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Reportagem| São Tomé e Príncipe: O país dos sorrisos

Este pequeno paraíso situado no Golfo da Guiné tem a capacidade de conquistar quem o visita com pouco. Muito pouco. E não precisa de muito mais para enraizar no coração de cada um uma vontade crescente em regressar vezes sem fim.

Raquel Relvas Neto
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Reportagem| São Tomé e Príncipe: O país dos sorrisos

Este pequeno paraíso situado no Golfo da Guiné tem a capacidade de conquistar quem o visita com pouco. Muito pouco. E não precisa de muito mais para enraizar no coração de cada um uma vontade crescente em regressar vezes sem fim.

Sobre o autor
Raquel Relvas Neto
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Este pequeno paraíso situado no Golfo da Guiné tem a capacidade de conquistar quem o visita com pouco. Muito pouco. E não precisa de muito mais para enraizar no coração de cada um uma vontade crescente em regressar vezes sem fim.

São Tomé e Príncipe ganhou um lugar de destaque na lista de destinos a visitar pelos portugueses. Seja pela história que nos (des)une, por novelas de que foi palco ou porque conhecemos alguém que já lá esteve a trabalho ou de férias. Desenganem-se os que julgam que São Tomé e o fantástico Príncipe são o tipo de destino que encaixa em qualquer português que entra pela agência à procura da próxima viagem de férias num qualquer destino de praia com pulseiras, piscinas e animação sem fim à vista. De todo. São Tomé e Príncipe não cabe nesses critérios, é muito mais do que isso. É um pequeno diamante em bruto à espera de ser descoberto. Descoberto e não alterado ou ajustado à ideia do que muitos consideram o destino ideal de férias. Este arquipélago é dos poucos lugares na terra onde se pode observar a Natureza no seu estado puro. Seja pelas suas extensas e ricas florestas que culminam nas praias idílicas, seja pela pureza das suas gentes.
São Tomé e Príncipe é o destino para aqueles que valorizam as coisas simples da vida, desde o silêncio quebrado pelo barulho do mar, à beleza estonteante das suas paisagens intocadas ou ao sorriso rasgado das crianças. Umas férias neste paraíso são uma experiência que levamos para a vida. Ou uma paixão à primeira vista que nos leva a querer mudar de malas e bagagens.

São Tomé

A convite do operador turístico Soltrópico, voámos com a TAP via Acra, no Gana, para São Tomé. Chegados ao aeroporto da capital, o transfer do receptivo Mistral levou-nos a percorrer a marginal 12 de Julho, enquanto apreciávamos a vida em torno da baía, onde as mulheres lavam as suas roupas com o seu rebento às costas e sempre com um sorriso na cara, ou onde as crianças se refrescam do calor que se faz sentir.
É o Pestana São Tomé que nos acolhe nos primeiros dias da estadia na cidade, um dos hotéis mais procurado pelos turistas portugueses no destino, por ser exactamente de uma cadeia hoteleira portuguesa. Desde as áreas públicas da unidade, onde começamos pela ‘infinity pool’, à sala de refeições, às salas de reuniões, aos espaçosos quartos com simpáticas varandas, ao spa com vista privilegiada para o mar, o Pestana São Tomé proporciona uma estadia sem grandes surpresas e com cunho Pestana. A completar a presença do grupo português na cidade está também o quatro estrelas Miramar by Pestana, que, não estando colado ao mar, está também próximo deste e apresenta áreas bastante simpáticas e agradáveis, assim como os respectivos alojamentos. Diz-se que ali se comem as melhores pizzas a forno de lenha na cidade, quando se quiser matar saudades da comida mediterrânea.

