“Não há qualquer razão para degradar o preço que demorou cinco anos a construir”
Gonçalo Rebelo de Almeida defende que a recuperação será mais lenta se os hoteleiros degradarem os preços.
Carina Monteiro
10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo
ARAC reúne em assembleia geral para discutir plano de atividades e orçamento para 2024
Agência Abreu aposta em viagens premium de enoturismo
Savills aponta para aumento do volume de investimento em hotéis europeus face a 2023
Negócios no setor das viagens e turismo caíram 14,9%
Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira
easyJet corta voos para Israel até outubro
W Algarve tem novo diretor-geral
Nações Unidas discutem papel do turismo para o desenvolvimento sustentável
Quinta de S. Sebastião abre portas ao Enoturismo
O administrador dos Hotéis Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida, apelou na passada quinta-feira,dia 9 de abril, aos players do setor que não baixem os preços quando a atividade retomar. O responsável falava num webinar sobre “Inovação e Tecnologia na Hotelaria”, organizado pela Infraspeak com o apoio do Publituris.
O responsável dos Hotéis Vila Galé estima que a partir de abril do próximo ano possa “haver uma tendência para se começar a ter outra vez boas ocupações”. No entanto, não consegue prever quando é que a hotelaria vai voltar aos níveis pré-COVID-9, uma vez que essa recuperação vai depender das estratégias de preço. “Deixo aqui um apelo público a todos os players do setor: é muito perigoso entrarmos num programa de descida e de degradação de preço que demorou anos a construir. Não há qualquer razão para vendermos mais barato. O produto não está pior, é exatamente o mesmo produto e tem um determinado valor”.
Para o gestor hoteleiro, “é preciso muita atenção nas políticas de captação do cliente”. Gonçalo Rebelo de Almeida defende uma “captação inteligente”, “evitando a todo o custo a via da promoção e do preço como único fator de venda”. “As pessoas não vão viajar mais se não se sentirem seguras só por causa do preço. Não vou dizer que não se tenha de fazer alguma coisa, mas é preciso muito cuidado com isso. Isto pode fazer com que, em termos de número de clientes, a resposta seja mais rápida, mas do ponto de vista da receita demore cinco, seis anos. Caso se caia na tentação de fazer descontos de 15% e 20% a partir do próximo ano, então sim vamos demorar cinco, a seis anos a recuperar. A estratégia preferível é aguentar o nível de preço, deixando a procura crescer, porque ela vai crescer”.