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Google “abre” links de reservas de hotéis

Depois das atualizações ao Google Flights ou a abertura do separador “Shopping”, a Google anuncia, agora, os links de reserva no Hotel Ads de forma gratuita.

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Google “abre” links de reservas de hotéis

Depois das atualizações ao Google Flights ou a abertura do separador “Shopping”, a Google anuncia, agora, os links de reserva no Hotel Ads de forma gratuita.

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A gigante tecnológica Google passa, a partir desta semana, a disponibilizar, gratuitamente, os links através do Hotel Ads para hotéis e agências de viagens de todo o mundo aparecerem nos links de reserva de hotéis em google.com/travel.

Os utilizadores passam, assim, a ter acesso a uma ampla gama de preços de hotel, bem como a um conjunto mais abrangente de opções à medida que pesquisam a sua viagem e decidem onde reservar.

Para hotéis e agências de viagens, esta mudança traz uma maneira nova e gratuita de alcançar potenciais clientes, salientando a Google, em comunicado, que, “para os anunciantes, os links de reserva gratuita podem estender o alcance das campanhas existentes no Hotel ads”.

“Os testes que temos vindo a desenvolver deste novo recurso mostram que todos os tipos de parceiros – desde hotéis individuais a agentes de viagens online – beneficiam dos links de reserva gratuitos através do aumento do tráfego de reservas e envolvimento do utilizador”, destaca a Google.

Para os parceiros que já participam na API do Hotel Prices e Hotel Ads não será necessário realizar nenhuma ação adicional para aparecerem nos links de reserva gratuita, e qualquer hotel ou agência de viagens está qualificado para participar através da sua conta no Hotel Center.

As novidades, no entanto, não se ficam por aqui, com os responsáveis da Google a anunciar que “nos próximos meses, também vamos continuar a melhorar o processo de integração para novos parceiros no Hotel Center e a apresentar ferramentas que permitem que hotéis individuais forneçam as suas tarifas e disponibilidade diretamente, sem requisitos técnicos complexos”.

A atualização agora anunciada vem na sequência de outras realizadas pela Google, nomeadamente, a participação dos parceiros no Google Flights ou a abertura do separador “Shopping” para apresentar listas gratuitas para o retalho online.

A Google assegura que, ao longo do tempo, irá “continuar a desenvolver esta plataforma aberta, para que todos os parceiros tenham ainda mais oportunidades de destacar as suas informações e ajudar as pessoas a reservar um voo, encontrar um lugar para ficar ou explorar um novo destino”.

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Rede Amadeus Travel4Impact expande-se pela EMEA e arranca na região Ásia-Pacífico

A Rede de Inovação Social é gerida em parceria com a Universidade IE para ajudar as PME do setor das viagens a prosperar e a melhorar o seu impacto social e ambiental.

A rede Amadeus Travel4Impact irá expandir-se e incluir organizações do Médio Oriente, África (EMEA), Ásia e Pacífico (APAC) pela primeira vez.

Inicialmente lançada em Espanha e depois alargada à Europa nas duas primeiras edições, as candidaturas para a terceira edição foram abertas a 1 de março, esperando a Amadeus a participação de mais de 30 Pequenas e Médias Empresas (PME) em 2023.

A Travel4Impact é uma iniciativa liderada pela Amadeus em conjunto com a Universidade IE, uma instituição de ensino superior internacional, reconhecida como uma das primeiras universidades neutras em carbono na Europa.

O programa foi concebido para melhorar a competitividade e o impacto social e ambiental das PME no setor das viagens, tendo sido criada para esse fim, uma rede para apoiar empresas que encaram a digitalização, colaboração e sustentabilidade como elementos-chave da sua proposta de valor.

Os candidatos selecionados receberão apoio no desenvolvimento das suas estratégias digitais, no impacto social e ambiental da sua proposta de valor e na sustentabilidade do seu negócio. Além disso, refere a Amadeus, as empresas terão a oportunidade de participar numa comunidade de inovação, co-criar, partilhar conhecimentos e experiências, aceder a formação, bem como colaborar com outros participantes.

A Travel4Impact está aberta a PME com mais de dois anos de atividade no ecossistema turístico e dois ou mais empregados a tempo inteiro. Os participantes devem ter um interesse demonstrado na sustentabilidade e digitalização, e procurar ativamente maximizar o impacto positivo do seu trabalho. Para tal, é essencial demonstrar que a PME tem uma pegada empresarial no seu mercado ou região específica (EMEA ou APAC).