Contudo, sendo a primeira noite no destino é irrecusável o convite para experimentar a gastronomia local no restaurante da Residencial Avenida, uma unidade de alojamento bem simpática e com traços são-tomenses presentes na sua decoração. Nilza Sara é a moçambicana que se apaixonou por São Tomé e que nos faz a visita. “São Tomé é um país abençoado por Deus”, diz ao descrever o clima do destino e as consequências que este tem para a sua riqueza natural, proporcionando fruta e legumes durante todo o ano à sua população. Mas estamos ali para experimentar o que de melhor São Tomé tem para oferecer a quem o visita: os seus sabores. Da sopa de folha de micocó, bem saborosa, ao peixe barracuda assado, ao mata bala, fruta pão, batata doce, ao delicioso côco grelhado e ao polvo estufado, a terminar com a agridoce fruta caja manga, é uma conquista garantida do nosso paladar.
A noite ainda é uma criança e a segurança em andar a pé pelas ruas de São Tomé convidam a tomar uma cerveja local, a Rosema, no Piko Mokambo, um bar simpático e alternativo localizado num antigo edifício colonial onde se alia arte à música, muito procurado pelos portugueses que ali vivem, visitam e não só. Como alternativa, o Pestana São Tomé conta com um casino e uma discoteca, que abre sobretudo às sextas e sábados. Porém, deitar cedo e cedo erguer faz todo o sentido neste destino, com a imensidão de atracções que temos para descobrir durante o dia.
Uma pequena visita pela capital ajuda a conhecer um pouco mais da realidade são tomense, para a qual os turistas têm de ir, sobretudo, de espírito aberto.
Comecemos pela agitação do mercado, que se realiza diariamente no centro da capital onde se vende um pouco de tudo, das frutas e legumes, a roupa, calçado e outras utilidades ao ar livre ou no edifício principal. Somos invadidos pelas cores e padrões típicos, pelos odores fortes de um mercado debaixo de temperaturas elevadas.
Depois da animação do mercado, passemos a um pouco de história. É no antigo Forte de São Sebastião que encontramos o museu nacional que conta a história da descoberta, em 1470, do arquipélago pelos navegadores portugueses João de Santarém, Pêro Escobar e João Paiva. Por dois euros por pessoa, os turistas podem ali observar peças de arte sacra que sobreviveram ao tempo, num país onde a religião católica ainda hoje predomina, mas também exemplos de como se vivia na época do colonialismo, das rebeliões locais contra o domínio português ao movimento de libertação em 1975.
Antes de ser descoberto pelos portugueses, o arquipélago era desabitado, tendo os portugueses importado escravos para habitarem o território, sobretudo de Angola, Cabo Verde e Moçambique, introduzindo ali a cultura da cana de açúcar e do cacau. Em 1560, São Tomé torna-se um importante produtor mundial de cana-de-açúcar. No entanto, devido à concorrência do Brasil e à frágil situação sócio-económica, com os conflitos da minoria branca e da maioria negra, os plantadores optaram por ir para o Brasil. Nesta época, o arquipélago deparou-se com um período de despovoamento, tornando-se apenas interposto de escravos que iam do continente africano para o Brasil. Porém, no século XIX, o cultivo do café e do cacau foi estimulado e é nesta altura que várias famílias portuguesas ali se instalam e se edificam as Roças, algumas que ainda hoje perduram e que são motivo de visita. Estas foram criadas como pequenas vilas, onde existia um hospital, escola, igreja, a casa do proprietário e a zona de todo o processo da seca do café, mas também pequenas casas para os escravos, de forma a que estes não tivessem de sair daquele espaço. Apesar da abolição da escravatura em 1875, havia muitos negros que continuaram a ser tratados como escravos, o que levou então ao movimento da independência de São Tomé de Portugal, a 12 de Julho de 1975. Algumas das roças foram recuperadas e ou mantém a cultura do café, como a Roça Monte Café, onde existe um museu de café que explica todo o processo de tratamento; ou centros de arte e cultura aliados a alojamento para turistas, como a Roça de São João dos Angolares, onde a gastronomia é a principal atracção.
Ideologias à parte, a visita às roças é algo obrigatório num qualquer roteiro de visita a São Tomé. Ali ficamos a conhecer a vivência de outros tempos, mas também dos de agora. Na visita à Roça Monte Café, o ‘doutor’ Paulino de 83 anos e 60 netos explica o processo de produção de café e defende que a independência não trouxe tudo de bom, “na altura comíamos bem. Os jovens de agora não querem trabalhar, têm baile a semana toda”, justificando, a seu jeito, um pouco da deterioração de algumas partes da roça.
Partindo à descoberta da natureza são tomense, podemos comprovar que toda a ilha tem uma riqueza natural imensa, que pode ser apreciada através de uma visita ao Jardim Botânico ou através de passeios de ’trekking’, pelos quais se encontram cascatas, como a cascata de São Nicolau, cachoeiras, à Lagoa Azul ou até mesmo uma pequena visita à Boca do Inferno, semelhante à atracção homóloga situada na vila de Cascais, em Portugal. Se a opção de estadia recair sobre o Club Santana Beach, a perspectiva e vivência de São Tomé será diferente e mais recatada. Incluído no preço da estadia, está uma visita de barco ao Ilhéu de Santana e ao seu interior. O segredo de se apaixonar por São Tomé é não ficar sujeito apenas à realidade da capital, mas sim partir à descoberta de cada recanto da ilha.

