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Reportagem| Turquia Eterna

Dividida entre a Europa e a Ásia, num território em tempos disputado por cristãos e muçulmanos, a Turquia é um destino turístico ímpar, que mistura história, religião e cultura. Venha com o Publituris conhecer o país das 1001 noites.

Inês de Matos
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Reportagem| Turquia Eterna

Dividida entre a Europa e a Ásia, num território em tempos disputado por cristãos e muçulmanos, a Turquia é um destino turístico ímpar, que mistura história, religião e cultura. Venha com o Publituris conhecer o país das 1001 noites.

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Dividida entre a Europa e a Ásia, num território em tempos disputado por cristãos e muçulmanos, a Turquia é um destino turístico ímpar, que mistura história, religião e cultura. Venha com o Publituris conhecer o país das 1001 noites.

Diz o ditado popular que ‘não há duas sem três’ e é verdade, pelo menos, confirmou-se na minha última viagem à Turquia, país que visitei entre 16 e 23 de fevereiro, a convite da Lusanova e da Turkish Airlines, que promoveram uma famtrip para dar a conhecer a um grupo de oito agentes de viagens o circuito ‘Turquia Eterna’, que começou em Istambul, passou por Ankara, Capadócia e Pamukkale, e só terminou em Izmir.
Foi também a terceira vez que visitei Istambul. A maior cidade da Turquia – que acolhe 16 dos 83 milhões de habitantes do país – é um destino que todos deveríamos visitar uma vez na vida, porque é uma lição de história, já que Istambul foi, por séculos, palco de guerras e invasões, mas também pela exuberante cultura e porque o povo turco sabe receber os turistas.
Apaixonei-me pela cidade na primeira visita, em 2012 e por motivos profissionais, voltei em 2018, de férias, e sabia que regressaria porque Istambul é uma cidade monumental, que faz sombra às mais belas capitais ocidentais, com a vantagem de ser também um livro de história permanentemente aberto, para consultarmos a nosso belo prazer, saltando do tempo dos romanos para a época dos sultões ou das batalhas entre cristãos e muçulmanos.
Fundada em 330 D.C. pelo imperador Constantino – a quem deve o nome de Constantinopla que envergou durante séculos – Istambul oferece um sem fim de monumentos que vão testemunhando as várias fases e períodos históricos que a cidade viveu. Um desses monumentos é o Museu de Santa Sofia, ou Aya Sofya em turco, que significa “Sagrada Sabedoria” e que é uma das mais impressionantes atrações de Istambul, seja pela sua dimensão ou pelas várias funções que desempenhou no passado, quando alternou entre catedral e mesquita, e que lhe deixaram marcas profundas.
Vista de fora, Santa Sofia distingue-se pela dimensão. O grandioso edifício, que foi a maior catedral do mundo por quase um milénio, representou um desafio para os arquitetos que o idealizaram pelo peso da sua cúpula, com mais de 55 metros de altura e 33 de diâmetro. Foi por causa da cúpula que Santa Sofia foi o primeiro edifício no mundo a possuir contrafortes, só assim foi possível que as paredes da catedral aguentassem o peso da cúpula descomunal.
Santa Sofia funcionou como catedral cristã até 1453, ano em que Istambul, então Constantinopla, foi conquistada pelo sultão Mehmet II, o Conquistador, que a transformou numa mesquita. É dessa época que datam os quatro minaretes que rodeiam o edifício e foi também nessa altura que os sinos e o altar da catedral foram retirados, enquanto os mosaicos que decoravam o interior foram cobertos com gesso, assim permanecendo durante os 478 anos seguintes. Em 1931, o edifício foi secularizado e, quatro anos depois, reabriu como museu, já com os mosaicos descobertos.  Estas fases históricas estão bem marcadas no interior do Museu de Santa Sofia e, hoje, os mosaicos com representações da vida de Cristo são exibidos, lado a lado, com versículos do Alcorão, numa prova de que as religiões podem conviver pacificamente, por muito que tenham motivado batalhas e guerras no passado.