Esther Villena, diretora de Impacto Social da Amadeus, refere, em comunicado, que “reconhecemos a necessidade de apoiar os esforços em curso para tornar a nossa indústria mais sustentável, trabalhando em parceria com as partes interessadas de todas as dimensões”.

Assim, em parceria com a Universidade IE, a Amadeus desenvolveu a rede de inovação social – Travel4Impact – concebida para “permitir às PME beneficiar das oportunidades oferecidas pela transformação digital e sustentável das viagens”.

A Travel4Impact procura PME que vão desde “agências de viagens, operadores turísticos e serviços de alojamento até experiências de destino que pretendam tornar o mundo um lugar melhor durante as viagens e aumentar o impacto positivo das viagens e do turismo”.

Já Concepción Galdón, diretora do Centro de Inovação Social e Sustentabilidade da Universidade IE, salienta que a Travel4Impact é uma rede de PME do sector das viagens e turismo que “promovem o imenso valor ambiental e social das viagens”, frisando que estas PME “conhecem e partilham as melhores práticas para gerar o tipo de experiências transformadoras que só grandes e responsáveis viagens podem proporcionar.

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merytu reforça plano de expansão a norte do país

A start-up reforça a sua operação na zona norte, com foco nas cidades de Coimbra e Braga.

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A merytu, aplicação e plataforma digital que atua na área dos recursos humanos no setor da hotelaria e restauração, reforça o seu posicionamento na zona norte do país.

Depois de se ter implantado do Grande Porto, onde iniciou a operação em junho de 2022, a plataforma acaba de chegar a Coimbra, no passado mês de dezembro e, começa a operação na cidade de Braga, no início de março.

A merytu é uma plataforma digital, lançada em maio de 2021, que nasceu para revolucionar a área dos recursos humanos no setor do turismo, especialmente focada para a hotelaria e restauração. Esta aplicação ajuda a identificar talento na área de Hospitality, através de um processo transparente, rápido e seguro para ambas as partes, trabalhadores como empresas. A start-up veio apresentar no mercado nacional um método pioneiro, com o objetivo maior de eliminar processos burocráticos relativamente à pesquisa e retenção de talento de forma praticamente imediata, baseada no mérito e desempenho profissional dos profissionais, mas também das empresas que estão a recrutar.

O customer care da merytu está disponível 24/7 e confere um apoio eficaz quer às empresas, como aos profissionais. Esta ação na zona norte do país será constantemente reforçada com a coordenação de um responsável comercial regional, exclusivo para a região e crescimento do negócio localmente, que acompanha presencialmente as empresas.

No Grande Porto, a merytu já dá apoio a 55 empresas e 165 profissionais, mas o potencial de crescimento é significativo, visto que disponibilizam neste momento 20 funções que abrangem toda a operação hoteleira e de restauração.

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Amadeus apresenta últimos desenvolvimentos na venda de viagens na BTL

A Amadeus irá apresentar, numa mesa redonda, as novidades referentes à distribuição de viagens e NDC no mercado português.

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A Amadeus regressa à BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, com um espaço integrado no stand da APAVT, localizado no Pavilhão 4, onde irá apresentar uma mesa redonda, no dia 1 de março, sobre a distribuição de viagens e NDC no mercado português.

Os participantes na mesa-redonda são Frédéric Frère, Co-Fundador do Grupo Travelstore; Miguel Quintas, fundador e presidente da Consolidador.com; Nuno Barreiros, diretor Sénior Airlines & Distribution da Viagens Abreu.

David Vidal, diretor de Desenvolvimento de Clientes do Sul da Europa, Amadeus, refere que a “NDC é uma prioridade estratégica fundamental para a Amadeus. Como fornecedor chave de tecnologia aérea e agregador de vendedores de viagens, estamos a conduzir a NDC em todos os nossos mercados, incluindo Portugal. Temos agora a oportunidade não só de reconstruir a indústria, mas também de a fazer melhor. As necessidades dos viajantes estão a mudar rapidamente na sequência da pandemia e vemos a NDC como um facilitador fundamental para proporcionar uma experiência mais centrada no viajante. ”

Já Christian Boutin, diretor-geral da Amadeus Espanha e Portugal e SVP Travel Sellers da Europa Ocidental, refere que, “agora e mais do que nunca é importante ter espaços como a BTL que facilitem a reconexão da nossa indústria. Se há algo que a pandemia nos ensinou, é que só podemos renovar e reinventar a indústria em colaboração, em conjunto, sempre com o objetivo de melhorar a experiência do viajante”.

