Nuno Castro e Nuno Pereira, CEO e diretor comercial do Mercado das Viagens, respectivamente.
Mercado das Viagens cresce em número de agências e faturação em 2018
Responsáveis referem que a estratégia da rede de franchising de agências de viagens vai passar por “crescer de dentro para fora”, indicando o aumento de novas agências.
Raquel Relvas Neto
Lufthansa faz mais concessões para aquisição da ITA
XLR8, D-EDGE e Guestcentric unem-se em evento no Porto
Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA
Movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassa os 8,3 milhões nos dois primeiros meses
Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro
Albufeira marca presença na Nauticampo
Media Travel ganha torneio de bowling da Turkish Airlines e vai representar Portugal na Turquia
Alto Côa é a 11ª Estação Náutica certificada do Centro de Portugal
Grupo Air France-KLM mantém interesse na privatização da TAP
Nova edição Publituris Hotelaria: Entrevista a Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel
2018 foi um ano de crescimento dentro da rede Mercado das Viagens, seja em número de agências abertas, como em faturação.
Nuno Castro e Nuno Pereira, CEO e diretor comercial do Mercado das Viagens, respetivamente, referiram, à margem da convenção da rede que decorreu este fim-de-semana, no Montebelo Vista Alegre, em Ílhavo, que a rede registou “um volume de faturação com um crescimento de 53%, já tendo subido 32% em 2017”. Deste crescimento, explicaram, apenas 15% correspondeu à abertura das 11 novas agências que integraram o Mercado das Viagens no ano passado. Atualmente com 26 agências, o Mercado das Viagens prepara-se para continuar o seu ritmo de crescimento, estando já perspetivada a abertura de mais três agências até ao mês de março e mais outras três a partir de outubro. Nuno Castro esclareceu que “o objectivo da expansão para 2018 era de seis agências e quase duplicámos”. O mesmo referiu ainda que a rede de franchising aposta numa “triagem muito grande até chegarmos à abertura da agência”, pois “para nós é muito importante que o empresário que queira entrar dentro da rede de franchising tenha, não só noções de Turismo, sendo que nós temos o conhecimento e passamos-lhe esse ‘know how’, mas sobretudo um conhecimento ao nível de gestão”.
A participação do Mercado das Viagens nos orgãos sociais da Associação Portuguesa de Franchising (APF), concretamente na vice-presidência da mesma, contribuiu para um maior nível de profissionalização da rede: “A nossa entrada nos órgãos sociais da APF também faz que tenhamos uma visão muito mais profissional do negócio de franchising”, referiu o CEO. Nuno Castro recordou o início da criação da marca Mercado das Viagens, cujos sócios são os balcões de Braga, Vila do Conde e Famalicão: “O Mercado das Viagens não foi criado para ser uma marca de franchising, foi criado por três agências que se juntaram para partilhar uma marca. Entretanto houve pessoas que se mostraram muito interessadas e a única forma de passarmos a marca para outros seria através de um franchising, porque era a única forma de conseguirmos regular e termos linhas orientadoras para gerir a marca e a imagem. Hoje estamos mais fortes, temos um número de agências que há seis anos não pensaríamos que aqui chegássemos”. “Estamos com um crescimento muito interessante de dentro para fora, que eraalgo que não pensámos que fosse acontecer tão cedo. Somos uma marca muito recente, mas também é uma prova para nós sabermos que apostam e que acreditam no nosso projeto”, complementou Nuno Pereira.
Para 2019, a estratégia do Mercado das Viagens passa “pelo crescimento de dentro para fora”, sendo que algumas das aberturas já concretizadas e algumas das previstas são de segundos e terceiros balcões de franquiados.
O apoio ao franquiado é uma das premissas da direção do Mercado das Viagens, sendo que, para tal, aumentaram a equipa de apoio ao mesmo, nomeadamente ao nível de marketing e operacional. “Tivemos de reformular a nossa estatrégia, tivemos de contratar mais pessoas para aguentar estes franquiados e para manter a mesma linha de apoio que tivemos até então”, reforçou o CEO.
Negócio
Nuno Pereira salientou que também é expetável que o volume de faturação aumente em 2019. “O objetivo será manter os 50%, até porque as agências mais antigas continuam a crescer e as novas agências tiveram o ano zero e, este ano, vão prestar um valor diferente para a marca”.
No que refere aos desafios para este ano, além da incerteza no campo do sector da aviação, ambos indicam a possibilidade de se verificar falta de produto no mercado. “Estamos a começar a vender muito cedo este ano. O nosso receio é não ter produto a partir de certa altura. Nós temos as agências abertas 12 meses por ano e temos que ter produto, claro que temos sempre na manga algum trunfo com que podemos dar a volta a essas situações, que são as viagens à medida”, indicaram, salientando que as viagens à medida verificaram um crescimento significativo dentro da faturação da rede no ano transato, algo que prevêem que se mantenha também este ano. Caraíbas, Ilhas Espanholas, Algarve, Djerba e Cabo Verde são os destinos que complementaram o top 5 dos principais destinos vendidos dentro da rede, com destaque para os operadores Soltour, Jolidey, Solférias e Soltrópico. Marsol, Veturis, Turitravel e Destinos também cresceram nas vendas do Mercado das Viagens em 2018. No entanto, os responsáveis salientaram que a rede tem “crescido com todos eles [parceiros]”.
Apesar de se posicionarem como agências de viagens generalistas, o Mercado das Viagens tem registado uma subida nas vendas referentes ao segmento corporate, que se tem revelado importante para a rede.
A convenção em Ílhavo contou com a presença de 72 participantes e a presença de 27 fornecedores da rede.