Modelos de negócio híbridos são a solução para a organização de eventos, congressos e reuniões
João Paulo Oliveira, founder & managing partner da Leading, considera que o Turismo não merece ser tratado de forma diferente, só porque há a perceção que o setor tem uma vida fácil”.
Raquel Relvas Neto
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Com 90% de cancelamento dos eventos agendados para este ano e com perspetiva que os cancelamentos continuem por 2021, se até então não for desenvolvida uma vacina ou outra forma terapêutica contra a COVID-19, a Leading está a reinventar o seu negócio de organização de eventos, congressos e reuniões.
João Paulo Oliveira, founder & managing partner da Leading, explica que, como qualquer crise, também esta obriga que as empresas “se reinventem, porque o mercado e os clientes também aprendem a ver as coisas de outra perspetiva”. No que toca à Leading, esta crise veio “acelerar opções que tínhamos pensado como mais estratégicas”, ou seja, de forma generalista “vamos digitalizar tanto quanto possível a nossa operação, vamos apostar mais em modelos próprios e trabalhar melhor o ciclo do negócio”. A Leading vai apostar assim em materializar algumas necessidades, passando a disponibilizar “modelos de negócio híbridos que passem pelo digital e pelo presencial”.
Questionado relativamente a como as entidades públicas podem contribuir para a atual realidade dos empresários do setor, João Paulo Oliveira espera “coragem e pragmatismo nas decisões” por parte do Governo. para o responsável tem de ficar claro que o “Turismo foi muito recentemente o motor da retoma, puxou pelo país e deu um contributo muito importante para a economia nacional”. Mas aponta que o tecido empresarial do Turismo é constituído por “empresas com características muito especificas que devem ser compreendidas”. Ou seja, explica, “é um setor que não pode ser visto como outros setores. Por isso, porque pode ser novamente a tal locomotiva da retoma, tem de ser apoiado”. Mas “não com medidas que promovem o endividamento mas com medidas que não retirem competitividade às empresas”. Para o responsável, é essencial contar com “apoios fortes e, em alguns casos, a fundo perdido. Não podemos e não merecemos ser tratados de forma diferente de outros setores, só porque há a perceção que o setor tem uma vida fácil, não é reivindicativo e subsiste em qualquer circunstância”.
No que refere a entidades como o Turismo de Portugal, as ERT’s e as ARPT’s, o responsável da Leading espera que estas “liderem uma estratégia pensada, desenhada propositadamente para uma saída da crise. E que não voltem ao mercado exatamente da mesma forma que lá estavam antes. Isso seria imoral e inaceitável, porque de facto as empresas precisam dessas entidades para conseguirmos internacionalmente um posicionamento e resultados concretos”.
O responsável considera que Portugal vai beneficiar da sua imagem, que “é cada vez mais reconhecida”. “Por isso temos de continuar esse caminho de afirmação e complementá-lo com aquilo que vai ser o mindset do viajante. Em algumas coisas certamente diferente, noutras igual ao de até agora”, conclui.