EHT de Portalegre celebra 11ª aniversário sendo referência na formação do Alentejo
Ao Publituris, Maria da Conceição Grilo, directora da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre (EHT Portalegre), fala sobre o espaço que a instituição já conquistou na região, mas também sobre os desafios da formação turística.
Raquel Relvas Neto
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A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre celebra este ano o seu 11º aniversário. Atualmente conta com 155 alunos de formação inicial, 500 alunos de formação contínua, sete funcionários e 34 formadores, seis cursos de formação inicial e 30 ações de formação contínua desenvolvidas nos distritos de Portalegre e Évora.
Ao Publituris, Maria da Conceição Grilo, directora da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre (EHT Portalegre), fala sobre o espaço que a instituição já conquistou na região, mas também sobre os desafios da formação turística.
Que balanço faz a EHT de Portalegre destes 11 anos?
A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre conseguiu afirmar-se no território e estou convicta de que é uma referência para o Alentejo. Crescemos em número de alunos e afirmámo-nos num contexto muito particular, de grande crescimento da oferta turística. Há 11 anos existia no Alentejo, apenas, um hotel de cinco Estrelas. Hoje nem consigo precisar quantos são. Neste contexto, a formação foi altamente valorizada, criando oportunidades de carreira para muitos dos nossos alunos. Conquistámos o nosso espaço no setor, seja pela capacidade de resposta às exigências do turismo actual, seja pela forma como temos, apesar do percurso ainda muito jovem, contribuído de forma concreta com a formação de profissionais de nível elevado nas mais diversas categorias e funções.
Quais os principais desafios que tiveram nestes anos?
A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre tem seguido uma estratégia de crescimento de número de alunos, tanto na formação inicial como na formação contínua, por forma a responder às necessidades do setor. Apostamos na formação de novos profissionais para o setor do turismo mas queremos, também, ser um farol e uma referência para esta área da economia. Esperamos que nos vejam como um parceiro onde podem atualizar conhecimentos. Por outro lado, procuramos diversificar a tipologia da oferta formativa, indo ao encontro das necessidades dos agentes que estão no terreno, podendo estes aprofundar, na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, as suas competências técnicas de gestão.
Tem sido, também, um grande desafio cimentar na Escola um corpo docente que nos permita alcançar estes desafios e querer, sempre, fazer mais e melhor. Temos conseguido atrair e reter talento, e talvez essa seja a maior conquista.
Numa altura em que a escassez de Recursos Humanos é um dos desafios fulcrais do Turismo, qual a estratégia da EHT de Portalegre para apoiar na resolução deste problema?
Qualquer setor de atividade que pretenda prestar um serviço de excelência, exclusivo e diferenciado, necessita de apostar de forma consistente e duradoura no tempo, na formação profissional dos seus recursos humanos. Este é um investimento de longo prazo, com um incrível retorno na satisfação do cliente. Neste desiderato dos empresários e profissionais do setor, a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre dirá sempre presente. Assim como no caminho de valorização das profissões, que é absolutamente necessário para as tornar mais atrativas.
Que novidades a EHT de Portalegre terá nos próximos tempos?
O Turismo está nas bocas do mundo, também o Alentejo, que continua a superar-se e a crescer em número de turistas e em receitas. Para os jovens que têm que decidir o seu futuro profissional, mas também para os adultos, apostar na formação na área da hotelaria e da restauração, constitui, hoje, uma das grandes soluções para o desemprego e pode ser a grande oportunidade de aceder a um dos mercados de trabalho mais competitivos e mais dinâmicos. Estamos a aprofundar parcerias para formar e habilitar mais pessoas para esta área de formação. Um bom exemplo é a parceria que temos com o IEFP na formação de jovens licenciados desempregados, onde estes, num itinerário de formação de 700 horas, podem desenvolver competências técnicas nas áreas da operação hoteleira e da restauração, fundamentais para ingressar neste setor de atividade.