Edição digital
Assine já
PUB
Destinos

Enoturismo: Sector pede coesão para uma melhor promoção

A forte tradição vitivinícola e a qualidade dos vinhos portugueses têm proporcionado que Portugal atraia cada vez mais turistas pelo enoturismo. Douro e Alentejo são as regiões por excelência nesta matéria, mas não só. Um pouco por todo o território é possível ter experiências vínicas de qualidade. Fique a conhecer um pouco da oferta existente,… Continue reading Enoturismo: Sector pede coesão para uma melhor promoção

Raquel Relvas Neto
Destinos

Enoturismo: Sector pede coesão para uma melhor promoção

A forte tradição vitivinícola e a qualidade dos vinhos portugueses têm proporcionado que Portugal atraia cada vez mais turistas pelo enoturismo. Douro e Alentejo são as regiões por excelência nesta matéria, mas não só. Um pouco por todo o território é possível ter experiências vínicas de qualidade. Fique a conhecer um pouco da oferta existente,… Continue reading Enoturismo: Sector pede coesão para uma melhor promoção

Sobre o autor
Raquel Relvas Neto
Artigos relacionados
Jet2.com abre nova base no aeroporto britânico de Bournemouth e anuncia voos para a Madeira e Faro
Aviação
San Sebastián limita grupos de visitantes organizados ao centro da cidade
Destinos
Aena anuncia investimento de 370M€ no aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Aviação
Docente da UC nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame
Destinos
Hotelaria liderou investimento imobiliário em Portugal no ano passado
Hotelaria
Emirates volta a recrutar tripulantes de cabine em Portugal em abril
Aviação
airBaltic abre nova rota para a Madeira e mantém voos para Lisboa no inverno
Aviação
MSC Cruzeiros inclui voos de Lisboa para Hamburgo e Copenhaga nos itinerários do Norte da Europa
Transportes
Obras de melhoria dos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde começam em abril
Aviação
Nortravel promove Montenegro em operação direta do Porto
Distribuição

A forte tradição vitivinícola e a qualidade dos vinhos portugueses têm proporcionado que Portugal atraia cada vez mais turistas pelo enoturismo. Douro e Alentejo são as regiões por excelência nesta matéria, mas não só. Um pouco por todo o território é possível ter experiências vínicas de qualidade. Fique a conhecer um pouco da oferta existente, mas também os desafios que se colocam à mesma.

