PortoBay quer ter presença ibérica
Este ano, o grupo liderado por António Trindade, abre duas unidades, mas quer reforçar presença no Algarve e estrear-se na vizinha Espanha.
Raquel Relvas Neto
Solférias esclarece desaconselhamento de viagens para o Egito
Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE
ALEP passa a integrar o novo Conselho Diretivo da CTP
Vila Galé transmite pela primeira vez a sua convenção anual ao público externo
Soltour disponibiliza preços especiais em alojamento para o verão
GuestReady registou mais de 16 mil reservas no primeiro trimestre de 2024
Go4Travel elege novo Conselho de Administração
Marina de Vilamoura International Boat Show apresenta 27ª edição na Nauticampo
Real Madrid World abre portas no Dubai
Mercan adquire o Hotel Califórnia Urban Beach em Albufeira
O Grupo PortoBay prepara-se para aumentar o portefólio de unidades hoteleiras em Portugal, com a abertura das Les Suites at Cliff Bay, no Funchal, e do PortoBay Flores, no Porto.
No próximo mês de junho, o grupo madeirense inaugura as Les Suites at Cliff Bay, um complexo com 23 suites, junto ao hotel The Cliff Bay e que vão usufruir de todas as comodidades da unidade hoteleira. As suites com 76 metros quadrados vão ser complementadas com uma infinity pool, ginásio, salas para crianças e um promontório com vista para o mar.
Em julho, o PortoBay Flores junta-se ao PortoBay Hotel Teatro, adquirido pelo grupo no final de 2018. O novo cinco estrelas vai ter 66 quartos e suites, restaurante e tapas bar, lounge, jardim interior, piscina interior aquecida, spa, ginásio, biblioteca, entre outras facilidades. O PortoBay Flores nasce do antigo Palácio dos Ferrazes que data do século XVI e de um edifício novo.
Entre a construção das Les Suites, a aquisição do agora PortoBay Hotel Teatro e as obras do futuro PortoBay Flores, este em regime de arrendamento com a duração de 16 anos, o Grupo PortoBay investiu 23 milhões de euros.
António Trindade, administrador do grupo, indicou, em conferência de imprensa, que estes investimentos vão no seguimento da PortoBay Hotels & Resorts ter “uma presença nacional maior”.
Quanto a futuros investimentos, António Trindade refere que o grupo está focado em “consolidar a marca em termos nacionais”. Contudo, avança que “em termos geográficos a nossa preocupação será colmatar o destino onde temos menos representatividade relativa, que é o Algarve”. Mas também “continuamos a olhar para as cidades com ambientes de interesse para nós e por isso, temos nos radares as cidades de Lisboa e Porto, mas também na Península Ibérica. Temos tido uma dificuldade muito grande em encontrar oportunidades no âmbito da Península Ibérica, mas não vamos deixar de olhar para elas”. O administrador do grupo refere que a entrada na vizinha Espanha vai ser centrada nas zonas urbanas. “Em termos de Espanha, daremos prioridade às realidades urbanas, mas estou a regressar das Canárias”, releva, não descurando a possibilidade de adoptar o modelo do resort em algum dos destinos balneares espanhóis. Porém, “o acesso ao negócio turístico em Espanha é para nós mais fácil entrar pelas cidades, do que pelos resorts”.
Ainda em Portugal, Bernardo Trindade, administrador do grupo, indica que a PortoBay Hotels candidatou-se ao concurso para exploração do Convento da Graça através do Programa REVIVE.
Resultados
2018 foi “o melhor ano de sempre” nos vários indicadores para o grupo hoteleiro, que verificou um crescimento de 3% em receitas consolidadas, para os 82 milhões de euros. Para este resultado contribuiu o desempenho das unidades de Lisboa e da Madeira, tendo as unidades do Brasil e a desvalorização do real penalizado os resultados.
Em Portugal, onde o grupo tem nove unidades – seis na ilha da Madeira, uma no Algarve e duas em Lisboa, os rendimentos operacionais foram de 71,83 milhões de euros, representando um crescimento de 1,6% face ao ano anterior.
As unidades do Grupo PortoBay em Lisboa estão beneficiar do bom momento do turismo na capital. Os dois hotéis do grupo em Lisboa fecharam 2018 com uma taxa de ocupação de 85,1%, assinalando um crescimento de 7% na receita operacional.
Na Madeira, o grupo atingiu mais um recorde, o da fidelização. Os seis hotéis na ilha alcançaram 47,2% de hóspedes repetentes, num indicador muito valorizado pelo grupo. O grupo fechou o ano na Madeira crescendo a receita em 1,8%, com uma taxa de ocupação de 91,1%.
O hotel PortoBay Falésia registou uma ocupação anual de 82,5%, menos 3% que o ano anterior. Os hóspedes repetentes alcançaram os 32%, subindo 4%.
No Brasil, onde PortoBay tem três unidades hoteleiras – Rio de Janeiro, São Paulo e Búzios – a receita operacional atingiu os 46,2 milhões de reais, um crescimento de 10,8% face ao ano anterior.
Venda direta
Uma das estratégias do Grupo PortoBay para a sua operação é a consolidação da marca junto do consumidor final e a redução da dependência dos operadores turísticos. António Trindade valoriza a oportunidade que a tour operação deu em termos de “exposição ao mercado”, contudo refere que no The Cliff Bay, “a nossa dependência da operação turística era de 70% e agora é de 45%”. Para o hoteleiro, o caminho passa pela abordagem directa, bem como pelas OTA’s que “são os parceiros ideais para os hoteleiros que se querem aproximar do cliente final. Permite-nos uma maior exposição dos próprios sites e instrumentos de venda”, salientando que no caso das suas unidades em ambiente urbano a venda directa já representa cerca de 80%. Para tal é também importante “a exposição de uma marca mais consolidada”, pois “permite manter fidelização e manter taxas de ocupação muito importantes”.