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Vasco Electronics contribui com tecnologia para o turismo acessível em parceria com a Tur4all

A Vasco Electronics assinou, recentemente, uma declaração de intenção com a Tur4all com o objetivo de promover um turismo acessível e de qualidade para todas as pessoas com deficiência.

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A Vasco Electronics, a empresa especializada em tradutores eletrónicos para viajantes, assinou uma declaração de intenção com a Tur4all, uma plataforma que desenvolve programas para pessoas com deficiência. O principal objetivo desta declaração é promover o turismo acessível para que qualquer pessoa com deficiência possa desfrutar de uma viagem com a mesma qualidade e com as mesmas alternativas ao dispor de qualquer outra pessoa.

Desde as receções de hotéis aos pontos de informação para turistas, passando pelos rent-a-cars ou pelo uso pessoal, são diversas as utilizações que os tradutores da Vasco Electronics têm recebido no âmbito do turismo. Alugados ou adquiridos pelos viajantes, os dispositivos são companheiros de confiança nas viagens em que a língua se afigura como um problema, permitindo uma experiência verdadeiramente imersiva na cultura local.

Os dispositivos da Vasco são também uma forma de tornar as viagens mais acessíveis. “Efetivamente, a tecnologia representa uma solução para garantir maior acessibilidade, em experiências turísticas, para pessoas com deficiência”, sendo que a Vasco Electronics “quer fazer a diferença também neste capítulo”, refere a empresa em comunicado.

Os dispositivos da marca são desenvolvidos com um design acessível, com o Vasco Translator V4, cujas traduções não só são feitas oralmente, são reproduzidas por escrito no ecrã de 5” polegadas do tradutor. Embora digitais, os dispositivos da marca não dispensam os botões físicos, assegurando a possibilidade da sua utilização através do tato.

Empenhada na melhoria da acessibilidade dos seus dispositivos, no sentido de assegurar uma utilização ainda mais universal, uma das implementações estudada pela Vasco Electronics passa pela tecnologia Talk Back, que permite que o botão a ser premido seja identificado por sons com uma breve explicação.

Neste contexto, a cooperação com a Tur4all contribuirá para a avaliação e verificação de que os dispositivos da Vasco Electronics satisfazem os requisitos de acessibilidade necessários, de acordo com as indicações da União Europeia, revendo as possibilidades de melhoria para tornar estes dispositivos ainda mais acessíveis do que já são.

De referir que o mais recente Vasco Translator V4 permite a comunicação com até 90% da população mundial ao disponibilizar 108 línguas diferentes, o que facilita a interação com pessoas de qualquer parte do mundo, e inclui mesmo dialetos diferentes da mesma língua.

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“Todas estas tecnologias são ferramentas de marketing extraordinárias”

É inquestionável, hoje, a importância da tecnologia no dia-a-dia de todos nós. Há, contudo, desenvolvimentos tecnológicos que ainda estão a consolidar-se, mas que, como mostrou Sílvia Leal, especialista internacional em tendências e tecnologia, que abordou o Metaverso turístico numa apresentação na Soltour Travel Partners durante a FITUR 2023, poderão ser utilizados pelo setor do turismo como uma ferramenta de comunicação e promoção.

Victor Jorge

O Metaverso é um ambiente completamente novo, com novas regras, novos players, novos desafios, mas também novas oportunidades. Para Sílvia Leal, especialista internacional em tendências e tecnologia, admite que “o mundo do turismo não pode ficar para trás e as agências e outros players da indústria devem começar a considerar as possibilidades do Metaverso e a trabalhar nele se quiserem permanecer na vanguarda do setor”.

Quem utiliza atualmente o Metaverso no turismo?
Temos de partir do princípio que o Metaverso se encontra, neste momento, em desenvolvimento e num estado de consolidação. Não podemos pensar que as empresas estão a fazer grandes coisas no Metaverso, já que se trata de algo que ainda não está maduro. Por isso, o que importa agora são as experiências imersivas no Metaverso, ou seja, tudo o que está a ser feito com a Realidade Aumentada e com a Realidade Virtual. Assim, a resposta será, ainda pouco está a ser feito no Metaverso e o que está a ser feito é muito à base de tentativa e erro. Mas, nas experiências imersivas está a acontecer muito.

E quais são as principais diferenças entre o Metaverso e as experiências imersivas?
Atualmente, o que acontece é que se regista uma evolução na qualidade que permite ter uma experiência realmente imersiva. O que é que esta tecnologia permite? Permite que se mostrem destinos, experiências sem necessitar de estarmos no local. Isto pode ser feito dentro do Metaverso ou fora dele. O Metaverso é um repositório dessas experiências imersivas.

