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“Temos portugueses por todos os destinos que vendemos”

Depois de um 2017 positivo e com as vendas de 2018 já fechadas, Francisco Teixeira, director-geral da Melair, que representa a Royal Caribbean, a Celebrity Cruises, a Azamara Club Cruises e a Pullmantur em Portugal, mostra-se confiante quanto ao crescimento do mercado nacional, que está a voltar aos níveis anteriores à crise.

Inês de Matos
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“Temos portugueses por todos os destinos que vendemos”

Depois de um 2017 positivo e com as vendas de 2018 já fechadas, Francisco Teixeira, director-geral da Melair, que representa a Royal Caribbean, a Celebrity Cruises, a Azamara Club Cruises e a Pullmantur em Portugal, mostra-se confiante quanto ao crescimento do mercado nacional, que está a voltar aos níveis anteriores à crise.

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Depois de um 2017 positivo e com as vendas de 2018 já fechadas, Francisco Teixeira, director-geral da Melair, que representa a Royal Caribbean, a Celebrity Cruises, a Azamara Club Cruises e a Pullmantur em Portugal, mostra-se confiante quanto ao crescimento do mercado nacional, que está a voltar aos níveis anteriores à crise. Numa conversa com o Publituris, o responsável diz que o futuro vai trazer um aumento da oferta, com boas possibilidades de incluir Lisboa, que passou a dispor de condições para se afirmar no Turismo de cruzeiros.


2017 foi um ano de crescimentos no Turismo e os cruzeiros não foram excepção. No caso da Melair, como correu 2017, nas várias companhias de cruzeiros representadas?
Em todas as companhias conseguimos ter um ano melhor do que o anterior. A Royal Caribbean, na Europa, mantém a mesma oferta nos últimos anos e, por isso, o nosso crescimento é tímido. Não conseguimos ter crescimentos muito elevados na Royal, apesar de vendermos muito bem as Caraíbas, enquanto não houver um crescimento da oferta. Com a Celebrity, vendemos muito bem a Ásia, a Austrália e a América do Sul. Mas é na Europa que está, naturalmente, o grande destino. No caso da Pullmantur, foi um ano bastante interessante. Foi o primeiro ano em que representámos a Pullmantur, mas numa modalidade diferente, pois é uma representação só comercial. Mas a Melair tem uma estrutura e, portanto, acabamos por emprestar a essa representação a nossa estrutura, que tem a parte operacional, o marketing e as vendas. A Melair consegue providenciar um serviço bastante mais alargado e com uma presença da companhia bastante mais forte no mercado. Mas 2017 foi um ano que nos permitiu também fazer uma leitura do mercado noutra vertente e também muscular um pouco o departamento comercial e, principalmente, olear alguns processos operacionais que, pelo baixo número de passageiros que tinham, não estavam suficientemente oleados. E, aí sim, houve um crescimento considerável. Portanto, em termos de Melair, temos duas realidades diferentes, uma que tem a ver com a Royal Caribbean e a Celebrity Cruises, que têm uma presença na Europa muito igual àquela que têm tido nos últimos anos e, por isso, o crescimento não poderá ser tão expressivo. E, depois, temos a Pullmantur, que é um contexto completamente diferente. A vantagem de estarmos a trabalhar quatro marcas é que isso nos dá uma leitura muito mais alargada do mercado.

Foi um ano de crescimento para a Melair, isso quer dizer que o mercado português de cruzeiristas está a crescer?
Penso que o mercado português acompanhará aquilo que possa vir a ser o crescimento dos cruzeiristas na Europa. Nos últimos anos, temos assistido a um crescimento muito forte da Alemanha e, na minha opinião, é este mercado que dá o sustento do crescimento do mercado europeu, o que é natural e normal, principalmente no período de crise. Mas, hoje em dia, temos uma economia melhorada na Europa e é natural que com o crescimento da oferta dos novos navios, que esse crescimento possa vir a acontecer na Europa. Passamos todos a ter mais produto e mais acessível, e será com naturalidade que o mercado português crescerá. Estamos numa fase em que o mercado português terá atingido uma dimensão idêntica à que tinha antes da crise. Voltámos ao ponto zero e agora o mercado necessita de crescer fortemente, em termos percentuais, para que possa chegar a um determinado período e consiga andar por ele próprio. Estamos com 50 mil portugueses a fazer cruzeiros, mas muitos são já cruzeiristas e precisamos de ir para uma fase de 70 mil cruzeiristas, em que muitos são primeiro cruzeiro. Aí, acredito que o mercado vai conseguir dinâmicas próprias e que os produtos com partida de Lisboa também vão aparecer.

E como está o comportamento dos cruzeiristas portugueses, tem vindo a mudar ou ainda começam por cruzeiros mais próximos e mais acessíveis?
Continuamos a olhar para o mercado na perspectiva de manter os clientes connosco a viajar o máximo de tempo possível e isso leva a que não se provoque um crescimento do mercado. A nossa leitura é de que existe um mercado de férias em geral e nós olhamos para o nosso portefólio de companhias e tentamos apresentá-las de acordo com o que o cliente procura. Por exemplo, sabemos que a Azamara Club Cruises é uma companhia muito própria e, portanto, não a apresentamos com a mesma dinâmica que apresentamos as outras. No caso da Pullmantur, acreditamos que é um produto muito similar àquilo que é o produto de férias do turista tradicional português e, de alguma forma, tentamos aproximar-nos desse público, que é mais complexo e com um timing de reserva diferente do cruzeirista tradicional. Portanto, a nossa leitura de mercado é perceber um pouco estas dinâmicas, onde nos é possível tocar e desenvolvê-las. A Pullmantur tem um target muito largo, que é todo o público que faz férias em resort e, por isso, a nossa leitura não é levar esse cliente a fazer primeiro a Pullmantur, depois a Royal ou a Celebrity, porque as coisas não funcionam assim.