Ilhéu das Rolas

Se depois da visita pela ilha de São Tomé ainda não caiu de amores, a sugestão passa por seguir para sul. Ao percorrer a estrada que nos conduz a sul da ilha são diferentes as paisagens com que nos deparamos. Riachos repletos de lavandeiras, praias desertas de cores estonteantes, plantações de bananas ou cacau, e montanhas, como o facilmente identificável Pico do Cão. A meio do caminho é habitual avistarmos porcos com os seus leitões a atravessarem livremente as estradas. Chegados a sul, concretamente, à Ponta da Baleia, atravessamos de barco para um dos ex-líbris do arquipélago: o Ilhéu das Rolas.

São Tomé e Príncipe não é caracterizado por ser um destino exclusivo de praia, mas as suas praias não ficam atrás de nenhuma em qualquer parte do mundo. Praias de areia branca e águas de azul turquesa com a temperatura ideal para refrescar do calor que ali se faz sentir podem ser desfrutadas no Ilhéu das Rolas. O Pestana Equador é o único hotel do ilhéu e proporciona uma estadia relaxada neste pequeno paraíso. Descanso não é palavra imperativa no Ilhéu das Rolas, mas é uma das mais frequentes. Aconselhamos a fazer várias actividades, mas destacamos um passeio a pé pela ilha, passando por miradouros que dão diferentes perspectivas da zona, como, por exemplo, para a praia de Santo António, na qual foi gravada uma novela portuguesa, mas especialmente pelo imperdível marco que assinala a passagem no Ilhéu da linha geodésica do Equador. Do topo da pequena montanha, onde se localiza o marco do Equador, observa-se a paisagem verdejante, rodeada dos vários tons de azul do mar. Em seguida, por entre os montes de cascas de côco que enchem os terrenos do interior do Ilhéu, chega-se à ponta oposta do Pestana Equador, onde se destaca um pequeno géiser, acompanhado por uma paisagem que nos arrebata. O ponto alto deste pequeno passeio termina com o pôr-do-sol na Ponta Cabra, uma pequena formação de pedras vulcânicas que entra mar adentro, ou na tranquilidade de uma praia.

A cereja no topo do bolo na estadia no Ilhéu das Rolas é o passeio de barco à volta da ilha, apreciando a paisagem envolvente ou até mesmo os inúmeros barcos de pescadores que ali fazem a sua actividade de pesca do peixe coelho. Um passeio que culmina com a paragem numa pequena baía onde as águas transparentes convidam a momentos de snorkeling ou a mergulhos demorados. Regressando para a ilha de São Tomé, a Porto Alegre, visitamos o Praia Inhame Ecolodge. Aquilo que seria inicialmente uma casa de férias, rapidamente se transformou numa unidade turística com vários bungalows de diferentes tipologias com quarto-de-banho privativo. A unidade garante que ali encontramos a “perfeita simbiose entre a natureza e o puro prazer de bem-viver”, o que pudemos comprovar. Acrescentamos ainda a arte de bem receber. Com frente para a praia Inhame, escolhida pelas tartarugas para, entre o fim de Setembro e o mês de Março, desovarem, o ecolodge tem como grande premissa a preservação exactamente das tartarugas. No país ainda não existe legislação para proteger este animal e os seus ovos, que são consumidos por locais e não só. Além da preservação das tartarugas, o ecolodge prima pela aposta na ecologia e nas energias renováveis, como a solar e a eólica, e faz ainda tratamento de águas. Além da observação de tartarugas em determinadas alturas do ano, a unidade promove ainda várias actividades para os seus hóspedes, como aulas de surf, mergulho, passeios de BTT, passeios pedestres pela floresta (com guia), pesca e passeios de barco.

