma viagem no Sun Princess e um dossier dedicado à Animação Turística.

A próxima edição do jornal Publituris faz capa com a reportagem fotográfica da 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris.

Durante três dias, o evento organizado pelo jornal Publituris passou pelo Meliá Braga, Meliá Ria Aveiro, tendo terminado no Lisbon Marriott Hotel, em que os 45 expositores tiveram oportunidade de mostrar as suas novidades a mais de 420 agentes que realizaram mais de 12.000 interações.

No último dia, em Lisboa, o RoadShow das Viagens do Publituris recebeu ainda a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pôde registar, em pessoa, o que os expositores deste evento do jornal Publituris trazem ao mercado nacional das viagens e turismo.

Nos “Destinos”, viajámos até Málaga para conhecer a construção de um destino inteligente que respeita os princípios de sustentabilidade, acessibilidade, tecnologia, governação e inovação. Foram estes os objetivos traçados e enumerados por Jacobo Florido Gómez, conselheiro de turismo do Ajuntamento de Málaga, na entrevista concedida ao jornal Publituris.

Na rubrica que comemora os 50 anos do 25 de abril, recordamos a capa publicada a 1 de abril de 1974 pelo jornal Publituris.

Nos “Transportes”, entrevistámos Teresa Gonçalves, presidente do Grupo SATA. Há um ano à frente dos destinos do grupo de aviação açoriano, a responsável falou com o Publituris sobre a mudança de estratégia, que já está a permitir resultados históricos, nomeadamente nos mercados da América do Norte. As novas rotas, os processos de reestruturação e a privatização também foram temas nesta conversa.

Ainda nos “Transportes”, o Publituris foi conhecer aquele que é o 16.º navio e o maior da frota da Princess Cruises. A bordo do Sun Princess, inaugurado a 28 de fevereiro deste ano, o embarque foi feito em Barcelona e levou-nos a Atenas e Civitavecchia, passando ainda por Palma de Maiorca e Sicília.

O “Dossier” desta edição é dedicado à Animação Turística. A pandemia já ficou definitivamente para trás e, neste mercado, vive-se um período de crescimento, com a introdução de novas tecnologias e a procura por experiências a trazerem novos públicos a Portugal e às empresas que se dedicam a esta atividade.

Além do “Check-in”, no qual o Conselho Editorial do Publituris dá as suas opiniões relativamente a várias questões, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Savoy Signature), Amaro F. Correia (docente), Pedro Tiago Mendes (Expertree), e Carlos Torres (jurista).

A versão completa desta edição é exclusiva para subscritores do Publituris. Pode comprar apenas esta edição ou efetuar uma assinatura do Publituris aqui obtendo o acesso imediato.

Para mais informações contacte: Carmo David | [email protected] | 215 825 430

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TAP apresenta lucros e receitas recorde em 2023

Os números apresentados pela TAP Air Portugal, relativamente ao ano 2023, ditam os melhores resultados de sempre quer em receitas, quer em lucros. Apetece dizer que a TAP está cada vez “mais apetecível” para compra.

Victor Jorge

No exercício de 2023, a TAP Air Portugal registou lucros de 177,3 milhões de euros, um aumento de 111,7 milhões de euros face ao ano anterior de 2022, no qual tinha registado um resultado líquido de 65,6 milhões de euros, configurando este o melhor exercício de sempre da companhia aérea de bandeira.

Já no que diz respeito às receitas, a TAP informa, em comunicado, que estas também atingiram o valor mais alto de sempre, atingindo 4,214 mil milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 730 milhões de euros (+20,9%) relativamente a 2022, salientando a companhia que “este valor recorde e este crescimento consistente refletem e confirmam a abordagem estratégica da TAP face às oportunidades de mercado”. Já face a 2019, as receitas operacionais cresceram 27,8%.

Apresentando um EBITDA recorrente de 871,6 milhões de euros, com uma margem de 21%, bem como um EBIT recorrente de 385,8 milhões de euros, com uma margem de 9%, a TAP terminou o ano de 2023 com uma posição de liquidez de 789,4 milhões de euros.

2024 será um ano desafiante que testará o foco da organização, para o qual necessitamos do compromisso de todos para estabelecermos a TAP como uma das empresas mais atrativas do sector”, Luís Rodrigues, presidente-executivo da TAP

Relativamente aos passageiros transportados em 2023, a TAP indica 15,9 milhões de passageiros, representando um aumento de 15,2% em relação a 2022, atingindo 93% dos valores alcançados em 2019. Igualmente em 2023, o número total de voos operados ficou muito perto dos 120 mil, correspondendo a um aumento de 11% face aos 107.856 realizados em 2022, atingindo 88% dos níveis pré-crise.

