Aeroporto de Lisboa: Costa rejeita alterar “um investimento estrutural” por causa da pandemia
O primeiro-ministro garante que o governo vai continuar a trabalhar para que não haja atrasos na execução do novo aeroporto na região de Lisboa.
Carina Monteiro
Hoteleiros questionam aumento da taxa turística em Lisboa e pedem “transparência” na relação com o Turismo
Marriott International acrescenta 100 hotéis e 12.000 quartos ao portfólio europeu até 2026
Lufthansa revê resultados para 2024 em baixa
CoStar: Pipeline hoteleiro regista trajetória ascendente no continente americano
Depois dos hotéis, grupo Vila Galé também aposta na produção de vinho e azeite no Brasil
Novo MSC World America navega a partir de abril de 2025 com sete distritos distintos
Top Atlântico promove campanha para as viagens de verão
ERT do Alentejo dinamiza Estações Náuticas na Nauticampo
TAP escolhe filmes do Festival ART&TUR para exibição nos voos de longo curso
Universidade de Coimbra lança curso de Empreendedorismo em Desportos Aquáticos e Viagens
António Costa considerou esta segunda-feira, dia 28 de setembro, que o novo Aeroporto de Lisboa não deve sofrer alterações por causa da conjuntura atual. Durante o discurso de abertura da V Cimeira da Confederação do Turismo de Portugal, o primeiro-ministro garantiu que o governo vai continuar a trabalhar “com o município da Moita e com a ANA Aeroportos para que nada justifique atrasos na execução daquilo que é o projeto necessário para podermos ter um novo aeroporto na região de Lisboa com capacidade de responder àquilo que voltará a ser a procura no período pós-COVID”.
Para Costa, não se pode “alterar um investimento estrutural por causa de uma conjuntura adversa como aquela que estamos a viver”. “Se este é um investimento que há mais de 50 anos se considera prioritário, creio que não há-de ser uma pandemia que justificará alterar aquilo que já era necessário há 50 anos”.
António Costa mostrou confiança na recuperação do turismo no pós-COVID, uma vez que Portugal foi considerado, por três anos consecutivos, o melhor destino turístico do mundo, algo que, na opinião do primeiro-ministro, não se alterará. Porém, António Costa reconheceu que o problema está em chegar ao pós-COVID.
Nesse sentido, anunciou que o governo está a preparar a flexibilização do quadro legal da medida de apoio à retoma (que substitui o lay off simplificado), de forma “a ajustar a medida àquilo que é a realidade da evolução da economia, em particular à evolução do setor do turismo” .
O governo está também a trabalhar “para incluir, no Orçamento de Estado para o próximo ano, um programa de apoio à procura que permita aos clientes poder recuperar parte do IVA pago nos serviços de restauração e turismo em novas compras” nestes setores, anunciou António Costa.
“A prioridade, desde o início desta crise, tem sido preservar ativos e os recursos humanos qualificados que foram cruciais à qualificação do setor do turismo de Portugal. Este exercício é marcado por uma enorme incerteza”, referiu. Para o primeiro-ministro, “a maior ou menor procura do turismo tem tido pouco a ver com a realidade concreta da pandemia em cada destino” ou com os corredores abertos, mas sim com um problema essencial chamado confiança”.
António Costa prometeu diálogo permanente e uma relação de confiança entre o setor privado e o Estado para “atravessar com a maior estabilidade possível este período”.
“Precisamos de um setor turístico sólido, robusto, capaz de continuar a acolher os turistas que nos procuram como o melhor destino turístico do mundo, mas precisamos também que as finanças públicas recuperem a robustez que tinham em 2019, em que pela primeira vez tivemos um excedente orçamental”, considerou.
A pensar no futuro, o primeiro-ministro recordou que, entre as diferentes medidas que têm vindo a ser desenhadas no Quadro de Recuperação e Resiliência, há um conjunto de ações que “são particularmente importantes para o turismo, nomeadamente aquelas que dizem respeito ao financiamento de projetos no âmbito da transição digital e da transição climática”. Para António Costa, as empresas devem “aproveitar esta ocasião de menor procura para fazer investimentos, que no pós-COVID terão efeitos benéficos”.
Por fim, o primeiro-ministro disse que é preciso continuar a fazer investimentos. “Como sinal de confiança vamos abrir, já em outubro, sete concursos no âmbito do Programa REVIVE Natureza e 19 até ao final do ano, também no âmbito deste programa”.
Costa anunciou, ainda, que no âmbito do turismo sustentável, será lançado em outubro “um novo plano de sustentabilidade para o setor, assim como um conjunto de atividades de promoção interna e externa do Turismo de Portugal”.