Tunísia reforça apoio aos operadores turísticos
O Turismo da Tunísia volta a apostar no mercado português através da distribuição turística.
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Seis anos depois, Leila Tekaia volta a assumir a função de diretora para Espanha e Portugal do Turismo da Tunísia, fruto da aposta do destino em promover-se novamente nos mercados do Mediterrâneo.
Depois de um período conturbado pós-Primavera Árabe, a Tunísia trabalha diariamente para voltar a receber o número de turistas que recebia em 2010. Um dos mercados que se está a aproximar mais dos valores de então é, exactamente, o mercado português. Dos 9.400.000 turistas que visitaram o destino em 2019, 28 mil foram portugueses, o que significa um crescimento de 7% comparativamente com o ano anterior. “O mercado português registou muito bons números, mais do que o mercado espanhol”, refere, mencionando que 22 600 turistas espanhóis visitaram a Tunísia em 2019. “Portugal é o mercado que se está a aproximar mais dos valores de 2010, falta uma terça parte para chegar aos números da altura”, sublinha a diretora para Espanha e Portugal do Turismo da Tunísia, ao Publituris à margem da Fitur – Feira Internacional de Madrid.
Djerba é o destino tunisino que mais portugueses tem atraído, sendo mesmo, segundo a responsável, “o seu destino predilecto”. Segue-se a zona de Port Kantaoui, Sousse e Hammamet, enumera.
Mas são ainda mercados como França, Alemanha e Inglaterra que lideram os turistas estrangeiros que visitam a Tunísia. Por isso, foi tão importante para o destino a retoma das operações da Thomas Cook, que, após a sua falência, foi substituída por outros operadores turísticos.
O regresso dos turistas destes mercados resultou, sobretudo, do investimento que a Tunísia fez para restabelecer a confiança dos mercados internacionais, demonstrando a aposta feita em equipamentos de segurança em unidades hoteleiras, pontos de interesse culturais, aeroportos, etc. “Os poucos recursos que tínhamos, foram investidos em equipamentos de detecção, como câmaras, pórticos de segurança. Tudo isso foi feito, pouco a pouco, até conseguirmos reconquistar o mercado britânico, que foi o mercado mais atingido pelo último ato terrorista”, explica a responsável. Após o investimento em segurança, foram promovidas visitas de inspeção e controlo, que fizeram com que o destino reconquistasse novamente a confiança dos seus mercados emissores. “Voltámos a comunicar para conquistar os principais mercados primeiro e, agora, é uma boa altura para voltar a apostar nestes mercados mediterrânicos, que são interessantes para nós, pois são adeptos de circuitos, visitas culturais e temáticas, o que permite democratizar mais o turismo na Tunísia”, considera.
Operações
Para promover novamente o destino junto dos turistas portugueses, Leila Tekaia indica que a aposta recai junto dos operadores turísticos, pois, apesar da ausência da Tunísia no mercado, “os operadores turísticos mantiveram sempre a confiança no destino, a produzir menos, mas estava lá. Por isso, a primeira coisa que fazemos é apoiar os operadores turísticos, muito antes de fazer campanha para o público final”.
A contínua aposta dos operadores turísticos no destino tem-se revelado nos anúncios de operações charter e reforço das mesmas que vão sendo anunciadas ao mercado. “A boa notícia é que há um fantástico entendimento entre os operadores portugueses, existindo várias ‘pools’ a montar operações charters. Apesar de algumas dificuldades aéreas, mas que foram ultrapassadas, já conseguiram montar a operação desde Lisboa e do Porto, até Tunes, Djerba e Monastir. Algumas começam já na semana da Páscoa”, refere.
Com estas operações, as expectativas do Turismo da Tunísia para o mercado português não poderiam ser mais positivas. “Tendo em conta que tivemos um crescimento de 7% poderemos, com a ajuda e a presença da delegação, atingir os 15% que o índice, para voltar aos números de 2010”, acredita a responsável, que também refere que o crescimento global do destino deve manter-se na ordem dos 15%.