A TAP refere ainda que a capacidade superou os níveis pré-crise de 2019, atingindo 101%, representando um aumento de 14,9% face a 2022. O load factor aumentou 0,8 pontos percentuais (p.p.) em termos homólogos, atingindo 80,8% em 2023, melhorando também em 0,7 p.p. face a 2019.

Finalmente, no que diz respeito aos custo com combustíveis para aeronaves, a TAP informa que o valor atingiu os 1.115 milhões de euros, ficando, assim, 1,7% acima do que foi gasto no ano anterior.

Luís Rodrigues, presidente-executivo da TAP, considera, no mesmo comunicado, que “os bons resultados de 2023 confirmam o caminho de recuperação efetuado nos últimos anos pela TAP. Recorde de receitas, ultrapassando a marca dos 4 mil milhões de euros, margens operacionais robustas e resilientes, e uma clara trajetória de desalavancagem, confirmam a solidez financeira do grupo. O aumento da pontualidade e da regularidade na segunda metade do ano, bem como do NPS (que mede o índice de satisfação do cliente), provam o foco da organização em executar um melhor serviço para os nossos passageiros”.

Leia também: TAP com lucros de 65,6 milhões e receitas de 3,5 mil milhões de euros

Luís Rodrigues afirma ainda que “a assinatura dos novos acordos de empresa confirma o reconhecimento e o compromisso perante os nossos trabalhadores”, admitindo que “2024 será um ano desafiante que testará o foco da organização, para o qual necessitamos do compromisso de todos para estabelecermos a TAP como uma das empresas mais atrativas do sector.”

Assim, em 2024, pode ler-se no comunicado que a companhia “vai continuar a ser executada a estratégia para transformar a TAP numa companhia aérea estruturalmente sustentável, melhorando continuamente as operações, investindo nos trabalhadores e clientes, fortalecendo o foco nos mercados-chave e na estratégia para os mesmos, capitalizando os bons resultados financeiros, gerindo as pressões sobre os custos, melhorando a geração de fluxos de caixa e continuando a trajetória de desalavancagem”.

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Jet2.com abre nova base no aeroporto britânico de Bournemouth e anuncia voos para a Madeira e Faro

No caso da Madeira, a Jet2.com vai operar um voo por semana, às quintas-feiras, enquanto para Faro estão previstas até duas ligações aéreas por semana, às segundas e sextas-feiras, desde a nova base de Bournemouth, que abre no verão de 2025.

Publituris

A Jet2.com anunciou a abertura de uma nova base no aeroporto britânico de Bournemouth, a 12ª da companhia aérea em território do Reino Unido, que vai contar com novas rotas da transportadora para a Madeira e Faro no verão de 2025, de acordo com a Travel Weekly.

Os bilhetes para as rotas que a Jet2 vai operar a partir de Bournemouth foram esta terça-feira, 26 de março, colocados à venda e, além da Madeira e Faro, incluem mais 14 destinos na Europa, Ilhas Canárias e Mediterrâneo.

A Jet2.com vai operar 27 voos por semana desde Bournemoubth, com destaque para a Madeira e para Fuerteventura, nas Canárias, que são as duas rotas exclusivas que a Jet2 vai operar à partida da sua nova base.

No caso da Madeira, a Jet2.com vai operar um voo por semana, às quintas-feiras, enquanto para Faro estão previstas até duas ligações aéreas por semana, às segundas e sextas-feiras.

A companhia aérea vai basear dois aviões em Bournemouth, localidade no sul de Inglaterra onde há muito a indústria turística vinha a reclamar a existência de um maior número de voos e cuja nova base da Jet2 começa a operar a 1 de abril, na rota de Tenerife.

“Sabemos que os clientes e agentes de viagens independentes nos pedem há muito tempo para fazermos essa mudança e, por isso, estamos absolutamente encantados por anunciar hoje que o aeroporto de Bournemouth se tornará no nosso 12º aeroporto base no Reino Unido”, afirmou Steve Heapy, chief executive da Jet2.

A Travel Weekly recorda que a notícia da abertura da nova base em Bournemouth chega quando faltam poucos dias para a transportadora aérea iniciar operações na nova base de Liverpool, que também conta com voos para Portugal, uma vez que a Jet2 também vai passar a ligar o Aeroporto John Lennon à Madeira e a Faro.

