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“A Sonhando ocupa um lugar inequívoco no mercado”

José Manuel Antunes, director-geral do operador turístico, defende que para se ser forte há que pensar grande. Foi com esse objectivo que a Sonhando iniciou, recentemente, o seu trajecto na área do ‘incoming’, com os primeiros grupos provenientes do Canadá e com a abertura de um escritório no Dubai. Segue-se a Índia, onde o mercado… Continue reading “A Sonhando ocupa um lugar inequívoco no mercado”

Raquel Relvas Neto
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“A Sonhando ocupa um lugar inequívoco no mercado”

José Manuel Antunes, director-geral do operador turístico, defende que para se ser forte há que pensar grande. Foi com esse objectivo que a Sonhando iniciou, recentemente, o seu trajecto na área do ‘incoming’, com os primeiros grupos provenientes do Canadá e com a abertura de um escritório no Dubai. Segue-se a Índia, onde o mercado… Continue reading “A Sonhando ocupa um lugar inequívoco no mercado”

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Raquel Relvas Neto
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José Manuel Antunes, director-geral do operador turístico, defende que para se ser forte há que pensar grande. Foi com esse objectivo que a Sonhando iniciou, recentemente, o seu trajecto na área do ‘incoming’, com os primeiros grupos provenientes do Canadá e com a abertura de um escritório no Dubai. Segue-se a Índia, onde o mercado de Bollywood poderá vir a dar frutos. No ‘outgoing’ fala do excesso de operações e da diminuição da rentabilidade em alguns destinos.

O operador turístico Sonhando passou, na sua história, por um período conturbado. Contudo, há cinco anos que o José Manuel Antunes assumiu a sua direcção-geral e deu-lhe outro rumo. Como se caracteriza actualmente o operador turístico?
Quando cheguei à Sonhando, em 2013, estava moribunda, mal vista no mercado, quer junto dos fornecedores, quer junto dos clientes, com uma descredibilização enorme. O Tomaz Metello, que é o proprietário da Sonhando, teve uma grande coragem em não ter fechado a empresa, que tinha prejuízos acumulados imensos e dívidas a fornecedores um pouco por todo o mundo. Quando lá cheguei, o que me deram primeiro foi uma lista de destinos que eram os principais destinos que conhecia e para onde não podíamos operar, porque tínhamos dívidas e não nos deixavam entrar. Ao fim de três semanas de lá estar, disse “não sei se vale a pena estar cá porque estou a gastar-vos mais dinheiro”. Estava há 34 dias na empresa quando consegui ver aprovado no Conselho de Administração a operação charter para Cayo Coco que era considerado uma loucura pelo mercado. Hoje, é a nossa grande bandeira, como toda a gente sabe, e foi um êxito. Era um destino que estava também adormecido e não quis “meter-me” com outros operadores, considerei que devia seguir o caminho de algo que não existisse no mercado ou que tivesse pouca expressão, para assim poder ter os grandes parceiros na distribuição do meu lado e que conseguimos ter desde o princípio – a Abreu e o Grupo GEA -, e de ter também outros parceiros na distribuição connosco no produto que foram, nomeadamente, a Solférias e a iTravel. Têm sido parceiros nossos desde esse primeiro momento e outros que entretanto se agregaram. Hoje em dia, também temos uma excelente parceria com a Soltrópico para outros destinos, nomeadamente, para a Tunísia e outros que virão. Também temos feito operações de Réveillon com outro parceiro do mercado, que é a Exoticoonline. Conseguimos também reactivar algo que tive no mercado quando me ausentei para o Brasil, que era uma espécie de ‘pool’ de operadores que existia e que depois se desmembrou com a entrada um pouco agressiva dos operadores espanhóis no mercado. Começámos a fazer isso e a ter essa noção de que, fazendo algumas coisas colectivamente, temos mais probabilidade de êxito e das operações se realizarem de facto, porque é mais massa crítica que se consegue, além de haver um menor risco que é distribuído, é mais fácil de se atingir os números possíveis para viabilizar as operações de risco. A Sonhando foi crescendo e hoje ocupa um lugar inequívoco no mercado. Desde 2013 que passou do muito vermelho para o claramente verde, com resultados sempre bastante positivos, sobretudo em 2016. Foram anos fantásticos e com um rácio fantástico para o número de funcionários que temos. Temos credibilidade, julgo que o mercado gosta de nós e vice-versa, temos uma boa relação com as pessoas, de colaboração íntima e de ajuda mútua. Hoje, a Sonhando é um parceiro indiscutível no mercado.

Ao longo destes cinco anos, quais foram os principais desafios com que se deparou?

Junto do mercado foi credibilizar a marca e ter alguma imaginação e produtos novos que levassem a olhar para nós. Cayo Coco foi a grande pedrada no charco. O facto também de termos Porto Santo com uma operação assente à segunda-feira com preços bons e com um parceiro forte que foi a Solférias. Tenho essa gratidão com a Solférias, que, desde o primeiro ano, entendeu estar connosco nas duas operações principais e isso ajudou bastante, porque obviamente que deu uma credibilidade diferente do que se estivéssemos sozinhos depois dos anos difíceis pelos quais a Sonhando tinha passado. Depois fomos encarando as batalhas uma a uma. Íamos mandando os passageiros, os passageiros vinham contentes e chegavam às agências a pedir produto Sonhando. O facto de estarmos presentes desde sempre com uma posição clara e de grande parceria no Mundo Abreu, no Mundo Gea, também temos participação com outras agências, temos conseguido ganhar a confiança da parte da rede de distribuição e ao mesmo tempo dos fornecedores, pagando bem, sendo sérios, negociando o melhor possível mas dando garantias de que aquilo que prometemos genericamente cumprimos. Lembro-me que, em 2014, no segundo ano, o charter para a Tunísia teve grandes dificuldades devido ao terrorismo. Foi, até agora, a maior dificuldade que tivemos. Tenho uma paixão muito grande pela Tunísia, não tão grande quanto a que tenho por Cuba, mas suficientemente grande para voltarmos em 2018 a pôr dois charters. Depois também montámos outra coisa que não tem a ver com a operação, mas para nós tem sido importante. Temos por trás de nós uma grande companhia de aviação, a maior companhia de aviação privada portuguesa, que é a euroAtlantic. E a euroAtlantic tem um negócio que é das tripulações por todo o mundo, tem 500 funcionários que passam a vida a deslocar-se. Esse negócio era terceirizado e, hoje em dia, nós montámos na Sonhando outro departamento que não tem quase nada a ver com o operador, mas que é feito por nós: especializámo-nos no acompanhamento das tripulações, a logística das tripulações. Esse sector de actividade na empresa representa mais de 2,5M€ de facturação, o que é relevante.

Quando em 2014 retomaram as operações charters escolheram Cuba como primeiro destino, que estava adormecido no mercado português. Foi para colocarem algo novo no mercado?

Foi uma pedra no charco. Entrei na Sonhando a 2 de Julho de 2013 e desde Agosto apresentei na administração esse projecto de fazermos Cayo Coco e Porto Santo como primeiros destinos e estudámos a hipótese da Tunísia, que também foi aprovada, mas como disse, não correu assim tão bem por razões externas ao mercado. A ideia foi exactamente lançar uma pedra no charco, se fossemos fazer, por exemplo, Cabo Verde, eramos mais um [operador] a ter Cabo Verde, se fosse Punta Cana era estar a concorrer com os operadores espanhóis, era bater contra a parede. Quisemos fazer uma coisa que mostrasse alguma imaginação, diferença e que abanasse o mercado. Na altura, lembro-me que tivemos uma concorrência inesperada com o aparecimento do operador Zoom Travel, que entretanto se extinguiu, para fazer Varadero que era mais óbvio do que Cayo Coco e foi uma certa luta. Penso que a credibilidade das pessoas conta muito para ter sido Cayo Coco a avançar e não Varadero nesse ano.

