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“A maior parte dos jogadores é extremamente sensível ao preço”

A viver um bom momento, o golfe português enfrenta ainda alguns desafios, com destaque para a taxa de IVA a 23% e o Brexit, segundo Luís Correia da Silva, presidente do CNIG – Conselho Nacional da Indústria do Golfe.

Inês de Matos
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“A maior parte dos jogadores é extremamente sensível ao preço”

A viver um bom momento, o golfe português enfrenta ainda alguns desafios, com destaque para a taxa de IVA a 23% e o Brexit, segundo Luís Correia da Silva, presidente do CNIG – Conselho Nacional da Indústria do Golfe.

Inês de Matos
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A viver um bom momento, o golfe português enfrenta ainda alguns desafios, com destaque para a taxa de IVA a 23% e o Brexit, segundo Luís Correia da Silva, presidente do CNIG – Conselho Nacional da Indústria do Golfe.


Portugal tem vivido um ‘boom’ turístico. Isto também se nota no golfe?
Julgo que, no turismo em geral, depois de dois anos de grande expansão do número de visitantes e das receitas, no ano de 2018 ainda houve crescimento, mas já houve algum abrandamento. Também no golfe aconteceu isso.
Em 2019, o ano começou fraco e, neste momento, estamos a sentir, no turismo em geral, uma melhoria nas reservas para o verão, sendo que, no golfe, também aconteceu mais ou menos a mesma coisa, porque estamos muito dependentes do mercado inglês. Depois de um início de ano com uma substancial retração, porque as pessoas estavam muito condicionadas devido ao Brexit e o seu potencial impacto, este mercado está a ter melhor comportamento, julgo que pelo facto desse assunto ter saído da ordem do dia e ter havido um adiamento.
Temos assistido a uma evolução positiva a partir do fim de abril e, para o verão, as reservas são positivas. Do ponto de vista do golfe, é menos significativo, porque os meses de junho a agosto são uma época muito baixa, o golfe funciona ao contrário do resto do turismo, mas estamos a sentir muito interesse para setembro e outubro, o que é positivo.
No golfe, estamos basicamente com os mesmos números de 2018, com um crescimento mínimo, na ordem das décimas, e deveremos chegar, no fim do ano, ao mesmo nível de receitas, talvez um pouco acima, porque houve uma decisão estratégica que foi tomada pela indústria, no sentido de reduzir os preços que tinham aumentado nos anos anteriores. Portanto, acredito que possamos chegar ao fim do ano com um número de voltas um pouco superior a 2018 e, provavelmente, no mesmo nível de receitas.

Estamos a falar de que valores?
A receita global do golfe ronda os 500 milhões de euros e o crescimento não vai ser muito significativo, nem sair muito deste valor, mas nas principais regiões de golfe, como o Algarve, o nosso grande destino de golfe, a receita deve rondar os 400 milhões de euros. Esta receita não aconteceria se não houvesse jogadores e campos de golfe no Algarve.
O golfe é fundamental para atrair turistas fora da época alta. Para o Algarve, esta é uma questão ainda mais fundamental, porque, se não fosse o golfe, grande parte dos hotéis e empreendimentos turísticos não teria clientes e, associado a isso, os restaurantes fechariam e as atividades económicas reduziriam, como o rent-a-car, que teria metade do rendimento fora da época alta. Portanto, o grande desafio que se coloca é, nas épocas altas do golfe – que começam em março e acabam em maio, e, depois, regressam em setembro e novembro-, temos muitos jogadores, mas, depois, há meses em que temos muito poucos jogadores, em que há um grande potencial de crescimento. Esta é uma questão que temos de gerir de outra forma, nomeadamente tendo mais portugueses e residentes a jogar nos campos nacionais.