Falando na distribuição, a ideia de que os cruzeiros são um produto difícil de vender ainda continua a existir, mesmo com a aposta na formação que as companhias têm vindo a fazer e da maior informação que os passageiros já têm?
É um mix brutal, ou seja, hoje vivemos num mundo em que o acesso à informação é dinâmico e imediato. O acesso à informação traz vantagens, mas quando falamos na distribuição/agente de viagens, falamos na tentativa de uma especialização. O que acontece é que o País não tem escala para que existam agências de viagens a fazerem apostas mais arrojadas. É uma realidade que existem três ou quatro companhias grandes de cruzeiros, ao nível do volume de negócio, e levar um agente de viagens a lidar com três ou quatro programas informáticos exigiria que se estivesse num outro nível e outro tipo de especialização.

E ao nível dos cruzeiristas, já se nota que o cliente está mais informado, nomeadamente sobre os timings de reserva, que são muito específicos nos cruzeiros?
Os cruzeiros não têm timings específicos, o que acontece é que, se as pessoas quiserem a melhor opção, seja em termos de disponibilidade ou de preço, a antecipação ajuda. Já temos reservas até 2020, bem acentuadas já para 2019. O comportamento do mercado é correcto na reserva antecipada e isso faz com que o ciclo de venda seja diferente do tradicional. Por isso é que ao longo dos últimos anos se tem vindo a sensibilizar o mercado para a necessidade de haver uma decisão mais antecipada. O mercado está dividido por campanhas de cruzeiros, existe uma no quarto trimestre e outra no primeiro trimestre. Estes são os dois grandes momentos em que o cruzeirista é estimulado para reservar as suas férias e o grande desafio que temos é trabalhar fora das campanhas e entusiasmar as agências para continuarem activas na divulgação de cruzeiros ao longo dos outros meses do ano. Se conseguirmos ser bem-sucedidos, creio que vamos para uma dinâmica superior entre agente de viagens/cliente e passaremos a ver os cruzeiros a serem propostos em maior número.

Destinos

Há pouco falou nos cruzeiros em destinos longínquos, como a Ásia ou a Austrália, como está a procura dos portugueses por estes destinos?
Temos vindo a assistir à abertura do globo, a Ásia e a Austrália foram os últimos destinos e há um crescimento do produto, pelo facto de estes mercados se estarem a abrir. Mas estamos numa fase inicial, ainda estamos na fase de povoar. Na China, o posicionamento da Royal e da Celebrity é distinto. A Royal está há cerca de 10 anos na China, temos três a quatro navios dedicados ao mercado chinês ao longo do ano. Os navios estão adequados ao mercado chinês e a duração dos cruzeiros também, maioritariamente com partidas de Xangai e Tianjin, que fica ao pé de Pequim. É um produto que não aconselhamos ao mercado português porque está, culturalmente, direccionado para o mercado chinês. Já o posicionamento da Celebrity Cruises é diferente, é um posicionamento de Outono/Inverno, que vende no mercado mundial estes itinerários, normalmente, com cruzeiros de 12 a 14 noites. O interessante é que a diversificação de destinos permite ao cliente visitar vários países, viajando com o seu hotel e sem a perda de tempo de ir de aeroporto em aeroporto, mudar de hotel e desfazer malas. São cruzeiros em pensão completa e com preços/dia bastante competitivos, se avaliarmos o que é o custo entre cidades e da hotelaria nesses destinos. Portanto, este é um produto que é muito atractivo para o mercado português, tanto na vertente de individuais, como de grupos, mas é no período de Inverno e, portanto, temos um número de potenciais clientes limitado, porque não há tanta gente a fazer férias no Inverno. Mas existe, de facto, uma diversificação ao nível de itinerários que permite abranger este mercado. A Royal Caribbean também já tem cruzeiros na Índia e já começou a fazer cruzeiros para Cuba. Ainda durante este ano, vamos passar a ter dois navios em Cuba, um destino que tem duas vantagens, a proximidade a Miami, o que permite um custo muito baixo, e, depois, é um destino que atrai imenso o mercado americano. Estamos ainda numa fase inicial, além de Havana, temos Cienfuegos e Santiago de Cuba como portos de escala e, este ano, vamos ter dois navios, um com partida de Tampa e outro com partida de Miami.

Podemos, então, dizer que os portugueses já não fazem apenas cruzeiros no Mediterrâneo?
Os portugueses, assim como os europeus, têm a Europa, e especialmente o Mediterrâneo, como destino pela proximidade, pelo preço da passagem aérea, pelo tempo da deslocação e é, com naturalidade, que isto acontece. Mas temos Alasca, América do Sul, Austrália, Galápagos, Ásia, ou seja, ao nível de destinos, temos portugueses por todos os destinos que vendemos, mas a força de venda e a força da procura, ainda está no Mediterrâneo.