Príncipe (Encantado)

Se nunca se apaixonou à primeira vista por nada, terá aqui a sua estreia. Mesmo os mais cépticos irão perder-se de amores pelo Príncipe, a ilha do Príncipe. Depois de um voo interno de cerca de 30 minutos, chega-se à Ilha do Príncipe que conta com nove mil habitantes e é um destino de turismo de natureza no seu estado mais puro, tendo sido inclusive declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO em 2012. Dezembro, Janeiro e Fevereiro são os meses recomendados para se visitar a ilha, que se caracteriza pela simplicidade das suas gentes e pela beleza surpreendente das suas paisagens e praias paradisíacas. Cada passo que se dá no Príncipe é um encanto constante.

O aeroporto fica localizado no norte da ilha, onde se concentram algumas das principais unidades de alojamento, como o Makaira Lodge, a Roça Sundy, o resort Bom Bom ou a Roça Belo Monte. O caminho até ao Makaira Lodge é uma aventura completa, através da qual ficamos a conhecer as profundezas da floresta tropical do Príncipe, observando as várias espécies de árvores, algumas endémicas, as pequenas tocas dos caranguejos de terra, às encostas de impor respeito. Chegar ao Makaira Lodge faz valer cada momento deste caminho atribulado. As tendas bem decoradas e confortáveis junto à praia que é, à semelhança de tantas outras, de uma perfeição incrível, compõem o ecolodge que abriu há quase dois anos. Inicialmente, foi concebido para ser dedicado à pesca desportiva que o proprietário praticava junto com os seus amigos. Contudo, o potencial do local fez com que este quisesse partilhar com aqueles que querem desfrutar de uma praia onde o silêncio é o anfitrião, apenas perturbado pelo barulho do mar. Actualmente, são cinco as tendas disponíveis, mas estão previstas outras cinco para completar a oferta. A simplicidade e a autenticidade fazem parte do conceito do Makaira Lodge, que privilegia bastante as actividades ligadas à natureza. Diariamente, o hóspede tem ao dispor uma experiência gastronómica diferente, que recorre na sua maioria aos produtos locais, que a terra e o mar oferecem.
É a Roça Sundy que nos recebe em seguida. Este é um dos projectos mais recentes da HBD do sul-africano Mark Shuttleworth, que além de ter actualmente quatro unidades hoteleiras – Bom Bom Príncipe Island, Roça Sundy, Sundy Praia e Omali Lodge, este último em São Tomé – tem uma forte componente de responsabilidade social na ilha do Príncipe. Entre os vários projectos desenvolvidos pela HBD na ilha estão a reabilitação de roças; relançamento da agricultura; estradas; infra-estruturas básicas, como água potável, internet nas escolas; ou a recuperação do aeroporto da ilha.
Aberto há um ano, a Roça Sundy é uma unidade de quatro estrelas que resultou da conversão de uma roça de cacau que foi restaurada. A Roça Sundy era uma casa de família situada no coração de uma das maiores plantações de cacau nas ilhas de São Tomé e Príncipe. Mais de 90% dos actuais colaboradores do hotel Roça Sundy foram recrutados na comunidade local, apoiados por um intenso programa de formação de nove meses, leccionado pela Escola de Turismo dos Açores. O hotel Roça Sundy oferece um restaurante de cozinha internacional, composto por uma sala de jantar de arquitectura colonial e uma grande varanda com vistas sobre a floresta da ilha do Príncipe e para o Oceano Atlântico. Ao jantar, é normal sermos acompanhados por morcegos a sobrevoar junto à varanda enquanto desfrutamos da gastronomia típica. Todos os quartos da Roça Sundy foram decorados com mobiliário ao estilo colonial – muitos da casa original – e vários oferecem varandas espaçosas com vista para o terreiro ou para a floresta. Dentro em breve, a Roça Sundy vai disponibilizar uma piscina para os seus hóspedes, bem como uma fábrica de chocolate. A dez minutos de carro da praia, a Roça Sundy conta com uma história intensa dos seus vários proprietários, mas tem uma especial particularidade, foi palco do teste da teoria da relatividade de Alberto Einstein pelo astrónomo inglês Arthur Eddington e o seu assistente Edwin Cottingham, um ponto alto da ciência do século XX. A particularidade da Roça Sundy é o convívio com os habitantes da própria roça, que em breve vão ter novas habitações numa zona denominada por Terra Prometida. Estes oferecem-nos as suas estórias, humildade e simpatia. E as crianças? Estas são diferentes das de São Tomé, em vez de pedirem doces, oferecem sorrisos e brincadeiras com brinquedos inventados por elas. Um dos motoristas da Roça Sundy aconselhou-nos mesmo a não distribuir doces, “não queremos que as crianças do Príncipe fiquem como as de São Tomé”. Aqui aprende-se efectivamente a viver com pouco, e pouco já é tanto. Este pouco tem tudo o que a Natureza oferece, com uma terra rica e abundante fornecendo o essencial que os habitantes do Príncipe precisam para viver, como o mangum (um fruto que se assemelha a um rebuçado), o ossam (utilizado como tempero), ou os caranguejos de terra que servem de petisco, entre tantas outras coisas.