Os voos na nova base da Jet2.com em Liverpool arrancam a 28 de março de 2024 e incluem uma ligação por semana exclusiva para a Madeira e quatro voos semanais para Faro, Algarve.

Além da Madeira e Faro, a Jet2.com vai abrir também rotas para Tenerife, Fuerteventura, Gran Canaria, Lanzarote, Alicante, Palma, Ibiza, Menorca, Antalya, Dalaman, Creta, Corfu, Rodes e Zante desde a nova base de Bournemouth.

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Gastos com viagens e férias somam 3,7 biliões de euros nos últimos cinco anos

Depois de em 2020 e 2021 os gastos em viagens e férias terem somado, acumulado, perto de 780 mil milhões de euros, os mais baixos de sempre, uma análise recente dá conta que nos últimos cinco anos, os gastos somaram quase 4 biliões de euros.

Victor Jorge

Antes da pandemia da COVID-19, o setor do turismo global tinha registado um crescimento quase ininterrupto durante décadas, com centenas de milhares de milhões de dólares gastos em hotéis, cruzeiros, alugueres de férias e pacotes de férias. Isso mudou em 2020 e 2021, os anos que trouxeram a maior queda de receitas que este mercado já tinha visto.

De acordo com o Statista Market Insights, entre 2018 e 2023, as pessoas em todo o mundo gastaram 3,95 biliões de dólares (cerca de 3,7 biliões de euros) em férias e viagens. Esse número é ainda mais interessante considerando que mais de 840 mil milhões de dólares (perto de 780 mil milhões de euros) foram gastos em 2020 e 2021, quando o mercado estava em baixa.

Em 2024, segundo dados publicados pela Stocklytics, com base em números da Statista, espera-se que as receitas globais das viagens e do turismo aumentem 8,3% e atinjam quase 930 mil milhões de dólares (cerca de 860 mil milhões de euros), o valor mais elevado da história do mercado, indicando os autores desta análise que “os valores acumulados dos últimos cinco anos são ainda mais impressionantes”.

Hotéis representam quase 50% dos gastos
As estatísticas mostram que os hotéis ganharam muito mais dinheiro do que qualquer outro segmento de mercado nos últimos cinco anos. Desde 2018, as pessoas em todo o mundo gastaram mais de 1,85 biliões de dólares (mais de 1,7 biliões de euros) em férias em hotéis, quase 45% mais do que em pacotes de férias e mais do que em campismo, cruzeiros e alugueres de férias combinados.

As férias organizadas foram classificadas como o segundo maior fluxo de receitas, com 1,28 biliões de dólares (perto de 1,2 biliões de euros) em despesas nestes últimos cinco anos. Como terceiro maior fluxo de receitas, o aluguer de férias registou apenas um terço desse valor, ou seja, 448 mil milhões de dólares (cerca de 415 mil milhões de euros) nos últimos cinco anos, seguindo-se o campismo e os cruzeiros, com 240 mil milhões de dólares e 113 mil milhões de dólares de receitas (222 mil milhões de euros e 105 mil milhões de euros), respetivamente.

Europeus mais gastadores
A análise da Statista também mostra que os europeus são de longe os que mais gastam em férias e viagens. Entre 2018 e 2023, os residentes do velho continente gastaram 1,2 biliões de dólares (mais de 1,1 biliões de euros) em férias e viagens, quase 40% mais do que os americanos e duas vezes mais do que os chineses.

Os americanos foram a única nação próxima dos europeus em termos de despesa total, com 917,7 mil milhões de dólares (perto dos 850 mil milhões de euros) gastos em férias e viagens desde 2018. A China, a segunda maior nação do mundo, está muito abaixo destes valores, mostrando as estatísticas que os chineses gastaram 666 mil milhões de dólares (cerca de 615 mil milhões de euros) em viagens e férias nos últimos cinco anos, quase 30% menos do que os americanos e quase duas vezes menos do que os europeus.

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Portugal ocupa a sexta posição como destino mundial de luxo

Quem o revela é a Condé Nast Johansens que acabou de anunciar os resultados do estudo turístico internacional sobre “Hábitos de Férias de Luxo 2024”. Portugal situa-se no sexto lugar com 16% de preferência.