Lisboa

Lisboa tem um novo Terminal de Cruzeiros e passou a contar com condições favoráveis para se tornar num destino de turnaround. Que mais-valias traz esta nova infraestrutura para a actividade e qual a possibilidade de Lisboa se vir a afirmar no turnaround?
É possível afirmar Lisboa no turnaround e muito facilmente, apesar de alguns factores. É preciso ver que, nos últimos anos, Lisboa tornou-se num destino turístico de eleição e está ao lado de Barcelona ou Londres. É uma opção muito mais vista e procurada do que alguma vez foi e, para uma companhia de cruzeiros, isso dá ao destino a atractividade dos mercados emissores, o que é uma vantagem e contribui para afirmar Lisboa. Na realidade, Lisboa já merecia o carinho dos turistas, mas não tinha condições operacionais e, com este novo terminal, passou a ter essas condições. Portanto, passámos a ter essa opção, garantindo que, no caso de uma companhia considerar que vale a pena fazer operações de turnaroud em Lisboa, existem as condições operacionais. Esse foi um primeiro passo e foi o passo mais importante.
O segundo ponto é que as pessoas envolvidas no negócio, directa e indirectamente, são muito proactivas e conhecem o negócio. Portanto, o negócio vai desenvolver-se, mas sabemos que o mercado português não tem escala para que uma companhia olhe para Portugal e coloque um navio em turnaround para vender no mercado nacional. Esta é uma realidade que as companhias conhecem, mas Portugal tem agregada uma vantagem que são as ligações aéreas ao Brasil, o número crescente de ligações aos EUA e a ramificação de ligações à Europa. Ou seja, Portugal cada vez tem maior acessibilidade nos mercados emissores. Por outro lado, uma companhia pode fazer turnarounds de formas diferentes, pode fazer partidas pontuais, pode fazer todo o navio ou parcial, ou pode fazer – que é aquilo que toda a gente pretende – uma temporada alargada. Para uma temporada alargada, é preciso que os mercados emissores estejam bem oleados para conseguirem dar volume para uma taxa de 100% de ocupação e um preço médio satisfatório. Hoje em dia, num mercado globalizado, se tiver um preço médio na Ásia ou nas Caraíbas superior ao que Portugal me dá, claro que vou pôr o meu hotel onde ele vai ter maior rendimento. É uma questão de negócio. Lisboa tem um afastamento do Mediterrâneo e grande parte do negócio está nas sete noites, por isso, se estiver em Lisboa e quiser fazer um Mediterrâneo Ocidental até Roma, por exemplo, preciso de nove noites. Deste ponto de vista, Lisboa não consegue concorrer, mas estão mais de 70 navios em construção para os próximos anos e, neste período, o mercado vai crescer oito a 10 milhões de passageiros e vai chegar a uma altura em que o globo fica mais equilibrado. O aumento da frota vai forçar a escolha de outros destinos e, nessa perspectiva, a distância que temos para o Mediterrâneo não é o ponto central.

Visto que Lisboa passou a ter condições muito favoráveis para cruzeiros, que programação vão as companhias representadas pela Melair ter para Lisboa este ano?
Todas as partidas que temos de Lisboa são da Pullmantur. Na Europa, a Royal está posicionada em Roma e Veneza e, por isso, faz os seus transatlânticos directos a estes destinos. 2018 está feito e vamos ter, com a Pullmantur, uma partida para Rostock, na Alemanha, que já temos há alguns anos e que é sustentada com um voo charter de regresso a Lisboa. Em 2019, vamos ter um posicional de Las Palmas para Lisboa, na Páscoa, temos um cruzeiro Lisboa-Lisboa, de sete noites, pelas Canárias e Madeira. Também nas férias da Páscoa, e a 25 de Abril temos um Lisboa-Malmö e, depois, um Malmö-Lisboa e ainda um Lisboa-Barcelona. Ou seja, vamos ter várias opções para os portugueses que queiram partir de Portugal, como já este ano temos, de forma parcial, um Porto-Barcelona. Portanto, no caso da Pullmantur, existe alguma oferta desde portos portugueses para 2019.

Novidades

O Mediterrâneo continua a ser o principal destino de cruzeiros e será no Mediterrâneo que vai ficar o Symphony of the Seas, o novo navio da Royal Caribbean, que chega em Abril. Que características diferenciadoras vai o navio apresentar?
Este vai ser o quarto navio desta classe Oasis, uma classe que, dentro da companhia, sai da caixa por várias vertentes, uma delas é a dimensão. É um navio superior em 40% ao maior navio que a Royal Caribbean tem actualmente, com uma ocupação na ordem dos 6.200 ou 6.300 passageiros, mas o que temos que ver é o rácio por passageiro. O rácio por passageiro é muito elevado, quase todos os navios da companhia dispõem de um rácio bastante interessante. Outro aspecto interessante deste navio é o facto de ele ter sido construído por bairros. Tem sete bairros, com áreas a céu aberto dentro do navio, o que obrigou a um grande trabalho de engenharia. E, depois, pela sua dimensão, cria toda uma dinâmica a bordo, toda uma oferta que o diferencia de qualquer outro navio da frota da Royal Caribbean.

E os portugueses vão aderir a este navio? Como estão as reservas da Melair para o Symphony of the Seas?
Já aderiram. O cruzeirista já está familiarizado com a curva de pricing dos cruzeiros e, por isso, tem uma tendência de reservar mais cedo. Nesse aspecto, em relação ao Symphony of the Seas, temos um crescimento bastante maior de vendas, do que aquele que tivemos na mesma altura em relação ao Harmony of the Seas. Tivemos um período de venda muito forte no quarto trimestre do ano anterior, depois tivemos o primeiro trimestre como aquele em que houve, de forma mais acentuada, a marcação de férias e no segundo trimestre já se nota um decréscimo da procura.

