Álvaro Vilhena, director-geral do operador turístico Viajar Tours
Viajar Tours mantém aposta para “continuar a criar a diferenciação no mercado”
O operador turístico aumentou a sua oferta charter em 18% para o verão 2020.
Raquel Relvas Neto
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Depois de ter transportado 13 mil passageiros nas suas operações em 2019, um aumento de 2500 passageiros comparativamente com o ano anterior, o operador turístico Viajar Tours eleva os objetivos para este ano e aumenta a sua oferta em voos charters para o verão.
Ao todo, o número de lugares disponível nas suas operações charters cresceu 18%, justificado com o lançamento de Cagliari à partida do Aeroporto do Porto e da retoma de Menorca também à saída do Porto, mas sobretudo pelo alargamento no tempo das operações para alguns destinos.
Num encontro com a imprensa, Eduardo Almeida, responsável pela contratação e programação, explicou a extensão de determinadas operações se deveu à análise daqueles destinos que verificaram que vendiam com maior antecedência, mas também porque tem sido “uma tendência que temos assumido nos últimos anos, que é conseguir ter mais operações estendidas no tempo, pois traz-nos maior risco mas algumas vantagens de negociação nos destinos”.
Ao todo vão ser 13 operações charters distribuídas por nove destinos. Saïdia, em Marrocos, o destino “mais forte em termos de vendas”, volta a entrar na programação charter do operador turístico pelo 11.º ano consecutivo, com partidas de Lisboa e do Porto, com a Privilege. A Tunísia acaba por ser o destino com uma aposta mais reforçada pelo operador turístico, que conta com operações para Djerba de Lisboa e do Porto, e Monastir à saída do Porto e Enfidha à saída de Lisboa. Para a Sardenha, o operador turístico vai colocar ofertas para o norte da ilha italiana (Olbia) à partida de Lisboa e Cagliari, no sul, à saída do Porto. Segue-se a Riviera de Antalya, na Turquia, que regressou em 2019 à programação da Viajar Tours, com saídas desde o Porto. Também do Porto, o operador disponibiliza mais uma operação para Menorca, em Espanha. Sicília, em Itália, e Creta, na Grécia são destinos disponibilizados também em voos charter à saída de Lisboa.
Em voos regulares, com lugares garantidos, o Viajar Tours também reforçou a sua oferta em 10% para este ano, para destinos como Gâmbia, Telavive, Porto Santo, Las Palmas, Tenerife, São Tomé e Maceió (Brasil).
Formação
Para fomentar as vendas dos destinos disponibilizados, o operador turístico encetou uma série de formações que vão passar por 17 cidades, para as quais têm um total de 900 agentes de viagens inscritos. Álvaro Vilhena, director geral do Viajar Tours, considera que a formação dos agentes de viagens é algo “que se sente cada vez mais necessidade de fazer”. Como tal, além das formações ao vivo, o operador turístico disponibiliza também o Manual do Agente para cada destino para onde tem programação, facultando assim informações e dicas úteis sobre os mesmos para esclarecer e partilhar conhecimento com os agentes de viagens. Para Eduardo Almeida, passa sobretudo por “dar ferramentas aos agentes de viagens para conseguir enquadrar o nosso produto no cliente”. Segundo o responsável, “temos produto para todo o tipo de cliente, mas nem todos os nossos destinos são para todo o tipo de cliente, (…) por isso, todo o conhecimento que dispomos, temos de passá-lo ao agente, porque pior do que não vender é vender mal”.
2020
Depois de um “bom ano”, em que o operador conseguiu “criar mais habituação ao mercado das agências de viagens de olhar para aquilo que é o nosso produto e a nossa diferenciação” e manter o compromisso de “responder aos pedidos dos agentes de viagens em colocar produto diferenciado em charter no mercado”, Nuno Anjos, director comercial do operador, realça que para 2020 as expectativas são de ganhar “cada vez mais espaço no mercado, como qualquer outra empresa”, especialmente “mais cumplicidade e notoriedade da marca perante as agências de viagens”. Para tal, o Viajar Tours pretende continuar a autêntico, porque “assim conseguimos continuar a criar a diferenciação no mercado, quer a nível dos destinos que vamos propondo todos os anos, quer a nível do serviço que temos vindo a conseguir manter com uma equipa magnífica”.
Questionado acerca da situação da dificuldade na obtenção de slots no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, exposta esta semana pelo presidente da TAP, Antonoaldo Neves, que referiu que a companhia aérea vai operar menos 1500 slots este ano, Álvaro Vilhena referiu que a TAP está a “tentar desenvolver todos os esforços ao mais alto nível no sentido de reverter o que em primeira instância lhes terá sido comunicado”. O responsável recordou que o operador turístico conta apenas com uma operação charter com a TAP este verão, concretamente para Olbia, a qual já tem um histórico de slot de três anos com a companhia aérea. “Para nós nada é definitivo para já. Pediram-nos para aguardarmos mais algum tempo e é o que estamos a fazer, expectantes. Deixamos para esse momento uma tomada definitiva de decisões”, esclareceu o diretor-geral do operador turístico.