Mas no ano seguinte avançaram para Varadero…
No ano seguinte começámos a operar Varadero também. Varadero era o que nós queríamos fazer, era mais fácil e não tinha sido uma pedra no charco tão grande, mas como havia a Zoom Travel a fazer Varadero, achámos que devíamos fazer outra coisa. Houve também aqui uma pressão externa, mas que também ajudou na decisão, que foi no fim de 2013 ter sido inaugurado o Pestana Cayo Coco, que foi o primeiro hotel português em Cuba. Julguei que justificava a pedrada no charco, era uma boa alavanca termos um Pestana. Os serviços correm bem e temos uma excelente relação com o Pestana Cayo Coco e assim essa relação com os Pestana fosse universal era de muita felicidade.

Posteriormente a isso, acabaram por fazer uma parceria com um operador turístico espanhol na operação para Varadero.
Essa parceria existe pelo terceiro ano consecutivo. A Jolidey entrou com um avião muito grande, que tem possibilidade de fazer 388 lugares, obviamente que o preço por lugar baixa de uma forma visível. Em 2016, inicialmente cada um de nós tinha a sua operação e a determinada altura sentimos que isso podia ser nefasto para o mercado. Curiosamente, com o apadrinhamento do Diamantino Pereira, que na altura estava na Abreu. Foi ele que telefonou aos responsáveis da Jolidey em Palma de Maiorca e marcou uma reunião e fui lá dizer-lhes que estávamos determinados a fazer o voo e que íamos perder os dois. “Se fizéssemos os dois o mesmo voo e nos cedessem uma parte considerável do avião, era menos nefasto”. E assim foi. Não é uma parceria tão forte como é com a Solférias, nem de perto, nem de longe. Eles têm o caminho deles. Temos duas reuniões por ano, com a Solférias falamos todas as semanas no mínimo ao telefone, se não quase todos os dias, temos uma parceria muito mais forte. Agora, penso que é uma necessidade para o mercado, pelo menos por enquanto. A Jolidey tem por trás uma companhia de aviação, que é a Orbest, e tem que meter o avião a voar, é o seu principal estímulo e o nosso é outro. O nosso é o produto, o destino Cuba, temos outra forma de abordar, mas os interesses cruzam-se num ponto comum que é realizarmos a operação e não danificarmos tanto o mercado. Embora, mesmo assim, a forma de fazer contas dos operadores espanhóis seja muito diferente dos operadores portugueses. Nota-se às vezes alguns ressaltos e incompreensões da nossa parte de entender como é que se chega a alguns preços de venda ao público, quando não conseguimos fazê-los daquela forma. Temos formas diferentes de abordar o mercado no que diz respeito ao pricing e isso às vezes causa alguns desequilíbrios, mas temos continuado com a parceria, que é uma parceria básica de divisão de lugares. Entretanto, eles também têm 25% do avião para Cayo Coco.

Chegou-se a falar na possibilidade de lançar um terceiro destino em Cuba. É algo que está na gaveta?
Está na gaveta, sobretudo porque há falta de aviões. Não é só cá em Portugal, sobretudo no que diz respeito ao longo curso, é dramático, não há aviões. Julgo que é mais fácil vender um terceiro avião para Cuba do que um primeiro avião para a Costa Rica, por exemplo. Há grandes possibilidades em Cuba de se fazer de facto um terceiro destino ou uma segunda origem, a sair do Porto, porque as percentagens de pessoas que temos do norte do País são relevantes. É uma questão a estudar no futuro.

Na história do operador, a Sonhando tinha uma empresa participada – a Somando – que se lançou para a venda directa, com a aposta numa agência de viagens online que não vingou. Passa pelos planos do operador lançar-se na venda directa?
Enquanto for director-geral da empresa, seguramente não. Desde há 30 e poucos anos, que sempre defendi esta parceria com os agentes de viagens, sempre dei a cara e lutei por isso. Agora, que estou a poucos anos de me retirar devido à idade, não vou trair esses princípios e as convicções que tenho. Os agentes de viagens, enquanto for director-geral da Sonhando, podem ter a garantia que jamais faremos isso. Temos meios tecnológicos para o fazer, evidentemente, mas a gratidão é importante. Tenho feito a minha vida baseada com a confiança que os agentes de viagens têm em mim. Não me via a trair isso agora no fim da carreira.

Operação
A nível da operação de 2017, como correu para a Sonhando?
Foi um pouco atípico. Seria, teoricamente, o nosso melhor ano. Tivemos o Furacão Irma que nos afectou, em vendas, cerca de 15% ou mais. O que fez com que a Sonhando tenha fechado o ano com os números praticamente iguais a 2016. Tínhamos uma perspectiva de crescer 10% e estávamos nos 12%, 13% quando se deu o Irma e vamos crescer 2% ou 3%. Números muito similares ao ano anterior em termos de vendas. Nomeadamente, em Cuba, temos tido ocupações maiores nos aviões, mas vamos ganhar menos dinheiro exactamente pela concorrência que é provocada pelos espanhóis, que com as suas ofertas completamente incompreensíveis nos obrigam a reagir, senão levamos os nossos lugares vazios e os prejuízos ainda são mais avultados. Fazem-nos acompanhar esse tipo de ofertas e a margem, que existia, baixou bastante. Temos preferido baixar a margem do que baixar a qualidade de serviço. Tenho medo que um dia se tenha que ir ao serviço para conseguir sobreviver e isso será mau para o destino, para nós e para os consumidores.

Ou seja, foi um ano menos rentável do que 2016?
Sim, foi um ano menos rentável. 2016 também foi um ano atípico, tivemos resultados extraordinários. Vamos voltar aos níveis de 2015 que foi um ano bom, francamente positivo, só que, sobretudo em Cuba, as nossas margens baixaram consideravelmente, coisa que não era expectável porque as ocupações dos aviões foram superiores.

Ainda assim Cuba foi o destino que mais venderam em 2017?
Foi.

Qual foi o top 3 nas vossas vendas?
O top 3 no ano passado foi Cuba, Porto Santo e Malta. Este ano, vai ser inevitavelmente o Magreb, porque temos quatro charters para lá, dois para Agadir e dois para a Tunísia (Monastir e Djerba), com certeza que a Tunísia e Marrocos vão ultrapassar Malta. Para Malta vamos funcionar com uma operação em part-charter com a Air Malta.

 

Diminuem a vossa oferta para Malta, porquê?
Porque estávamos sozinhos no mercado e apareceram uma série de concorrentes a ficar com lugares nos aviões da Air Malta. Estendemos mais a operação em termos de período, que começa muito antes. No ano passado começou em Julho, este ano começa a 24 de Maio, por isso o número de lugares quase que vai ser similar. No ano passado, tínhamos 80 lugares por semana durante nove semanas e neste temos 40 lugares por semana, durante 15 semanas. Entendemos que devíamos baixar o número de lugares por semana porque Malta é um destino complicado de operar. Como tem operações muito grandes, temos que garantir não só os lugares de avião como também as camas. O risco financeiro numa operação para Malta é muito elevado.Pelo contrário para a Tunísia colocam uma operação charter?
Para a Tunísia tínhamos só com a Tunisair no ano passado, e este ano vamos combinar também com a Tunisair e com alguns lugares de risco inclusivamente. Não podíamos deixar a Tunisair, porque tem tido um papel preponderante e de resistência num destino que nos é muito querido. Entrámos em parceria com a Soltrópico e a Solférias, com um charter do Porto e de Lisboa para destinos diferentes. O início das vendas está a correr bem e reforçámos também muito Agadir, em Marrocos. No ano passado, em Agadir estávamos com um número pequeno de lugares e este ano temos um número já considerável. Tínhamos sete partidas e este ano vamos ter 16 partidas, em número de lugares para Agadir crescemos quase 400%. Curiosamente, saímos do Mundo Abreu com mais lugares vendidos para Agadir do que os que vendemos o ano passado todo. Agadir vai ser seguramente uma explosão, tal como a Tunísia, na nossa operação de 2018.