Além de Lisboa, em que outros destinos vai a Melair contar com novidades, nomeadamente ao nível de novos itinerários?
Na Europa, ainda não temos 2019 totalmente fechado, apesar de já estar a ser comercializado na Royal Caribbean e na Celebrity Cruises. A Pullmantur vai abrir as vendas dentro de algumas semanas. São operações que ainda não estão fechadas, mas, para já, iremos manter o mesmo tipo de itinerários que em 2018, no caso da Royal Caribbean e da Celebrity Cruises, com a diferença de que vamos ter o Oasis of the Seas em Barcelona, em vez do Symphony of the Seas, são navios da mesma classe e, por isso, vamos manter o mesmo padrão de produto. Já a Pullmantur vai ter um destino novo, o Dubai. Vamos ter duas operações, sempre com uma overnight no Dubai, uma das quais de sábado a sábado e outra de domingo a domingo. Vamos manter também as Canárias, com uma alteração porque passa a ter uma escala na Madeira, incluindo o fim-de-ano na Madeira, e as ilhas britânicas. Na Royal Caribbean os itinerários mantêm-se e as novidades são mesmo os novos navios, tal como na Celebrity Cruises, que vai inaugurar a classe Edge. É uma classe de quatro navios, o primeiro chega em Dezembro de 2018 e, em 2019, deverá chegar mais um navio da classe Quantum. A Royal Caribbean e a Celebrity Cruises têm, em conjunto, 11 navios em construção, nos próximos sete anos, vamos assistir a um crescimento de 40 mil camas.

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Soltour Travel Partners quer oferecer em Portugal muito mais que destinos de Sol & Praia

Também em Portugal, o objetivo da Soltour Travel Partners “é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam o operador turístico”, declarou ao Publituris, o delegado da empresa no nosso país, Luís Alexandrino. E acrescentou que “com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados.

Após um ano de 2022 considerado positivo, destacando-se os destinos das Baleares e Canárias, o delegado da Soltour Travel Partners em Portugal, Luís Alexandrino declarou ao Publituris que, “em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”.

O responsável avançou que “já temos toda a programação charter delineada e se consideramos os acordos que a Soltour Travel Partners, tem vindo a anunciar com os novos partners é um compromisso verdadeiramente ambicioso na operação turística”.

O que não se sabe, disse, “é como a venda se vai comportar face à escalada do custo de vida, e também não podemos ignorar que temos uma guerra na Europa, fatores estes que poderão condicionar a procura de viagens”.

Luís Alexandrino explica que depois de dois anos limitados pela pandemia, 2022, “foi o ano que nos permitiu fazer uma aposta mais ambiciosa nas operações das ilhas espanholas que foi um verdadeiro êxito. Tanto Maiorca como Menorca, houve necessidade de reforçar a operação dada a elevada procura. Operamos praticamente um charter diário, entre Porto e Lisboa”.

No que se refere ao longo curso, designadamente, Caraíbas, o delegado no nosso país do operador turístico de origem espanhola destacou que “primamos pela rentabilidade e não pela cota de mercado. Oferecemos às agências de viagens o preço justo e real que lhes permitiu obter mais benefício em comprar o produto Soltour tendo em conta o preço médio praticado”.

Operação de verão com novidades
Para este verão, a programação da Soltour à partida de Portugal é vasta e traz algumas novidades. Segundo Luís Alexandrino “retomamos a operação charter em voo direto de Lisboa para Samaná com a companhia  World2Fly, todas as sextas-feiras de 30 de junho a 08 de setembro, será um destino exclusivo Soltour”. Conta ainda que, como estreia, “temos o destino de Albânia com companhia Air Albânia onde operaremos de Lisboa e Porto, uma frequência semanal aos domingos de 25 de junho a 10 de setembro. Também retomamos a operação de Almeria do Porto às quartas-feiras de 01 de julho a 10 de setembro”.

Em relação às ilhas espanholas, entre Lisboa e Porto, “iremos operar com companhia Air Nostrum/Air Horizont as seguintes frequências:  Maiorca, contamos com nove frequências semanais; Menorca, com sete frequências semanais, Ibiza, três frequências semanais; Tenerife quatro frequências semanais e uma frequência semanal para destino Gran Canária, Lanzarote e Fuerteventura”.

Em 2023 esperamos superar os números de 2019, crescer e oferecer um portefólio completo de serviços aos nossos clientes, que são agências de viagens”

E há mais: O destino de Cabo Verde, será operado pela companhia Smartwings, para ilha do Sal de Lisboa e Porto às quartas-feiras de 28 de junho a 12 setembro e a Ilha da Boa Vista do Porto às terças-feiras de 27 de junho a 12 de setembro, enquanto o destino de Saidia será operado com três frequências semanais com a companhia Air Nostrum de Lisboa e Porto com início a 4 de junho a 24 de setembro.

Em relação às Caraíbas, “temos a operação exclusiva de Samaná de Lisboa e os destinos de Punta Cana e Riveira Maya de Lisboa e Porto, bem como Varadero de Lisboa com a transportadora aérea Wold2fly (partilhado) a partir de abril até final de outubro”, destacou ainda o responsável.

No entanto, a Soltour oferece ao mercado uma programação que se desenrola durante todo o ano. Neste caso, conforme sublinhou Luís Alexandrino, estão “os destinos das Caraíbas à partida de Lisboa e Porto com charter, e regular via Madrid. Contamos também com as cinco frequências semanais de Lisboa para Cancun em voo direto da TAP, onde temos lugares em garantia”.

Entre os destinos mais procurados pelo mercado português constam as ilhas espanholas. O delegado da Soltour em Portugal dá conta que “entre Baleares e Canárias, transportamos aproximadamente 30 mil passageiros. É certo que ainda não atingimos os números de pré pandemia, mas temos como objetivo este verão superar os números de 2019”.

Novas parcerias beneficiam Portugal
Se a empresa em Portugal vai beneficiar das novas parcerias recentemente anunciadas pela Soltour Travel Partners, Luís Alexandrino realça que “em 2021 anunciamos o partner  Smytravel que pelas razões conhecidas deixou de fazer parte da Soltour Travel Partners, onde os resultados foram francamente positivos. Agora a estratégia é dar continuidade ao projeto Soltour Travel Partners e como foi recentemente anunciado contamos com a Guest Incoming, WebBeds, Europamundo e Luxtours”.

