Landventure quer clientes a serem líderes das suas aventuras
Criada há 20 anos, a agência de viagens organiza expedições em vários destinos. Aqui o segredo é dar liberdade para que o cliente seja o seu próprio condutor.
Raquel Relvas Neto
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Há 20 anos, Paulo Lisboa, fundador e tour leader da Landventure, participou numa expedição com um grupo de amigos a Marrocos. Depois dessa experiência, o responsável quis dar a conhecer o que viu e sentiu a outras pessoas. Seguiu-se a criação da agência de viagens Landventure com a primeira expedição à Islândia. “A sensação de liberdade, aventura e um gosto único por este tipo de viagens foram os principais motivos para a Landventure ter sido criada”, explica Luís Henrique, ex-diretor-geral da Bestravel, também ele tour leader da agência.
O nome da agência advém das palavras inglesas ‘land’, que sinifica toda a área terrestre que não seja coberta por água, e ‘adventure’, que supõe um feito extraordinário. “No fundo, é isso que fazemos”, adianta, “criamos feitos extraordinários na superfície terrestre que não seja coberta por água”. O conceito é simples: “São as pessoas que fazem a viagem, conduzem em lugares onde dificilmente iriam sozinhas, onde nunca teriam coragem de se aventurar. Ao participarem numa das nossas viagens estão a fazer os seus feitos extraordinários.”
Segundo o responsável, o que distingue a agência de viagens é o facto do viajante, se quiser, “guia o carro, conduzindo pelos trilhos pouco desbravados dos terrenos que pisamos”. Os destinos são feitos por um itinerário desenhado pela própria Landventure, de acordo com os gostos do cliente. “Tentamos fugir aos locais de turismo de massas, mas sabendo também que há lugares que não podemos esquecer”. Os grupos são sempre acompanhados, sendo ou não fechados, “mas tentamos sempre transmitir a ideia que são os viajantes que estão a explorar e a conhecer um país através das suas estradas e pistas fora-de-estrada. São viagens aventureiras, mas não radicais. Não exigimos experiência em 4×4 e quando há pistas mais complicadas, garantimos que qualquer um que queira conduzir, consiga ultrapassar a pista facilmente”.
Clientes
Quem procura a Landventure é, sobretudo, alguém que privilegia a aventura, “a singularidade e que esteja aberto a novas experiências”. O produto está disponível ao público de forma a que uma pessoa que viaje sozinha se junte a um grupo que, pelo conceito, itinerário e interação “se torna uma experiência e vivência únicas que acabam por juntar as pessoas em tarefas comuns”. “Organizamos igualmente viagens para grupos fechados, por exemplo um grupo de amigos que se quer juntar para uma viagem, uma empresa que queira fazer uma viagem de incentivo de maneira a promover o trabalho de equipa, etc. Acreditamos que todos são potenciais clientes pois quem gosta de viajar, de conhecer verdadeiramente um país irá gostar duma viagem deste género”, acrescenta Luís Henriques. Entre os clientes da Landventure, o tour leader indica que também têm muitas famílias a participar nas expedições. “Temos clientes desde os 4 aos 70 anos de idade não sendo impedimento para fazer algo diferente”.
De ano para ano, o número de grupos tem aumentado, o que faz com que a própria faturação da empresa também cresça. “Temos clientes fidelizados há vários anos, o que nos deixa extremamente motivados e cada vez mais convictos de que este é um projeto que já conquistou o seu espaço”.
Destinos
Marrocos tem sido o principal destino da agência de viagens ao longo de 20 anos, mas existem mais. Atualmente, a Landventure tem 15 destinos programados, mas é intenção aumentar cerca de dois destinos por ano de forma “a permitir a alguns clientes que já conhecem a maioria dos nossos produtos continuarem a aventurar-se connosco”. Este ano, completa, “houve muita procura em relação à Namíbia e certamente continuaremos a apostar neste destino que nos apaixonou e ainda mantém a chama acesa”. Islândia, a Route 66, nos Estados Unidos da América “em que fazemos o percurso de Harley Davidson e/ou de Cabriolet”, Madagáscar e Costa Rica são outros dos destinos programados pela agência. “Os safaris estão igualmente na moda e acreditem que uma coisa é sermos conduzidos no meio da Savana Africana, outra é sermos nós a conduzir observando os animais ao mesmo tempo”, descreve.
Quanto ao futuro, o responsável refere que pretende crescer em número de clientes e de destinos, “mas temos igualmente outras ideias dentro do mesmo conceito que poderão trazer uma nova dinâmica ao mercado tão tradicionalista das viagens em Portugal”.