À parte de Cuba e do Magreb, que outras apostas tem a Sonhando para este ano?
São Tomé que nunca deixou de ser um dos nossos destinos. Temos também a Guiné Bissau que foi um destino que começámos e tem sempre vingado, não é um destino grande, mas é um destino pelo qual temos carinho e estamos a acompanhar. Houve outro destino que este ano lançámos, mas quase como um ‘balão de ensaio’, que é o Irão, por causa de perspectivas futuras. Temos ainda outra questão, que é outro ‘layout’ da Sonhando , que é completamente desconhecido do mercado que é o nosso ‘incoming’.

Uma nova área dentro da Sonhando…
Começámos a fazer incoming em 2017 e é uma área em que vamos crescer mais nos próximos anos. Temos actualmente alguns clientes já fixos, estamos a acabar uma operação grande do Canadá para Cascais, com um operador que conheci no ano passado na ITB Berlim. Ele andava à procura de um operador em Portugal e eu sugeri a Sonhando. Começámos a trabalhar e tem corrido bem. São grupos de 30/40 pessoas quinzenalmente durante o Inverno, portanto, durante a época baixa. Estamos a apostar fortemente nisso. Abrimos no Dubai, em Outubro, um escritório com dois funcionários para captar o mercado estrangeiro. Neste momento, estão a fazer auscultação do mercado, já vendemos alguns grupos fechados, ainda não temos o ‘pinga pinga’ dos individuais, mas é um mercado em que acredito muito. É um negócio a meias com um grande parceiro da Índia, um dos grandes grupos de Turismo que tem 25 mil funcionários. A Índia será o próximo mercado que vamos começar a trabalhar. Já começámos a ter algumas expectativas e temos alguns alicerces no mercado de Bollywood para Portugal. Já temos contactos. Será por aí que sonho que a Sonhando vá crescer nos próximos tempos. Sempre tive essa intenção, porque sempre fiz isso nestes 40 anos e o mercado conhece. Porquê abrir no Dubai? Nas empresas onde estive antes, sempre fomos a locomotiva que lançava os novos destinos e, depois deste interregno, voltar e copiar o que os outros estão a fazer, não tem a ver comigo. Nós tentamos fazer coisas diferentes e felizmente tem corrido bem.

Para já estão no Canadá, no Dubai, este com escritório próprio, e segue-se a Índia…
São mercados emergentes que Portugal não tem. Não fomos para os Estados Unidos, para França, para o Brasil, onde toda a gente anda a procurar clientes. Julgamos que temos de ir a sítios onde não haja concorrência. Não é por medo da concorrência, mas é por não querer atropelar ninguém, porque alguns dos nossos clientes principais também têm incoming e não gostaríamos de concorrer com eles nesse campo. Temos feito coisas diferentes e mesmo este operador do Canadá não operava Portugal, decidiram montar uma operação e de facto tem vendido muito. Temos outra coisa curiosa, que já operámos no ano passado e este ano: sete grupos de peregrinações a Fátima vindos da Papua Nova Guiné. Foi um contacto que tivemos lá, com a ajuda da euroAtlantic, um cliente que já lhes tinha fretado aviões e que perguntou se eramos capazes e dissemos que sim. Temos vindo a fazer aos poucos e tem corrido bem. Têm gostado bastante.

É por aqui que passa o futuro da Sonhando?
É. Penso que é por aí que Portugal tem que ir. Recentemente, ouvi o Cristiano Ronaldo dizer uma frase fundamental no discurso quando ganhou um prémio: Devido à dimensão que temos, a única maneira que os portugueses têm de fazer alguma coisa forte é pensar grande. Foi sempre assim também o meu lema na vida, pensar grande, nem sempre se acerta, mas se nós pensarmos sempre grande, com determinação e com alguma lógica, julgo que temos mais possibilidades de êxito.

 

Perspectivas
Considera que existe oferta a mais no mercado?
Sinceramente, julgo que sim, que há oferta a mais. O ano de 2017 foi genericamente positivo para toda a gente e então acho que houve entusiasmo generalizado a mais. Até por nós, em algumas operações que temos. Julgo que há coisas a mais, como Agadir e Tunísia. O facto de começarem operadores espanhóis a meterem-se em destinos que tradicionalmente eram os portugueses a operar – Cabo Verde – pode desequilibrar muito o mercado e julgo que este não tem força para isso. Agora, estamos em Março, a água vai passar debaixo das pontes e em Setembro vamos estar cá para falar de quantas operações é que foram canceladas. Acho muita fruta e não vejo possibilidades de todas elas se realizarem. Espero que as nossas se realizem. Vejo também os destinos das Caraíbas a já ‘bater’ em preços do médio curso e as pessoas quase que se aventuram “porque hei-de ir para Cabo Verde, quando posso ir para Punta Cana?” Sobretudo no médio curso, penso que há excesso de oferta, embora, contra mim falo. No médio curso, estamos envolvidos em sete operações, mas vamos ver. Se calhar, a determinada altura, alguns de nós vamos ter de nos sentar e olhar olhos nos olhos para reformular as coisas. Da minha parte fica, desde já, a manifesta abertura, que sempre tive ao longo da minha carreira profissional, para o fazer.À parte disso, espera que este ano vá suplantar os números de 2017?

Penso que o volume de vendas vai crescer, sem dúvida nenhuma.E a rentabilidade?
Lá está. Às vezes, o desespero de não encher os aviões pode levar a que a rentabilidade baixe, porque toda a gente quer vender. Depois há uma coisa que não cresce que é o número de pessoas a voar, mesmo baixando os preços, as pessoas não chegam lá. Vou dar uma imagem mais fácil: acredito que o mercado cresça, por exemplo, 10%, o que tenho receio é que os 10% que o mercado vai crescer não vão cobrir os 30% que se aumentaram de operações, vão sobrar lugares. Mesmo com o mercado a crescer, a oferta cresceu bem mais do que a procura, que também acredito que suba, pois as pessoas estão mais confortáveis do ponto de vista financeiro, mais confiantes e a recuperar de perdas que tiveram desde 2010. As pessoas estavam fartas de sofrer e querem esses momentos de felicidade e viajar é felicidade. Há apetência para as pessoas viajarem, mas se nós todos tivermos mais oferta na rua do que o número de pessoas que existe para viajar, aí temos um problema.

Além do excesso de oferta, o aeroporto de Lisboa poderá ser também um problema? Sentiram constrangimentos a montar as operações?
Sentimos e ainda estamos a sentir. Tanto quanto sei, há algumas operações que ainda não têm slots. É um travão enorme ao crescimento da economia portuguesa nos dois sentidos, quer no incoming, quer no outgoing. Para o incoming é dramático porque o nosso País está na moda, as pessoas têm uma grande apetência para vir e esse travão que está a ser posto na vinda de novos turistas é uma coisa lamentável e foi uma falta de previsão terrível. Houve um medo de se pensar grande. A determinada altura havia um aeroporto, mas começaram as politiquices, começou-se a dizer que era para um lado e depois para o outro, uns que era para ganhar dinheiro… e de facto, infelizmente, ficámos sem aeroporto, sem projecto, e mesmo os projectos que estão agora do Montijo não tenho dúvida nenhuma que virão tarde. Qual é que é o meu medo? É que quando tivermos o novo aeroporto, Portugal tenha passado de moda, porque o Turismo também é de modas.

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

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O “dossier” dedicado ao Turismo Religioso é o destaque desta edição do Publituris. Além disso, poderá ainda ler sobre o turismo na Ucrânia, Embratur, as tendências de viagens da Amadeus, os pontos mais importantes saídos da conferência sobre o Enoturismo e rever os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024” e a BTL 2024 em imagens.

Publituris

A edição de 15 de março de 2024 do jornal Publituris destaca o Turismo Religioso. Como Santuário de Fátima a receber quase 7 milhões de peregrinos, em 2023, correspondendo a um aumento de 39% face a 2022 e mais 9% relativamente a 2019, Europa, América – com destaque para os EUA, Brasil e México – e Ásia (Filipinas, Coreia do Sul e Vietname) são os principais continentes que procuram este destino. Contudo, Purificação Reis, presidente da ACISO, entidade organizadora dos Workshops Internacionais do Turismo Religioso, apela à valorização do Turismo Religioso Nacional.

