Eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar exige ajudas diretas para o turismo português
“A Comissão Europeia não está a fazer o suficiente! Esperávamos muito mais!” são as críticas da deputada portuguesa.
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A Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu debateu, esta terça-feira, dia 21 de abril, em audição parlamentar, com o comissário responsável pelo sector Thierry Breton o impacto da pandemia covid-19 no setor do Turismo e Viagens.
Cláudia Monteiro de Aguiar, deputada do PSD, interveio dando voz à posição e a várias medidas apresentadas pela Tourism Task Force, já dirigidas por carta, ao mesmo comissário, há cerca de duas semanas.
“A Comissão Europeia não está a fazer o suficiente! Esperávamos muito mais!” foram as críticas iniciais da deputada portuguesa à apresentação da visão sobre o setor anunciadas por Thierry Breton.
Ao anunciar que a Comissão entregaria respostas e um plano de recuperação do setor numa Conferência Europeia de Turismo em setembro, Cláudia Monteiro de Aguiar indignou-se “se não apresentarmos soluções agora e aguardarmos por setembro será o fim de muitas Micro, Pequenas e Médias Empresas. O setor precisa de apoio direto, para o imediato.”
Dando o exemplo de Portugal como o terceiro país dos 27 Estados Membros mais dependente do Turismo, cujo contributo do setor para o PIB é de 16.5%, a Eurodeputada exige “compromisso, vontade e coragem política” da Comissão em “apresentar a linha de orçamento para o Turismo que o Parlamento tem vindo a pedir há anos” e que “independentemente do formato, o crucial é que as medidas apoiem os Estados-Membros mais afetados, com base no critério do impacto do Turismo no PIB, como é o caso de Portugal”.
Na sua intervenção o Comissário Breton alertou que “o turismo e viagens de todas as pastas que é responsável enquanto Comissário, está nas suas prioridades, porque não é apenas um dos sectores mais afectados mas também aquele que vai demorar mais tempo a recuperar” anunciando que é necessário “reinventar o sector usando as novas realidades digitais, da sustentabilidade e económicas”. O Comissário concluiu que a União precisa de um ‘Marshall Plan” e que o Turismo será o beneficiário número um”.