Istambul

Chegámos a Istambul já a noite tinha caído e, por isso, apenas no dia seguinte começou verdadeiramente a aventura pela terra das 1001 noites. O antigo Hipódromo de Constantinopla, que era um centro desportivo e social, foi o primeiro ponto de visita, bem no centro histórico da cidade, a única no mundo dividida entre o continente europeu e o asiático.
Na época em que o Hipódromo foi construído, no século V, Constantinopla era a maior cidade do mundo e capital do império Bizantino, também conhecido como Império Romano do Oriente. Hoje, restam poucos fragmentos da construção original e, no seu lugar, encontra-se a bem conhecida praça de Sultanahmet. Ainda que o Hipódromo tenha sido destruído, vale a pena passar pelo local e imaginar como seria o espaço na época dos bizantinos, quando tinha capacidade para 100 mil espetadores e era rodeado por palácios imperiais.
Depois do Hipódromo, seguimos para a Mesquita Azul, outra das imagens de marca de Istambul. Construída em 1609, em frente à catedral de Santa Sophia, a Mesquita Azul deve o nome aos mosaicos azuis de Iznik que se encontram no seu interior e é a única em Istambul que possui seis minaretes. Reza a história que o Sultão Ahmed I queria construir uma mesquita maior que Santa Sofia, como não conseguiu, apostou nos minaretes. Inicialmente, a ideia era até construir sete, mas já existia uma mesquita em Meca com esse número e o sultão não quis afrontar a cidade sagrada do Islão. Ficou com os seis minaretes que se impõem na paisagem da cidade, mesmo em frente ao Museu de Santa Sofia.
É nos arredores de Santa Sofia e da Mesquita Azul que se encontra ainda o Palácio de Topkapi, um majestoso complexo que, durante séculos, serviu de residência aos sultões otomanos e que chegou a albergar mais de quatro mil pessoas nos seus 700 mil metros quadrados de área. Por todo o complexo é possível visitar exposições sobre os sultões que habitaram o palácio, assim como algumas dedicadas à religião muçulmana, e é também possível visitar o Harem, a zona onde viviam as esposas e as futuras esposas dos sultões.
Em Istambul, imperativo é também passar pelo Grande Bazar, um espaço coberto onde quase tudo se comercializa e que conta com perto de 4.500 lojas, assim como pelo Bazar Egípcio, dedicado às especiarias, chás e aos famosos Turkish Delight, uma iguaria turca que pode ser vista como os primórdios das gomas atuais. Ambos os espaços são agradáveis, com de Mustafa Kemal Atatürk, o local onde se encontram os restos mortais do homem que terminou com o regime de sultanato e tornou a Turquia numa república, e que, ainda hoje, é amado pelo povo turco, “principalmente pelas mulheres”, como nos disse Sezen, a guia do recetivo Age Travel que nos acompanhou durante toda a viagem e que nos explicou que foi Atatürk quem emancipou as mulheres turcas, ao conferir-lhes diversos direitos, como o direito de voto, instituído em 1934, e proibiu o uso da burka, obrigatório durante o regime Otomano, que vigorou até final da I Guerra Mundial.
Visitar o Mausoléu de Atatürk é uma forma de se ficar a conhecer melhor a história do país, com a vantagem do espaço ser também um bonito monumento, que conta com uma praça central onde se costumam realizar eventos diversos e que conta também com várias exposições sobre a história da Turquia e de Mustafa Kemal Atatürk, cujo corpo foi sepultado junto com 81 vazos com terra de cidades turcas, assim como do Chipre e Azerbaijão, a ilha do Mediterrâneo onde a Turquia está presente e o país com o qual tem relações privilegiadas.
Apesar de ser uma cidade relativamente recente, já que foi fundada em 1923, Ankara localiza-se na Anatólia Central, região que já era habitada há mais de 10 mil anos a.C. e cujos vestígios históricos dessa época se encontram reunidos no Museu das Civilizações da Anatólia. É neste museu que se encontra, por exemplo, a maior coleção de achados arqueológicos do tempo dos Hititas, um povo indo-europeu que se estabeleceu nesta região e que adorava o sol e venerava o boi. É por isso que o símbolo de Ankara foi, durante largas décadas, uma réplica de uma peça encontrada nas ruínas de uma antiga cidade Hitita e que representa o ciclo do sol, no qual o boi surge em lugar de destaque. A peça original pode ser vista no Museu das Civilizações da Anatólia, na zona dedicada à idade do bronze, já que o museu está organizado por épocas, desde o paleolítico, o que ajuda a que percebamos a evolução destas civilizações históricas, que moldaram muito do que somos hoje enquanto sociedade.

Capadócia

Da capital partimos rumo à Capadócia, na Anatólia Central, e uma das regiões da Turquia mais procuradas pelos turistas, devido às formações rochosas que parecem saídas de contos de fadas. Não é à toa que os locais as apelidam de ‘chaminés de fadas’. Segundo a guia Sezen, estas formações de tufo calcário resultaram de uma erupção vulcânica e foram esculpidas naturalmente pela erosão, ao longo de milhões de anos. Hoje, são uma das principais atrações devido ao seu aspeto peculiar, que confere um carácter tão invulgar à paisagem da Capadócia.

