Resultados do Hotel Monitor confirmam quebra da ocupação mas subida de preço
De acordo com o AHP Tourism Monitor, em 2018 houve um abrandamento do crescimento dos vários indicadores de operação.
Publituris
TICV recebe avião para repor ligações interilhas em Cabo Verde
Etihad Airways retoma voos para Bali a 25 de junho
Aeroporto Internacional de Hamad é o “Melhor do Mundo”
Grupo SATA com sistema braille a bordo
Receitas turísticas voltam a crescer em fevereiro e somam mais 181M€
Vila Galé abre as portas dos seus hotéis na Figueira da Foz e em Isla Canela
ADHP considera aumento da taxa turística em Lisboa “despropositado”
MotoGP em Portimão traz cerca de 87M€ para o Algarve
MSC Cruzeiros apresenta os sete distritos do MSC World America
10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo
A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal apresentou esta segunda-feira, dia 25, os resultados consolidados de 2018. De acordo com o AHP Tourism Monitor, ferramenta de recolha de dados da Hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP, em 2018 houve um abrandamento do crescimento dos vários indicadores de operação, com a taxa de ocupação a registar uma quebra ligeira, mas trouxe também resultados muito positivos.
Em 2018, a taxa de ocupação a nível nacional atingiu os 70%, menos 1,3 p.p. do que no ano de 2017. Por destinos turísticos, Lisboa registou a taxa de ocupação mais elevada, com 81%, no entanto de notar que este destino, em variação, cresceu apenas 0,6 p.p. em comparação com igual período do ano anterior. A ocupação na Madeira fixou-se nos 80%, mas em termos homólogos decresceu 2,9 p.p.
Por categorias, destaque para as duas estrelas com um crescimento de 4 p.p., fixando-se nuns expressivos 83%.
Quanto ao ARR, o ano de 2018 teve saldo positivo em todos os destinos, alcançando os 95 euros a nível nacional, e que se traduz num crescimento de 7% em comparação com 2017. Lisboa registou o preço médio mais elevado com 115 euros. Em termos de variação homóloga, destaque para os Açores, Lisboa e Grande Porto, com um crescimento de 11%, 9% e 8%, respetivamente.
O RevPar foi de 66 euros, mais 5% do que no ano de 2017. Todos os destinos registaram crescimento neste indicador, à exceção de Leiria/Fátima/Templários, com Lisboa a liderar de forma destacada com 93 euros, seguido do Grande Porto com 68 euros e do Algarve com 67 euros. Em termos de variação homóloga as melhores performances neste indicador foram Beiras e Viseu, com 13% de crescimento, e o Alentejo, com 12%.
Cristina Siza Vieira, da Associação da Hotelaria de Portugal, acrescenta “fechámos 2018 com uma taxa de ocupação de 70%, mas o mais interessante é que se analisarmos a variação homóloga de cada um dos 12 meses do ano, percebemos que os únicos meses em que a taxa de ocupação não quebrou foram os do primeiro trimestre. Foi também visível, nesse período, o efeito Páscoa que no ano passado foi em março e em 2017 tinha sido em abril. A Páscoa, é de facto, um grande balão de oxigénio para a Hotelaria portuguesa. Esse efeito não se refletiu apenas na TO, mas também no ARR e, portanto, teve notório impacto no RevPAR. Interessante é também registar que no ano de 2018 não só o primeiro trimestre se destacou pelo crescimento da ocupação, como os destinos que mais cresceram foram Beiras, Alentejo e Viseu.”
O peso das dormidas de nacionais em 2018 foi de 29%, enquanto as dormidas provenientes do estrangeiro chegaram aos 71%.
Reino Unido foi líder das dormidas no Algarve, mas teve também a quebra mais evidente; Alemanha foi líder das dormidas na Madeira e nos Açores, mas registou quebras nos Açores, Madeira e Algarve; França foi líder das dormidas internacionais em Lisboa e segundo principal mercado no Norte e registou a maior quebra no Alentejo; Espanha foi líder das dormidas internacionais no Norte, Centro e Alentejo, mas teve a maior quebra em Lisboa; os Países Baixos foram o terceiro melhor mercado internacional no Algarve, no entanto o peso das dormidas diminuiu; os EUA foram o segundo melhor mercado internacional nos Açores e o terceiro no Alentejo, de destacar o seu crescimento em Lisboa e Açores. Registaram uma quebra apenas na Região Centro; o Brasil foi o segundo mercado internacional no Alentejo, onde também teve o seu crescimento mais expressivo, e na Região Centro. De assinalar uma quebra deste mercado apenas nos Açores; a Itália foi o segundo mercado internacional na Região Centro, no entanto o seu peso nas dormidas, a nível nacional, diminuiu.
Em termos de hóspedes, 38% foram nacionais enquanto 62% foram estrangeiros. Quando comparado com 2017, houve um crescimento do peso dos hóspedes nacionais de 0,8 p.p..
Em 2018, as agências/operadores turísticos foram novamente o principal canal de distribuição de dormidas nos hotéis nacionais com um peso de 40%, seguido dos Travelwebsites com 22%. A predominância das agências/tour operador é mais evidente na Madeira onde 77% das reservas são feitas através deste canal de distribuição. De salientar o aumento das dormidas por website próprio na Área Metropolitana de Lisboa e via Travelwebsites no Algarve.