Na “Distribuição”, o Publituris esteve à conversa com Olena Kazmina, vice-presidente da Associação de Operadores Turísticos Incoming da Ucrânia (AITO), que pede que “não esqueçam a Ucrânia”. De resto, Kazmina refere que, apesar do conflito existente na Ucrânia, iniciado pela Rússia, o turismo no país não parou. “Grande parte dos visitantes são, naturalmente, apoiantes da causa ucraniana”, admitindo que “sabemos que, atualmente, o destino não é de lazer, seguro, onde se pode ter umas férias relaxadas, mas há regiões não afetadas pela guerra, nomeadamente, mais a Ocidente”.

No âmbito da BTL 2024, a Amadeus revelou as últimas tendências de viagens a nível mundial. Apresentados os resultados, a empresa deu a conhecer duas tendências em lazer e duas em business: o turismo musical e a classe executiva; o poder do networking e a sustentabilidade, respetivamente. Como tendência transversal encontra-se o Assistente Pessoal com recurso à Inteligência Artificial (IA).

Em imagens, trazemos o que foram os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, bem como uma amostra do que foi a maior feira do turismo em Portugal, para nas “Capas que fazem história”, trazermos os destaques do Publituris da edição de 15 de março de 1974.

Nos “Destinos”, um ano depois de ter assumido a presidência da Embratur – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, Marcelo Freixo regressou a Portugal para dar conta da nova estratégia de promoção que o Brasil definiu para os mercados europeus e na qual Portugal tem um lugar de destaque.

Também no âmbito da BTL 2024, o Publituris co-organizou a conferência dedicada ao Enoturismo, uma atividade, um mercado já histórico em Portugal, que tem as suas tradições, tem o seu valor acrescentado, mas, no entanto, só agora começou a ser olhado como tal. A especificidade deste segmento, a sua interligação com outros produtos turísticos e a sua promoção foram temas da conferência em que participaram Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Pedro Valle Abrantes, Managing Partner da Trypor, Alexandra Leroy Maçanita, Events & Wine Tourism Manager da Fita Preta, Luís Santos, General Manager do Palácio Ludovice Wine Experience Hotel, e Ana Maria Lourenço, Public Relations do World of Wine (WoW).

Além do Pulse Report da GuestCentric, as opiniões desta edição pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor) e Manuel de Carvalho e Sousa (docente no ISAG-European Business School).

Leia aqui a edição.

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Edição Digital: O Turismo nas eleições, os vencedores dos “Portugal Trade Awards”, as tendências dos mercados emissores, entrevistas Cabo Verde, BTL e easyJet, NDC e Turismo Cultural

A edição do jornal Publituris que marca o 56.º aniversário da publicação está recheada de temas diversos.

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A próxima edição do jornal PUBLITURIS é especial. Especial porque é uma edição que estará na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2024. Especial porque traz uma perspectiva sobre o que vale o Turismo para os diversos partidos, com representação parlamentar, nas eleições de 10 de março. Especial porque divulga os vencedores dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”.

A começar, em plena campanha eleitoral, trazemos a importância do setor do Turismo nos diversos programas eleitorais dos partidos, com representação parlamentar. Procurámos o que os oito programas trazem em termos de referência ao “Turismo”, “TAP” e “Aeroporto”.

Aproveitando a presença na FITUR 2024, que se realizou de 24 a 28 de janeiro, em Madrid, o jornal Publituris analisa as principais tendências dos mercados emissores mais relevantes. Na conferência da UN Tourism (antiga Organização Mundial do Turismo – OMT), China, Índia, Médio Oriente, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, EUA e Canadá deram a conhecer como é que os respetivos habitantes irão viajar em 2024.

Nesta edição, divulgamos os vencedores da 12.ª edição dos “Portugal Trade Awards”. Assim, os vencedores são: Solférias – “Melhor Operador Turístico”; Cosmos – “Melhor Agência Corporativa”; Consolidadro.com – “Melhor Consolidador”; Abreu – “Melhor DMC”; Abreu online – “Melhor Distribuidor B2B”; ATR – “Melhor GSA Aviação”; Amadeus – “Melhor Sistema Global de Distribuição”; CM Private Luxury Tours – “Melhor Empresa de Transfers”; Unlock Boutique Hotels – “Melhor Empresa Gestão Hoteleira”; GuestCentric – “Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira (PMS)”; Merytu – “Melhor Startup”; Neoturis – “Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo”; Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – “Melhor Formação em Turimso”; Ageas – “Melhor Seguradora de Viagens”; Gr8 Events – “Melhor Empresa de Organização de Eventos”; MEO Arena – “Melhor Venue para Eventos e Congressos”; e, por último, a “Personalidade do Ano 2023”, prémio entregue a Luís Rodrigues, CEO da TAP Air Portugal.

Na “Distribuição”, damos a conhecer a oferta da Solférias para o verão de 2024. O operador turístico, através do evento “Oficina de Ideias, promoveu ações de formação sobre os destinos que constam da sua programação charter para o verão, designadamente, as ilhas do Sal e da Boavista, em Cabo Verde, Porto Santo, Hurgada (Egito), Monastir e Djerba (Tunísia), Saidia (Marrocos), Senegal e Zanzibar (Tanzânia).

Nos “Destinos”, entrevistámos o ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, que admitiu que o destino ainda tem espaço para crescer em Portugal, mercado emissor que faz parte do top 5. Por isso, foi escolhido coo destino internacional convidado da edição 2024 da BTL.

Ainda nos “Destinos”, falámos com Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), a propósito da nova marca e conceito da e para a região. De resto, Luís Pedro Martins salientou que a região “está no bom caminho para ter mais turismo e, muito importante, melhor turismo”.

No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, o jornal Publituris traz “Capas que fazem História”. Nesta edição mostramos a capa de 1 de março de 1974, edição essa que marcou o 6.º aniversário da publicação.

Com a realização da BTL 2024, de 28 de fevereiro a 3 de março, ficámos a saber que a grande ambição do maior evento do setor do turismo, em Portugal, passa “pelo mundo se mostrar em Portugal na BTL”. Pedro Braga, diretor-geral adjunto da FCE Lisboa – Feiras Congressos e Eventos, deixou a referência de que a BTL “tem a ambição de fazer regressar o Turismo de Portugal, apresentar um Conselho Estratégico e abrir a BTL ao mundo”.

Nos “Transportes”, José Lopes, country manager da easyJet Portugal, disse, em entrevista, que “Portugal continua a ter oportunidades interessantes para crescimento no futuro”. Isto, depois de a easyJet ter registado, em 2023, um ano histórico, e estimar voltar a crescer mais 6%, em 2024.

Ainda nos “Transportes”, depois de, em 2023, ter feito uma forte aposta nas Caraíbas, a World2Fly, companhia aérea do Grupo World2Meet (W2M) volta a disponibilizar, este verão, uma extensa oferta de voos para Cuba, República Dominicana e México. Além das Caraíbas, o grupo tem já no mercado uma vasta programação, com destaque para destinos com a Albânia ou Zanzibar.

Na “Tecnologia”, o tema é NDC. Para tal, entrevistámos um especialista na área da aviação comercial, Mário Almeida, desvendamos, em primeira pessoa, a estratégia da TAP sobre a matéria, e damos a conhecer a APG Platform NDC.

Para finalizar, o “Dossier” desta edição é dedicado ao Turismo Cultural e Industrial. Num país onde, queiramos ou não, a cultura é vista (infelizmente) como um parente pobre, o turismo literário tem conseguido combater este cenário. Contudo, a tarefa não é fácil e o Turismo de Portugal tem-se esforçado por colocar o Turismo Literário – e não só – no mapa de diversificação da oferta turística, para dentro e para fora.

