Canal HoReCa recebe mais pagamento via dinheiro
Estudo realizado pela AHRESP e a Nielsen Portugal para conhecer os padrões actuais do consumo dos clientes, nacionais e estrangeiros.
Patricia Afonso
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O dinheiro é o meio de pagamento privilegiado dentro do Canal HoReCa, de acordo com um estudo realizado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e a Nielsen Portugal, com vista a conhecer os padrões actuais do consumo dos clientes, nacionais e estrangeiros.
O inquérito incidiu sobre mais de dois mil estabelecimentos de Norte a Sul de Portugal continental (distribuído pelo tipo de estabelecimentos de fast food, hotéis, restaurantes e snack-bar) e irá permitir à AHRESP e aos empresários a análise dos comportamentos da procura e, consequentemente, apoiar a definição ou o reajustamento da sua estratégia comercial.
No que se refere ao número médio de refeições servidas (almoço e jantar), as conclusões deste estudo dão conta de que, nos dias úteis, os consumidores nacionais almoçam mais fora de casa, ultrapassando 60% das refeições servidas; enquanto nos hotéis, a maioria das refeições servidas são jantares. Durante o fim-de-semana, o consumo turístico passa a ser ao jantar para quase todos os estabelecimentos; sendo que no Centro/Norte regista o valor médio de refeições servidas mais elevado ao almoço nos dias úteis (54) e no fim-de-semana (59). Na área Centro/Lisboa e nas áreas Norte e Sul, são servidas em média, 45 refeições por dia nos dias úteis, ao almoço. O Sul apresenta os valores mais elevados para o menu turístico, uma média de 72 refeições ao almoço e média de 84 ao jantar.
Relativamente ao tipo de oferta, as ementas de pratos de carne e peixe estão presentes em quase todos os locais, sendo de salientar que cerca de 5% já disponibiliza na ementa pratos vegetarianos/vegan; em todas as áreas analisadas, as preferências dos inquiridos recaem sobre o prato de carne e peixe, com 97,1% e 89,1%, respectivamente. De destacar a área Sul, onde a preferência pelo prato vegetariano já apresenta um peso de 11%;
No capítulo sobre os preços praticados e por tipo de refeição, verifica-se uma predominância entre os cinco euros e os 10 euros, sendo que nos pratos vegetarianos 30% acima dos 10 euros; No que concerne ao preço do jantar, 47% situa-se entre os cinco euros e os 10 euros e 45% acima dos 10 euros. A almoço, mais de metade dos preços ficam entre os cinco euros e os 10 euros; ao fim-de-semana tudo se altera e os preços aumentam substancialmente, elevando-se para a fasquia acima dos 10 euros.
Sobre os meios de pagamento utilizados, o mais usado no Canal HoReCa é o dinheiro e não os cartões débito/crédito, uma vez que o preço médio de um snack-bar tende a ser menor. Caso a análise seja feita por tipo de estabelecimento, já a disparidade de utilização de dinheiro esbate-se; o Na região Norte, os pagamentos em dinheiro registam 89%, mas na área Centro/Lisboa o pagamento em dinheiro é semelhante ao pagamento em cartão de débito, com 55% e 42%, respectivamente.
Sobre a a origem do consumidores, o inquérito indica que a maioria dos consumidores são de origem europeia, havendo uma ligeira subida na percentagem de asiáticos nos dias úteis.
Já relativamente ao número de refeições turísticas servidas observa-se que os inquiridos provenientes do Continente Americano (América do Norte), representam 52% na área Norte e 30% na área Sul, sendo que a América do Sul representa 63% na área Norte e 20% na área Sul. Os inquiridos do Continente Asiático representam maior número de refeições na Área Norte (45%), seguido da Área Centro/Lisboa (29%) e por último a Área Centro/Norte e a Área Sul, com 15% e 12% respectivamente. Os inquiridos do Continente Africano, representam um maior número de refeições efectuadas na Área Norte (66%) e logo de seguida a Área Centro/Norte com 24%; e os inquiridos sul-americanos aproveitam mais os fins-de-semana.