Publituris

Este inquérito foi realizado entre os utilizadores do website da Condé Nast Johansens e dos guias impressos “Condé Nast Johansens: Luxury Hotels 2024” e “Condé Nast Johansens: Luxury Spas 2024”. 60% dos inquiridos são mulheres e a idade média predominante está acima dos 55 anos. O rendimento do viajante de luxo ronda os 100.000 euros por ano.

Dos viajantes do segmento de luxo que declararam deslocar-se para fora do Reino Unido, Portugal situa-se no sexto lugar com 16% de preferência, atrás de Espanha como destino preferido com 30%, França (27%), Itália (19%), Grécia e Estados Unidos (com 17%).

Quanto ao número de viagens planeadas para este ano, 33% tencionam fazer três ou quatro, seguidos de 27% que pensa fazer duas. No entanto, 44% querem sair em setembro, seguido de junho (39%), maio (37%) e abril ou outubro (ambos com 34%), com a maioria (45%) a declarar que serão estadias de três a seis noites seguidos de 32% que fará o mesmo, mas entre sete e nove noites. 27% dos inquiridos pensa fazer escapadelas de fim de semana. Os planos de viajar com a família ocupam apenas 26% do total dos inquiridos, contra 75% que querem viajar com o parceiro e 30% com amigos.

Por outro lado, os resultados os resultados do inquérito dão conta que cada vez mais viajantes de luxo preferem reservar diretamente através do site do hotel (68%), 56% declaram que o farão com uma agência de viagens online, em comparação com 13% que o farão numa agência de viagens física. Destaca-se que 15% dos viajantes de luxo utilizarão o site da Condé Nast Johansens para se informar sobre hotéis e spas de luxo e contatá-los diretamente.

O estudo indica ainda que, pela primeira vez, os destinos urbanos (65%) aumentam em relação aos destinos de praia (55%), seguidos por 48% dos que pretendem desfrutar de destinos rurais e campestres, e 36% que pretendem relaxar num spa e contratar serviços de bem-estar.

O que procuram ao chegar ao destino, 73% gostam de gastronomia, 52% de natureza, 47% de arte e cultura, 46% de saúde e bem-estar e 37% de mar.

Em relação aos meios de alojamento, 58% dos viajantes declaram que procurarão um “hotel boutique”, seguido de 55% que optarão por hotéis de luxo independentes, 41% destacam redes hoteleiras internacionais, 39% alugarão casas e vilas particulares e 36% escolherão spas com tratamentos de bem-estar.

Quando chegam ao hotel, a qualidade da cama é o requisito essencial para 73% dos inquiridos, um bom pequeno-almoço (64%), opções de restaurantes (58%), piscina (49%).

O preço do alojamento continua a ser o fator chave na decisão de um destino, mesmo que se trate de turismo de luxo. Para 64% dos entrevistados é o primeiro motivo a ter em conta, seguido do clima e do tempo (62%), para 56% é o custo da viagem, para 54% se o hotel oferece descontos e promoções, a duração da viagem para chegar ao destino de férias por 47% e em quinto lugar a flexibilidade para cancelar a reserva (43%).

 

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9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris termina com casa cheia e visita do Presidente da República

A 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris, que decorreu em Braga, Aveiro e Lisboa, terminou com casa cheia e uma visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Victor Jorge

Braga, Aveiro e Lisboa foram as cidades que acolheram os 45 expositores e mais de 400 agentes de viagens da 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris.

No primeiro dia do RoadShow das Viagens do Publituris, a 19 de março (Dia do Pai), o Mélia Braga Hotel & SPA recebeu 90 agentes de viagens que realizaram mais de 2.100 interações.

Já no segundo dia, em Aveiro, no Meliá Ria Hotel & SPA, o número de agentes de viagens subiu para os 120, tendo sido realizadas mais de 4.500 interações.

O final da edição de 2024 do RoadShow das Viagens do Publituris aconteceu no Lisbon Marriott Hotel, com a visita de mais de 200 agentes de viagens que efetuaram mais de 4.800 interações.

O último dia do RoadShow das Viagens do Publituris terminou com uma visita surpresa do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se inteirou de algumas novidades apresentadas pelos 45 expositores que marcaram presença no evento.