Assegurou que a Soltour vai passar a oferecer ao mercado português todo esse conjunto de novo produtos. “O objetivo é proporcionar às agências de viagens um portefólio mais amplo e não só de destinos de Sol & Praia que caracterizam a Soltour. Com a Soltour Travel Partners, as agências de viagens vão poder beneficiar de um conjunto de soluções que será muito interessante tendo em conta os novos partners já anunciados”.

Da mesma forma, a nova linha de negócio das costas espanhola e Algarve “vai-nos permitir crescer substancialmente o produto de só hotel nas Costas espanholas e Algarve e oferecer as agências de viagens um produto mais amplo e competitivo”, concluiu.

Acordos e alianças com diferentes parceiros do setor

Durante os últimos meses do ano passado, a Soltour Travel Partners dedicou grande parte dos seus esforços à assinatura de novos acordos e alianças com diferentes parceiros do setor, a fim de oferecer os melhores produtos e serviços às agências de viagens. Com estas alianças, a empresa alargou o seu catálogo de produtos e melhorou a qualidade dos mesmos.
Com a WebBeds, última das parcerias que, desde o ano passado têm sido anunciadas pela Soltour Travel Partners, prevê a criação de um fornecedor de alojamentos com o objetivo de proporcionar uma maior cobertura de hotéis a todas as agências.
Com este acordo, a Soltour considera que aumentará exponencialmente a sua capacidade comercial para oferecer uma vasta gama de hotéis a partir de 2023.
De referir que a WebBeds é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de alojamento e distribuição de produtos terrestres para a indústria de viagens, diferenciando-se pela escala global.
A empresa fornece serviços B2B através de mais de 430 mil hotéis distribuídos por todo o mundo, em mais de 16 mil destinos. Desta forma, a WebBeds tem contratos diretos com mais de 31 mil hotéis independentes e mais de 62 mil hotéis que fazem parte de cadeias globais. Trabalha atualmente com mais de 44 mil clientes e mais de 1.500 profissionais de viagens em mais de 50 países do mundo inteiro.
Pouco antes, e com vista a diversificar ainda mais a sua oferta de destinos, proporcionando maior competitividade às agências de viagens com as quais trabalha, a Soltour Travel Partners tinha anunciado a sua associação à Luxotour, operador de viagens com mais de 40 anos de experiência especializado em Marrocos, mas que trabalha outros destinos em vários continentes, como Egito,
Jordânia, Israel, Turquia, Cabo Verde, Senegal, Maldivas, Peru, Argentina e Canadá, entre outros, e tem a sua própria DMC em Marrocos e Tunísia.
Criada em 1980, a Luxotour disponibiliza programas turísticos completos com circuitos, estadias com voos, transferes, excursões e todo o tipo de produtos para mais de 100 destinos diferentes. Conta ainda com um departamento para grandes viagens, um para grupos e um terceiro para viagens de incentivos, disponibilizando os seus produtos exclusivamente através de agências de viagens.
Com a Europamundo, a empresa aliou-se para promover as viagens em circuitos internacionais. A Europamundo, que faz parte do Grupo JTB, fundado no Japão há mais de 110 anos, tem circuitos próprios em todos os continentes, exceto na Antártida, com 1.972 tours diferentes em 2022, 142 mil passageiros por ano (provenientes de 83 países) e 1.200 pontos de venda na Península Ibérica, permitindo aos viajantes descobrir a essência e a cultura de cada lugar de uma forma mais pessoal e exclusiva.
Este operador de circuitos internacionais se caracteriza por oferecer produtos flexíveis com viagens de três a 36 dias, dependendo das preferências de cada viajante, recorrendo à sua própria tecnologia que tem sido remodelada e melhorada ao longo dos anos.
Da mesma forma, a Soltour Travel Partners estabeleceu uma parceria com a Guest Incoming para lançar uma nova linha de negócios costeira especializada em sol e praia, que inclui as costas espanholas e o Algarve. A agência de viagens para o Mediterrâneo, que conta com contratação direta de cerca de dois mil hotéis, é considerada líder em serviços e novas tecnologias.
Costa Brava e Costa de Barcelona, assim como Costa Dorada, Costa Blanca (Benidorm-Gandia), Murcia, Costa del Sol (Torremolinos, Benalmadena, Fuengirola), Costa de la Luz (Matalascañas) e o Algarve são as zonas incluídas na nova linha de negócio. Na sequência do acordo com a DMC nasce o Soltour powered by Guest Incoming.

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Nova Edição: O balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 no turismo, os segredos da Allways, autocaravanismo e dossier tecnologia

A primeira edição de 2023 do Publituris tem com tema principal o balanço de 2022 e as perspectivas para 2023 feitas por alguns ‘stakeholders’ do setor do turismo. Além disso, a edição revela os segredos do “luxury” da Allways Unique Travel Designers, o segmento do autocaravanismo e um dossier sobre tecnologia no turismo.

Publituris

A primeira edição do jornal Publituris faz capa com um balanço de 2022 e as perspectivas para o ano que agora se inicia. Para o efeito, o jornal Publituris ouviu vários intervenientes do setor que antecipam um ano incerto em, por isso, com um otimismo moderado.

A crescente inflação, subida das taxas de juros, menor rendimento disponível por parte das famílias, além da guerra na Ucrânia foram os problemas mais apontados por Francisco Calheiros (CTP), João Fernandes (Turismo do Algarve), Pedro Machado (Turismo do Centro), António Marques Vidal (APECATE), Luís Araújo (Turismo de Portugal), Berta Cabral (Turismo dos Açores), Vítor Costa (Turismo de Lisboa), Eduardo Jesus (Turismo da Madeira), Vítor Silva (Turismo do Alentejo), Eduardo Santander (ETC), Julia Simpson (WTTC), Pedro Costa Ferreira (APAVT), Adriano Portugal (Mercado das Viagens), Álvaro Vilhena (Viajar Tours), Luís Henriques (Airmet), Tiago Encarnação (Lusanova), Amaro Correia (Iberobus), Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros), Paulo Pinto (Europcar), Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), José Lopes (easyJet), Marie-Caroline Laurent (CLIA) e Paulo Geisler (RENA).

