Espanha vai fazer acordos bilaterais se certificado europeu não avançar
Posição espanhola é avançada por Fernando Valdés, secretário de Estado do Turismo de Espanha.

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O secretário de Estado do Turismo de Espanha, Fernando Valdés, anunciou que, se o certificado europeu de vacinação, conhecido como Green Pass Digital, não avançar, o país vai estabelecer acordos bilaterais para retomar o turismo a tempo do verão.
“A forma de permitir viagens na Europa deve ser decidida ao nível da União Europeia, mas se não se puderem tomar essas decisões, pensaremos noutras soluções, como corredores, corredores verdes com países terceiros que podem ajudar-nos a retomar os fluxos turísticos”, afirmou Fernando Valdés, citado pelo jornal espanhol Hosteltur.
As palavras do governante estão já a animar o setor turístico espanhol, que acredita na retoma do mercado britânico, até porque o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, tinha anunciado na semana passada que o país pretende levantar todas as restrições às viagens relacionadas com o coronavírus até 21 de junho e retomar as viagens internacionais já a partir de 17 de maio.
Em relação ao mercado britânico, também Fernando Valdés se mostrou otimista, afirmando mesmo que “talvez no verão seja possível recuperar os turistas britânicos em Espanha”, até porque o governo espanhol pretende trabalhar com o executivo britânico no sentido de se “criar um regime de medidas que permitam aos britânicos visitar o seu destino mais popular este verão”.
De acordo com o secretário de Estado do Turismo de Espanha, os passaportes de vacinação e outros certificados são medidas que podem vir a estar incluídas nesses acordos bilaterais, que Espanha quer estabelecer caso o certificado europeu não avance.
O Hosteltur lembra ainda que a ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha, Reyes Maroto, participou na recente reunião de ministros de Turismo da União Europeia, durante a qual defendeu a criação de um certificado europeu para facilitar a circulação na Europa e permitir a retoma das viagens, tendo mesmo assinado uma declaração conjunta com a Áustria, Bulgária, Grécia, Malta e Eslováquia em defesa dessa posição.