Portugal é, de facto, cada vez mais procurado pela sua vertente de Enoturismo. Contudo, ainda existe um longo caminho na consolidação e promoção deste produto, como identificam os intervenientes nesta área questionados pelo Publituris.
Para Alexandre Relvas Jr., responsável pelo Departamento de Produção da Casa Relvas, “os principais desafios consistem em afirmar a qualidade e o profissionalismo e fomentar a sinergia entre os vários produtores e as várias regiões”. Segundo o mesmo, “o Enoturismo em Portugal deve saber valorizar o que tem de único cada produtor/região e, simultaneamente, manter uma identidade coesa”.
Já para João Maia, da Casa de Vilacetinho, os desafios que se colocam com o grande crescimento que o Turismo está a registar são a sustentabilidade e a qualidade dos serviços prestados, “que influenciam a própria existência proporcionada ao visitante”. É, assim, “importante sabermos responder de forma eficaz à procura, sem nos sobrecarregarmos e baixarmos a qualidade”. Quanto ao Enoturismo, que o responsável identifica como um fenómeno recente, mas que “representa já um grande investimento para os produtores”, diz que ainda temos muito a aprender com mercados e produtores que o fazem há mais anos. “É fundamental perceber que o Enoturismo tem como uma das principais missões comunicar e promover o vinho português e tudo deve estar bem interligado”.
Patrícia Alves de Sousa, da Quinta da Gaivosa, indica que é essencial criar “uma rede de oferta de serviços, desde o Enoturismo ao restaurante típico, passando pelas actividades culturais e locais a visitar. Não devemos sucumbir ao Turismo de massas, para o qual não estamos preparados. Proporcionar uma oferta diversificada, diferenciada e com uma excelente relação qualidade/preço é essencial para o crescimento deste sector em Portugal”.
No Douro, Paula Sousa, directora de Marketing e Comunicação da Quinta Nova, diz que existe “um esforço individual e conjunto das quintas da região para apresentarem uma melhor oferta ao cliente final, aperfeiçoando-a continuamente”, sendo o exemplo mais recente a criação da primeira rota privada de Enoturismo, “um projecto amplo que conta com a participação de intervenientes de diferentes esferas, e elementos como um guia de bolso, com informações úteis como provas de vinhos, refeições, horário das visitas ou informações de acesso”. Porém, a responsável refere que, “em comparação com grandes regiões mundiais, podemos dizer que este processo no nosso País é ainda incipiente mas tem havido uma atitude positiva crescente, com um amplo enfoque no trabalho em rede que é essencial. Neste tipo de Turismo é necessário proporcionar ao turista uma experiência completa, inclusive atraindo-o e fixando-o na época baixa e por mais tempo do que o actual, pelo que é necessária ter uma oferta integrada da região e adequada a cada época do ano. Só com esta abordagem estaremos realmente a caminhar para criar um destino turístico em pleno”.
O grande desafio para Carolina Tomé, directora de marketing & comercial e Lisa Serrachino, gestora de enoturismo da Herdade do Freixo, será manter o crescimento que o Enoturismo tem verificado, “garantindo a manutenção da qualidade da oferta, a capacidade para continuamente surpreender os visitantes, cada vez mais exigentes, e mantermos o foco na oferta diferenciada de nicho, onde fazemos efectivamente a diferença”.
Na Bairrada, Joana Campolargo, representante do Campolargo Vinhos, considera que seria “fundamental a sinalização dos associados da Rota da Bairrada”, pois “a informação e orientação de quem nos visita fará uma enorme diferença no desenvolvimento do nosso Enoturismo”.
Raquel do Carmo Barbosa, do Carmo’s Boutique Hotel, refere que se impõe como resposta às novas tendências do Turismo de Luxo. “Um trabalho e esforço contínuos de criatividade e de inovação por parte de todos os parceiros deste sector, associados a um forte relacionamento humano e a um domínio das tecnologias”. Para a responsável, o profissionalismo é “maior desafio que existe na actualidade no sector hoteleiro/turismo”, mas também a “valorização da genuinidade, a atenção e proximidade humana, a exclusividade, a capacidade de surpreender e o detalhe são para nós os desafios diários que respondemos”.
A formação é também algo que Sofia Soares Franco, responsável de Enoturismo e Comunicação da José Maria da Fonseca, aponta como desafio do sector. “É importante termos recursos [humanos] especializados, que falem línguas estrangeiras, que saibam receber e que conheçam o produto que estão a vender. Para além disto, não basta apenas ter uma adega e uma loja, é preciso ter uma estrutura profissionalizada, horários e dias de abertura que se coadunem com o Turismo”.

Promoção
A união e coesão são as principais premissas que os interlocutores do Enoturismo defende na promoção deste produto.
Maior visibilidade, uma presença assídua em feiras internacionais e mais profissionais do sector a visitarem unidades de Enoturismo é algo que Alexandre Relvas Jr. considera pertinente na vertente da promoção, sublinhando ainda o “sermos capazes de articular e fortalecer a colaboração interprofissional”. “Se formos capazes de criar dinâmicas entre vários produtores, estamos a enriquecer a oferta e a multiplicar o potencial de crescimento colectivo”, conclui.
Já João Maia, da Casa de Vilacetinho, considera “fundamental perceber que o Enoturismo tem como uma das principais missões comunicar e promover o vinho português e tudo deve estar bem interligado”.
Também as responsáveis da Herdade do Freixo, Carolina Tomé e Lisa Serrachino, argumentam que “todo o sector beneficiará se existir menor concorrência e os agentes económicos criarem fortes parcerias comerciais e promocionais com ofertas de rotas e experiências complementares aos turistas que visitam o país e as regiões”.
O mesmo se passa na Quinta do Crasto. Andreia Freitas, responsável de Enoturismo da quinta, defende vários aspectos relativos à promoção do Enoturismo: “Pacotes oferta de fácil leitura, que passará em muito por empresas com ofertas similares ou não (vinhos, gastronomia, alojamento, lazer, cultura etc.) juntarem esforços para se promoverem não individualmente, mas em conjunto”.
Também Paula Sousa, da Quinta Nova, defende que “a fusão de estratégias numa só, única para todo o País, seria o ideal, evitando dispersão de esforços e investimento. Por um lado, o Turismo de Portugal poderia ter um papel mais activo nesta coordenação nacional de forma que remássemos todos no sentido de construção de uma oferta integrada, mais qualitativa, e com uma imagem internacional forte e atraente”. Uma opinião defendida por Cátia Fonseca, da Ribafreixo, que considera que “ter organismos, como o Turismo de Portugal, mais envolvidos no sentido de promover esta vertente é essencial”. A mesma aponta ainda que “é também essencial haver apoios canalizados para o Enoturismo, um plano de promoção e intervenção nesta área com linhas de orientação que possam ser adaptadas à realidade e aos produtores. Para além disso, penso que é importante revolucionar a maneira como estão organizadas e promovidas as rotas de vinho. Não basta informar, tem de se promover cá dentro e lá fora de forma pró-activa, estabelecer parcerias internacionais para que os turistas possam conhecer as rotas, dinamizá-las e oferecer experiências diferentes”.
Na Quinta da Pacheca, a opinião é de que “há ainda alguma coisa para fazer de uma forma integrada na promoção da região do Douro, onde o vinho é um produto incontornável”. “O Douro precisa de mais oferta, mais equipamento, para que as pessoas possam ficar na região temporadas mais longas, sem que isto signifique passar a um Turismo de massas, o que seria descaracterizar o conceito intimista que de alguma forma está associado ao Enoturismo”.