Já no Turismo Industrial, na vila mineira no Baixo Alentejo, é possível recuar 5000 anos para encontrar os primeiros indícios de mineração na área de Aljustrel. Constituindo ainda uma das minas em atividade mais antigas do mundo, nasceu, recentemente, o Parque Mineiro de Aljustrel, revelando Marcos Aguiar, coordenador deste projeto, tratar-se de um produto “muito genuíno e com alicerces históricos muitos robustos”.

Tudo isto além do Check-in, e das opiniões de Francisco Jaime Quesado (Economista e gestor); Ana Jacinto (AHRESP); Carlos Torres (Jurista), Pedro Castro (SkyExpert); Joaquim Robalo de Almeida (ARAC); e Jan-Erik Ringertz (Highgate Portugal).

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Edição Digital: Uma última homenagem a André Jordan, a reta final na votação para os Portugal Trade Awards, Tiger Team e autocarros de turismo

A edição de 16 de fevereiro do jornal PUBLITURIS faz capa com André Jordan, falecido no dia 9 de fevereiro. O PUBLITURIS presta, assim, uma homenagem a quem foi apelidado durante anos como “Pai do Turismo” em Portugal. “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, Tiger Team e um dossier sobre Autocarros de Turismo preenchem o resto da edição.

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A segunda e última edição de fevereiro de 2024 do jornal PUBLITURIS faz uma homenagem a André Jordan. Empresário, empreendedor, “Pai do Turismo” em Portugal, “Senhor Quinta do Lago”, Senhor Belas Clube de Campo”, André Jordan marcou, indiscutivelmente, o setor do turismo no nosso país.

Nesta edição republicamos uma das primeiras entrevistas dadas por André Jordan em Portugal e ao jornal PUBLITURIS. Foi na edição de 15 de outubro de 1974 que Nuno Rocha, fundador e na altura diretor do jornal, entrevistou André Jordan. O foco da entrevista está, sobretudo, no Algarve, mas o que André Jordan referiu há quase 50 anos sobre a região, não só é válido para o Algarve como para todo o país.

Lá estão temas como o Aeroporto de Lisboa, um “Turbotrain”, a necessidade de se apostar em infraestruturas, o emprego, a inflação, incentivos fiscais, desenvolvimento social, tráfego aéreo, poluição, a cultura, o golfe [claro], atração de investimento estrangeiro, etc..

Recordo, a data da entrevista que republicamos é de 1974!

Além desta homenagem que o jornal PUBLITURIS presta a André Jordan, recordamos os nomeados para os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, cujas votações terminam neste dia 16 de fevereiro de 2024.

Ainda poderá votar até ao final do dia em https://premios.publituris.pt/trade/2024/

No “Meeting Industry”, fomos conversar com João Moita, Managing Partner da Tiger Team, DMC que está no mercado desde janeiro de 2023. João Moita reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente, um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, admite que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

O “Dossier” desta edição é dedicado aos Autocarros de Turismo. Depois de um ano positivo em 2023, as empresas de autocarros de turismo e passageiros mostram-se confiantes de que também 2024 venha a ser um ano de sucesso e, apesar dos desafios que continuam a existir, há novidades para apresentar ao mercado.

Numa edição que junta o “Check-in” com o Pulse Report da guestcentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Amaro F. Correia (docente na Atlântico Business School.

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Edição Digital: O verão IATA na aviação, PTL Tours, ‘Travel Outlook’ da Deloitte, recrutamento no turismo, Virgin Voyages e os nomeados dos Portugal Trade Awards

A edição de 2 de fevereiro de 2024 faz uma previsão do que será o verão IATA’24 para as companhias aéreas que atuam em Portugal. Mais há mais: PTL Tours, ‘Travel Outlook’ da Deloitte sobre o mercado dos EUA, recrutamento no turismo, Virgin Voyages e os nomeados dos Portugal Trade Awards.

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A primeira edição de fevereiro faz capa com o verão IATA’24 no setor da aviação. Depois de um 2023 que foi positivo para a aviação e para a generalidade das companhias aéreas que operam em Portugal, as expectativas estão em alta e, apesar dos muitos problemas e23 desafios que ameaçam a aviação, esperam-se várias novidades para o próximo verão IATA, que se assinala entre 31 de março e 26 de outubro.

Além disso, as companhias aéreas revelam as operações que prepararam para mais uma época alta em Portugal. Novas rotas, mais frequências e aumentos de capacidade prometem marcar o próximo verão.

Não é uma agência de viagens convencional, mas também não é um operador turístico tradicional porque não vende às agências de viagens. A PTL Tours, que tem a sua própria programação, trabalha 98% com grupos fechados. É neste sentido que o seu CEO, Luís Costa carateriza a empresa que fundou, juntamente com dois sócios, como “um operador que vende ao público”. No entanto, há fortes probabilidades de vir a assumir-se como um operador turístico puro, enquanto pretende dinamizar o incoming.

Depois de mais de dois anos de ganhos consistentes, as viagens de lazer podem ter aproveitado toda a procura reprimida dos anos de pico da pandemia, admitindo a Deloitte no seu “Travel Outlook” para 2024, que, à medida que o fenómeno das “viagens de vingança” diminui, uma nova era pode estar a emergir para as viagens outbound dos EUA.

Um recente estudo da Michael Page veio mostrar que as dificuldades de recrutamento no setor Hospitality & Leisure se devem manter ou até agravar em 2024, uma vez que a oferta turística tem vindo a crescer a um ritmo acelerado, muito acima do número de pessoas que integra o setor.

A Mundomar Cruzeiros, que passou a representar em exclusivo a Virgin Voyages em Portugal e Espanha desde novembro de 2023, realizou, em meados de janeiro, um webinar para apresentar aos agentes de viagens portugueses e espanhóis esta companhia de cruzeiros, que prima pelo luxo e rompe com muitas das tradições deste setor.

Nesta edição continuamos a divulgar os nomeados para os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”, cujos vencedores serão conhecidos a 28 de fevereiro no evento que se realiza na FIL.

São 96 nomeados em 16 categorias que estão em https://premios.publituris.pt/trade/2024/ à espera do seu voto.

As opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (Economista e Gestor) e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

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Edição Digital: Entrevista a Lídia Monteiro, IAG7 em Portugal, Piauí, Rio Grande do Sul, dossier golfe e nomeados dos “Portugal Trade Awards”

Esta edição do Publituris faz capa com a entrevista a Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal. Além disso, há uma conversa com Ángel Muñoz, CEO da IAG7, e a intenção de compra em território nacional, a descoberta de Piauí, uma viagem a Rio Grande do Sul e um dossier dedicado ao golfe turístico e o lançamento dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”.

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A 2.ª edição do jornal PUBLITURIS faz capa com uma entrevista a Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal no rescaldo da apresentação da nova campanha “It’s not tourism. It´s futourism” e em vésperas da maior participação do nosso país na FITUR, em Madrid.

Com os resultados a indicarem o melhor ano de sempre para o turismo em Portugal, Lídia Monteiro admite que o turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens e isso, salienta, aponta agora para o “turismo do futuro” que “tem de passar, necessariamente por um equilíbrio entre visitantes e residentes, entre territórios do litoral e do interior, entre atividade turística, cultura, ambiente e património”.

Na “Distribuição”, entrevistámos Ángel Muñoz, CEO da IAG7, a quarta maior agência de viagens corporativa em Espanha e que está em Portugal há cinco anos. No nosso país, a ambição é crescer e, por isso, está à procura de uma oportunidade para comprar agências de viagens médias ligadas a este segmento.

Em Portugal esteve, também, o Estado brasileiro do Piauí que, num evento organizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostrou toda a sua oferta turística, cultural, natural, histórica, arqueológica e gastronómica. De resto, Portugal foi o pontapé de saída para a promoção do destino que quer conquistar a Europa.

Nesta edição e como vem sendo habitual nesta altura do ano, lançamos também os nomeados dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2024”. Este ano, são 96 nomeados em 16 categorias, havendo ainda lugar para a “Personalidade do Ano”.

