Aeroporto de Lisboa, fim de ciclo e tecnologia. Chegou ao fim mais um congresso da APAVT
Ao longo de quatro dias, foram discutidas as problemáticas do sector da distribuição, do Turismo em geral, e dos Açores, em particular.
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Terminou este domingo, dia 25, mais um congresso nacional da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) que, nesta 44ª edição, elegeu os Açores como palco do debate, levando a São Miguel 600 congressistas.
Ao longo de quatro dias foram discutidas as problemáticas do sector da distribuição, do Turismo em geral, e dos Açores, em particular. Num congresso que ficou marcado pela discussão se o Turismo está ou não em fim de ciclo, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, nas suas notas finais, quis deixar a seguinte mensagem: “Houve quem achasse que estamos em final de ciclo e quem achasse que não estamos em final de ciclo, mas que por outro lado estamos em início de ciclo, o que quer que isto possa querer dizer. Apetece-me dizer, é como quiserem, porque não me parece importante colocar a questão do lado da espuma da onda, prefiro falar dos problemas concretos”.
Falando de problemas concretos, Costa Ferreira sublinhou a questão do esgotamento do aeroporto de Lisboa. “Não adianta virem dizer que estamos a falar sempre da mesma coisa. Falaremos até que o problema esteja resolvido”, afirmou. O tema esteve em debate durante um painel do congresso.
Ainda sobre a temática aeroportos, o presidente da APAVT falou da infraestrutura na Madeira. “O aeroporto da Madeira enfrenta uma situação anacrónica, em que a tecnologia que hoje existe nas aeronaves e aeroporto, estão limitadas por uma legislação de 1964, e onde apenas o medo de actuação política pode justificar a inexistência de acção”.
Pedro Costa Ferreira defendeu que, para crescer no futuro, é preciso ter melhores estatísticas e, nesse sentido, “seria importante acordarmos num critério de acompanhamento da actividade”, disse o presidente da APAVT, partilhando da mesma ideia que Adolfo Mesquita Nunes lançou durante o congresso: deve ser a receita o principal indicador de acompanhamento da actividade.
Esta não foi a única ideia partilhada com o ex-secretário de Estado do Turismo, Costa Ferreira também apelou ao combate “à politização do turismo e à hiper regulamentação ou esquizofrenia legislativa. “Como tão bem nos lembrou o Adolfo Mesquita Nunes, não podemos, na mesma semana, acolher o Web Summit”, dar uma canelada no alojamento local e ainda um puxão de orelhas à Uber. É que a rapaziada que esteve no Web Summit, além da hotelaria tradicional, frequentou o alojamento local, tendo-se deslocado de Uber.”
O congresso abordou ainda os desafios da tecnologia. O tema mereceu um comentário final do presidente da APAVT. “Percebemos que o sector será dos mais bem preparados tecnologicamente, quer no que concerne ao tipo de tecnologia que utiliza, quer no que concerne à elevada utilização da tecnologia. Mas ficamos também com a noção de que há muita ferramenta que está disponível, que poderá contribuir para a modernidade das agências de viagens, e, sobretudo, para a melhoria da resposta técnica e da interacção com o cliente. Quem sabe se, num congresso futuro, não teremos um painel com experiências concretas de utilização desta tecnologia no sector.”