Pelo caminho, passámos ainda pelo Lago Tuz, o maior lago salgado da Turquia, de onde é extraído muito do sal consumido no país, mas não nos demorámos, apenas o suficiente para registar o momento em fotografia. É que o lago é mais interessante no verão, quando a água evapora e deixa à superfície uma camada de sal que chega a 30 centímetros de espessura.
Ao contrário do Lago Tuz, o inverno torna a Capadócia ainda mais exuberante, já que as formações rochosas se pintam de branco com a neve, que transforma a paisagem quase lunar desta região. Tal como Istambul, esta viagem foi também um regresso à Capadócia, região que tinha visitado em 2012, sem neve, e que voltei agora a encontrar tão bela como então, mas com o branco da neve como um acessório especial, que lhe confere ainda maior beleza. É por isso que a procura por passeios de balão de ar quente, uma das imagens de marca da região, não arrefece no inverno, é que apesar do frio a paisagem fica ainda mais atrativa.
Começámos a visita à Capadócia pelas cidades subterrâneas. Por toda a região, existem mais de 60 cidades subterrâneas, algumas das quais com capacidade para 20 mil pessoas e que incluem vários níveis. Os relatos históricos são imprecisos e, por isso, não se sabe ao certo quando é que os habitantes desta região começaram a escavar a rocha e a construir cidades subterrâneas, ainda que vestígios encontrados apontem para vários milhares de anos antes de Cristo. Estas cidades terão, no entanto, ganho novo fôlego após o surgimento do cristianismo, quando os cristãos perseguidos precisaram de encontrar abrigo, daí que muitas cidades tenham igrejas no interior. Além de igrejas, incluíam também lagares, estábulos, poços e até um avançado sistema de ventilação, que permitia que o ar chegasse aos níveis mais inferiores.
Visitámos a cidade de São Mercurius, aberta ao turismo desde 2016 e que no século II D.C. acolhia quatro mil pessoas. A visita é interessante e divertida, mas pode ser assustadora para quem é claustrofóbico, pois é necessário atravessar passagens estreitas e túneis apertados.
Mas o esplendor da região só se revelaria por completo no dia seguinte, quando visitámos Göreme e o seu magnífico museu ao ar livre, que combina as características formações rochosas da Capadócia, com cavernas escavadas na rocha, naquilo que, no passado, foi uma espécie de mosteiro cristão, com várias igrejas e alojamentos para os monges. A zona de Göreme está classificada pela UNESCO como Património Mundial desde 1985 e, no interior, muitas cavernas ainda contam com frescos sobre a vida de Cristo, como a Igreja da Maçã, assim denominada porque um dos frescos retrata o Arcanjo Gabriel com um globo na mão, o que foi confundido pelos locais com uma maçã, daí que tenha ficado conhecida por esse nome.
Houve ainda tempo para passar no Vale Vermelho e Vale de Uçhisar, onde a paisagem também é marcada pelas ‘chaminés de fadas’; assim como para assistir a um espetáculo de danças tradicionais, que nos brindou com coreografias típicas, incluindo a famosa dança do ventre.

Pamukkale

Depois da Capadócia, seguimos pela antiga Rota da Seda até Pamukkale, uma das cidades termais mais conhecidas da Turquia, cujo nome significa ‘Castelo de Algodão’, o que se deve às formações calcárias brancas que, com o passar dos anos, deram origem a uma espécie de piscinas em cascata e que parecem feitas de algodão.

Era uma das visitas em relação à qual mais expetativa alimentei e, apesar de não ter sido uma desilusão, também não posso dizer que correspondeu ao imaginado. Apesar da beleza do local, que é Património Mundial da UNESCO desde 1988, a visita a Pamukkale tem mais impacto durante o verão, quando todas as piscinas estão cheias de água termal e pintam a paisagem de branco e azul, já que, no inverno, muitas piscinas ficam vazias, o que retira cor e exuberância ao cenário e transforma completamente a paisagem.
Mas, em Pamukkale, não são apenas as piscinas termais que interessam, uma vez que as propriedades termais desta região são conhecidas há séculos, o que levou os gregos a fundar nesta zona a cidade de Hierápolis, no século II a.C. Os gregos permaneceram na cidade até às primeiras décadas d.C., mas um violento terramoto viria a destruir Hierápolis, que foi reconstruída, apesar de ter perdido quase todo o seu carácter helenístico, tornando-se numa cidade tipicamente romana, onde os banhos termais eram o ex-libris. Desses tempos, restam ainda diversos vestígios, como os 1.200 túmulos gregos, romanos e cristãos, a ágora e o coliseu, que tinham capacidade para 15 mil pessoas, o que quer dizer que a cidade teria cerca de 150 mil habitantes, já que os teatros desses tempos costumavam ter capacidade para 10% da população da cidade.
As propriedades termais eram, no entanto, o principal atrativo da cidade, tanto que até Cleópatra se banhou numa das suas piscinas, quando visitou a cidade depois de se casar com Marco António. A piscina ficou conhecida para a posteridade como a ‘piscina da Cleópatra’ e ainda hoje pode ser visitada, permitindo-nos imaginar como era a cidade nos tempos em que a bela rainha egípcia a visitou.