Na “Distribuição”, damos a conhecer (alguns) segredos da Allways Unique Travel Designers, uma marca do grupo Travelstore, que atua no segmento “luxury”.

O dossier desta edição é dedicado à Tecnologia. Tendo a pandemia realçado a relevância da tecnologia e digitalização para a recuperação e o avanço da indústria das viagens, esta veio demonstrar a necessidade de acelerar os processos.

Além de ouvidas várias opiniões de quem está no terreno, também damos a conhecer algumas das soluções implementadas pela HiJiffy, Paraty Tech, Amadeus, Mastercard, Travelport, Roiback, Google, Optigest, XLR8RM, CLEVER/HOST e Vasco.

Para fechar, fazemos uma análise ao mercado do autocaravanismo que, depois de ter sido um dos segmentos turísticos com maior aumento de procura durante a pandemia, continua em alta e revela expectativas positivas para o futuro.

Além do Check-in, as opiniões pertencem a Jaime Quesado (economista e gestor), Dana Dunne (eDreams ODIGEO) e António Paquete (economista e consultor de empresas).

Boas leituras!

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Para mais informações contacte: Carmo David | [email protected] | 215 825 43

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W Algarve contrata novo diretor de marketing e comunicação

Henrique Pires é a nova aposta do W Algarve para dirigir o departamento de marketing e comunicação da unidade hoteleira, como anunciado em comunicado.

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Com 11 anos de experiência no setor hoteleiro, o profissional setubalense começou o seu percurso profissional no Pine Cliffs Hotel, passou pelo Waldorf Astoria Ras Al Khaimah e fez carreira na cadeia Minor Hotels, onde foi responsável pelas áreas do marketing e comunicação dos Anantara Hotels & Resorts e dos Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal.

Chega agora ao recém-aberto W Algarve, onde irá desempenhar funções como diretor de marketing e comunicação.

“Estou muito contente e entusiasmado por me juntar à fantástica equipa do W Algarve e abraçar este novo desafio. É um grande orgulho para mim trazer as minhas ideias e visão para um hotel que abriu há cerca de meio ano e que já conquistou tanto terreno na região”, garante Henrique Pires.

O W Algarve marca o primeiro Hotel da marca W a abrir em Portugal. Situado no topo das icónicas falésias do sul de Portugal, o recém-aberto W Algarve junta-se à família de W Escapes, oferecendo “uma mistura de descontração à beira-mar com uma energia exuberante”, como referido em comunicado.

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Grupo Onyria duplamente nomeado nos European Excellence Awards 2022

O Grupo Onyria está duplamente nomeado para os European Excellence Awards 2022, onde está a concorrer em shortlist nas categorias Travel & Tourism e Internal Communications.

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O Onyria, grupo de gestão hoteleira com mais de 30 anos, detém o hotel de cinco estrelas Onyria Quinta da Marinha, onde foi desenvolvido o projeto de comunicação interna “Trading Places” (Inverter os papéis) – que valeu as duas nomeações do grupo para este concurso.

O projeto consistiu na ideia de inverter os papéis dos colaboradores do Onyria Quinta da Marinha Hotel, tornando-os hóspedes por um dia.

A iniciativa surgiu no seguimento dos dois anos de pandemia, como forma de compensar a resiliência da equipa. Os colaboradores “transformaram-se em clientes de luxo e carregaram energias para o verão de 2022, o momento de regresso à normalidade”, como o grupo indica em comunicado.

“Não há sucesso em hotelaria sem talento humano e esta foi uma forma de celebrarmos o nosso talento, numa altura decisiva para o turismo em Portugal. Estas nomeações são muito positivas porque vêm demonstrar o nosso empenho para fazer um trabalho de excelência, não só de forma externa, como interna”, afirma o diretor do Onyria Quinta da Marinha Hotel, João Pinto Coelho.

Os vencedores serão conhecidos a 9 de dezembro.

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O futuro das acessibilidades em debate no Congresso da AHRESP

O futuro do aeroporto, não só de Lisboa como das restantes vias aéreas portuguesas, marcou a sessão paralela, onde ainda houve tempo para falar das questões da ferrovia nacional e os problemas de ligação a Espanha.

Carla Nunes

O futuro das acessibilidades em Portugal esteve em debate numa das sessões paralelas do Congresso da AHRESP, que começou esta sexta-feira, 14 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

A sessão começou com um aviso por parte de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP): “Se não tivermos rapidamente infraestruturas de mobilidade que respondam às necessidades das pessoas, principalmente um novo aeroporto, mais moderno e em condições de receber mais volume [de pessoas], podemos mais tarde ou mais cedo começar a perder turistas para outros destinos”.

Num discurso pautado pela necessidade de que “não podemos perder mais tempo” em relação ao futuro do aeroporto de Lisboa, Francisco Calheiros coloca os números em cima da mesa.

“Não canso de o dizer: segundo um estudo apresentado pela CTP, a não decisão sobre o novo aeroporto terá no mínimo um custo de quase sete mil milhões euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões por ano”, frisa.

Os intervenientes da sessão, que contou com a participação de Eugénio Fernandes, CEO da euroAtlantic Airways, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT procederam desta forma a debater as várias possibilidades para o aeroporto, com Luís Arnaut a referir-se em tom jocoso à procura de localização de aeroportos como “um desporto nacional”.

Para Pedro Costa Ferreira, “uma das poucas cosias que nos aproxima da realidade” passa pela realização de obras no aeroporto da Portela, por considerar que “nesta década não vamos ter solução”.

