TAP regista prejuízos de 582 M€ no primeiro semestre
Números constam de uma nota enviada à CMVM, onde a companhia diz que os resultados foram “significativamente impactados pela quebra de atividade a partir de março”, devido à COVID-19.
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A TAP S.A. registou um prejuízo de 582 milhões de euros no primeiro semestre do ano, valor que foi agravado devido à pandemia da COVID-19 e que compara com os 112 milhões de perdas apurado em igual período do ano passado, avança a Lusa, que cita um comunicado da companhia aérea enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“A COVID-19 causou enormes prejuízos a toda a economia e à indústria de transporte aéreo em particular, com a TAP S.A. a registar um resultado líquido consolidado negativo de 582 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, o que representa 96% do resultado líquido do primeiro semestre do Grupo TAP (consolidado da TAP SGPS), que foi negativo em 606 milhões de euros”, lê-se no comunicado.
Na nota enviada à CMVM, a TAP explica que a operação e resultado relativos ao primeiro semestre do ano foram “significativamente impactados pela quebra de atividade a partir de março”, quando a pandemia da COVID-19 chegou a todo o mundo e paralisou a aviação mundial.
A TAP explica ainda que o valor dos prejuízos foi também agravado pelos “custos de excesso de cobertura de combustível (‘jet fuel’)”, no valor de 136,3 milhões de euros, que dizem respeito a contratos fixos para aquisição de combustível que tiveram de ser mantidos, apesar da operação ter praticamente parado, bem como pelos efeitos de desvalorização de moeda no valor de 58 milhões.
Apesar do fraco resultado, a TAP sublinha que, antes da paragem forçada, em janeiro e fevereiro, os principais indicadores operacionais apontavam para a manutenção da tendência de crescimento que já se tinha observado no segundo semestre de 2019, já que tinham sido transportados mais 13,4% de passageiros, enquanto o RPK tinha aumentado 18,1% e a capacidade 15%.
“A quebra de atividade verificada a partir de março de 2020, em resultado da pandemia de covid-19, mais do que eliminou a boa ‘performance’ observada nos primeiros dois meses do ano, impactando muito negativamente a ‘performance’ da TAP no primeiro semestre”, justifica a transportadora nacional.
No acumulado do primeiro semestre, a TAP registou uma diminuição dos rendimentos operacionais totais em 55,4%, enquanto as receitas de bilhetes caíram 57,2%, o equivalente a menos 730 milhões de euros, quando nos primeiros dois meses do ano os rendimentos operacionais totais tinham aumentado 19,4%, enquanto as receitas de bilhetes subiam 20,8%, o que indicava um aumento 71 milhões face aos mesmos meses de 2019 nas receitas de bilhetes.
Já o EBITDA dos primeiros seis meses do ano caiu 256,4 milhões de euros, atingindo o resultado negativo de 128,8 milhões de euros, ainda que nos dois primeiros meses de 2020 até tivesse subido 54,4 milhões de euros, enquanto o EBIT apresentou uma quebra de 256,4 milhões de euros, para -427,6 milhões, depois de em janeiro e fevereiro ter aumentado 35,7 milhões de euros.
Operação
Já a performance operacional da TAP nos primeiros seis meses de 2020, a empresa registou uma descida de 34% na capacidade de março, indicador que viria a descer ainda mais nos meses seguintes, chegando a quebras de 99% em abril, 98% em maio e 97% em junho, face a iguais meses de 2019.
Já o número de passageiros transportados pela TAP, entre janeiro e junho, caiu 62%, para três milhões de passageiros, quando em igual semestre de 2019 a companhia tinha transportado 7,9 milhões de passageiros.
O RPK também desceu, numa quebra que atingiu os 58,9%, enquanto a capacidade diminuiu 54,3% e a taxa de ocupação (‘load factor’), que tinha melhorado 1,9 pontos percentuais nos primeiros dois meses do ano, deteriorou-se em 8 pontos percentuais no acumulado do primeiro semestre.
A TAP lembra ainda que adotou várias medidas no sentido de preservar a liquidez da empresa, como a suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, renegociação de contratos e prazos de pagamento, não renovação de contratos de trabalhadores a termo, ou a adesão ao regime de ‘lay-off’ simplificado.