Partimos à descoberta do tão esperado resort Bom Bom, cujo nome faz jus à sua oferta: é de facto tudo bom. Incorporado na floresta, o Bom Bom conta com duas praias de água cor de esmeralda e areia dourada pelo sol, onde é possível observar numa o nascer do sol e na outra o pôr-do-sol. Esqueça o conceito de resort que conhece, o Bom Bom é o resort no sentido de lhe oferecer o que de melhor a Natureza tem para mostrar, com paisagens de uma beleza indescritível. E será assim em toda a ilha, tudo será indescritível e as palavras saberão sempre a pouco para descrever o que ali se sente e se vive. Ir será a única maneira de se perceber porque a vivência e experiência nesta ilha é inenarrável.
As actividades que o Bom Bom proporciona são diversas, desde um passeio 4×4 para descobrir a ilha, um passeio que permite a monitorização da desova das tartarugas nas praias da ilha do Príncipe entre Setembro e Abril, um passeio de barco pelas praias do nordeste ou pela Baía das Agulhas, pesca desportiva, observação de baleias e golfinhos, snorkeling, mergulho, observação de pássaros e vários trilhos.
Um dos passeios de barco pode ser até à Sundy Praia, o primeiro cinco estrelas do Príncipe que conta com 15 tendas exclusivas e de luxo junto à praia. Este alojamento é completamente paradisíaco, desde o seu conceito de tendas de luxo, ao serviço e à plena integração na Natureza. A envolvência da natureza do Sundy Praia com a sua arquitectura arrojada no bom sentido da palavra, como o restaurante em forma de canoa invertida, é surpreendente. A delicadeza com que cada um dos objectos de decoração das tendas foi escolhido, sem deixar nenhum detalhe ao acaso, é também de apontar. Este pequeno paraíso está muito próximo da perfeição, se é que tal seja possível. Aqui a única coisa que se perde é, de facto, a noção do tempo.
Partimos na descoberta de mais um recanto de suster a respiração na ilha do Príncipe: a praia da Banana com os tons de azul com que as praias do arquipélago já nos habituaram. Os mergulhos no mar fazem-se acompanhar por uma bebida do bar de praia explorado pela Roça Belo Monte, que fica no topo da montanha, a dez minutos de carro. A roça oferece além de vários quartos, entre suites, quartos superiores e de luxo,  restaurante com animação ao jantar e piscina. Aqui toda a envolvência é também ela digna de registo. Aliás, se houvesse prémio de país mais fotogénico do mundo, São Tomé e Príncipe arrecadaria facilmente a distinção. Até a pessoa com menos vocação para fotografar consegue, com pouco esforço, captar imagens fantásticas que perduram na memória.
São Tomé é todo um cenário idílico, juntamente com o Ilhéu das Rolas. Mas o Príncipe é de roubar suspiros. Trazemos assim na bagagem o coração cheio de boas recordações e de sorrisos.

*A jornalista viajou a convite da Soltrópico.

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

Raquel Relvas Neto

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Distribuição

Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Turismo

Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

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O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
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Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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