Governo diz que Portugal é dos países da Europa com “mais receita por turista internacional”
O ministro da Economia; pedro Siza Vieira, destacou o facto de Portugal ter ido “buscar turistas de mais países, ao longo de todo o ano, e para mais regiões”.

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Em declarações aos jornalistas, à margem da 5.ª conferência da Organização Mundial de Turismo (OMT) sobre Enoturismo, que se realiza em Monsaraz, o ministro da Economia; Pedro Siza Vieira, revelou que Portugal é um dos países da Europa que “extrai mais receita por turista internacional”, afirmando que esta aumentou “mais de 60%”, entre 2011 e 2019.
Esta performance aconteceu, destacou o ministro, “porque fomos buscar turistas de mais países, ao longo de todo o ano, e para mais regiões” e que o futuro do setor do turismo em Portugal “assenta em chegar a mais mercados”, em “ter um turismo todo o ano, combatendo a sazonalidade”, e em “ter mais destinos”.
“Para isso, é preciso investir em produtos turísticos que atraiam turistas para outras regiões do país, para além daquelas que são as regiões turísticas tradicionais, o Algarve, a Madeira ou Lisboa”, defendeu Siza Vieira, citado pela agência Lusa.
De resto, o ministro da Economia salientou o enoturismo como um dos “pilares” desta estratégia, área em que o Governo já apoiou, desde 2019, “60 projetos, entre novas unidades de alojamento, salas de prova, formação de pessoal” ou “desenho de rotas turísticas, que permitiram atrair bastantes turistas”, indicou.
Os visitantes que procuram o enoturismo “são turistas que, normalmente, estão bastante tempo nos sítios, que têm um poder de compra mais elevado e, por isso, é um género de turismo, precisamente, que nos tem permitido fazer crescer na qualidade do turismo que temos”, disse.
“Portugal é uma marca líder em matéria turística”, sublinhou Siza Vieira, manifestando-se confiante de que, “quando terminarem as restrições às viagens que ainda se mantêm por causa da pandemia” de COVID-19, a posição nacional nos mercados internacionais “vai continuar a aumentar”.
Durante a pandemia, “o turismo não cresceu, infelizmente”, mas “os turistas nacionais descobriram a riqueza dos nossos destinos internos, designadamente das nossas regiões de vinho”, defendeu o ministro, mostrando-se “muito convencido de que os turistas internacionais irão à procura de experiências diferenciadas nos próximos tempos, ou seja, vão à procura daquilo que cada região, que cada país, tem de mais específico e mais diferenciado”.
Nos últimos anos, Portugal melhorou “muito significativamente a qualidade” das suas “vinhas e adegas” e apostou “na formação dos enólogos”, o que faz com que o vinho português seja “hoje internacionalmente reconhecido”, assinalou.
“Isso permitiu-nos aumentar muito as exportações de turismo, que em 2019 totalizaram 800 milhões de euros e que continuam a crescer”, afirmou, aludindo ainda a uma correlação entre “o aumento das exportações de vinho para certos mercados e o aumento do número de turistas” desses países, de que são exemplo os Estados Unidos ou o Brasil.
Segundo o ministro, “todos os fatores estão aqui em causa, mas o vinho é um dos fatores que ajuda” Portugal a ser “marca líder” em grandes mercados.