Lembra ainda que “as acessibilidades aéreas não são só em Lisboa”, reportando-se aos aeroportos de Porto Santo – que afirma não ter condições e precisar de obras – e o da Madeira, “com restrição de operacionais que foram definidas em 1964”.

“A tecnologia melhorou no âmbito da pista [do aeroporto da Madeira], a pista foi aumentada, melhorou nos aviões, melhorou na formação, [mas] mantém-se os mesmos limites, e julgo que é o único aeroporto internacional no mundo em que os limites não são recomendatórios, mas são mandatários. Ninguém toca nisto, e isto fere a região”, explica.

Quanto à solução de aproveitar a infraestrutura de Beja, Eugénio Fernandes lembra que esta “peca por pequenas coisas: não tem abastecimento de combustível, fecha ao fim de semana, não tem serviço 24 horas e se quisermos aterrar passageiros que não são do espaço Schegen, não há SEF”.

Por essa razão, e dada a logística adicional desta opção, o CEO da euroAtlantic Airways defende que “o que for mais rápido é o melhor” – neste caso, “do ponto de vista teórico e sonhador”, uma solução rápida de Portela +1, que sabe “que agora não será possível, estamos num contexto diferente”.

Quanto à opção de Santarém, Pedro Costa Ferreira é taxativo ao assegurar que esta representa “mais 24 anos de diálogo”.

“Se estivermos à procura de uma decisão que não tenha vozes contrárias, não vamos ter mais aviões em Portugal. Fazer políticas é fazer escolhas. Assusta-me que seja necessário um consenso para o aeroporto”, declara.

“O fenómeno do entroncamento”

E porque, como Pedro Costa Ferreira lembra, “os problemas das acessibilidades não são só aéreas” a ferrovia também foi discutida na sessão, tendo sido caracterizada pelo presidente da APAVT como o “fenómeno do entroncamento” dadas as 8h40 necessárias para chegar de Lisboa a Madrid – incluindo, também, uma passagem pelo Entroncamento.

Afirma ainda que “do ponto de vista de sustentabilidade, os voos de curta duração vão ser muito atacados” e que nos encontramos “muito dependentes dos voos curtos nalguns mercados muito importantes para [o país]”. Aliás, José Luís Arnaut precisa que 94% dos turistas que visitam Portugal vêm de avião.

“Somos um país periférico, é obvio que temos de fazer um trabalho grande e estamos atrasados décadas na ligação com comboios rápidos com Espanha”, afirma Arnaut.

A encerrar o tema da ferrovia, Eugénio Fernandes acredita que “se houver uma conectividade grande a Madrid, e uma conectividade boa internamente, vamos conseguir desenvolver muito o turismo e o Interior”.

Numa nota final, reportando-se ao tema do congresso, Francisco Calheiros defende que esta não é “uma questão nem de utopia, nem de sobrevivência, é sim uma necessidade cada vez mais atual que as empresas devem ter em conta”.

“Continuamos a viver tempos desafiantes. O turismo, porém, continua resiliente. É praticamente unânime que se não fossem as receitas do turismo a receita seria muito menor”, termina o presidente da CTP.

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AHRESP revela programa do próximo congresso em Coimbra

O congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

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O próximo Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorre de 14 a 15 de outubro no Convento de São Francisco, em Coimbra, já tem um pré-programa definido.

Sob o tema, “Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência?”, o congresso terá cerca de 60 oradores, 12 sessões paralelas e cinco workshops de parceiros, além de duas sessões plenárias.

A primeira sessão plenária, a cargo de Luís Marques Mendes, abre com o tema “Que conjuntura política e social teremos em 2023?”. Já a segunda sessão plenária vai consistir numa conversa entre a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com as jornalistas Rosário Lira e Rosália Amorim, que serão também moderadoras em várias sessões paralelas.

De destacar ainda a sessão de abertura, que conta com a presença de Carlos Moura, presidente da direção da AHRESP, Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro de Portugal, António Costa e Silva, ministro da Economia e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A sessão de encerramento, onde serão lidas as conclusões do congresso, ficará a cargo da Secretária de Estado do Turismo, Congresso e Serviços, Rita Marques.

Ao longo dos dois dias de congresso, as sessões paralelas tratarão temas como o futuro das acessibilidades em Portugal, a sustentabilidade económica e ambiental, a influência do digital na vida das empresas, entre outros assuntos, que podem ser consultados no programa disponível no website da AHRESP.

“O Congresso AHRESP surge no momento em que a recessão bate à porta da Europa, o que pode não deixar ninguém imune – nenhum país e nenhuma atividade – nem mesmo aquela que teve indesmentível recuperação no verão, mas insuficiente para fazer face aos desafios que se colocam à economia nacional como um todo e, em casos muito concretos, aos diversos setores da atividade turística”, refere a associação em comunicado.

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Hospitality Talks
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“Hospitality Talks” reúnem hoteleiros e empresas tecnológicas para mitigar escassez de mão-de-obra no setor

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros”.

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A 11 e 13 de outubro, em Lisboa e Porto, respetivamente, hoteleiros e especialistas em tecnologia vão reunir-se nas “Hospitality Talks” para discutir formas de mitigar a falta de trabalhadores no setor.

A iniciativa conjunta da HiJiffy, RM hub, Climber RMS e OTA Insight vai juntar “cerca de uma centena de gestores hoteleiros” com o objetivo de identificar “os contextos em que a adoção de soluções tecnológicas e de revenue management podem funcionar como um trunfo na mitigação desta problemática”, indica a HiJify em comunicado.