As votações decorrem entre 22 de janeiro e 16 de fevereiro de 2024 e os vencedores serão conhecidos no primeiro dia da BTL 2024, a 28 de fevereiro. Por isso, vote a partir de segunda-feira em https://premios.publituris.pt/trade/_2024/

Nesta edição viajamos, também, ao Estado do Rio Grande do Sul, conhecido como um dos principais destinos turísticos do Brasil e o local que os brasileiros para fazer turismo de inverno.

O “Dossier” desta edição de 19 de janeiro é dedicado ao golfe turístico. Começamos com uma entrevista a Nuno Sepúlveda, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), que admite que se está a “valorizar o produto golfe e a tentar cobrar o valor certo”.

Com os dados do Turismo de Portugal a indicarem um primeiro semestre de 2023 com os melhores números já registados no nosso país, Nuno Sepúlveda admite que “está na altura de renovar o produto e melhorar a promoção do mesmo”. A luta para a baixa do IVA no golfe, essa continua e seria, segundo o presidente do CNIG, “um fator importante de competitividade”.

Ouvidos foram, também, alguns agentes do segmento golfe em Portugal que antecipam um bom ano de 2024, fazendo eco das palavras do presidente do CNIG quando referem que a passagem do IVA do golfe de 6% para 23% “fragilizou muito a atividade face aos outros destinos e impossibilitou voltar aos números de 2010 [ano recorde no golfe turístico]”.

Neste dossier, os agentes do golfe turístico ouvidos pelo Publituris destacam, igualmente, que “o golfe não é um grande consumidor de água” e que esta questão precisa de ser “desmistificada”.

Além do “Check-in”, onde o Conselho Editorial do Publituris responde às questões colocadas, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC) e Jorge Papa (Golfe do Morgado).

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Edição Digital: Balanço 2023 e Perspectivas 2024, Viajar Tours, Air France-KLM e dossier Neve

A primeira edição do jornal PUBLITURIS de 2024 faz capa com o habitual balanço do ano e as perspectivas para 2024. Também nesta edição damos conta das novidades da Viajar Tours, da política de sustentabilidade da Air France-KLM e do mercado Neve.

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Começar um novo ano implica, naturalmente, fazer um balanço do ano que terminou e perspectivar o que poderão ser os próximos 365 dias. Como habitualmente, a primeira edição do jornal PUBLITURIS do ano falou com diversos players do setor do turismo em Portugal.

Fomos ouvir o que Francisco Calheiros (CTP), Cristina Siza Vieira (AHP), Ana Jacinto (AHRESP), Pedro Costa Ferreira (APAVT), António Marques Vidal (APECATE), Hélder Martins (AHETA), Miguel Quintas (ANAV), Eduardo Jesus (Madeira), Berta Cabral (Açores), Raul Almeida (Centro), Carla Salsinha (Lisboa), José Manuel Santos (Alentejo e Ribatejo), André Gomes (Algarve), Luís Henriques (Airmet), Ricardo Teles (Bestravel), Paulo Mendes (GEA Portugal), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Paulo Geisler (RENA), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC) e Nikos Mertzanidis (CLIA) têm para dizer sobre o que foi 2023, mas, fundamentalmente, o que esperam de 2024.

Certo é que 2023 terminou batendo todos os recordes ao nível das receitas turísticas, dormidas e hóspedes, ultrapassando o “histórico” ano de 2019. Apesar da instabilidade que se vive interna e externamente, o setor espera, no entanto, um ano “normal”, com crescimento e “algumas” decisões.

Na “Distribuição”, damos a conhecer a novidade apresentada pela Viajar Tours. Álvaro Vilhena, general manager da Viajar Tours, refere ao Publituris que a operação charter para Puglia já estava pensada há muito, mas que, por força das circunstâncias, foram adiando.

Nos “Transportes”, a renovação do acordo com a Travelstore, que foi o primeiro player do setor das viagens em Portugal a aderir ao programa Air France-KLM SAF Corporate, serviu de mote para uma conversa com Miguel Mota, diretor comercial da Air France-KLM em Portugal, sobre a política de sustentabilidade do grupo de aviação, que tem vindo a dar vários passos para reduzir as suas emissões poluentes.

O “Dossier” desta edição é dedicado à Neve. Há cada vez menos operadores turísticos em Portugal a programar férias nas estâncias de neve, isto porque, com as facilidades que as novas tecnologias trouxeram, os aficionados dos desportos de inverno encontraram formas de reservar diretamente ou via online.

Quanto às ofertas existentes, os objetivos passam, por um lado, por dar cada vez melhor serviço aos clientes, e por outro numa aposta clara nas novas tecnologias e na sustentabilidade, acautelando-se face às alterações climáticas.

Além do Pulse Report, uma parceria entre a GuestCentric e o jornal Publituris, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), António Marques Vidal (APECATE) e Joaquim Robalo de Almeida (ARAC).

Até lá, leia aqui a edição.

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Edição Digital: Aeroporto em Alcochete, bTd Travel, Cuba, Costa Cruzeiros, FITUR e MICE em Praga

A última edição de 2023 do jornal Publituris dá destaque de capa à solução indicada pela Comissão Técnica Independente para a localização do que será o novo aeroporto para a região de Lisboa. Além disso, trazemos as novidades da bTd Travel, viajámos até Cuba e na Costa Cruzeiros, entrevistámos a diretora da FITUR e visitámos as ofertas MICE em Praga.

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50 anos após o início da discussão sobre a localização do novo aeroporto para a região de Lisboa, após quase duas dezenas de locais e com um “jamais” quanto à localização na Margem Sul pelo meio, eis que a Comissão Técnica Independente (CTI) aponta para Alcochete como a solução mais viável. A decisão cabe agora ao vencedor das eleições de 10 de março. Isto, caso o assunto não se arraste por mais alguns anos.

A solução Vendas Novas coloca-se à frente das outras seis possíveis localizações como alternativa para a construção de uma infraestrutura pela qual o setor do turismo reivindica há muito.

Pelo meio, fica o recado de Carlos Mineiro Aires, presidente da comissão de acompanhamento da CTI, “não me passa pela cabeça que este trabalho não venha a servir para nada”. A ver vamos.

Na “Distribuição”, mostramos os pontos altos do 48.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), realizado, no Porto de 30 de novembro a 2 de dezembro. E se estava certo que, em 2025, para o 50.º congresso e 75.º aniversário da associação a viagem é feita a Macau, em 2024 será Huelva a anfitriã do evento.

Também na “Distribuição” damos a conhecer a bTd Travel que acaba de se apresentar formalmente em Portugal, como porta de entrada na Europa, uma vez que já está instalada nos EUA e no Brasil. Ao Publituris, Manoel Suhet, CEO da empresa, explicou que a bTd Travel é uma concierge de viagens exclusiva que usa a tecnologia como principal ferramenta para o crescimento, otimização de processos e agilidade, focada no cliente executivo que tem de viajar muito internacionalmente, gasta nas compras online e depois faz a viagem de luxo com a família, e também clientes de alto poder aquisitivo.

A convite do grupo MGM Muthu Hotels, o Publituris visitou a ilha de Cuba, destino que é considerado a Pérola das Caraíbas e que está de regresso ao tabuleiro do turismo internacional, depois do longo encerramento provocado pela COVID-19. Apesar de ainda nem tudo estar bem oleado, o certo é que Cuba ainda é um destino incontornável, até porque continua a contar com praias paradisíacas e com a típica hospitalidade cubana.

Nos “Transportes”, a Costa Cruzeiros promoveu, a 27 de novembro, a 27.ª edição dos Protagonistas do Mar, evento no qual a companhia de cruzeiros distingue anualmente os seus melhores parceiros e que, este ano, voltou a premiar agências de viagens e comunicação social portugueses.

No “Meeting Industry”, entrevistámos Maria Valcarce, diretora da FITUR, feira que pela 44.ª vez, dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo internacionais. Para Maria Valcarce o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

Também no “Meeting Industry”, viajámos até Praga, cidade das 100 torres, banhada pelo no Rio Vltava, que é visitada em lazer por turistas de todo o mundo e está entre as mais bonitas da Europa, mas também está a dar que falar no que diz respeito à capacidade para acolher eventos internacionais dos mais variados tipos e das mais variadas dimensões.

