Novas linhas de crédito e ajustamento do lay-off arrancam aplausos da AHP
Associação, que já tinha pedido a revisão das medidas, está satisfeita com novos apoios.
Rute Simão
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A Associação da Hotelaria de Portugal recebeu com agrado as novas medidas para as empresas anunciadas pelo governo, destinadas a assegurar a mitigação dos impactos económicos causados pelo COVID-19, nomeadamente as novas linhas de crédito disponíveis e a alteração ao acesso do regime simplificado de lay-off.
“As medidas anunciadas ontem já estão claramente mais pensadas para o nosso setor. É certo que esta alteração ainda obriga a uma compasso de espera difícil e temos de usar todos os outros mecanismos de apoio, fiscais e de segurança social. Mas estamos a viver um momento sem precedentes e o Turismo a atravessar uma crise repentina e esmagadora”, explica Raul Martins.
O presidente da associação que representa os hoteleiros do país já tinha pedido a revisão do teto máximo de 200 milhões de euros da linha de crédito inicialmente anunciada pelo governo bem como a redução do período de três meses de quebras na operação exigido para aceder ao lay-off.
“As primeiras medidas anunciadas estavam desajustadas à realidade da hotelaria. Estamos a falar tanto da linha de financiamento de 200 milhões, montante manifestamente insuficiente face à situação de praticamente quebra total da atividade; quer sobretudo da portaria feita para a manutenção dos postos de trabalho e apoios às empresas, denominada lay off simplificado, que não era, de todo, pensada para o nosso setor. Estarmos três meses à espera que as receitas baixassem 40% face ao período homólogo era inviável. Significava o fim imediato de muitas empresas hoteleiras”, justifica.
Recorde-se que foram lançadas, esta quarta feira, 18, três novas linhas de crédito dirigidas às empresas afetadas pelas consequências do COVID-19, sendo que 1700 milhões de euros são para o setor do Turismo: 600 milhões de euros para a restauração e similares e 900 milhões de euros para empresas como empreendimentos turísticos e alojamento.
Foi também reduzido o período de perdas a apresentar para aceder ao regime de lay-off, de três para dois meses.
Apesar de reconhecer o esforço do executivo de António Costa em apoiar as empresas, a AHP deixa um alerta. “Esperamos que, se forem necessárias outras medidas e ajustamentos, possamos também ter resposta célere da tutela do Turismo. E que a resposta da Segurança Social na operacionalização do apoio seja célere. Mas temos de ir medindo o pulso à situação. Para já assistimos a um encerramento progressivo de praticamente todas as unidades hoteleiras nossas associadas”, conclui o presidente.