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

Raquel Relvas Neto

Mais artigos
Artigos relacionados
Jet2.com abre nova base no aeroporto britânico de Bournemouth e anuncia voos para a Madeira e Faro
Aviação
San Sebastián limita grupos de visitantes organizados ao centro da cidade
Destinos
Aena anuncia investimento de 370M€ no aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Aviação
Docente da UC nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame
Destinos
Hotelaria liderou investimento imobiliário em Portugal no ano passado
Hotelaria
Emirates volta a recrutar tripulantes de cabine em Portugal em abril
Aviação
airBaltic abre nova rota para a Madeira e mantém voos para Lisboa no inverno
Aviação
MSC Cruzeiros inclui voos de Lisboa para Hamburgo e Copenhaga nos itinerários do Norte da Europa
Transportes
Obras de melhoria dos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde começam em abril
Aviação
Nortravel promove Montenegro em operação direta do Porto
Distribuição
PUB
Destinos

San Sebastián limita grupos de visitantes organizados ao centro da cidade

A Câmara Municipal de San Sebastián, através do Turismo de Donostia, decidiu que, a partir do dia 10 de abril, entra em vigor a medida que visa limitar para o máximo de 25 pessoas o número de participantes nas visitas guiadas no centro da cidade.

A medida foi acordada com empresas de guias locais, que assumiram o compromisso de respeitar a referida limitação. Está também definido um limite horário para a prestação destes serviços de guia, entre as 8h00 e as 23h00.

O Turismo de San Sebastián coloca a qualidade de vida dos seus cidadãos no centro da sua estratégia. Por isso, foi a primeira cidade basca a regular a poluição sonora na atividade turística, proibindo há alguns meses a utilização de sistemas de sonorização, e publicou uma longa lista de recomendações para visitas guiadas, contemplando inclusive sanções em caso de incumprimento da portaria.

Esta lista incluiu ainda outras recomendações importantes como: utilização de sistemas de áudio individualizados; evitar a ocupação de locais públicos de passagem; evitar as áreas mais saturadas no verão e nos horários de pico; destacar o património, a cultura e a atratividade local da cidade e do território; ter conhecimento pelo menos das duas línguas oficiais (basco e espanhol) ou incentivar a visita à cidade de forma sustentável e responsável.

Em linha com o aumento do fluxo de visitantes, turistas e caminhantes de todo o mundo, o número de grupos de visitas guiadas em San Sebastián aumentou nos últimos anos. A presença destes grupos tem impacto, como explica a autarquia em comunicado, no quotidiano da cidade e dos seus habitantes, sobretudo nas zonas mais movimentadas, onde pode condicionar a convivência e a mobilidade. Por este motivo, a Câmara Municipal e o Turismo de Donostia pretendem limitar a presença dos grupos e promover uma situação que harmonize esta presença e atividade turística com a convivência com a população local.

Qualquer empresa de guias turísticos que queira realizar visitas guiadas nas vias públicas da cidade terá que preencher uma ‘Declaração Responsável’ que pode ser feita de forma simples online, através de um certificado digital, no qual o a empresa ou o guia compromete-se a cumprir uma série de condições para a realização da atividade, que inclui o compromisso de não guiar grupos superiores a 25 pessoas.

Ao realizar o procedimento de ‘Declaração Responsável’, a empresa de serviços guiados ou o guia obtém um documento com número de registo que deverá levar consigo, em formato físico ou digital, durante a realização da atividade guiada. Os agentes da guarda municipal poderão solicitar esta declaração de responsabilidade ao profissional que estiver a realizar a visita guiada e, caso não a possuam, poderão ser sancionados com multas que variam entre os 750 euros e os 1.500 euros.

