E-Tourism – 1 (Fiware)
Leia a opinião por Amaro F. Correia – Doutorado em Ciências da Informação da UFP.
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E – Tourism. Sempre entendi que o planeamento das cidades é fundamental para o futuro, mas só agora é que as pessoas começaram a sentir que estão a desempenhar um papel ativo e importante na qualidade de vida das cidades.
Fiz uma análise e concluí, sobre um estudo, que a “interação entre residentes e os turistas (pessoa que se desloca para outras regiões ou países com a finalidade de passar momentos de lazer, conhecer culturas, visitar lugares que estão ausentes na sua residência habitual) melhora a qualidade de vida dos locais”. Uma evidência de “La Palice”, pois não precisávamos dum estudo académico aprofundado… mas mesmo assim, “apropriei-me” desta ideia para apresentar um novo modelo digital (embrionário) complementar que pode acelerar a interação entre os residentes na cidade, fortalecendo as comunidades.
Fiware é uma plataforma desconhecida para a maior parte das pessoas. Está aberta uma discussão tecnológica, mas também política duma plataforma de fontes, para o futuro das cidades digitais e do E – Tourism em particular, como interesse económico das cidades atuais. Os “ideólogos” da plataforma (apoiada na União Europeia) defendem-na como uma comunidade independente, aberta, onde os seus membros estão comprometidos na realização duma missão: construir um ecossistema aberto, sustentável, público, livre de royalties e padronizado que permitirá o fácil desenvolvimento de aplicações inteligentes em múltiplas áreas. Este ecossistema é baseado no conceito de Future Internet, ou simplificado na “Internet das coisas” de forma abstrata, para quem está ligado ao mundo das TIC não é de todo estranho, já que longe vão os tempos em que a Internet “era um bicho-de-sete-cabeças” para a comunidade humana, duma cidade. Hoje, é normal aceder a um telemóvel, a um Tablet, a uma aplicação e partilhar a informação e os conteúdos duma rede social, com o outro lado do mundo. Esta facilidade, esta normalidade, tornou a vida das pessoas mais útil, mais barata e mais conetada ao mundo, mas inevitavelmente torna-as “escravas” dos dispositivos, numa perspetiva meramente humanista. As empresas adaptam-se à vida das TIC, aproveitando invariavelmente inúmeros caminhos para a sua rentabilidade, desenvolvendo protocolos que, muitas das vezes, são ultrapassados por inúmeras correntes, senão concorrentes que confluem a espaços similares de negócios.
A Comissão Europeia percebeu que estes desafios e oportunidades para as cidades teriam de ter resposta prática e sustentável na vida de cada uma e na qualidade de vida de quem lá vive e de quem lá passa, onde proliferam as redes com uma diversidade de bits e sensores, atores, consumidores e produtores de informação, enorme e sem controlo.
A necessidade imperiosa de envolver os atores – empresas multinacionais do setor, operadores, municípios – deu origem à definição duma arquitetura “open mind”, num sistema aberto, público e sem royalties à comunidade: todos integram um ecossistema e garantem que o esforço fosse direcionado para a criação de aplicações, de forma a alargar o uso das TIC na defesa da qualidade de vida das pessoas, do ambiente, da promoção da saúde, de melhor escola, de melhorar as cadeias de valor nas indústrias, de melhorar a mobilidade nos transportes, de melhorar o ambiente, de melhorar a inovação e conhecimento, entre outros, ou seja, um nicho de reinvenções sucessivas dum conjunto de peças dum software, necessárias e que consome muito tempo (sem grande diferenciação) a quem as utiliza. Eis-nos perante uma oportunidade de conceitos integrados que as Smart Cities podem beneficiar a curto prazo, para as cidades tradicionais ou a caminho da digitalização. Isto, para um político da terra pode ser “uma pescadinha de rabo na boca,” sem fim. Este esforço, de múltiplas entidades, definiu as regras para que o “Lego” fosse fácil de montar e para que qualquer empresa ou pessoa pudesse criar as suas próprias aplicações esquecendo detalhes que seriam barreiras à entrada (consumidores de esforço e de tempo) em funcionamento. Este é o passo seguinte e abrirá um novo paradigma no contexto digital das cidades e do turismo, sem dúvida.
Bem-vindos às cidades do futuro…. com E-Tourism a capitalizar ganhos económicos. Era importante um sinal da Governação para a criação do Ministério do Turismo, só pela importância económica, para já…. Voltaremos ao Fiware no próximo artigo…com redobrada interesse e explicação. E-Tourism é uma realidade próxima. Bom ano e muitos negócios…
*Por Amaro F. Correia – Doutorado em Ciências da Informação da UFP
Artigo publicado na edição 1384 do Publituris.