Ministros do Turismo do G20 acreditam que pandemia servirá para “repensar o turismo”
Reconhecendo que os governos tomaram medidas “impressionantes” para enfrentar os impactos da crise no setor do turismo, os ministros do Turismo do G20 admitem “a necessidade de mais esforços”.

Victor Jorge
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Os ministros do Turismo do G20 discutiram na terça-feira, 4 de maio, a necessidade de “consensos em torno das prioridades políticas e diretrizes concretas para apoiar a recuperação sustentável e resiliente de viagens e turismo e sua contribuição para o crescimento global”.
Assim, são sete as áreas políticas inter-relacionadas principais em que “Diretrizes de Roma do G20 para o Futuro do Turismo” se comprometem agir: Mobilidade segura; Gestão de crises; Resiliência; Inclusão; Transformação verde; Transição digital; e Investimento e infraestrutura.
A crise é vista, também, como uma oportunidade para “repensar o turismo para o futuro”, uma vez que as medidas implementadas hoje podem moldar um setor do turismo mais resiliente, sustentável e inclusivo e que tais medidas devem procurar: i) restaurar a confiança nas viagens e no turismo e permitir recuperação económica; ii) aprender com a experiência da pandemia; e iii) priorizar uma agenda de desenvolvimento sustentável na orientação do turismo futuro.
Os ministros das 20 principais economias do mundo destacaram que o turismo continua a ser um dos setores mais afetados pela pandemia COVID-19. Este impacto é comprovado com os números apresentados ontem e que constam do comunicado final emitida e onde pode ler-se que, durante a crise pandémica, que ainda perdura, “a chegada de turistas internacionais diminui 73% em todo o mundo”, em 2020, destacando os “impactos sem precedentes sobre grupos vulneráveis e micro, pequenas e médias empresas”.
Com quase 62 milhões de empregos em viagens e turismo perdidos globalmente, de acordo com o World Travel and Tourism Council (WTTC), representando uma queda de 18,5%, as perspetivas avançadas pelos ministros do Turismo do G20 permanecem “altamente incertas”.
“Reconhecemos que os governos tomaram medidas impressionantes para enfrentar os impactos da crise no setor do turismo, apoiar negócios e destinos turísticos, minimizar a perda de empregos e apoiar a recuperação em 2021 e além”. Por isso, os responsáveis pelas pastas do turismo nos respetivos países reafirmaram o compromisso “com as ações acordadas durante a Presidência da Arábia Saudita em 2020”, reconhecendo, no entanto, “a necessidade de mais esforços”.
Unanimidade parece existir quando ao facto da retoma das viagens e do turismo ser “crucial para a recuperação económica global”, reconhecendo, igualmente, o impacto económico direto e indireto que o setor do turismo tem sobre os demais. “As viagens e o turismo são motores essenciais para o crescimento e desenvolvimento sustentáveis e equilibrados e representam uma contribuição valiosa para a agenda do G20”, lê-se no comunicado final.
Além disso, os ministros do Turismo do G20 acolheram as recomendações para a transição para uma economia de turismo e viagens verdes apresentadas pela Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT) “como uma contribuição para a área de política ‘Transformação Verde’”, pedindo “ações para abraçar a sustentabilidade no turismo, apoiando e promovendo destinos sustentáveis como ativos estratégicos para equilibrar as necessidades das pessoas, do planeta e da prosperidade, e para garantir uma economia de turismo resiliente e inclusiva pós-COVID”.