Também em Barcelona há uma rejeição crescente ao turismo de massa. 61,5% dos seus habitantes acreditam que estão cada vez mais próximos do limite. Devido a esta situação, a cidade limitou o número máximo de turistas em grupos com guia a 20 pessoas.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Sevilha colocou em cima da mesa a proposta de encerrar neste verão e cobrar entrada aos turistas na lendária Plaza de España, considerada um bem de interesse cultural.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Docente da UC nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame

A docente da Universidade de Coimbra (UC), Cláudia Seabra, foi nomeada para o Urban Tourism Research Hall of Fame pela investigação desenvolvida na área do turismo urbano.

Esta distinção, segundo a UC, destaca o trabalho de investigação excecional que a investigadora tem vindo a desenvolver na área do turismo urbano. É atribuída pela International Tourism Studies Association (ITSA) e pelos editores do International Journal of Tourism Cities (IJTC).

A mesma fonte realça que os investigadores a quem é atribuída esta distinção são nomeados por um júri composto por membros da ITSA e do IJTC tendo por base o número de citações de artigos científicos e livros na Web of Science, Scopus e Google Scholar, o impacto das investigações e ainda o tempo de investigação nas suas áreas de atuação.

Cláudia Seabra, citada na página oficial da Universidade de Coimbra, acentua que um prémio destes “leva-nos a pensar que mais importante do que o que já fizemos, é o que ainda podemos e devemos fazer”, para sublinhar que “os desafios da indústria turística nos destinos urbanos são, de facto, muitos. Estes destinos são cada vez mais pressionados pela procura turística. Por isso, são muitas as problemáticas, especialmente no que toca à sustentabilidade social, cultural, económica e ambiental”.

A docente e investigadora refere ainda que “os crescentes riscos que estes territórios enfrentam são uma área complexa e premente que merece um grande investimento no seu estudo”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Turismo da ONU destaca a nova marca Mondego-Bussaco como inovadora e estratégica

O projeto Mondego-Bussaco foi destacado em newsletter do Turismo das Nações Unidas como uma das mais recentes e inovadoras estratégias de branding desenvolvidas, em Portugal.

A publicação mensal dedicou um dos seus artigos à criação da marca, desenvolvida pelo IPDT e que congrega os municípios de Mealhada, Mortágua e Penacova, explicando a sua génese, os objetivos definidos e valores associados – união, qualidade, autenticidade e sustentabilidade.

A marca Mondego-Bussaco é apresentada como o resultado da combinação de esforços e sinergias entre os municípios de Mealhada, Mortágua e Penacova que procuram unir-se como um só destino turístico para “valorizar a oferta de forma integrada e sustentada”.

A Câmara Municipal da Mealhada avança na sua página oficial que, com base na estratégia de branding desenvolvida foi associado à marca um logotipo e posicionamento que, em conjunto, representam um convite a quem visita o destino. “Onde o tempo leva tempo” simboliza o ritmo lento da natureza envolvente do território e um convite a abrandar, viver a vida sem pressas e fazer o tempo bem vivido.

Filomena Pinheiro, vice-presidente da autarquia refere que trata-se de um sinal de reconhecimento da valia da estratégia desenvolvida e do alinhamento com os valores defendidos pela Turismo das Nações Unidas, reforçando que “saberemos levar a bom porto esta ambição e, em conjunto, de forma concertada e sustentada, vamos construir um destino atrativo e coeso com base na valorização da oferta existente no território”.

A autarca acredita, citada pela mesma nota, que as sinergias alavancadas pela marca serão geradoras de novas oportunidades para os diferentes agentes, nomeadamente para os operadores turísticos, que podem vender os seus produtos e ter novas oportunidade de mercado alicerçados no selo Mondego-Bussaco”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Gastos com viagens e férias somam 3,7 biliões de euros nos últimos cinco anos

Depois de em 2020 e 2021 os gastos em viagens e férias terem somado, acumulado, perto de 780 mil milhões de euros, os mais baixos de sempre, uma análise recente dá conta que nos últimos cinco anos, os gastos somaram quase 4 biliões de euros.

Antes da pandemia da COVID-19, o setor do turismo global tinha registado um crescimento quase ininterrupto durante décadas, com centenas de milhares de milhões de dólares gastos em hotéis, cruzeiros, alugueres de férias e pacotes de férias. Isso mudou em 2020 e 2021, os anos que trouxeram a maior queda de receitas que este mercado já tinha visto.