E a pandemia acelerou, de alguma forma, toda essa tecnologia?
Não nos lembramos, mas o primeiro Metaverso é de 2003, com o Second Life. O que a pandemia trouxe foi uma evolução global e uma melhoria considerável nos dispositivos a utilizar. Aqui, os videojogos e os smartphones vieram trazer uma panóplia de tecnologia que facilita a utilização destas “realidades imersivas”.

O mais importante, contudo, foi que todo este desenvolvimento trouxe consigo novas ferramentas de marketing que permitem, de forma emocional, concorrer com um videojogo ou as plataformas de streaming.

Por isso, o que posso afirmar, neste momento, é que todas estas tecnologias são ferramentas de marketing extraordinárias, permitindo que sintas experiências relativamente a um destino, hotel, evento que te irão facilitar na tomada de decisão.

Está aberto um novo canal de comunicação que, se for bem aproveitado e utilizado, só trará benefícios a todos.

Se for bem feita, bem promovida, a experiência virtual é somente o pontapé de saída para algo mais

E quais são os desafios que estas tecnologias enfrentam?
Consolidação, porque todos os gigantes tecnológicos estão a apostar neste tipo de tecnologias. Os smartphones vieram dar um grande “push”, mas não nos podemos esquecer que estamos a falar de tecnologia que está em constante desenvolvimento e as empresas estão ainda a analisar a forma como os consumidores utilizam essas mesmas tecnologias.

Os destinos poderão ser os grandes utilizadores desta tecnologia?
Sim, mas não serão os únicos. Mas, especificamente, os destinos e os hotéis têm a possibilidade de mostrar e promover algo que fará com que o cliente/turista possa tomar uma decisão mais concreta.

Contudo, há que apostar na qualidade. Se for bem feita, bem promovida, a experiência virtual é somente o pontapé de saída para algo mais. Há é que saber promover bem e despertar o interesse do utilizador para querer algo mais.

E quando é que poderemos ver este tipo de tecnologia a ser utilizada de forma generalizada?
A consultora McKinsey afirmou, recentemente, que em 2030 este tipo de tecnologia gerará uma economia equivalente à América Latina. Por isso, caminhamos para uma utilização generalizada, mas sempre dependente dos avanços tecnológicos e de como serão utilizados pelas empresas e, claro, pelos consumidores.

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“A tecnologia [no setor do turismo] deve ser o facilitador e não a finalidade”

Presente em mais uma edição da BTL, o NEST leva à feira 30 startups que representam várias áreas de atuação e nas quais o Centro de Inovação do Turismo vê capacidades para participar no turismo. Roberto Antunes, diretor-executivo do NEST, admite que “a tecnologia [no setor do turismo] deve ser o facilitador e não a finalidade”.

Victor Jorge

A menos de um mês do arranque da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) 2023, o Publituris conversou com Roberto Antunes, diretor executivo do NEST – Centro de Inovação do Turismo, que salienta que o setor de turismo “sempre se destacou dos demais pelo uso e avanço de tecnologia”. Contudo, reconhece que “talvez muita da oferta precise de capitalizar sobre os predicados da digitalização”.

A tecnologia assumiu com a pandemia uma relevância extrema para o setor do turismo global, tendo-se verificado um aceleramento dos processos de digitalização. Em que estado estava o setor do turismo pré-pandemia e que evolução houve no que toca à tecnologia/digitalização no setor do turismo em Portugal?
O setor de turismo sempre se destacou dos demais pelo uso e avanço de tecnologia, nomeadamente, em dados e processos, que percorrem os sistemas de pesquisa, booking e aquisição de viagens e que concertam vários verticais, uma enorme complexidade que o turismo muito bem agiliza com base nas soluções tecnológicas.

Ademais o modo de funcionamento da indústria aeroportuária, transportes em geral, os sistemas de gestão de operações, a comunicação online, são práticas comuns e exemplos de como desde há tempos o setor é avançado na matéria.

O período da pandemia e o pós acaba por perpetuar uma necessidade de atender a novos níveis de serviço, garantia de saúde, segurança e sustentabilidade. E o turismo, sendo produto de emoções e sujeito às tendências dos consumidores, é permeável a estas mudanças, aliás, um dos primeiros a ser impactado e a ter de dar resposta. Este momento trouxe sim muitos novos requisitos e levou a uma evolução substancial. Suficiente? Talvez não, talvez muita da oferta precise de capitalizar sobre os predicados da digitalização. Mas respondeu e muito evoluiu.