Voltando ao Brexit, o adiamento foi positivo, mas não pode vir a trazer más notícias no final do ano? Não existe receio que se venha a sentir uma quebra a partir de outubro?
Trabalho no turismo há muitos anos e já vi ciclos muito altos e o seu contrário. O número de pessoas que viaja, hoje, não tem nada a ver com o número de pessoas que viajava há 30 anos, independentemente dos fenómenos, e o Brexit será, com certeza, mais um, que pode afetar pontualmente a atividade. Mas, hoje, as viagens são uma condição de qualidade de vida. Por isso, acredito que é provável que tenhamos algum efeito conjuntural, principalmente se houver desvalorização da libra face ao euro e especialmente se isso não acontecer face a outras moedas, como o dólar. É evidente que Portugal pode vir a ter uma descida.
Mas uma coisa é certa, mesmo que tenha um impacto pontual, vai haver um ajustamento, se não for este ano será no próximo, porque os ingleses gostam de vir a Portugal jogar golfe e somos, reconhecidamente, um destino de golfe para os ingleses.
O Turismo de Portugal teve uma reação importante, adiantou-se a outros países fazendo uma campanha de promoção para dizer que, independentemente das circunstâncias, os ingleses seriam sempre bem-vindos em Portugal e seriam tratados com excecionalidade. Foi uma situação que teve muito impacto no Reino Unido, com uma reação muito positiva dos ingleses.
Mas não podemos dar nada por garantido, tudo muda rapidamente e temos de trabalhar numa visão a longo prazo, melhorar a infraestrutura turística e dos campos de golfe, tornar as empresas mais competitivas e ter melhores pessoas a trabalhar, sempre numa perspetiva a longo prazo. Também temos de ter capacidade para intervir no momento, para minimizar os impactos, mas sempre na perspetiva de que isto é um ciclo com altos e baixos.

Desafios
Para essa competitividade seria desejável que a taxa de IVA do golfe voltasse a ser mais reduzida. O que é que o CNIG tem feito para pressionar o Governo nesse sentido?
Para sermos competitivos, temos, hoje, dois ou três grandes desafios, em que o CNIG está a trabalhar. O primeiro é um desafio de competitividade global, estamos na primeira liga do golfe europeu, mas precisamos de aumentar o número de jogadores.
Depois, temos um segundo desafio que é aumentar o número de jogadores nas épocas baixas do golfe. Se conseguirmos aumentar substancialmente os jogadores em janeiro/fevereiro e novembro/dezembro, também aumentamos o turismo em geral. É um desafio de sazonalidade que é alinhado entre o golfe e as outras atividades turísticas.
Mas, a questão fundamental é como é que as pessoas podem aceder aos destinos de golfe. E, nesse aspeto, há problemas, seja no aeroporto de Lisboa seja por falta de voos, especialmente para o Algarve. Se pudéssemos ter uma ponte aérea para o Algarve, nem digo com as características que existem entre Lisboa e Porto, mas uma mini-ponte aérea, com aviões mais pequenos, que oferecesse transporte rápido a quem quer jogar golfe no Algarve, isso seria fundamental.
Depois, há outro desafio que tem a ver com a escassez de recursos humanos. Este é, hoje, um grande desafio em Portugal, o mercado de trabalho é restrito e isso tem impacto nos custos de manutenção dos campos, que precisam de manutenção 365 dias por ano e há uma série de exigências de sustentabilidade que temos de cumprir para sermos considerados o melhor destino de golfe do mundo. Para isso, são precisas pessoas e é por isso que o CNIG está a trabalhar com a associação dos Green Keepers, porque temos de ter pessoas qualificadas nas receções, restaurantes e também nos campos, pessoas habilitadas a oferecerem uma boa experiência de golfe.
Depois, há o desafio do IVA. Estamos a trabalhar nisso e vamos apresentar um trabalho sobre essa matéria, porque a questão do IVA a 23% só afeta a competitividade do golfe português. Já tentei explicar isso, assim como os meus antecessores, várias vezes a várias instituições.
90% das voltas de golfe em Portugal, e principalmente das que são jogadas nas áreas turísticas, são jogadas por estrangeiros, pessoas que podem vir jogar para Portugal ou para qualquer outra parte do mundo. No golfe, Portugal compete com todo o mundo e, em determinadas circunstâncias, é mais barato para um inglês ir jogar golfe a Miami ou a qualquer outro destino nos EUA, do que vir para Portugal.

