A APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos veio hoje clarificar a sua posição face à realização de eventos, sejam eles de cariz desportivo, cultural, institucional ou outro.
Em comunicado assinado pelo presidente, António Marques Vital, a associação apoia “a organização e a realização de eventos” e defende que “a sua concretização tem de ser efetuada no estrito cumprimento das regras sanitárias, mas também no estrito cumprimento de todas as outras regras (que por estes dias não parecem ser uma prioridade): planeamento adequado, segurança, legalidade, gestão de risco, impacto ambiental, satisfação do objetivos, entre outras”.
A associação diz acreditar que a abertura dos eventos desportivos, culturais, corporativos, “com regras claras, aceitando e implementando as regras de conduta perante a situação provocada pela Covid 19, são a fórmula para incentivar o crescimento do setor e trazer mais confiança a clientes e participantes”.
A APECATE apoia “as medidas do Turismo de Portugal e de outras entidades no reforço do posicionamento internacional de Portugal na captação de eventos”. Além disso, a associação afirma que estar a dar contributos para a “mudança de paradigma nos fundos de captação de eventos, valorizando outras dimensões da nossa oferta que não apenas o número de dormidas”.
A associação reconhece que a organização de grandes eventos nas últimas semanas, tem “levantado polémicas sobre se deveriam ser autorizados ou não, ou sobre aspetos de qualidade da organização”, mas recusa pronunciar-se sobre a organização em concreto de determinado evento, por desconhecer “os reais desafios, condicionantes, exigências e dimensões dos mesmos”. “Só podemos comentar factos e não notícias”, refere o comunicado.
“O que podemos dizer é que defendemos a emissão de regras claras, e a aposta clara na formação, educação e sensibilização de todos os envolvidos na organização, produção e participação nos eventos. Só com a colaboração de todos, os riscos serão minimizados e os eventos poderão ocorrer de acordo com a nova situação”, acrescenta a associação.
A associação afirma ainda que continuará “determinada e resiliente a apoiar os seus associados na concretização dos seus projetos e no esclarecimento de questões que possam surgir no âmbito da sua atividade, assim como combateremos determinados, os que pretendem simplesmente difamar um sector que contribuiu nos últimos anos para o crescimento económico do País”.
Recorde-se que desde que foi anunciado pelo governo a abertura do setor a partir de 1 de junho, mediante determinados requisitos, a associação elaborou um Manual de Boas Práticas, encontrando-se em diálogo com a Secretaria de Estado do Turismo. “Mas desde essa data, que aguardamos por um entendimento claro da DGS. Apesar de reivindicarmos orientações específicas e claras para o setor, o que tem ocorrido é uma análise casuística de situações, com orientações que divergem conforme a análise, a visibilidade política, social e o maior ou menor impacto que o evento em causa poderá suscitar. Claramente não é o que defendemos, acima de tudo, a nossa aposta tem de estar do lado dos agentes e dos participantes, com regras claras, treinadas e assimiladas com o tempo que tudo o que é gestão de crise e gestão de risco envolve”, conclui o comunicado da associação.