De acordo com o Statista Market Insights, entre 2018 e 2023, as pessoas em todo o mundo gastaram 3,95 biliões de dólares (cerca de 3,7 biliões de euros) em férias e viagens. Esse número é ainda mais interessante considerando que mais de 840 mil milhões de dólares (perto de 780 mil milhões de euros) foram gastos em 2020 e 2021, quando o mercado estava em baixa.

Em 2024, segundo dados publicados pela Stocklytics, com base em números da Statista, espera-se que as receitas globais das viagens e do turismo aumentem 8,3% e atinjam quase 930 mil milhões de dólares (cerca de 860 mil milhões de euros), o valor mais elevado da história do mercado, indicando os autores desta análise que “os valores acumulados dos últimos cinco anos são ainda mais impressionantes”.

Hotéis representam quase 50% dos gastos
As estatísticas mostram que os hotéis ganharam muito mais dinheiro do que qualquer outro segmento de mercado nos últimos cinco anos. Desde 2018, as pessoas em todo o mundo gastaram mais de 1,85 biliões de dólares (mais de 1,7 biliões de euros) em férias em hotéis, quase 45% mais do que em pacotes de férias e mais do que em campismo, cruzeiros e alugueres de férias combinados.

As férias organizadas foram classificadas como o segundo maior fluxo de receitas, com 1,28 biliões de dólares (perto de 1,2 biliões de euros) em despesas nestes últimos cinco anos. Como terceiro maior fluxo de receitas, o aluguer de férias registou apenas um terço desse valor, ou seja, 448 mil milhões de dólares (cerca de 415 mil milhões de euros) nos últimos cinco anos, seguindo-se o campismo e os cruzeiros, com 240 mil milhões de dólares e 113 mil milhões de dólares de receitas (222 mil milhões de euros e 105 mil milhões de euros), respetivamente.

Europeus mais gastadores
A análise da Statista também mostra que os europeus são de longe os que mais gastam em férias e viagens. Entre 2018 e 2023, os residentes do velho continente gastaram 1,2 biliões de dólares (mais de 1,1 biliões de euros) em férias e viagens, quase 40% mais do que os americanos e duas vezes mais do que os chineses.

Os americanos foram a única nação próxima dos europeus em termos de despesa total, com 917,7 mil milhões de dólares (perto dos 850 mil milhões de euros) gastos em férias e viagens desde 2018. A China, a segunda maior nação do mundo, está muito abaixo destes valores, mostrando as estatísticas que os chineses gastaram 666 mil milhões de dólares (cerca de 615 mil milhões de euros) em viagens e férias nos últimos cinco anos, quase 30% menos do que os americanos e quase duas vezes menos do que os europeus.

Foto: Depositphotos.com
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Portugal ocupa a sexta posição como destino mundial de luxo

Quem o revela é a Condé Nast Johansens que acabou de anunciar os resultados do estudo turístico internacional sobre “Hábitos de Férias de Luxo 2024”. Portugal situa-se no sexto lugar com 16% de preferência.

Publituris

Este inquérito foi realizado entre os utilizadores do website da Condé Nast Johansens e dos guias impressos “Condé Nast Johansens: Luxury Hotels 2024” e “Condé Nast Johansens: Luxury Spas 2024”. 60% dos inquiridos são mulheres e a idade média predominante está acima dos 55 anos. O rendimento do viajante de luxo ronda os 100.000 euros por ano.

Dos viajantes do segmento de luxo que declararam deslocar-se para fora do Reino Unido, Portugal situa-se no sexto lugar com 16% de preferência, atrás de Espanha como destino preferido com 30%, França (27%), Itália (19%), Grécia e Estados Unidos (com 17%).

Quanto ao número de viagens planeadas para este ano, 33% tencionam fazer três ou quatro, seguidos de 27% que pensa fazer duas. No entanto, 44% querem sair em setembro, seguido de junho (39%), maio (37%) e abril ou outubro (ambos com 34%), com a maioria (45%) a declarar que serão estadias de três a seis noites seguidos de 32% que fará o mesmo, mas entre sete e nove noites. 27% dos inquiridos pensa fazer escapadelas de fim de semana. Os planos de viajar com a família ocupam apenas 26% do total dos inquiridos, contra 75% que querem viajar com o parceiro e 30% com amigos.

Por outro lado, os resultados os resultados do inquérito dão conta que cada vez mais viajantes de luxo preferem reservar diretamente através do site do hotel (68%), 56% declaram que o farão com uma agência de viagens online, em comparação com 13% que o farão numa agência de viagens física. Destaca-se que 15% dos viajantes de luxo utilizarão o site da Condé Nast Johansens para se informar sobre hotéis e spas de luxo e contatá-los diretamente.