Recordamos os expositores presentes nesta 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris:

Consolidador.com
Abreu online
Visit Saudi
Sonhando
Mundomar Cruzeiros
Unlock Boutique Hotels
Loja de Cruzeiros
APG
Lisbon Marriott Hotel
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
CNtravel
BedsOnline
StarClass Cruzeiros
AlgarExperience
MGM Muthu Hotels
The Fladgate Partnership Group
TAP Air Portugal
In Azores
SATA Azores Airlines
The Editory Collection Hotels
Air Canada
Transavia
Município de Sintra
United Airlines
Be Live Hotels
Amazing Evolution
Avis
4 Tours
Turismo do Centro de Portugal
MSC Cruzeiros
Hoti Hotels
Picos de Aventura
Europcar
MAWDY
Turangra
Turismo da Madeira
Turismo da Polónia
AIR France-KLM
WOTELS
Etihad Airways
LATAM Airlines
Ibiza
Turismo de Marrocos
In Sure Broke
Ilha Verde

A 9.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris contou com o apoio do Turismo de Portugal e da Turismo do Centro, tendo tido como parceiros a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), YVU, Meliá Braga Hotel & SPA, Meliá Ria Aveiro Hotel & SPA, Lisbon Marriott Hotel, GR8 e IberoBus.

O evento foi, igualmente, aproveitado para divulgação do BOOK de Enoturismo que o jornal Publituris lançou durante a BTL 2024 com o apoio do “Visit Portugal”.

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Victor Jorge

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Receitas turísticas somam mais de 1,4MM€ e estabelecem novo recorde em janeiro

Em janeiro, as receitas turísticas aumentaram 11,2% e somaram mais 142,48 milhões de euros do que o valor apurado igual mês do ano passado, quando as receitas turísticas tinham ultrapassado, pela primeira vez, os mil milhões de euros num mês de janeiro.

Inês de Matos

No primeiro mês de 2024, as receitas provenientes da atividade turística somaram 1.411,51 milhões de euros, valor que estabelece um novo recorde para o primeiro mês do ano, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, 21 de março, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP permitem perceber que, em janeiro de 2024, as receitas turísticas – que se apuram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal – aumentaram 11,2% face a mês homólogo do ano passado e somaram mais 142,48 milhões de euros do que o valor apurado em janeiro do ano passado, quando as receitas turísticas tinham ultrapassado, pela primeira vez, os mil milhões de euros num mês de janeiro.

O BdP revela, no comunicado que acompanha os números das receitas turísticas de janeiro de 2024, que o crescimento deste indicador teve impacto na balança de serviços, uma vez que as exportações de serviços aumentaram 8,6%, refletindo, “sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+142 milhões de euros), que totalizaram 1412 milhões de euros, o valor mais elevado da série para um mês de janeiro”.

Numa comparação com o mesmo mês dos anos anteriores à chegada da pandemia da COVID-19, o crescimento das receitas turísticas é ainda mais significativo e chega aos 42,4% face a janeiro de 2020, bem como aos 53,1% comparativamente a janeiro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, têm vindo a subir e mantiveram essa tendência em janeiro, somando 316,68 milhões de euros, valor que fica 7,7% acima do apurado em igual mês do ano passado, enquanto numa comparação com janeiro de 2020 e de 2019, a subida chega aos 8,6% e aos 16,1%, respetivamente.

Positivo foi ainda o saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 1.094,83 milhões de euros, valor que ficou 119,94 milhões de euros acima do apurado em janeiro de 2023, o que traduz um crescimento de 12,3% face a mês homólogo do  ano passado.

Em comparação com janeiro de 2020 e 2019, o crescimento do saldo das Viagens e Turismo também merece destaque, uma vez que registou aumentos de 56,5% e 68,7%, respetivamente.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Mundomar Cruzeiros com crescimento de mais de 300% nas vendas da Princess Cruises para 2025

No verão de 2025, a Princess Cruises vai ter sete navios em operação no Mediterrâneo, incluindo o Sun Princess, o novo navio da companhia de cruzeiros, que foi inaugurado a 29 de fevereiro de 2024.

Inês de Matos

A Mundomar Cruzeiros está a registar um forte crescimento nas vendas para os cruzeiros da Princess Cruises para 2025, com António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros, a revelar que o “early-booking para 2025 está mais de 300% acima do ano passado”.

“Estamos com um crescimento substancial no early-booking para 2025 – para se ter uma ideia, para 2025, estamos mais de 300% acima do que estávamos no ano passado. Isto acontece mesmo sem termos ainda começado a comunicar a programação para 2025”, disse o responsável ao Publituris, durante um cruzeiro a bordo do Sun Princess, o novo navio de cruzeiros da companhia norte-americana, que vai ficar colocado no Mediterrâneo ao longo do verão de 2024.