Além do “Pulse Report”, numa parceria com a GuestCentric, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (AHRESP), Amaro F. Correia (docente), André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (Trypor), e Carlos Torres (jurista).

O jornal Publituris está regresso na edição em papel na primeira semana de janeiro de 2024.

Até lá, leia aqui a edição.

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Edição Digital: Entrevistas Pedro Costa Ferreira (APAVT), Dália Palma (BTL), WTM Global Travel Report, Festuris, IA e Programação 2024

1500. É este o número que o jornal PUBLITURIS celebra nesta edição. Para tal convidámos Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT para diretor, além de ser o entrevistado que faz capa desta edição especial. Além disso, temos as tendências das viagens de lazer, uma viagem à Islândia, uma antevisão da BTL 2024, resumo do Global Summit do WTTC e do Festuris, Inteligência Artificial nas viagens e turismo e um dossier dedicado à programação 2024.

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O jornal PUBLITURIS comemora no dia 24 de novembro de 2023 a edição 1500. Por ser uma edição especial, Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT), é o diretor convidado que, em conjunto com a redação do PUBLITURIS, definiu algumas das temáticas que fazem parte deste número.

Mas além de definir alguns temas, Pedro Costa Ferreira também é um dos entrevistados desta edição, no âmbito do 48.º Congresso da APAVT, que se realiza entre 30 de novembro e 2 de dezembro, na cidade do Porto.

Com o congresso a ser dedicado à Inteligência Artificial (IA), o presidente da APAVT admite, de resto, que “no futuro, simplesmente, ninguém vai conseguir competir sem utilizar IA”, considerando ainda que “hoje a IA é uma oportunidade estratégica de negócio muito importante e é, naturalmente, também um risco de negócio se essa oportunidade não conseguir ser realizada”.

Quanto ao setor das agências de viagem, Pedro Costa Ferreira salienta que, “se tudo correr decorrer como está a decorrer, em 2024, ou seja, em três anos [2022, 2023 e 2024] conseguiríamos recuperar os balanços de 2019”.

No que diz respeito à atualidade e à crise política desencadeada com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, o presidente da APAVT frisa que “a instabilidade política é inibidora do consumo”, e, portanto, “quando as pessoas têm menos certezas relativamente ao futuro, tendem a proteger-se”.

Já no que toca às decisões adiadas – Aeroporto e privatização da TAP – Pedro Costa Ferreira admite que “o maior custo é o da não decisão [relativamente ao novo aeroporto]”, sendo que, “quando as circunstâncias fazem com que a decisão seja adiada, essa a pior notícia para todos”.

E conclui: “Agora temos a certeza que os atrasos [Aeroporto e TAP] vão ser absolutamente significativos”. E isso, é segundo o presidente da APAVT, “absolutamente demolidor para um país que depende do turismo e um turismo que depende do aeroporto”.

Apresentado no World Travel Market (WTM) London 2023, o Global Travel Report, realizado em associação com a Tourism Economics, da conta que, apesar de se registar, globalmente, uma desaceleração económica, fruto das mais diversas políticas monetárias, altas das taxas de juro e quebras no rendimento disponível, as estimativas para as viagens de lazer, para 2024, permanecem robustas.

Nas “Viagens”, o PUBLITURIS foi até à Islândia, a convite da PLAY airlines. Localizada no Oceano Atlântico Norte, com 103 mil quilómetros quadrados e uma população de pouco mais de 370 mil habitantes, a Islândia é daqueles países que, quando referimos que visitámos, cria alguma inveja.

Desde as paisagens, a natureza, glaciares, geisers, gastronomia, piscinas aquecidas, cascatas e pessoas, a Islândia começa a ter cada vez mais procura por parte dos turistas que reconhecem que há muito para ver e experimentar na ilha.

No “Meeting Industry”, entrevistámos Dália Palma, gestora Coordenadora da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, a propósito do maior evento do turismo realizado em Portugal que se realiza de 28 de fevereiro a 3 de março de 2024.

Para Dália Palma, a BTL desempenha “um importante papel, enquanto promotor da contratação do destino Portugal, na vertente do B2B, mas também um acelerador na reserva de férias dos portugueses na vertente B2C”.

Quanto à internacionalização do certame, a gestora Coordenadora da BTL deixa a certeza que esta “é uma das nossas prioridades estratégicas”.

Ainda no “Meeting Industry”, damos conta da relevância que o continente africano poderá ter no futuro, admitindo Julia Simpson, CEO e presidente do World Travel & Tourism Council (WTTC), que “África é uma região muito apetecível para o investimento no turismo”. Numa entrevista conjunta realizada durante o Global Summit que o WTTC organizou pela primeira vez em terras africanas (Ruanda), Julia Simpson considerou ainda que “as alterações climáticas são uma das grandes preocupações no setor das viagens e turismo”.

Do Ruando para o Brasil, mais concretamente, para o Festuris, realizado de 9 a 12 de novembro, em Gramado, Portugal regressou ao evento com presença reforçada e novo posicionamento. Portugal contou com um novo stand que quadruplicou de tamanho e que estreou um novo conceito: o luxo. No final, o balanço foi positivo, tanto da feira como da participação portuguesa.

A propósito do congresso da APAVT, trazemos a Inteligência Artificial, tema que esteve em destaque no Global Summit do WTTC e no WTM London 2023. Se do Ruanda ficou a ideia de que a IA não está no futuro, mas está a acontecer agora e é inevitável, seja no setor das viagens e do turismo ou em qualquer outra atividade”, no WTM destacou o facto de “a indústria das viagens e turismo ser um negócio que envolve dados e, por isso, a IA é fundamental para desenvolver e estruturar os produtos a disponibilizar aos consumidores e clientes”.

Neste capítulo, Nelson Boyce, Managing Director da Google para a área de Viagens e Turismo deixou a seguinte questão: “Hoje teremos de olhar para o consumidor do futuro e esse é, sem dúvida nenhuma, muito mais tecnológico do que qualquer geração anterior. Agora imaginem dentro de cinco ou dez anos?”.

Nos “Transportes”, damos conta dos ventos de feição que sopram para as companhias áreas de baixo custo (Low Cost Companies – LCC) que saíram fortalecidas da pandemia, tendo recuperado não só para os níveis pré-pandemia, como estão muito otimistas em relação ao futuro. Isso ficou patente durante a realização do AviationEvent, em Viena, onde se reuniram administradores de companhias aéreas e de aeroportos europeus e especialistas em aviação.

O “Dossier” da edição 1500 do jornal PUBLITURIS é dedicado à programação dos operadores turísticos para 2024. Para já, são muito similares às apresentadas em 2023, tanto a nível do volume como de destinos, embora alguns estejam a avaliar novas operações, bem como a estudar a melhoria das existentes. No entanto, a programação 2024 está praticamente toda nas redes de distribuição, e as ofertas são aliciantes, cobrindo dos charters à operação regular.

Por fim, além do “Check-in” do Conselho Editorial, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Savoy Signature), Pedro Castro (SkyExpert), e António Paquete (economista).

Leia a edição aqui.

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Edição Digital: 50 Anos Pinto Lopes Viagens, Portugal Footprints, inclusão nas viagens, Maurícia, Muthu Aviation e seguros

Meio século de história da Pinto Lopes Viagens fazem capa desta edição do jornal PUBLITURIS. Além disso, damos a conhecer uma nova DMC, a importância da inclusão nas viagens, Maurícia, uma nova companhia aérea em Cuba, e um dossier sobre seguros de viagem.

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A primeira edição do mês de novembro faz capa com os 50 anos da Pinto Lopes Viagens. Em entrevista ao jornal PUBLITURIS, Rui Pinto Lopes, CEO da empresa que tem passado de geração em geração, mantendo a mesma identidade – viagens culturais em grupo, mas também com os olhos postos no presente e, fundamentalmente, no futuro – contou-nos esta história de meio século.