Nota-se esse efeito, ou seja, há jogadores que podiam vir para Portugal, mas que escolhem outros destinos pelo preço?
Nota-se que poderíamos ter preços mais competitivos se os fatores de custo fossem mais positivos e não tivéssemos de refletir parte substancial do custo dos 23% da taxa de IVA.
Há cerca de 4,25 milhões de jogadores na Europa, mas só 12 a 15 mil jogam em Portugal. É preciso perceber que neste total há uma percentagem que decide jogar independentemente do custo, porque conhece o campo e porque a experiência é fantástica, mas é uma percentagem mínima, a maior parte dos jogadores é extremamente sensível ao preço.

Existirá aqui um preconceito em relação ao golfe? Ou seja, muitas vezes há a ideia de que o golfe gera muito dinheiro, porque é um desporto para a elite e jogado por pessoas com muito dinheiro. Como é que se desmistifica esta ideia?
Desmistifica-se de forma simples: se um grupo de autarquias, depois do ciclo dos pavilhões gimnodesportivos que existem em todo o país, muitos com um número limitado de utilizadores e custos brutais, aceitasse o desafio de criar pequenos campos municipais – bastava que tivessem quatro ou seis buracos de golfe, um pequeno driving range e um edifício de apoio. Isso iria criar tradição de golfe. Se tivéssemos 20 ou 30 campos pelo país, teríamos dezenas de milhares de portugueses a jogar golfe.
Se olharmos para a realidade de outros países, grande parte dos campos é municipal, foi isso que levou ao grande ‘boom’ do golfe em Espanha. As pessoas habituaram-se a, no final da tarde, jogar uma ou duas horas, porque é uma atividade física e de bem-estar.
Portanto, a imagem elitista do golfe é errónea, também porque existe a ideia de que há um custo elevado para jogar golfe, mas isso é falso, há modalidades que têm custos muito mais elevados. E há campos em Portugal, mesmo entre os privados, em que o custo da assinatura é inferior ao custo dos health clubs. Portanto, não há nenhuma razão para que essa imagem exista, a não ser o preconceito, contra o qual temos de lutar. Para isso, era importante que existissem essas pequenas infraestruturas, num período de cinco a 10 anos poderíamos ter uma expansão muito interessante e uma mudança de visão.

Mercados
Quantos portugueses jogam, atualmente, golfe?
O número de federados anda entre os 14 e os 16 mil, o que inclui portugueses e estrangeiros residentes em Portugal. Além destes, poderá haver um número adicional de pessoas que se estão a iniciar e ainda não têm handicap, e que pode chegar aos mil ou dois mil. Infelizmente, o número de portugueses que jogam golfe não tem crescido e essa é uma questão importante, porque nos horários em que os nossos campos não são utilizados, poderiam ser usados em condições especiais – e normalmente os campos fornecem condições especiais para os portugueses, na maior parte, nem se aplica a taxa de IVA a 23%. Portanto, não é pelo preço que os portugueses não jogam golfe.

Os principais mercados estrangeiros que procuram Portugal devido ao golfe continuam a ser o britânico e o nórdico?
Dos dois milhões de voltas jogadas em Portugal, 1,5 milhões são de estrangeiros e as outras 500 mil de portugueses, sendo que os campos das regiões turísticas têm fundamentalmente jogadores estrangeiros, particularmente o Algarve, onde a percentagem é acima de 90%, porque é uma região de golfe turístico.
Quanto a nacionalidades, temos fundamentalmente três ou quatro nacionalidades, os ingleses são a maioria – e se juntarmos os irlandeses, então, estão em esmagadora maioria. Depois, os nórdicos que ficam sempre entre o segundo e o terceiro lugar, e os alemães. Não temos mais alemães devido à falta de transporte aéreo, o que leva a que estes jogadores vão para países que têm preços esmagadores, como a Turquia, Tunísia, Egito e o Dubai, que são destinos muito competitivos para os alemães. Deveríamos ter capacidade de fazer uma grande campanha de promoção de golfe no mercado alemão, associada a um maior número de voos.
Estes são os mercados fundamentais. Mas há um conjunto de mercados emergentes. Nos últimos anos, os jogadores franceses, italianos e belgas têm crescido e, visto que partiram de uma base baixa, estão a crescer de forma muito interessante.
No Brasil, o golfe também está a crescer, assim como na Argentina e, agora, há os mercados asiáticos. Para termos uma ideia, a zona de maior crescimento de campos de golfe, neste momento, é a China. Os chineses estão completamente enlouquecidos pelo golfe e os mercados de maior crescimento de golfe estão deslocados para a Ásia – como, aliás, acontece no turismo. Se pudéssemos ganhar uma pequena quota desse crescimento, estaríamos cheios.
Há também uma grande expectativa em relação aos EUA, a decisão da TAP de abrir vários destinos nos EUA abre a porta a que venham muitos americanos e isso é uma boa notícia. Mas temos de ter alguma visão para que venham também golfistas, até porque já tivemos, no passado, muitos jogadores americanos, que eram particularmente bons clientes.
Os golfistas são um tipo interessante de turista, há um estudo que diz que o golfista médio gasta 1.550 a 1.600 euros por estadia, um valor muito interessante e ainda mais fora das épocas altas. Se tivermos forma de fazer com que os golfistas dos grandes mercados dos EUA, Canadá e Ásia saibam que Portugal tem condições extraordinárias para golfe, poderemos ter um crescimento muito significativo.