Para este ano, acrescentou o responsável, as vendas da Princess Cruises em Portugal foram favoráveis, principalmente para o novo navio Sun Princess, para o qual a Mundomar Cruzeiros tem ainda em vigor algumas promoções.

“A verdade é que a venda para este navio está a correr de vento em poupa e, por isso, os preços já subiram um bocadinho. Os navios novos, normalmente, têm mais procura e, por isso, já não há preços muito baixos, mas ainda há cabines disponíveis e lançámos recentemente – está válida até ao final de abril – uma promoção para terceiras e quartas cabines gratuitas e também com uma redução de até 40%”, indicou António Pinto da Silva.

No verão de 2025, a Princess Cruises vai ter sete navios em operação no Mediterrâneo, incluindo o Sun Princess, pelo que a Mundomar Cruzeiros, que representa em exclusivo a companhia norte-americana em Portugal, está confiante de que as vendas no mercado português também possam acompanhar o aumento da oferta.

“Vamos ter uma oferta muito variada e, com isso, esperamos atingir e aumentar a nossa fasquia de mercado. É essa a intenção que temos para 2025”, acrescentou o responsável.

Recorde-se que o Sun Princess foi inaugurado a 29 de fevereiro e é o maior navio da frota da Princess Cruises, com capacidade para transportar 4.300 passageiros, sendo também o primeiro movido a Gás Natural Liquefeito (GNL).

O navio encontra-se atualmente a realizar cruzeiros no Mediterrâneo, disponibilizando partidas de Barcelona, Atenas e Civitavecchia.

 

*Leia a reportagem completa sobre o Sun Princess, novo navio da Princess Cruises, nas próximas edições do jornal Publituris.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Aviação

Azores Airlines melhora resultados mas mantém prejuízo em 2023

A Azores Airlines registou um prejuízo de 24,3 milhões de euros em 2023, resultado que indica uma melhoria de 8,1 milhões de euros face ao resultado negativo de 32,4 milhões de euros registado no ano anterior. A SATA Air Açores também melhorou resultados.

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A Azores Airlines, a companhia aérea do Grupo SATA que realiza os voos internacionais, registou um prejuízo de 24,3 milhões de euros em 2023, resultado que indica, contudo, uma melhoria de 8,1 milhões de euros face ao resultado negativo de 32,4 milhões de euros registado no ano anterior.

“A Azores Airlines mantém a tendência de crescimento sustentável pós pandemia, solidificando o caminho da recuperação e da sustentabilidade financeira”, refere o Grupo SATA, num comunicado divulgado esta terça-feira, 19 de março.

Neste comunicado, o Grupo SATA explica que, em 2023, a companhia aérea “registou resultados líquidos positivos durante cinco meses consecutivos”, o que ditou uma melhoria no resultado liquido face a 2022, “apesar de impactado por custos de reestruturação e por custos financeiros decorrentes de dívida contraída maioritariamente em anos anteriores”.

Em 2023, a Azores Airlines registou receitas no valor de 285,8 milhões de euros, montante que cresceu 35,4% face ao ano anterior e 81,7% em comparação com o período pré-pandemia, o que, segundo o Grupo SATA, “reforça a tendência de crescimento da atividade da companhia e da capacidade de capitalizar oportunidades de mercado nos últimos anos”.

Já o EBITDA da Azores Airlines foi de 21,6 milhões de euros no ano passado, valor que compara com os 5,4 milhões de euros apurados em 2022, enquanto o EBIT registou uma melhoria de 11,8 milhões de euros quando comparado com o ano de 2022, sendo este “fortemente impactado pelos leasings dos aviões”.

“A performance da Azores Airlines tem sido de crescimento consistente e sustentado tendo, em 2023, superado as metas de receitas e EBITDA definidos no Plano de Restruturação acordado com a Comissão Europeia, reflexo dos esforços comerciais, da eficiência da operação e do compromisso da gestão e das equipas no turnaround da companhia”, justifica o grupo de aviação açoriano.

Os custos operacionais, por sua vez, atingiram os 264,2 milhões de euros, aumentando 28,5% face ao período homólogo, com a SATA a indicar que este “refletem custos extraordinários com irregularidades (+4,7 milhões de euros vs 2022) e ACMIs (aluguer de aeronave, tripulação, manutenção e seguros) (+15,3 milhões de euros vs 2022) em 2023”, o que se deveu, sobretudo, a condições climatéricas adversas e atrasos na entrega de aeronaves em manutenção e novas.