As conclusões das Hospitality Talks serão incluídas num plano estratégico, “posteriormente disponibilizado aos diferentes stakeholders”, desde players da indústria, até decisores políticos. O intuito passa por “catalisar um compromisso conjunto no sentido de converter Portugal num exemplo de sucesso a nível a europeu”.

“É fundamental esclarecer que a adoção de soluções tecnológicas não visa eliminar a componente humana, muito pelo contrário. O objetivo passa antes por automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor acrescentado, maximizando a eficiência de processos”, sublinha Tiago Araújo, CEO da HiJiffy, no respetivo comunicado.

A mesma mensagem é reforçada pelo CEO da RM Hub, Rudi Azevedo, que explica que “a tecnologia permite que as empresas possam canalizar esforços para as áreas operacionais, podendo desta forma direcionar o seu esforço para melhorar a experiência do cliente externo e interno”.

Evento limitado a 50 participantes por edição

Os hoteleiros interessados em fazer parte das Hospitality Talks devem formalizar a inscrição gratuita na edição de Lisboa, que terá lugar a 11 de Outubro, no NEYA Lisboa Hotel, às 9h00, através deste link.

Por sua vez, os interessados em participar na edição do Porto, que decorre a 13 de outubro no Selina Navis Cowork, às 14h00, poderão fazê-lo gratuitamente através deste link.

O evento será limitado a 50 participantes, “por forma a assegurar um envolvimento ativo de todos os presentes”. No entanto, a HiJiffy sublinha que ainda existem vagas disponíveis.

Além das conclusões resultantes dos diferentes painéis de discussão, os hoteleiros serão também chamados a participar num inquérito final. Todos os insights serão depois plasmados num documento que visa funcionar como um plano estratégico.

“Com a iniciativa ‘Hospitality Talks’ procuramos trazer não só os dados e tendências mais relevantes e atuais do mercado hoteleiro, mas também partilhar dicas de como trabalhar com a falta de staff e manter uma estratégia de sucesso”, remata Joanna Tomaszkiewicz, responsável da OTA Insight.

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Hotel Vila Raia
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Idanha-a-Nova recebe nova unidade de três estrelas

O verão é visto pelo General Manager do Hotel Vila Raia como “a época de eleição para atrair clientes”, devido aos atrativos da zona.

Carla Nunes

A zona da Raia acabou de ganhar mais quartos com a abertura do Hotel Vila Raia, em Idanha-a-Nova, Castelo Branco. A unidade de três estrelas acrescenta assim 26 quartos à região, num investimento que já superou um milhão de euros.

Os quartos, todos com twin bed, “seguem um modelo muito utilizado em Espanha, podendo-se juntar as camas sempre que o cliente desejar”, como explica Jorge Humberto, General Manager do Hotel Vila Raia.

Ao alojamento juntam-se valências como uma piscina exterior, sauna e jacuzzi, bem como uma sala de reuniões e estacionamento próprio. O edifício da unidade encontrava-se fechado há oito anos, pelo que foi necessário proceder a restauros, pinturas e à impermeabilização da piscina, de acordo com o General Manager.

O responsável aponta que esta unidade “será mais procurada pelo cliente que  quer fugir da agitação das grandes cidades e procura um sítio calmo e sossegado para carregar baterias”. O verão é visto como “a época de eleição para atrair clientes”, dados os atrativos da zona.

“Temos praias fluviais, aldeias históricas e boa gastronomia perto do hotel. Estamos inseridos numa região rica em eventos e que atraem muita gente de fora”, justifica Jorge Humberto.

Por se tratar de um novo hotel, o responsável afirma que não têm “qualquer historial em que possamos basear a nossa perspetiva [de reservas futuras]”. No entanto, mantém-se otimistas, dadas as reservas realizadas “na primeira e segunda semana de abertura e para a última semana de setembro”.

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Carrís Porto Ribeira contrata Simão Cruz para direção de vendas

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli e pela Blue & Green Hotels.

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A Carrís Hoteles contratou Simão Cruz para assumir o cargo de diretor de vendas do Carrís Porto Ribeira.

O profissional conta com várias experiências na vertente hoteleira, somando passagens pelo Grupo Tivoli, onde assumiu funções de Corporate Account Manager, e pela Blue & Green Hotels, onde desempenhou o cargo de Iberian Market Manager em todas as vertentes de negócio – Corporate, MICE e Leisure. Posteriormente, Simão Cruz foi responsável pela planificação e reposicionamento do Santa Luzia ArtHotel, em Guimarães, enquanto Sales & Marketing Manager.

A Carrís Hoteles é uma cadeia hoteleira com unidades hoteleiras distribuídas pela Galiza e o Norte de Portugal. Atualmente, dispõe de seis hotéis localizados no Porto (Carrís Porto Ribeira), A Coruña (Carrís Marineda), Ferrol (Carrís Almirante), Santiago de Compostela (Carrís Casa de la Troya e Monte do Gozo) e Ourense (Carrís Cardenal Quevedo).

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Marta Paixão assume funções como Events Manager no Lisbon Marriott Hotel

A profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

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O Lisbon Marriott Hotel contratou Marta Paixão para ocupar o cargo de Events Manager na unidade.

Licenciada em Direção e Gestão Hoteleira no ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, bem como mestranda em Ciências Empresariais pelo Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa (ISEG-UTL), a profissional iniciou a sua carreira como Groups & Events Coordinator / MICE no Sana Metropolitan Hotel, em 2014.

Posteriormente, desempenhou funções como Groups & Events Coordinator na Continental Hotels Portugal, em 2016.

“É com imenso entusiasmo que abraço este novo desafio. Ingressar na Marriott International, a maior cadeia hoteleira a nível mundial, é de facto uma realização profissional. O nosso compromisso será, em conjunto com as equipas operacionais, garantir que o sucesso dos eventos seja uma constante”, afirma Marta Paixão em comunicado.

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