Éfeso

Depois de conhecermos a região termal de Pamukkale, voltámos à estrada, com destino a Éfeso, outra antiga cidade grega, cujo período áureo foi, no entanto, vivido já durante a ocupação romana, quando chegou a ser a segunda maior cidade do império, depois de Roma.
A cidade terá nascido por causa do Templo de Artémis, uma das sete maravilhas do mundo antigo, que levou muitos a fixarem-se nos arredores deste local sagrado. O templo seria destruído numa revolta popular, mas a cidade manteve-se e, apesar dos violentos terramotos, só o assoreamento do rio Caístro, onde ficava o importante porto da cidade, ditaria o seu definhamento.
Na época dos romanos, Éfeso era uma autêntica metrópole, tinha uma população de cerca de 350 mil habitantes, que chegava a 500 mil quando os soldados romanos estavam na cidade, duas ágoras, um teatro com capacidade para 35 mil pessoas e a terceira maior biblioteca do mundo antigo, a Biblioteca de Celso, que apenas ficava atrás das bibliotecas de Alexandria e Pérgamo. E com tantos soldados a visitar a cidade, era natural que em Éfeso não faltasse sequer um bordel, já que, além do corpo e do espírito, era preciso cuidar também do coração.
Percebemos a importância que tinha Éfeso e a grandiosidade da cidade assim que começámos a caminhar pelas suas ruínas. A rua que vai desde o início da cidade até ao rio é quase uma avenida e encontrava-se totalmente ladeada por majestosas colunas e estátuas de pedra. Ainda hoje é impressionante caminhar por esta rua e imaginar como seria nos tempos áureos de Éfeso. Mas há uma parte da cidade a que ninguém resiste e onde se soltam as gargalhadas mais genuínas: as latrinas. As casas-de-banho públicas de Éfeso estão bem conservadas e basta olhar para elas para percebermos do que se tratava. Reza a história que eram usadas pelas mulheres durante a manhã e pelos homens à tarde, e que, à falta de papel higiénico, se usavam umas esponjas reutilizáveis, o que não abona muito em favor dos hábitos de higiene de então. A urina era, depois, usada nos têxteis e as fezes para fertilizar a terra, ou seja, seguindo à risca o lema de Lavoisier, “nada se perde, tudo se transforma”.
Em Éfeso, demos ainda um saltinho à Casa da Virgem Maria, localizada no monte Koressos, a poucos minutos da cidade histórica. A forma como este local foi descoberto pode ser comparada a um milagre: segundo consta, foi encontrado depois da freira alemã Ana Catarina Emmerich ter tido uma série de visões sobre a vida de Cristo e da Virgem Maria. Foi com base nas suas visões, que os historiadores se deslocaram à região e encontraram uma pequena casa de pedra, que veio confirmar os relatos de Ana Catarina Emmerich. Desde então, é visto como um local sagrado e é destino de milhares de peregrinos anualmente.
E foi a pensar em todas estas histórias do mundo antigo que seguimos para Izmir, a terceira maior cidade da Turquia e uma das mais antigas da bacia do Mediterrâneo, que se localiza junto ao mar Egeu. O tempo em Izmir não foi muito, mas permitiu dar um passeio pela cidade, junto ao mar, e fazer as últimas compras em terras turcas, já que os preços são muito mais apelativos que em Istambul. Foi o suficiente para perceber que, na próxima vez que visitar a Turquia, a quarta, portanto, terei de voltar a Izmir. Neste caso, espero superar o ditado e que, depois da terceira visita à Turquia, haja uma quarta. Insha’Allah, como dizem os muçulmanos.

*A jornalista viajou a convite da Lusanova e da Turkish Airlines.

Sobre o autorInês de Matos

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Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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Para mais informações contacte: Carmo David | [email protected] | 215 825 43

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

Publituris

Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

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O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
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Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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