“Esta variação incorpora, ainda, o incremento dos custos operacionais de tráfego (+36%, cerca de 20,1 milhões de euros vs 2022), refletindo o aumento da atividade da companhia e da subida generalizada dos preços dos serviços e o aumento dos custos com pessoal (+21,2%, cerca de 9,6 milhões de euros vs 2022) motivados pelo aumento da atividade operacional e pelo contínuo impacto da reposição dos cortes salariais, progressões nas carreiras e negociações de acordos de empresa”, acrescenta o grupo açoriano.

O Grupo SATA diz ainda que também as Obrigações de Serviço Público entre a Região Autónoma dos Açores e o Continente e a Madeira pesaram nos resultados, uma vez que sem estes custos, assim como sem os aumentos dos preços dos serviços e com pessoal, “a Azores Airlines teria atingido um EBIT de 26,7 milhões de euros, +30,9 milhões de euros quando comparado com 2022, e fazendo os mesmos ajustes neste ano”.

No ano passado, a Azores Airlines transportou 1,445 milhões de passageiros, o que traduz uma subida de 33,4% face aos passageiros transportados pela companhia aérea em 2022 e de 52,8% em comparação com 2019.

Também o número de voos realizados pela Azores Airlines subiu e chegou às 9.700 ligações aéreas, o que, segundo a SATA, representa, igualmente, “um incremento face a 2022 e 2019, de +17% e de +39%, respetivamente”.

Já o load factor dos voos da Azores Airlines evoluiu para 82,8% ano, num aumento de oito pontos percentuais face a 2022, que também ultrapassou o ano pré-pandemia em quatro pontos percentuais.

No comunicado divulgado, o Grupo SATA destaca o load factor das rotas de/para a América do Norte, que foi de cerca de 85,6% durante o ano de 2023, o que indica uma subida de 32 pontos percentuais comparativamente ao período homólogo.

Já as rotas de/para a Europa (excluindo Portugal) revelaram “um desempenho agregado muito significativo, atingindo um load factor de 81,5% em 2023 (vs 64,8% em 2022)”.

Receitas da SATA Air Açores também sobem

Apesar do Grupo SATA não ter divulgado o resultado liquido da SATA Air Açores, a companhia aérea do grupo de aviação açoriano que realiza as ligações aéreas entre as ilhas dos Açores, o certo é que também esta transportadora mantém uma “tendência de crescimento da sua atividade operacional”.

Em 2023, a SATA Air Açores registou receitas de 109,5 milhões de euros, representando um crescimento de 18,4% em comparação com o período homólogo do ano passado e de 30,9% face ao ano de 2019.

“Na base desta evolução está o número de passageiros transportados em 2023, de 952 mil passageiros, o que representou um crescimento de 14% (+114 mil passageiros) em comparação com o ano anterior, e de 24% (+185 mil passageiros) em comparação com 2019”, justifica o grupo de aviação açoriano.

Na SATA Air Açores, o EBITDA de 2023 foi de 11,4 milhões de euros, valor que compara com os 7,8 milhões de euros registados em período homólogo e que traduz um aumento de 45,9%, enquanto o EBIT do ano passado foi positivo em 0,3 milhões de euros, num aumento de 2,8 milhões de euros face ao registado no período homólogo.

Já os custos operacionais atingiram um total de 98 milhões de euros, crescendo 15,9% face a período homólogo, numa subida que, segundo o Grupo SATA, está impactada, maioritariamente, “pelo aumento dos gastos com pessoal, +22,7% (+10,1 milhões de euros) motivado, sobretudo, pelo contínuo impacto provocado pela reposição dos cortes salariais durante o período de pandemia e pelas progressões na carreira e aumentos salariais acordados com as diferentes estruturas sindicais”.

O grupo de aviação açoriano diz ainda que também os gastos com manutenção apresentaram em 2023 um crescimento expressivo face a 2022, subindo 22,8% (+1,4 milhões de euros), o que resultou do “aumento das necessidades de reparação e manutenção sobretudo pelas especificidades da operação nos voos inter-ilhas”, enquanto os custos operacionais representaram, em 2023, 89,6% da receita total, quando em 2022 representavam 91,5%.