O estudo indica ainda que, pela primeira vez, os destinos urbanos (65%) aumentam em relação aos destinos de praia (55%), seguidos por 48% dos que pretendem desfrutar de destinos rurais e campestres, e 36% que pretendem relaxar num spa e contratar serviços de bem-estar.

O que procuram ao chegar ao destino, 73% gostam de gastronomia, 52% de natureza, 47% de arte e cultura, 46% de saúde e bem-estar e 37% de mar.

Em relação aos meios de alojamento, 58% dos viajantes declaram que procurarão um “hotel boutique”, seguido de 55% que optarão por hotéis de luxo independentes, 41% destacam redes hoteleiras internacionais, 39% alugarão casas e vilas particulares e 36% escolherão spas com tratamentos de bem-estar.

Quando chegam ao hotel, a qualidade da cama é o requisito essencial para 73% dos inquiridos, um bom pequeno-almoço (64%), opções de restaurantes (58%), piscina (49%).

O preço do alojamento continua a ser o fator chave na decisão de um destino, mesmo que se trate de turismo de luxo. Para 64% dos entrevistados é o primeiro motivo a ter em conta, seguido do clima e do tempo (62%), para 56% é o custo da viagem, para 54% se o hotel oferece descontos e promoções, a duração da viagem para chegar ao destino de férias por 47% e em quinto lugar a flexibilidade para cancelar a reserva (43%).

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Anneaux JO Troca

Destinos

Paris prepara-se para quebrar todos os recordes de visitantes nas Olimpíadas

À medida que se aproximam os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2024, Paris prepara-se para receber um número recorde de visitantes. Segundo Olivia Grégoire, ministra delegada do Turismo, citada pelo Journal de l’economie, a capital francesa e a sua região esperam receber 16,1 milhões de pessoas durante este evento mundial.

Publituris

Avança a informação que este entusiasmo é corroborado por previsões turísticas promissoras, que sugerem um aumento, só durante o período dos jogos, de até 10% no número de turistas em relação a 2019, antes da crise sanitária. A ministro Grégoire está otimista quanto a estas perspetivas, destacando também uma descida dos preços dos hotéis e dos alugueres de outro tipo de alojamento.

Além de receber os visitantes, os desafios logísticos ligados à mobilidade emergem como uma questão importante para os Jogos Paris 2024. O governo e os organizadores enfrentam a necessidade de garantir o transporte eficiente dos mais de 10 milhões de espetadores esperados, além dos 200 mil credenciados, nos 40 locais olímpicos.

A região da Île-de-France, já densa, deve preparar-se para multidões sem precedentes, com picos de até seis mil espetadores por minuto em alguns locais emblemáticos.

Refira-se, entretanto, que foram realizadas grandes obras para melhorar a infraestrutura de transportes existente. Entre os projetos emblemáticos, merecem destaque a aceleração da extensão da linha 14 do Metro e a extensão do RER E. Estas melhorias visam aumentar a capacidade e eficiência da rede de transportes parisiense, essencial para o bom funcionamento do evento. No entanto, a sombra das greves é iminente, com vários sindicatos da RATP envolvidos em negociações tensas, ameaçando desestruturar a organização.

No entanto, há outras boas notícias. Olivia Grégoire anunciou que a atividade turística atingiu um recorde em França em 2023, tendo arrecadado 63 mil milhões de euros em receitas internacionais no ano passado, em comparação com 58 a 59 mil milhões em 2022, um aumento de 12% num ano. Estes resultados também superam o nível pré-pandemia, com 56,7 mil milhões de euros registados em 2019. “Tiro o chapéu aos players” do setor, disse, mostrando-se confiante para o grande encontro dos Jogos Olímpicos deste verão.

No detalhe, foram sobretudo as estadias de franceses no país que impulsionaram os números. “Mais de oito em cada dez franceses que saíram de férias fizeram-no em França”, regozijou-se a ministra, que também observou que 50% destes dedicaram às férias um orçamento maior neste inverno do que no ano passado.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Seaventy assinala 10.º aniversário com balanço positivo e expetativa de crescimento

Este ano, a Seaventy conta lançar uma nova plataforma digital para facilitar e acelerar os pedidos de orçamento, que vai ajudar a empresa a aumentar o negócio, segundo Bernardo Castro, diretor-geral da Seaventy.