A experiência deste “novo” turista passa também por esta maior experiência tecnológica/digital?
Não necessariamente. “Experiência digital” leva-me a entender que, por si, é algo desejado e não concordo. O novo turista almeja antes de mais, a condição de flexibilidade da sua vida pessoal e profissional, a conexão em tribos por temas de interesse, em responder à sustentabilidade e que as suas escolhas se repercutam em melhorias no ambiente e sociedade, em ter maior agilidade em criar os seus roteiros e poder alterar, em experiências imersivas na cultura em que se insere ainda que por curto prazo de tempo, em poder aprender algo. E aqui a tecnologia deve ser o facilitador e não a finalidade. Se me perguntar se os desejos e desafios de atender este “novo” turista levam-nos a um maior uso de tecnologias? Sim sem dúvida, as respostas digitais podem ajudar em todos estes aspetos.

O novo turista almeja antes de mais, a condição de flexibilidade da sua vida pessoal e profissional

De que forma pode, efetivamente, o setor do turismo melhorar a experiência do turista a nível tecnológico/digital?
Não necessariamente se deseja uma experiência tecnológica. Aliás, não é em si uma enorme motivação para viajar ou tema de lazer. Contudo, a experiência pode ser mais dinâmica e imersiva, permitir trabalhar vários sentidos em simultâneo, responder a interesses com informação, ser didático, tudo isto com base nas tecnologias de RA [Realidade Aumentada] / RV [Realidade Virtual]. Pode também conectar-se com a nossa existência em redes sociais e mundos chamados virtuais, mas que são reais pois impõem comportamentos que a nós se associam e onde até a transação acontece, como, por exemplo, os NFTs.

As experiências podem ter processos de mais simples, de pagamentos integrados, check ins e outs desmaterializados, marcações de visitas a museus, sabendo a audiência do espaço e sua disponibilidade, de plataformas de service que integram pontos de interesse com meios de transporte, onde se poupa tempo acima de tudo e mais sobra para fruir.

As tecnologias de domótica em alojamento podem ajudar a gerir os recursos energéticos. A inteligência artificial nos chats podem resolver muita coisa rapidamente. A robótica aplicada à restauração. As ciências de computação e dados que podem trazer inputs constantes para as tomadas de decisão e que muitas que podem ser automatizadas, deixando tempo para os gestores pensarem em como gerar maior satisfação, produtos mais valorizados e clientes fiéis. As respostas não acabam.

O Programa FIT 2.0 – Fostering Innovation in Tourism, do Turismo de Portugal visa desenvolver uma rede de incubadoras de empresas especialmente focadas no desenvolvimento de ideias e de modelos de negócio associados ao turismo. Que ideias já saíram deste programa para implementação no setor do turismo nacional?
O FIT visa dinamizar a rede nacional de incubadoras e aceleradoras desde 2016 e tanto quanto sei mobilizou em 18 ações ou programas anuais mais de 1.400 startups ou empreendedores até à data. Foram já implementados 75 pilotos. Muitas das ideias que por este processo passaram são hoje operações de negócio muito robustas como por exemplo da Hijiffy, Luggit, Infraspeak, Guestcentric, doinn, HomeIt, Xplora, TryPortugal, XLR8 entre muitas outras.

Num recente artigo sobre tecnologia publicado no jornal Publituris, um dos entrevistados referia que “o grande desafio para os próximos anos passa pela criação de valor através da facilitação da experiência de compra nas viagens, quando comparada com a mesma experiência que o consumidor sente ao comprar online um par de sapatos, uma peça de roupa ou uma refeição”. O caminho passa por esta descomplicação de processos para o turista?
O envolvimento na compra de uma viagem ou experiência de turismo é infinitamente maior que a compra de sapatos. A expectativa que reside numa viagem é enorme, é o momento de recompensa, de extravasão, de novas amizades, de energia para outras coisas da vida. O tempo de pesquisa, as questões que se levantam, são muitas mais do que um tamanho de roupa pode responder e de como me fica.

Já estive num momento a correr em plena Serra da Estrela e a ouvir Spotify e fui impactado no momento certo por uma mensagem do nosso turismo

Contudo, esta jornada, desde o considerar a possibilidade, a compra, a visita e depois o pós-visita, precisa de ser nutrido e facilitado na medida em que responde com assertividade às preocupações de segurança, conforto, interesse entre outros. É um processo que tem de estar em constante melhoria e explorar, se possível, o que o turista quer e ou precisa, antes mesmo que este se dê conta.