Também na “Distribuição”; damos a conhecer uma nova Destination Management Company (DMC): Portugal Footprints. A dar os primeiros passos, tendo iniciado a operação em setembro deste ano, Inês Viegas, fundadora e diretora-geral da empresa, sabe bem o que quer e o foco será sempre na autenticidade e personalização.

A finalizar a “Distribuição”, num mundo cada vez mais diverso, ter atenção a aspetos como a inclusão, diversidade e/ou comunidades locais tornou-se fulcral para promover um destino ou uma viagem. Num estudo recente a operadores e agentes de viagem, a Expedia dá algumas indicações em como aproveitar algumas, senão muitas, das oportunidades que diversos segmentos de mercado/consumidores/viajantes disponibilizam.

A convite da Solférias, Emirates e Sunlife, o jornal PUBLITURIS viajou até à Maurícia, uma ilha de azul verde a perder de vista onde diferentes culturas se juntam para formar uma só.

O historiador Jorge Mangorrinha conta-nos a história da vila alentejana de Aljustrel, uma vila pacata que vive, essencialmente, da sua mina. Esta localidade começa a ser um ponto de estadia turístico e a inauguração do Flag Hotel Villa Aljustrel, acabou por ajudar a quem passa e a quem se recolhe.

Já o convite da MGM Muthu Hotels, levaram o jornal PUBLITURIS a Cuba. Foi na 5.º edição da Bolsa Destinos Gaviota, uma mostra da oferta turística, que decorreu em Cayo Cruz, ficámos a saber que a Muthu Aviation chega em dezembro para dar resposta à escassa oferta de voos domésticos num dos principais destinos turísticos das Caraíbas.

A edição do jornal PUBLITURIS fecha com um “Dossier” dedicado aos seguros. A pandemia da COVID-19 veio alertar os portugueses para a necessidade de contratar um seguro de viagem e, apesar da situação epidemiológicas estar mais calma, a procura por coberturas com assistência médica ou contra cancelamentos continua alta. Ainda assim, o futuro dos seguros de viagem não está isento de riscos e desafios.

Além do PULSE REPORT, numa parceria entre o PUBLITURIS e a GuestCentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Luíz S. Marques (investigador).

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Edição Digital: Especial WTM London, IPDAL, Ras Al Khaimah, Vietname e Camboja, MSC Cruzeiros e Mercados de Natal

A próxima edição do PUBLITURIS destaca a presença de Portugal no World Travel Market (WTM) London 2023. A vontade de Cuba atrair turistas e investimento portugueses, entrevista a um responsável pelo turismo de Ras Al Khaimah, a viagem ao Vietname e Camboja, entrevista a Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros) e o dossier dedicado aos Mercado de Natal fazem, igualmente, parte desta edição.

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A próxima edição do jornal PUBLITURIS a última do mês de outubro, faz capa com a presença de Portugal no World Travel Market (WTM) London 2023. 32 expositores que estarão de 6 a 8 de novembro no ExCel London dão conta da importância da presença no WTM, os objetivos dessa mesma presença, a relevância do mercado britânico para a operação, fazem uma antecipação do que poderá vir a ser o ano de 2024 e, finalmente, o que diferencia Portugal, enquanto destino turístico, dos restantes destinos concorrentes.

Tudo isto em inglês, já que esta edição do PUBLITURIS será distribuída ao longo dos três dias do WTM e para um mercado que é o 3.º maior mercado emissor de turistas a nível mundial e o 2.º maior da Europa, concentrando uma quota de 7,9% do total da procura turística mundial.

Relativamente a Portugal, em 2022, o Reino Unido posicionou-se como o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 19,3%) e ocupou o 2.º lugar para o indicador hóspedes (quota 13,8%).

Nesse ano, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em Portugal registaram um acréscimo de 193,8% e os hóspedes um aumento de 205,0% face ao ano anterior, totalizando nove milhões de dormidas e 2,1 milhões de hóspedes, respetivamente.

No período de janeiro agosto de 2023, o Reino Unido foi o 1.º mercado turístico da procura externa para o destino Portugal aferido pelo indicador dormidas (quota 18,4%) e o 2.º mercado para o indicador hóspedes (quota 13,0%).

Nesse período, as dormidas dos turistas provenientes do Reino Unido em alojamento turístico em Portugal registaram um crescimento de 9,8% e os hóspedes terão aumentado 12%, face ao período homólogo de 2022, totalizando 6,7 milhões de dormidas e 1,6 milhões de hóspedes.

Analisando o período acumulado de janeiro agosto do ano de 2023, comparativamente aos 8 meses análogos anteriores reportado a 2019, antes da pandemia, observam-se que os valores registados nos indicadores hóspedes, dormidas e receitas turísticas foram superiores aos valores registados na pré-pandemia em 2019, com acréscimos de 9,3%, 5,0% e 18,1% respetivamente.

De 2023 a 2027, as partidas internacionais do Reino Unido devem crescer a um CAGR de 5,8% para chegar a um total de 111,4 milhões de partidas em 2027 (projeções da GlobalData). Os gastos dos turistas britânicos no estrangeiro deverão aumentar a um CRGR de 7,8% reportado ao período de 2023 a 2026 (previsões da GlobalData).

Mas há mais para ler nesta edição do PUBLITURIS. Cuba, que lançou este ano uma campanha de promoção turística com o mote de ser a “ÚNICA”, está de braços abertos para receber cada vez mais turistas portugueses, mas também quer ver a presença de mais empresas do nosso país a investirem no setor do turismo no destino, para além do grupo Vila Galé que acaba de abrir uma unidade hoteleira em Cayo Paderón, apelou o ministro cubano do Turismo, Juan Carlos García Granca.

Ainda em “Destinos”, a viagem a Ras Al Khaimah, a convite da Solférias, Emirates, Sunlife Hotels e Visit Ras Al Khaimah, foi aproveitada para entrevistar Iyad Rasbey, vice-presidente de desenvolvimento do turismo de destino na Autoridade de Desenvolvimento do Turismo de Ras Al Khaimah.

Mais do que utilizar a natureza como um trunfo para atrair visitantes, o destino está também empenhado na captação do mercado de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE), além de querer afirmar-se como destino internacional para casamentos, “como parte da estratégia de diversificação do Emirado”. O objetivo é claro: captar três milhões de visitantes anuais até 2030.

O PUBLITURIS foi, igualmente, o único meio convidado pela Vietnam Airlines para visitar o Vietname e o Camboja, destinos de sonho pelos quais nos apaixonámos através dos filmes e que misturam paisagens deslumbrantes, com culturas únicas e povos hospitaleiros, que sabem receber os estrangeiros.

Nos “Transportes”, o entrevistado desta edição do PUBLITURIS foi Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal, que faz um balanço positivo de 2023 e espera chegar ao final do ano com números superiores aos do ano passado, apesar dos desafios. A ajudar ao balanço positivo estão as partidas de Lisboa, que voltaram a ser um sucesso, o que ditou um aumento da oferta já para 2024.

Para terminar, o “Dossier” desta edição e com o Natal a aproximar-se é dedicado, precisamente, aos Mercados de Natal. Com a chegada da época festiva, os Mercados de Natal continuam a registar uma forte procura por parte dos portugueses. Prova disso mesmo, são as ofertas disponibilizadas pelos diversos operadores ouvidos pelo PUBLITURIS que preveem uma “prenda” no sapatinho para este final de ano.

Falámos, também, com Leslie Bent, Manager Portugal, Turismo da Suíça, que salientou que os Mercados de Natal são “um produto forte da Suíça”. Por isso, admite, “não é de estranhar que os Mercados de Natal continuem a ser um produto procurado tanto por turistas internacionais como por turistas portugueses”.

A fechar o “Dossier”, damos a conhecer ainda os principais Mercados de Natal da Alemanha, país que consta na maioria dos programas dos operadores nacionais.

Além do Check-in, as opiniões desta edição pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor, André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (managing partner da Trypor), Amaro Correia (docente na Atlântico Business School), Tiago Rodrigues (ISCE), e António Paquete (economista).

Leia a edição aqui.

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