Inês de Matos

A Seaventy assinalou esta quinta-feira, 21 de março, o seu 10.º aniversário com uma festa no barco Ópera que, segundo Bernardo Castro, diretor-geral da empresa, pretendeu celebrar uma década de sucesso e que ficou ainda marcada pelas perspetivas de crescimento desta empresa de eventos e aluguer de barcos.

“O balanço destes 10 anos é super positivo”, disse o responsável aos jornalistas, à margem da festa de aniversário, explicando que, quando a Seaventy nasceu, foi com o objetivo de ser uma “ponte entre o departamento comercial dos donos dos barcos e o departamento náutico das agências”.

“A Seaventy foi criada para ser o departamento náutico das agências, acima de tudo. Há 10 anos, percebemos que havia esta lacuna”, explicou Bernardo Castro, indicando que, até ao ano passado, a empresa teve sempre um percurso de crescimento.

No entanto, em 2023, devido a um processo judicial relacionado com a venda de uma embarcação, a Seaventy viu as contas arrestada durante cerca de metade do ano, o que acabou por tornar 2023 no pior ano de sempre para a Seaventy.

“2023 foi um ano de muito desafio porque fomos alvo de um processo judicial, uma providência cautelar que fez com que a nossa empresa ficasse parada”, explicou o diretor-geral da Seaventy, indicando que a empresa teve o barco Évora e as contas arrestada entre fevereiro e junho, o que acabou por prejudicar o negócio ao longo de todo o ano.

A Seaventy venceu, contudo, o processo judicial em que estava envolvida e, este ano, acrescentou Bernardo Castro, a procura já voltou a subir, de tal forma que 2024 pode mesmo vir a ser o melhor ano de sempre para a empresa.

“O primeiro trimestre está a ser incrível, ao nível de 2022 e, sinceramente, com este evento e com tudo o que estamos a planear, perspetivamos o melhor ano de sempre”, revelou, explicando que, em 2022, a empresa já igualou os resultados pré-pandemia, em que a Seaventy tinha apresentado uma faturação de 1,2 milhões de euros.

O otimismo de Bernardo Castro é também justificado pelas novidades que a Seaventy conta lançar muito em breve e que passam pelo regresso da empresa aos eventos em todo o país, assim com pelo lançamento de uma nova plataforma digital, que vai facilitar e acelerar os pedidos de orçamento.

“A novidade passa essencialmente pela otimização de processos e facilitação. Estamos a investir numa plataforma que faz com que as agências e o cliente final possam simular o seu orçamento de uma forma muito, muito rápida e a gestão de propostas comerciais vai deixar de ser por e-mail e passa a ser tudo através dessa plataforma”, revelou o diretor-geral da Seaventy, indicando que esta plataforma deverá estar operacional a 8 de abril.

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Destinos

CIM Coimbra lidera projeto europeu de 1,7 milhões para monitorizar impacto do turismo sustentável

A Comissão Europeia deu luz verde ao projeto Tourism4SDG, liderado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, no âmbito do Programa Interreg Europe 2021-2027, com um investimento total de 1,7 milhões de euros.

Publituris

O projeto, apresentado por Jorge Brito, secretário Executivo da CIM da Região de Coimbra, no evento anual do programa Interreg Europe, que decorreu, em Antuérpia, Bélgica, visa desenvolver e implementar ferramentas para monitorizar os impactos do desenvolvimento sustentável no setor do turismo.

Com duração de quatro anos, o Tourism4SDG reúne autoridades locais, regionais e nacionais de oito países da União Europeia, entre os quais Portugal, Espanha, Polónia, Hungria, Holanda, França, Latvia e Estónia, indica o CIM da Região de Coimbra na sua página oficial.

A mesma fonte avança que, esta iniciativa surge com a necessidade de melhorar a eficácia dos instrumentos de política de turismo para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos, em 2015, pelas Nações Unidas, para a Agenda 2030.

Através da cooperação transnacional territorial, o Tourism4SDG pretende, desta forma, proporcionar a produção de dados comparáveis sobre a monitorização da sustentabilidade do turismo, visando não só medir o impacto das políticas de turismo sustentável, como também orientar futuras estratégias para um setor mais responsável e inclusivo.

Refira-se que o Interreg Europe é um programa de cooperação inter-regional que promove o intercâmbio de experiências, a partilha de conhecimento e a transferência de boas práticas entre autoridades regionais e locais e diversos atores de relevância regional de Estados Membros da União Europeia, Noruega e Suíça.