O marketing digital é, igualmente, apontado como essencial para a promoção internacional do destino Portugal. Que atividades devem ser tidas em conta neste aspeto?
Sou expectador do trabalho do Turismo de Portugal nesta matéria. Um trabalho cheio de insight, dados, escolha de meios muito atuais e eficazes, se considerarmos o sucesso que o turismo tem. Trabalham como poucos o marketing digital e omnichannel, com mensagens adequadas a várias audiências. Já estive num momento a correr em plena Serra da Estrela e a ouvir Spotify e fui impactado no momento certo por uma mensagem do nosso turismo. Todos ouvimos falar do momento do Times Square no final do ano, faz-se aqui do melhor nesta matéria, no mundo.

A tecnologia fará com que tenhamos um turismo cada vez mais contactless?
Penso que sim. Mais contactless, mais imersivo e que valoriza o fator humano.

Estes avanços tecnológicos/digitais poderão criar uma sensação de desumanização do e no turismo?
Deixámos de ir ao banco para transferir dinheiro, mas porque nessa questão em particular, a interação humana é pouco relevante. Neste caso, o que preciso é cumprir um compromisso ou obrigação que é pagar algo a alguém. Não somos reféns nem da tecnologia nem do futuro. Eu não vou querer estar a almoçar em Sesimbra e pedir um prato de peixe a um robot. O turismo ainda é especial pelas pessoas que conhecemos, os sentidos que se apuram e estimulam, as memórias que se criam. Acho que não vai mudar.

O NEST estará presente na BTL 2023. Que importância tem esta presença e que iniciativas irão apresentar durante os dias do evento?
Estaremos mais um ano na BTL, com cerca de 30 startups, por nós selecionadas e em conjunto com Turismo de Portugal e Portugal Ventures. Representam várias áreas de atuação em matéria empresarial e revemos no seu produto e equipas a capacidade para participar no turismo. Queremos muito que o setor as conheça.

O turismo ainda é especial pelas pessoas que conhecemos, os sentidos que se apuram e estimulam, as memórias que se criam

A implementação destas soluções tecnológicas faz-se muito à base de startups que querem ver as suas inovações “descobertas” e implementadas no mercado?
Também. É em adição às empresas tecnológicas, ou seja, grandes empresas com ofertas muito robustas e referências de mercado. As startups acabam por dar entrada com muitas soluções especificas e pensadas para nichos concretos. Algumas vingam e outras (poucas) ganham escala e algumas vezes viram então grandes empresas. Alguns, unicórnios.

Finalmente, Portugal está bem encaminhado para ser um destino digital?
Claro que está! Temos talento, ecossistema e muitas soluções que de Portugal se gerem ou até produzem para o resto do mundo. Mas podemos e devemos mais. Uma cultura de gestão mais profissional levará à digitalização como resposta a propósito, a crescimento e lucratividade. Será inevitável.

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Paraty Tech promove webinar de marketing digital para hoteleiros

O programa irá integrar temas como: Google Ads e Hotel Ads, Search Engine Optimization (SEO), Redes Sociais e Marketing de Influência.

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A Paraty Tech vai realizar um webinar, no próximo dia 16 de fevereiro, a partir das 10h00, com o tema “Marketing Digital para Hotéis: Mais visibilidade e vendas em 2023”.

Sara Marreiros, Digital Marketing Specialist Portugal, dará uma visão das tendências de marketing digital para hotéis, concentrando-se em aspetos como as estratégias que podem ser implementadas para ganhar visibilidade no meio digital e, em última análise, aumentar as vendas diretas através do website.

O programa irá integrar temas como: Google Ads e Hotel Ads, Search Engine Optimization (SEO), Redes Sociais e Marketing de Influência.

O evento, de inscrição gratuita, é 100% online, com lugares limitados.

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Protocolo entre NOVA IMS e HURB pretende aproximar meio académico e realidade empresarial do turismo

O acordo agora formalizado pretende desenvolver mecanismos de cooperação técnico-científica em atividades de investigação em áreas analíticas aplicadas ao sector da hospitalidade e turismo, aproximando o meio académico do mundo empresarial.

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A Associação para o Desenvolvimento da NOVA Information Management School (AD NOVA IMS), da Universidade NOVA de Lisboa, e o Hurb, empresa tecnológica que detém a maior plataforma de viagens online na América Latina, assinaram um protocolo de parceria estratégica que pretende aproximar o meio académico e a realidade empresarial, assim como fortalecer o setor do turismo e hoteleiro.