Em relação à SATA Air Açores, o grupo açoriano explica que o resultado líquido do exercício “foi fortemente condicionado pelos custos financeiros líquidos (8,6 milhões de euros) e pelos custos de reestruturação (1,6 milhões de euros)”, ainda que a transportadora tenha procedido, em setembro de 2023, ao reembolso antecipado da totalidade do empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros, emitido em dezembro de 2022, o que teve um impacto de seis milhões de euros nos gastos financeiros da companhia, mas permitiu uma poupança de 18 milhões de euros até 2026.

Em 2023, a SATA Air Açores realizou mais 1.423 voos inter-ilhas que em 2022 (+8,2%) e mais 3.447 face a 2019 (+22,5%), num total de 18.737 ligações aéreas entre as nove ilhas açorianas, cujo load factor chegou aos 74%, num aumento de dois pontos percentuais face a 2022, embora ainda dois pontos percentuais abaixo de 2019, o que se ficou a dever ao “aumento do número de frequências e consequentemente do número de lugares oferecidos nas diferentes rotas operadas no arquipélago dos Açores”.

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Turismo da ONU diz que facilitação de viagens internacionais evoluiu

O Turismo da ONU acaba de lançar um novo relatório sobre a abertura de vistos de turismo sobre as políticas globais de vistos, revelando mudanças contínuas nas regulamentações de viagens internacionais. A análise concluiu que abertura dos destinos às viagens internacionais recuperou para níveis pré-pandémicos após o levantamento das restrições de viagens relacionadas com a COVID-19. Como consequência da pandemia, lembra que surgiram também novas formas de facilitação de viagens, como os “vistos nómadas”.

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O relatório lança luz sobre o cenário em evolução da facilitação de viagens. Inclui o Índice de Abertura de Vistos de Turismo que mede o grau em que os destinos facilitam o turismo e quão aberto é um país em termos de facilitação de vistos para fins turísticos. Além disso, são incluídas pontuações de mobilidade para indicar até que ponto os cidadãos de todo o mundo estão sujeitos às políticas de vistos, bem como uma análise aprofundada da reciprocidade das políticas de vistos.

A análise concluiu que abertura dos destinos às viagens internacionais recuperou para níveis pré-pandémicos após o levantamento das restrições de viagens relacionadas com a COVID-19. Como consequência da pandemia, surgiram também novas formas de facilitação de viagens, como os “vistos nómadas”.

O documento indica ainda que menos pessoas em todo o mundo necessitam agora de um visto tradicional para viajar, caindo de 77% em 2008 para 59% em 2018, e depois para 47% em 2023.

Por outro lado, o estudo realça que 21% da população mundial não necessita de qualquer tipo de visto, um aumento em relação aos 17% em 2008 e aos 20% em 2018, enquanto 14% da população mundial pode solicitar visto na chegada, um aumento em relação aos 6% em 2008 e 15% em 2018, ao mesmo tempo que 18% da população de todo o mundo já pode solicitar eVisas, um aumento de 3% em 2013 e 7% em 2018.

O relatório analisa os regulamentos de vistos para o turismo por região, destacando que a Ásia e o Pacífico tiveram a pontuação de abertura mais elevada de todas as regiões do mundo. As sub-regiões mais abertas são o Sudeste Asiático, a África Oriental e as Caraíbas, e o maior aumento na abertura desde o último relatório em 2018 foi observado no Sul da Ásia e na África Ocidental.

Por outro lado, segundo o Turismo da ONU, as regiões mais restritivas continuam a ser a África Central e do Norte, a América do Norte e a Europa do Norte e Ocidental, enquanto as isenções de visto são particularmente prevalentes nas Caraíbas e na América Central.

As políticas de visto na chegada são comuns na África Oriental, Sul da Ásia, Sudeste Asiático e África Ocidental. Os pedidos de vistos tradicionais no Médio Oriente diminuíram de 71% da população global em 2015 para 57% em 2023, e os eVisas são predominantes na África Ocidental e Oriental e no Sul da Ásia.

O relatório sublinha o papel fundamental das melhorias na política de vistos na promoção do crescimento do turismo. As principais recomendações incluem uma maior integração das perspectivas do turismo nas estratégias de vistos, programas de isenção de vistos direcionados para mercados de viajantes de baixo risco e alargamento das facilidades de visto à chegada. Além disso, a instituição realça que é vital uma comunicação clara sobre as políticas de vistos, juntamente com um processo simplificado de pedido de visto, tempos de processamento acelerados e procedimentos de entrada otimizados para uma melhor experiência do visitante.

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