A nível de campos nacionais, há novos projetos em carteira?
Durante a crise, houve um conjunto de empreendimentos que foram congelados e reavaliados, e que obedeciam a uma situação particular: o modelo de desenvolvimento olhava para os campos de golfe como um instrumento para desenvolver os hotéis. O golfe servia como atividade para sustentar o investimento, mas já se ultrapassou essa fase.
Neste momento, há apenas um campo para abrir em breve, na Quinta da Ombria, que está associado a um grande empreendimento e que foi desses que esteve congelado. Julgo que há mais uma ou duas situações em reavaliação, mas, cada vez mais, os campos têm que ser construídos de acordo com uma perspetiva de negócio ‘stand alone’. Isso vai exigir que, ao nível da oferta, olhemos para o mercado internacional e para o seu crescimento, para percebermos como podemos ter mais golfistas em Portugal. Creio que vamos passar por um período de ajustamento em que não vão aparecer muitos mais campos, enquanto não tivermos capacidade de atrair um maior número de golfistas.

Prémios e competições
Portugal tem vindo a ser consecutivamente reconhecido como melhor destino de golfe, nos World Golf Awards. Qual é a mais-valia destas distinções?
Os prémios são importantes, são um reconhecimento e um selo de qualidade. Não devemos ficar excitados por ganharmos um prémio mundial, mas é importante para os empresários e trabalhadores sentirem que o esforço e as práticas que introduzem são reconhecidas, e é algo que podemos usar para promover o golfe português nos mercados externos.
Em Portugal, as pessoas desconhecem o esforço extraordinário que foi feito para que os campos tenham qualidade e sejam sustentáveis, não apenas devido ao ambiente, mas porque isso ajuda a baixar custos. Hoje, os campos nacionais consomem menos água, têm sistemas de rega eficientes, aplicam menos pesticidas, têm praticas de manutenção menos agressivas e monitorizam um conjunto de indicadores que permitem olhar para a manutenção de forma inovadora. Isso traduziu-se numa melhoria substancial que está a ser reconhecida.
Mas, quando somos reconhecidos pela experiência de golfe, não é apenas pela qualidade dos campos, é uma mistura entre clima, gastronomia e serviço. Não quer dizer que todos os nossos campos sejam os melhores, mas oferecemos a melhor experiência.

A visibilidade para o destino é também a grande vantagem das competições de renome que Portugal recebe, como o Portugal Masters?
Essa é uma questão fundamental, as pessoas viajam para os sítios onde decorrem as grandes competições, isso é claro. Portanto, temos de ser competitivos, de mostrar aquilo que temos e as grandes competições, que, por alguma razão, não decorrem noutras partes do mundo.
É por isso que temos de manter o Portugal Masters e a nova competição Golf Sixies Cascais, e o ideal seria termos também um evento dedicado às senhoras, porque o golfe feminino está a crescer muito. Depois, seria importante distribuir os eventos pelo país, para que tivéssemos, ao longo do ano, várias transmissões televisivas para o mundo e vários artigos nos media. 

Sobre o autorInês de Matos

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Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

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O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
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Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

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A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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