Vila Galé vai ter hotel nos Açores
A ilha de São Miguel é o mais recente destino de um novo projeto anunciado pela segunda maior cadeia hoteleira portuguesa.
Raquel Relvas Neto
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A Praça de São Francisco, na cidade de Ponta Delgada, nos Açores, vai ter no próximo ano aquela que será a primeira unidade hoteleira do Grupo Vila Galé no arquipélago.
Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo, anunciou, esta segunda-feira num encontro com a imprensa, que fechou parceria com a Santa Casa da Misericórdia para a recuperação de um edifício que vai receber um hotel com 100 quartos.
Este é mais um dos vários projectos hoteleiros que a Vila Galé tem em desenvolvimento no país. Já este trimestre, a Vila Galé prepara-se para abrir o Vila Galé Collection Alter Real – Resort Equestre, Conference & Spa no dia 13 de março, com 77 quartos, três piscinas exteriores, spa Satsanga com piscina interior aquecida, restaurante Inevitável de gastronomia regional, bar, biblioteca, enoteca, duas salas de reuniões e um salão de eventos com um museu do cavalo. Terá ainda um tradicional lagar de azeite totalmente recuperado, falcoaria também reabilitada e o respetivo museu. Localizado entre Elvas e Portalegre, este será o quarto hotel da Vila Galé no Alentejo, merecendo um investimento de cerca de dez milhões de euros.
A 27 de março, abre portas o Vila Galé Serra da Estrela a 27 de março, com 91 quartos, piscina exterior para adultos e outra para crianças, restaurante, lobby bar, spa Satsanga com piscina interior, jacuzzi exterior, salão de eventos e estacionamento, num investimento de cerca de dez milhões de euros. O tema será Mitos, lendas, costumes e tradições da região serrana. Rebelo de Almeida acredita que aquele que vai ser o primeiro hotel de montanha do grupo vai “ser um êxito” num destino onde “já fazia falta abrir um hotel novo”.
Estas duas unidades vêm no seguimento da estratégia que o grupo delineou para o interior do país, depois da abertura do Vila Galé Collection Elvas, no ano passado e que se revelou “uma boa experiência”. “Acredito muito que o futuro de Portugal e o seu desenvolvimento passa por conseguir-se fazer uma revitalização do interior”, disse o responsável, destacando que as regiões do interior carecem de mais projectos.
Os investimentos do grupo não se ficam por aqui e no próximo mês de julho fica finalizada a ampliação do Vila Galé Douro Vineyards, que passa de sete para 49 quartos, num investimento total de sete milhões de euros.
Ainda este ano, mas no Brasil, abre portas o Vila Galé Paulista, junto à Avenida com o mesmo nome na cidade de São Paulo, concretamente em Bela Cintra, com 108 quartos, um restaurante Massa Fina, uma cafetaria Vila Galé Café e clube de saúde com ginásio, sauna, sala de massagens e piscina exterior.
Outros projectos pelo país estão a ser desenvolvidos pelo grupo, como duas novas unidades em Beja, concretamente um hotel só para adultos e outro dedicado às crianças, mas ainda uma segunda unidade em Elvas, as Casas de Elvas by Vila Galé. “Vai ser um modelo de alojamento completamente diferente”, adianta o presidente da Vila Galé, descrevendo que estas casas ficam numa zona pedonal e cada uma delas vai ter um ou dois quartos.
A Vila Galé vai ainda ao concurso para uma unidade em Tomar e outro em Portalegre.
No Brasil, estão em projecto e com obras previstas para iniciar no segundo semestre de 2020, o Vila Galé Alagoas, com 514 quartos, seis restaurantes e centro de convenções; mas também um hotel no Palácio Rio Branco, em Salvador, num total de 106 quartos, entre zona do palácio e zona nova a ser construída na encosta sob a baía de Todos os Santos.
No que diz respeito à oferta existente, o responsável indicou que existe um forte investimento em remodelações, com especial destaque para as do Vila Galé Marina, Vila Galé Náutico e Vila Galé Estoril, e algumas pontuais em outras unidades. Para Rebelo de Almeida, a recuperação da oferta existente é importante, pois defende que “para mantermos a competitividade como destino turístico devemos investir muito na recuperação de hotéis”, importante não só para os hóspedes mas também “para o nosso pessoal também estar bem instalado” no respectivo local de trabalho.
Este ano, o grupo prevê despender cerca de 35 milhões de euros nas duas aberturas em Portugal, assim como na ampliação do projecto no Douro e as remodelações a decorrerem nas unidades mencionadas.