Prejuízos da TAP ascendem a 1.230 ME em 2020
O grupo aéreo prevê que o plano de reestruturação em avaliação em Bruxelas assegure a sustentabilidade da empresa e um resultado operacional equilibrado em 2023.
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Os prejuízos da TAP SA ascenderam a 1.230,3 milhões de euros em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19, um agravamento superior em 12 vezes às perdas de 95,6 milhões de 2019.
De acordo com um comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “o resultado líquido do ano foi negativo em EUR 1.230,3 milhões”, um agravamento dos prejuízos de quase 1.300% face aos 95,6 milhões de euros de 2019.
A companhia aérea lembra que “tal como em todo o setor da aviação a operação e resultados de 2020 foram severamente impactados pela quebra de atividade em resultado da pandemia de covid-19”.
Na TAP, o número de passageiros transportados caiu 72,7%, as receitas de passagens caíram 70,9%, o índice de ocupação ficou nos 64,6% (tinha sido de 80,1% em 2019), de acordo com o comunicado.
“Durante 2020, os rendimentos operacionais totais atingiram 1.060,2 milhões de euros, um decréscimo de 2.238,6 milhões de euros (-67,9%) face aos rendimentos operacionais de 2019”, informa ainda a companhia, um resultado devido “ao decréscimo dos rendimentos de passagens em 2.065 milhões de euros (-70,9%) e da atividade de manutenção para terceiros que registou um decréscimo de 143,4 milhões de euros (-67,9%)”.
A secção de carga da TAP (Air Cargo) também “registou um decréscimo de 11,7 milhões de euros” face a 2019, uma descida de 8,5%, atingindo os 125,7 milhões de euros de receitas.
Assim, “o resultado operacional (EBIT) registou uma diminuição de EUR 1.011,9 milhões” para -964,8 milhões de euros em 2020, e se ajustado a itens não recorrentes e custos de reestruturação seria de -858,4 milhões de euros, correspondendo a um EBITDA (com depreciações e amortizações) de -273,7 milhões de euros”.
Em termos de gastos operacionais totais, “ascenderam a 2.024,9 milhões de euros no ano de 2020, um decréscimo de 1.226,6 milhões de euros (-37,7%) face ao período homólogo do ano anterior”, devido ao decréscimo da operação (-529,2 milhões de euros em combustível e -456,6 em tráfego), redução dos custos com pessoal (-258,9 milhões de euros) e negociações com fornecedores e empresas de alocação (‘leasing’).
Os custos são também impactados por imparidades (44,1 milhões de euros), reestruturação (96,1 milhões de euros), e ainda pelo aumento dos juros e gastos similares em 60,4 milhões de euros, “que ficou a dever-se em grande parte ao aumento da componente de juros associada aos leasings operacionais (passivos de locação sem opção de compra) e leasings financeiros (passivos de locação com opção de compra)”.
A TAP afirma ainda que as medidas tomadas perante os primeiros sinais da pandemia permitiram “manter liquidez suficiente até à formalização do auxílio de Estado”, de 1.200 milhões de euros, cuja primeira tranche foi recebida em 17 de julho de 2020.
“As tranches subsequentes deste financiamento foram recebidas até 31 de dezembro de 2020, o que levou a companhia a terminar o ano de 2020 com uma forte posição de liquidez de 518,8 milhões de euros”, pode ler-se no comunicado divulgado esta quinta-feira pela empresa, noticia a Lusa.
A TAP fechou o ano de 2020 “com uma frota operacional de 96 aviões, um decréscimo líquido de nove aviões quando comparado com o final do ano de 2019”, tendo entrado sete novos aparelhos Airbus ao serviço e saído 16, sendo que dois A332 foram convertidos para carga.
Segundo a empresa, o plano de reestruturação ainda em avaliação pela Comissão Europeia “assegura a sustentabilidade da companhia”, prevendo que “atinja um resultado operacional equilibrado até 2023”