Turismo do Algarve receia impacto da falência da Thomas Cook que deverá deixar dívidas
O presidente da Entidade Regional Turismo do Algarve, João Fernandes, revela preocupação com a dívida que fica na região com a falência a Thomas Cook
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O presidente da Entidade Regional Turismo do Algarve, João Fernandes, revelou à Lusa preocupação sobre a dívida que fica na região com a falência a Thomas Cook. Esse levantamento está a ser feito em parceira com a “AHISA (Associação dos Industriais de Hotelaria e Similares do Algarve) e a AHETA” de forma a saber se se “concentra em poucos ou em muitas unidades hoteleiras”, para se ter a noção desse impacto, já que “dificilmente que esses créditos serão pagos”.
O Turismo do Algarve revela que o peso da Thomas Cook tem vindo a diminuir na região, reflexo da “concorrência das companhias ‘low cost’ [baixo custo] e das reservas ‘online’”, representando atualmente 10 mil turistas desembarcados no aeroporto de Faro, “apenas 0,2% do número anual de passageiros.”
Muitos dos pacotes comercializados pelas Thomas Cook, são para alojamentos no Algarve, mas também para “unidades turísticas na província de Huelva”, apesar de utilizarem o Aeroporto de Faro, o que pode representar um “impacto menor, desta falência, na região”.
João Fernandes revela também que as notícias sobre as dificuldades financeiras e uma possível falência da Thomas Cook “já têm algum tempo” e, por isso, houve “alguma cautela por parte dos operadores e unidades hoteleiras”, o que pode diminuir o impacto negativo desta falência na região algarvia.
Quanto ao impacto a longo prazo, tanto João Fernandes, como Elidérico Viegas, presidente da AHETA, acreditam na capacidade de adaptação dos operadores no mercado. Os pacotes comercializados pela Thomas Cook no Algarve, “terminavam em outubro e apenas iniciariam em março”, o que, segundo o presidente da Turismo do Algarve, dará tempo ao mercado para assumirem essa capacidade.
Atualmente, calcula-se apenas algumas centenas de turistas estejam no Algarve cujo regresso a casa pode facilmente ser garantido pela “oferta existente no Aeroporto algarvio”, para muitas das cidades europeias.
O operador turístico britânico Thomas Cook anunciou hoje falência depois de não ter conseguido encontrar, durante o fim de semana, fundos necessários para garantir a sua sobrevivência e, por isso, entrará em “liquidação imediata”, de acordo com um comunicado divulgado no ‘site’ do grupo.
As autoridades terão agora que organizar um repatriamento maciço de cerca de 600 mil turistas em todo o mundo, incluindo 150 mil para a Grã-Bretanha.