O acordo agora formalizado pretende desenvolver mecanismos de cooperação técnico-científica em atividades de investigação em áreas analíticas aplicadas ao sector da hospitalidade e turismo, aproximando o meio académico do mundo empresarial, promovendo assim uma maior capacidade de desenvolver investigação aplicada aos desafios desta indústria e formar talento capaz de a colocar no terreno.

Esta nova parceria prevê um forte envolvimento do Hurb na atividade da NOVA IMS na área de Hospitalidade e Turismo, incluindo a participação ativa no desenho da oferta formativa e na sua entrega, nomeadamente na realização de seminários, apresentação de casos de estudo reais e lançamento de desafios reais.

“Esta parceria com o Hurb, uma empresa que se tem vindo a destacar na utilização de ciência dos dados e inteligência artificial no sector da hospitalidade e turismo, é estratégica para o projeto de afirmação da NOVA IMS como escola de referência na área de Business Intelligence & Analytics na área do turismo e hospitalidade, onde a ciência de dados e a inteligência artificial têm vindo a ganhar uma relevância inquestionável. O Hurb e a NOVA IMS trabalham em parceria para criar uma nova geração de profissionais preparados para enfrentar os desafios da transformação digital e da economia baseada em dados do sector, e estamos ansiosos para ver os resultados desta parceria a longo prazo.”, explica Miguel de Castro Neto, diretor da NOVA IMS.

Já Ana Feliciano, head de Creative Strategy & Education do Hurb, refere que “este protocolo de cooperação é um passo importante para ambas as partes, pois permite ao Hurb se beneficiar da excelência académica e investigação da NOVA IMS, enquanto a escola pode aproveitar a experiência e conhecimento do Hurb no setor do turismo e hotelaria. Tudo isso contribui para a formação de futuros profissionais preparados para enfrentar os desafios desse setor, e criar soluções inovadoras. Estamos animados para ver os resultados dessa parceria e o impacto positivo que ela terá para as partes envolvidas e para o setor.”

Através desta parceria, o Hurb compromete-se a divulgar oportunidades de carreira atrativas e adequadas aos alunos e ex-alunos da NOVA IMS, assim como a participar em seminários, workshops, feiras, eventos e iniciativas públicas organizadas pela escola. Além disso, o Hurb irá apoiar a realização de estágios, projetos e dissertações baseadas nas necessidades da empresa, permitindo aos alunos da NOVA IMS a oportunidade de trabalhar em projetos reais e competitivos.

Para aproximar o meio académico da realidade empresarial, a empresa de tecnologia fornecerá estudos de caso e dados para serem discutidos e analisados nas aulas, e ainda colaborará em cursos de especialização e pós-graduação, ministrando palestras e workshops. Para incentivar e motivar os alunos a trabalhar com o Hurb também serão patrocinadas bolsas de estudo para alunos com carências financeiras nas áreas de Business Analytics for Hospitality and Tourism e Data-Driven Marketing, e premiado o mérito do melhor aluno de cada curso.

A parceria também prevê a colaboração na criação de unidades curriculares personalizadas, especialmente na área de Ciência de Dados e Marketing Digital para o Turismo e Hotelaria.

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NEST integra Programa de Aceleração Digital TOURBIT europeu para PME no turismo

Os candidatos ao programa deverão pertencer a uma das seguintes categorias da indústria do turismo: hotéis e alojamentos similares, parques de campismo, parques de veículos recreativos e parques de caravanas, agências de viagens e operadores turísticos

Victor Jorge

O NEST – Centro de Inovação do Turismo faz parte das oito organizações que vão cooperar no Programa de Aceleração Digital TOURBIT, que visa apoiar durante 10 meses mais de 60 Pequenas e Médias Empresa (PME) de turismo no seu processo de transformação digital e construir a sua capacidade de adoção de soluções digitais e inovadoras num total de 520 mil euros de financiamento.

O convite à apresentação de propostas para selecionar as PME foi lançado a nível transnacional em Espanha (Catalunha), França, Eslovénia, Bélgica, Finlândia, Islândia e Portugal.

Como vantagens os beneficiários do Programa de Aceleração Digital terão mentoria e apoio técnico para a implementação do seu projeto; formação em digitalização por peritos; acesso à rede internacional da comunidade de inovação turística online TourBIZZ; visibilidade através das comunicações do TOURBIT.