ESIVER para melhorar turismo sustentável nas paisagens fluviais

Entretanto, ainda sobre sustentabilidade, mas agora para melhorar as paisagens fluviais, o CIM Região de Coimbra passou a integrar, na qualidade de parceiro, o projeto ESIVER.

O ESIVER visa melhorar as competências ao nível do turismo sustentável nas paisagens fluviais, com o objetivo de promover iniciativas de ecoturismo e combater as alterações climáticas.

Os resultados esperados da ESIVER são, designadamente, um estudo de iniciativas de ecoturismo em ambientes fluviais; um curso de formação sobre ecoturismo e atividades empresariais em seis línguas, alojado numa plataforma online; e um espaço virtual de tutoria onde os participantes do curso são aconselhados por especialistas, para a implementação de um plano de atividades empresariais de ecoturismo em ambientes fluviais.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

APAL assinala 20 anos com diversas iniciativas

A APAL – Agência de Promoção de Albufeira vai assinalar o seu 20º aniversário no próximo dia 19 de abril, no Nau Salgados Palace, com uma mostra de associados, uma conferência e um jantar. As inscrições já estão abertas para participação em qualquer uma das iniciativas.

Publituris

“Será um dia repleto de atividades, durante o qual se pretende partilhar conhecimento, fomentar ligações e networking, e criar momentos de convívio e boa disposição entre associados, onde possamos relevar o papel de muitas destas empresas e respetivos profissionais no contexto da valorização de Albufeira”, explica Desidério Silva, presidente da direção da APAL.

O programa inicia-se com uma mostra, que decorre entre as 10h30 e as 19h00, e que permitirá a todos os associados expor os seus produtos e serviços. Esta mostra pode ser visitada por toda a comunidade que queira obter um conhecimento mais profundo de muitas das empresas que existem no concelho de Albufeira.

O ponto forte da tarde é a conferência subordinada ao tema ‘Caminhos para o Futuro’. A partir das 14h30, o Palácio de Congressos dos Salgados acolhe dois painéis de especialistas que vão refletir sobre algumas das mais atuais temáticas associadas ao setor.

Para falar sobre ‘Novas Formas de Promoção Turística’, foram convidados António Jorge Costa, CEO do IPDT Turismo, e Carlos Coelho, presidente do Ivity Brend Group.

O tema ‘O Futuro do Turismo: Oportunidades e Ameaças’ será desenvolvido por Luís Serra Coelho, Professor Associado da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, e por João Luís Duque, Professor Catedrático ISEG – Universidade Técnica de Lisboa.

O programa termina com um jantar, com a participação de representantes de órgãos sociais, associados, empresários, parceiros e entidades oficiais.  A participação na conferência e no jantar requer inscrição prévia até ao dia 16 de abril.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Seis projetos em territórios afetados pelos incêndios vão contar com financiamento de 2,4M€

O Turismo de Portugal acaba de assinar os contratos referentes a seis projetos com financiamento aprovado no valor de 2,4 milhões de euros, através da Linha + Interior Turismo, Aviso Específico de Concurso Regenerar Territórios – Incêndios 2023.

Publituris

Valorizar o território, investir nas empresas, qualificar os profissionais e projetar o interior e a sua oferta são alguns dos aspetos e prioridades que os projetos contratualizados evidenciam.

Os beneficiários são entidades públicas, privadas e associativas que desenvolvem atividades relacionadas ou conexas com a atividade turística, provenientes das localidades de Aljezur, Odemira, Beja, Proença-a-Nova e Castelo Branco.

Os projetos, agora iniciados, englobam segmentos, como Turismo de Natureza, Turismo Ativo, Turismo de Bem-Estar, além de abranger aspetos históricos, tradições, cultura e conhecimentos locais.

Entre as iniciativas destacadas, estão a criação de projetos que visam a requalificação dos recursos naturais, patrimoniais, culturais e gastronómicos, através de Programas Sustentáveis e de Regeneração dos Territórios, investimentos em Rotas Turísticas, um Centro de Acolhimento e Interpretação e um Programa de Comunicação e Gestão de Marca.

O Portugal Events – Programa de Apoio à Organização de Eventos de Interesse Turístico, permitiu que também tenha sido assinado o contrato que dá vida ao IDANHA-a-1000, um projeto turístico estratégico desenvolvido para toda a área territorial do concelho de Idanha-a-Nova.

O projeto visa agregar, reforçar e desenvolver vertentes turísticas como a Cultura, Gastronomia, Natureza e Termalismo, com mais de 300 atividades e experiências focadas no conhecimento, na história, na criação e na multiplicidade das manifestações artísticas, sendo a música e a tradição os pilares do projeto.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.