Ao nível dos apoios financeiros, as PME localizadas na Catalunha, Portugal e Eslovénia terão disponíveis oito mil euros, enquanto as suas congéneres de França, Bélgica, Islândia e Lapónia terão acesso a nove mil euros.

Ao apresentarem o seu projeto de transformação digital, as empresas terão a oportunidade de obter financiamento e implementá-lo com o apoio de um mentor/expert de serviços e ter acesso a uma rede internacional.

O TOURBIT irá selecionar e admitir prestadores de serviços numa pool a partir do qual as PME poderão escolher o prestador mais apropriado para apoiar a implementação do seu projeto.

Os candidatos ao convite à apresentação de propostas devem estar registados num dos territórios da parceria – Catalunha, Portugal, Lapónia, Eslovénia, Islândia, Bélgica – e pertencer a uma das seguintes categorias da indústria do turismo: hotéis e alojamentos similares, parques de campismo, parques de veículos recreativos e parques de caravanas, agências de viagens e operadores turísticos.

Para além desta chamada a PME do setor, o programa convida ainda os profissionais e empresas interessadas a candidatarem-se à admissão na pool de prestadores de serviços e, por consequência, a terem a possibilidade de serem contratados por PME de turismo para apoiar a implementação do seu projeto.

“Acreditamos que a inovação pode ser impulsionada pela digitalização ao mesmo tempo que gera mais eficiência económica e ambiental e traz oportunidades sem precedentes para as PME do turismo, tais como o desenvolvimento de novos produtos e serviços, processos, acesso a novos mercados e uma melhor experiência do cliente. A digitalização abre oportunidades, mas, tal como outras forças globais da indústria, coloca muitos desafios às empresas do setor.”, explica Roberto Antunes, diretor-executivo do NEST.

O projeto TOURBIT teve início em janeiro de 2022 e irá trabalhar nas atividades e objetivos do projeto até junho de 2024. O programa tem um orçamento global de 1.331.570 euros, dos quais 520 mil euros serão encaminhados para PME de turismo, e será financiado até um máximo de 75% através do programa COSME- Europe’s para PME.

As atividades financiadas passam pela digitalização, automatização ou melhoria de processos internos, gestão de dados, melhorias de cibersegurança, melhoria da relação com o cliente e presença online, melhoria de produtos ou serviços usando tecnologias digitais, como, por exemplo, inteligência artificial, realidade aumentada, cloud computing, entre outras.

As PMEs de turismo interessadas em promover a sua digitalização e que cumpram os critérios podem candidatar-se antes do prazo para apresentação de candidaturas (23 de março de 2023).

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Jason Lalor é o novo diretor-executivo da Conferma Pay

Jason Lalor vai liderar a empresa no seu objetivo de criar novas e melhoradas capacidades digitais em cartões virtuais, transformando a experiência de pagamento para a indústria de viagens.

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Depois da aquisição por parte da Sabre, em agosto de 2022, e de uma nova parceria e investimento minoritário pela Mastercard, em novembro de 2022, concluída a 31 de janeiro de 2023, a Conferma Pay e Sabre Corporation nomearam Jason Lalor como diretor-executivo da Conferma Pay.

Com mais de 20 anos de experiência de liderança em operações comerciais, desenvolvimento de estratégias e envolvimento de parceiros em algumas das mais conhecidas e inovadoras empresas de tecnologia financeira do mundo, Jason Lalor foi, mais recentemente, diretor-executivo da Square em Dublin, bem como diretor-executivo em vários conselhos internacionais da Square.

Antes de se juntar à Square, Lalor passou seis anos na Mastercard numa variedade de funções, incluindo diretor-geral da Irlanda e vice-presidente das Parcerias Europeias Fintech e Digital. Anteriormente ocupou posições de topo no Barclaycard, American Express e Dell.

A nomeação da Lalor marca o próximo passo na Conferma Pay e na viagem do Sabre para pagamentos virtuais. Com base nas novas parcerias da Conferma Pay com a Sabre e Mastercard, Lalor vai liderar a empresa no seu objetivo de criar novas e melhoradas capacidades digitais em cartões virtuais, transformando a experiência de pagamento para a indústria de viagens.

A Conferma Pay liga os emissores a mais de 700 empresas de gestão de viagens, sistemas de distribuição global líderes e mais de 100 ferramentas de reserva online. Está totalmente integrado com as principais redes de cartões e serve mais de 50 parceiros bancários, que emitem cartões virtuais gerados pela Conferma Pay em quase 100 moedas.

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